Acidentes escrita por vanvan


Capítulo 1
Capítulo 1 - Velho cadilac


Notas iniciais do capítulo

mais uma one pra vcs, espero q apreciem...
boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/212496/chapter/1

_Aquele ruivo não tira os olhos de você.

_Nada haver, testuda, há milhares de pessoas a nossa volta.

_Mas ele não para de olhar pra cá.

_Deve ter perdido alguma coisa... Se bem... Eu conheço aquele cara de algum lugar.

_Dos seus sonhos, porque ele é um gato.

Ino revirou os olhos, Sakura podia ser pior que ela mesma, mais fútil e pervertida, mas era bem verdade, aquele ruivo de olhos verdes era um Deus.

Ela desviou o rumo de seus pensamentos e tentou se concentrar na partida de basquete, estava com Sakura, Hinata, Naruto e Sasuke, e por mais que odiasse ficar de vela pros amigos, adorava jogos de basquete e mais ainda dos homens lindos que se encontrava por lá.

Ela merecia um desconto, nem era assim tão pervertida, na verdade, bem no fundo, ela era romântica e apaixonada, mas nunca conhecera homem nenhum capaz de tirar seus pensamentos do rumo devido, jamais conhecera ninguém que havia a tirado do chão e nunca a ter deixado voltar pra este, então leva as coisas de forma pratica, alguns encontros casuais, e boa, repetia se valia a pena, mas nunca mais de três vezes, sempre se enjoava deles.

Ao fim da partida, foram pro bar/restaurante que tinha de frente ao ginásio, se sentou com seus amigos e pediram algumas bebidas, e foi então que viu o belo ruivo se aproximando.

_Com licença, mas estava nas corporações Nara semana passada? Na quarta-feira pra ser mais exato? –indagou o belo homem com o semblante sério e a voz firme.

_Na verdade estava sim, mas eu te conheço? –ela estranhou.

_Não, mas deveria. Onde foi que comprou sua carteira de motorista? –ele indagou seco.

_Espera ai, quem é você?

_Não se lembra de um cadilac azul marinho parado ao lado daquele automóvel ridículo roxo, que a senhorita dirigia?

Ino se lembrou na hora de quem aquele homem se tratava, havia aranhado a bela pintura do velho e clássico Cadilac, e só agora se lembrava. Tentou contatar o dono depois, mas não teve sucesso, na hora ela só fazia chorar, estava cheia de problemas e nem falar com seu melhor amigo Nara tinha ajudado.

_Ah, sim... Então você é o desastrado que não sabe nem parar numa vaga de estacionamento. –ela não dava o braço a torcer.

Ele fuzilou ela com o olhar.

_Meu advogado vai entrar em contato com a senhora.

_Claro, porque você tem uma bola de cristal e sabe meu nome, telefone e endereço. –ela sorriu de canto triunfante.

_Nada que não dê pra resolver usando a placa do seu carro e o registro de veículos. –ele viu Lea perder o sorriso e então ele sorriu de canto lhe deixando furiosa e saindo em seguida.

_Que carinha mais idiota. –ela tremeu de raiva.

_Não sei não Ino, mas ele parece ser muito esperto e decidido, deveria tentar um acordo do que se meter em um processo demorado. –sugeriu Sasuke.

Ainda bufou de novo e deu a noite por encerrada, estava muito irritada, não conseguiria esquecer aqueles olhos verdes irritantes.

No seu apartamento ela ficou pensando na discussão agora que conseguia raciocinar um pouco melhor e decidiu que não tinha jeito, perderia a causa antes mesmo dela começar, então era mesmo melhor tentar um acordo amigável.

_Alô.

_Shika, sou eu... Que voz é essa? –ela perguntou percebendo que ele estava levemente ofegante.

_O que foi Ino? Estou meio ocupado, dá pra andar logo?

_Nossa, que mau humor! Só quero saber se pode me dizer qual dos seus clientes tem um cadilac azul de colecionador.

_Apenas o Gaara tem um carro desse tipo, mas ele não é meu cliente.

_Ele estava na empresa aquele dia do incidente que fui te contar?

_Ele passou por lá pra ver a Temari.

_Um homem foi ver sua namorada? –ela disse estranhando.

_Ele é o irmão dela, Gaara Sabaku.

_Merda.

_Mas porque isso agora?

_Acabei batendo no carro dele... –ela disse envergonhada.

_Xiii, então dá um jeito nisso rápido, ele morre por causa daquela lata velha, vai com certeza querer que você repare tudo e um pouco mais.

_É, to sabendo... Valeu Shika, até mais.

Ela ouviu uma risadinha feminina e um grunhido rouco do amigo antes de desligar, agora entendia a pressa dele, devia estar aprontando como sempre junto de sua namorada.

Não foi difícil encontrar algo sobre Gaara Sabaku, o cara era uma lenda, com apenas vinte e seis anos tinha uma carreira de jogador de golfe impecável, conhecido por sua calma e tacadas precisas.

Ela pegou as informações e deu um jeito de arrumar o endereço dele, seria melhor ir falar com ele o quanto antes e acertar as coisas, e então deixou tudo arrumado pra se encontrar com ele no dia seguinte.

Logo pela manhã Ino se arrumou, tomou um suco de maracujá pra se manter calma com aquele ser irritante e depois foi à casa do tal Sabaku. No caminho só fazia pensar em como ele era incrivelmente lindo e insuportável se achando superior e poderoso, o único problema era que ele realmente o era, superior e poderoso.

Para a porta da casa espaçosa e bem situada, ela respirou fundo e bateu a porta.

_Olá. –disse uma senhora idosa abrindo a porta.

_Bom dia, eu gostaria de falar com o Sr. Sabaku.

_Me desculpe, mas ele não está esperando ninguém hoje... A senhora poderia dizer sobre o que se trata?

_Diga a ele que sou Ino Yamanaka e queria falar sobre o acidente com o carro.

A velha olhou bem pra Ino, seu semblante se transformou em uma expressão serena e relaxada, sorrindo pra ela com bondade.

_Pode entrar, vou avisar a ele.

Ino foi conduzida até uma luxuosa sala de estar, e então a velhinha se afastou, momentos depois Gaara apareceu. Ele estava usando uma camisa de linho branca, calças jeans escuras, sapatos pretos e arrumava o cabelo molhado.

_Srta. Yamanaka... Que prazer em vê-la. –ele sorriu triunfante mais uma vez, deixando Ino irritada, mas tentou se conter.

_Bom dia Sr. Sabaku, acho que temos algumas pendências pra acertar...

_É o que me lembro, mas já que vamos tratar de negócios, que tal meu escritório. –ele mostrou o caminho pra ela.

Ino passou por ele e sentiu aquele cheiro delicioso pós-banho e o calor de seu corpo se misturou ao dele, dando uma sensação gostosa dentro de si, mas logo afastou aqueles pensamentos, iria resolver logo o que tinha pra resolver e iria embora pra nunca mais olhar pra cara dele.

No escritório cada um se sentou de um lado da mesa e então ele começou a conversa:

_Creio que não há muito o que se discutir, terá de ser feito os reparos necessários no carro.

_Certo. Faça um orçamento detalhado dos estragos e dos reparos e então eu lhe pago todas as despesas.

_Ótima decisão. –ele abriu uma gaveta de sua mesa e mostrou dois papeis a ela. –Eu já fiz estes dois orçamentos.

Ino pegou os papeis e os analisou com cuidado, depois olhou bem pra cara dele e começou a rir, dizendo em seguida:

_Isso é piada, não é?

_Eu não brinco com meus bens.

_Mias brinca com os meus. Está maluco, nunca que vou pagar trezentos mil pra consertar aquela lata velha.

_Aquilo é um clássico. –ele disse indignado.

_A não ser que ele seja a prova de que Elvis não morreu então não tem nada de clássico, é só uma velharia.

_Olha lá como fala, sua insolente, aquele é um carro único, só existe ele no mundo todo e deve se manter bem conservado.

_Então o tranque na garagem e não coloque ele em circulação onde acidentes podem acontecer. Eu não vou pagar esse absurdo por um risco na porta.

_Ah é assim, sabichona? Então está bem, pode mandar qualquer pessoa de sua confiança aqui pra ver o carro, depois discutimos o seu orçamento.

_Feito. Até amanhã te provarei que está me roubando.

_Eu aceito o desafio. Amanhã jantamos juntos e me mostra o que conseguiu.

_Jantar juntos? –ela disse com estranhesa.

_Bom, eu sinto fome, você não? Vai levar o dia todo pra você apurar isso e eu nunca fico em casa a noite, então jantamos juntos.

_Está certo então.

Ela saiu da casa dele e não o viu sorrir pra si mesmo, tudo corria muito bem.

Quando Ino baterá em seu carro ele ficou muito abalado pelas lágrimas que ela derrubava, adoraria saber por que ela estava tão desesperada e nunca sentira isso na vida, mal se preocupava com sua irmã, mas algo naquela moça mexeu com ele.

Ele não sabia quem ela era, não chegara até ela a tempo de falar com ela, só a vira meio de longe e batendo em seu carro, mas de repente lá estava ela, diante de si, se divertindo com os amigos, então deu um jeito de se aproximar dela, e viu que a provocando teria sua atenção e assim o fez, agora tinha um jantar marcado com ela.

Ela não fazia nem idéia de que o carro já fora restaurado a bastante tempo, mas ele deixaria ela continuar a acreditar que não estava e poderia manipular facilmente os homens que ela arrumasse pra olhar seu carro, havia descoberto que a fama e o dinheiro opera milagres muito vantajosos.

Na noite seguinte ele estava sentado em seu restaurante favorito esperando a orgulhosa mulher que não quisera que ele fosse buscá-la ao sugerir tal agrado quando lhe falou onde deveriam ir jantar.

Ino veio pelo restaurante e era a mulher mais bonita do lugar sem sombra de dúvida. Estava com os cabelos dourados caídos sobre os ombros e as costas até a cintura, um vestido roxo escuro colado ao seu corpo, alças largas, com o cumprimento até o meio de suas coxas grossas e torneadas, um batom avermelhado nos lábios, seus olhos claros contornados de preto e esfumados, uma sandália dourada bem trabalhada e brincos dourados com pedras da lua.

Gaara se levantou galanteador, puxando a cadeira para que ela se sentasse e se divertiu ao vê-la torcer o nariz pra aquela atitude, estava começando a desconfiar dos modos dele.

_E então?

_Eu consegui arrumar dois homens e eles constataram...

_Não, estou me referindo a pergunta do garçom, vinho ou champanhe?

_Se formos depressa não dará tempo nem de bebermos alguma coisa, nosso assunto é rápido.

_Você não teria tanto trabalho pra se arrumar assim se não pudesse perder alguns momentos comigo. –ele sorriu de canto. –Champanhe, por favor. –ele pediu.

Ino observou o garçom se afastar e agora se xingava internamente, porque diabos se dera ao trabalho de depilar as pernas naquele rito torturante de depilação com cera quente, de escovar os cabelos, fazer as unhas e treinar uma nova maquiagem apenas pra encontrar alguém que não queria ver?

_O que faz da vida mesmo, Srta. Yamanaka?

_Eu tenho uma floricultura e um café.

_Ah, é verdade, a aroma da natureza...

Ela odiou o som que aquilo teve na boca dele, talvez Sakura tivesse razão, aquilo era mesmo brega.

_É, mas não é isso que estou discutindo, apenas quero acertar o caso do carro depressa e...

_Porque ainda insiste nisso, está aqui pelo mesmo motivo que eu, me encontrar com você, então vamos aproveitar pra conversar e nos conhecer melhor.

_O que pretende com tudo isso? Eu não sou o tipo de garota que desperta a atenção de alguém como você.

_Porque diz isso?

_Porque não sou uma falida cheia de sonhos e ingênuas, tão pouco sou só uma garota fútil e vazia. Se está tentando jogar comigo pra que eu termine na sua cama, você está muito enganado!

Depois de duas horas no restaurante e duas garrafas de champanhe, Gaara prensava a loira no corredor de sua casa em direção ao seu quarto.

_Seu pretensioso irritante. –ele disse enquanto mordia o lóbulo da orelha dele e lhe apertava o membro pulsante sobre sua calça.

_Sua insolente gostosa. –ele disse apertando os seios dela por cima do vestido, vendo ela terminar de tirar sua camisa.

Os dois foram pro quarto dele, e ele jogou os sapatos de um lado, ela fez o mesmo com as suas sandálias, ele a jogou na cama e sorriu com a visão que teve, aquele belo corpo bem arrumado sobre sua cama, ofegante de prazer e desejo e assim partiu pros lábios dela, que já estavam bem mais vermelhos pelos beijos abrasivos que ele dava nela.

Gaara levou a mãos as costas dela e abriu o zíper do seu vestido, o jogando longe, encarou a bela lingerie preta que ela usava, contrastando com a pele alva e macia dela, então sorriu mais uma vez, voltando a beijar o corpo dela e a atiçá-la.

Ino não deixava barato, o beijava, o envolvia e o seduzia em meio a toques e ondas de prazer inimagináveis.

Não demorou muito pra ele estar sem as calças, ambos com os corpos tão unidos e tão bem tocados que pareciam que estavam em pleno gozo do prazer apenas com aqueles gestos, mas ainda sim era pouco, queriam mais, se morrer de prazer fosse possível, eles já estariam mortos, e ainda com sede de mais.

Ele tirou todas as peças de roupa restantes nela, e lhe abocanhou os seios cálidos, saboreando aquela pele deliciosa, aquele cheiro inebriante e aquela sensação maravilhosa que subia desde os pés. Ela sem poder se conter fez o mesmo com ele, mas então inverteu suas posições e desceu a boca por seu corpo musculoso, forte e másculo, até seu membro enorme e pulsante, lhe lambendo toda a extensão, pra sugá-lo em seguida.

Gaara jogou a cabeça pra trás, e tentou controlar um gemido, mas lhe saiu da garganta mesmo assim, alto, rouco, delicioso, enquanto ela lhe chupava como jamais o fizera em toda sua vida e o deixava ainda mais louco por ela. Sua boca quente, a língua hábil, davam a melhor sensação que ele já provara, mas estava longe de querer que aquilo acabasse, então a fez parar e a virou de novo na cama, apenas olhou pra ela que pareceu entender e sorriu safada, então ele a penetrou com vontade, indo fundo dentro dela, que sentiu o seu membro roçar sua entrada de forma deliciosa, a preenchendo por inteiro.

Logo ela não continha os gemidos, ambos emitiam sons incompreensíveis, enquanto seus corpos se chocavam, suas mãos se sentiam e os beijos lascivos prosseguiam, aumentando a sensação de nirvana.

Quando Gaara se despejou, viu Ino fazer o mesmo, então seus corpos cansados, suados e extasiados caíram lado a lado, deixando que a consciência voltasse pro seu lugar.

_Acho que não vou querer que esse carro se concerte nunca. –disse Ino sorrindo, ainda olhando pro teto.

_No que depender de mim vou estragá-lo quantas vezes forem necessárias, nem se for pra dar perda total. –ele também sorria pro teto.

Os dois se encararam e ele a beijou de novo.

_O carro já está pronto há bastante tempo. –ele confessou.

_Eu sabia disso quando fui te ver hoje à noite. –ela também confessou. –Você pagou bem ao Arnold, mas ele me deve muito mais. –ela riu.

_Ainda sim manteve o teatro?

_Seu jogo é pra dois.

Os dois sorriram.

_Jantamos juntos amanhã?

_Claro, mas desta vez você me pega no velho cadilac, devo muito a esse carro.

_Feito, mas quero saber por que chorava naquele dia.

-Isso não tem mais importância, nunca mais me verá chorar daquele jeito.

_Assim espero, quero manter esse sorriso ai.

_E vai manter enquanto continuar sendo esse cara irritante e gostoso. –ela sorriu de novo e o beijou, e quando ele voltou a acariciar seu corpo nu e incansável, ela pensou que as lágrimas por seu ex-noivo tinham sido miraculosas, pois trouxera um homem de verdade pra sua vida, que fora capaz de armar um plano só pra a ter por perto.

Anos mais tarde Ino dirigia um velho cadilac azul com duas crianças ruivas no banco de trás enquanto iam assistir o pai delas jogar no maior campeonato de golfe internacional.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e então o q acharam? essa eu consegui fz um pouquinho menor, então me digam o q acharam...
bjos e até a proxima...