Maybe Yes Or Maybe Not escrita por FilipaM


Capítulo 6
Capítulo 5- Leaving


Notas iniciais do capítulo

Isto é um bom bom para quem lê e acompanha a minha fic ♥ Este capitulo ficou grande e é só para vocês.
Beijinhos ♥ Espero que gostem ♥



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Estiquei os músculos enquanto abria os olhos. Levantei-me serenamente e vesti uma roupa normal. Ao contrário dos outros anos o dia de hoje parecia inspirador e de certa maneira calmo. A roupa de dia-a-dia melhorava o ambiente pois esta é bem mais colorida que a do hospital. Vesti uma camisa cor de vinho, uns jeans brancos e uns sapatos da cor da blusa. A luz domina a sala. Já calçada, dirigi-me a cama a cama de Daisy.

-Adeus linda, amanha se puder, venho ver-te- disse beijando-lhe a testa.

Procuro dentro das gavetas por um pedaço de papel e caneta. Quando finalmente os encontro deixo-lhe um bilhete acerca da minha saída junto aos seus óculos agora pretos. Solto a Daisy e deixo-a descansar. Vou para chamar o rapaz mas apercebo-me que ainda não sei o seu nome.

-Estás pronto?

-Sim e tu?- responde-me ele.

-Prontíssima.

Ele pega na minha mochila antes que eu o possa fazer. Aquele jeito cavalheiro faz-me sorrir por dentro e por fora. Mesmo estando carregado com as duas malas passa as duas para o seu braço direito e oferece-me o outro braço. Olha para mim e pisca-me o olho. O sol entra pela sala e ilumina todos os recantos incluindo o corpo dele. O sol bate-lhe nos cabelos pretos e alonga-se pela sua face fazendo um efeito reluzente. Os olhos iluminam-se e transforma-se num azul do mar tranquilo. A luz estende-se pelo seu corpo forte coberto por uma blusa manga a cava branca e uns calções da cor dos seus olhos.

Permaneço com o meu sorriso quando aceito o braço.

-Muito obrigada gentil senhor…-digo imaginando que vivemos numa época que eu nem sei o nome.

-Excelentíssimo senhor Adam, às suas ordens senhorita Lauren- ele entra na minha brincadeira e sorri para mim- Podemos ir donzela?

-Com certeza bravo rapaz.

Saímos graciosamente falando dos nossos gostos, opiniões e perdições. Quando chegamos a entrada do hospital o Adam pousou as malas e começámos a rir da situação. Realmente, se um médico aparecesse por aqui mandava-nos para a psicologia.

-Que fareis hoje por esta donzela?- perguntei ainda na brincadeira.

-Eu…- ele chega preto de mim, aproxima-se e quando está a um mero centímetro de mim sussurra-…eu ataco-te.

Não percebi o que estava a dizer até ele me começar a fazer cocegas e eu começar a rir histericamente. O meu riso estava pela sala inteira mas não era o único. Estávamos perdidos como duas crianças de cinco anos a brincarem. Porém um homem de estrutura média interrompe-nos.

-O casalinho já acabou?

Sinto a minha cara a ficar vermelha e baixo a cabeça.

-Olá, sou o Luke e a pedido dos pais da Lauren vou-vos mostrar como funciona aqui o sítio.

O homem começa a andar e nós obedientes fomos atrás dele. O Adam olha para mim e começa a fazer uns gestos que não percebo logo. Apenas quando olho para um vidro espelhado percebo que está a gozar comigo por estar vermelha como um tomate. Antes de me poder vingar, Luke começa a falar sobre os melhores sítios para comprar cada alimento e material para a casa.

Dou por mim numa rua larga com várias ruas afluentes, pequenas e cheias de pequenos prédios. Viramos logo na terceira rua e depois de andarmos uns dez metros o Luke pára e entrega-nos uma chave com um porta-chaves com letras e números gravados na madeira clara do mesmo. Vejo e tem a seguida ordem: “341B”.

-O primeiro número do porta-chaves refere-se ao número da rua. Já o segundo número indica o prédio em que vivem e o resto é o vosso apartamento. Perceberam?

-Sim- Confirma-mos os dois acenando com a cabeça.

-Bem, agora estão por vossa conta. Arrumem as vossas coisas e aproveitem o dia de hoje, porque amanha têm treino às nove da manhã naquele edifício creme que vos mostrei. Até amanhã.

Despedimo-nos de Luke e entrámos no apartamento. Passámos um pequeno corredor que foi dar a uma sala com duas portas ao lado direito. A sala por si também constituída por uma televisão, três sofás, umas mesinhas e algumas plantas. Logo em frente ao corredor estava umas escadas que nós logo subimos.

Adam ainda levava as minhas coisas então sou eu que abro a porta B de seis delas. Entramos num quarto creme e bege, com pequenos toques de violeta o que transformava um quarto um pouco mais feminino.

Ele pousa as coisas e de imediato senta-se na cama experimentando-a. Eu acompanhei-o e sentei-me porém não durou muito, pois em cima da secretária estava uma grande moldura branca. Levantei-me e peguei nela. Tinha lá dentro uma foto de família que tinha sido tirada no ano anterior nas férias de verão. Estava-mos nós os quatro de branco, rodeados pela prímulas amarelas que eu tanto conhecia. A memória vem-me a cabeça, lembro-me que naquele dia acabamos castanhos da luta de lama que aconteceu pouco depois da foto. Recordo-me que foi o Finnick que começou tudo. Finnick… fixo o meu olhar nele, está com um grande sorriso como sempre. Na moldura está gravada a palavra sempre o que me faz deitar uma lágrima.

Um calor percorre o meu corpo quando sinto os braços do Adam a recolherem-me. Ficamos parados ali, tempo incerto até que recupero.

-Saudades- digo.

-Eu sei e desculpa.

-Desculpa?- pergunto confusa- Mas eu é que te devia estar a pedir desculpa, já viste o estado em que eu estou?

-Não te devia estar a abraçar nem nos conhecemos.

-Mas isso resolve-se- esfrego o olho enxaguado e com dificuldade saio de dentro do peito firme de Adam- Fazemos assim, vais arrumar as tuas coisas e depois encontramo-nos lá em baixo, ok?

-Ficas bem?

-Sim.

Ele sai um pouco contrariado. Depois de ele sair começo a arrumar as poucas coisas que tenho. Visto uns calções confortáveis e descalço os sapatos ficando apenas de meias. Entretanto ouço alguém a bater a porta e deduzo ser o Adam. Abro-a e encontro aqueles olhos fixados em mim. Ele pergunta-me se estou pronta e eu respondo-lhe que sim.

Descemos os dois, eu aos saltinhos na sua frente. Já no rés-do-chão disse-lhe para se sentar enquanto eu procurava algum para nos entretermos. Pensei em ver televisão mas optei por cuscar os armários. Abri o primeiro que continha mantas e almofadas. Retirei uma manta irisada, joguei contra a cara do Adam, e obviamente eu ri. Fechei o armário e vasculhei o segundo que tinha coisas para a casa. Finalmente abri o terceiro e qual foi o meu espanto quando entre as prateleiras encontrei jogos. Fiz uma espécie de dança da vitória como costumava fazer com o meu irmão quando erámos mais pequenos.

-O que me vais atirar a cara agora?

-Cartas ou Damas? Qual é menos duro?

-Bem vendo assim, talvez as cartas- leva o dedo indicador aos lábios como se fosse uma espécie de filósofo pensador.

-Foi dito assim será feito.

Peguei no baralho de cartas e atirei-as para cima da mesa. Sentei-me perto de Adam, roubei-lhe a manta que lhe tinha atirado a cara e coloquei-a sobre as minhas pernas cruzadas. Puséssemo-nos a jugar com risada acompanhando as minhas vitórias. Passou cerca de uma hora e o sol já começava a assentar nas montanhas.

-Ganhas-te outra vez!- disse-me.

-Claro e com esta vitória eu somo catorze, certo?

-Infelizmente… parece que tens um dom.

-É parece que sim, queres jogar outra vez?

-Sim desta vez ganho-te de certeza.

-Eu não teria tantas certezas.

Estava o ambiente perfeito até ouvirmos som de dentro do corredor. Parece que vamos conhecer os nossos colegas de prédio. Três sombras apareceram e mais tarde tornaram-se em figuras.

Identifiquei logo os dois rapazes, o simpático Thomas e o divertido Josh. A rapariga que os acompanhava era a famosa filha de Johanna Mason. Quando os três entraram na sala um silêncio constrangedor apoderou-se por momentos. Vinham cansados do treino no entanto também vinham felizes mas pararam à entrada porque, provavelmente e certamente não estavam a espera de companhia.

-Lauren?-pergunta Thomas espantado.

-Sim normalmente chamam-me assim.

Josh pousa as coisas e depois olha para mim e Tom faz o mesmo. Josh olha-me com um olhar travesso, aquele olhar não é bom e eu sabia o que vinha dali.

-Oh não, não e não. Nem se atrevam!

-MOCHE! - Josh grita e corre para mim como um cavalo, tento escapar mas sou abarroada pelos dois monstros.

-Eih… saiam de cima de mim seus cães suados. Saiam- suplico rindo mas sempre que o faço eles abraçam-me mais.

-Ohh que bom!- Exclama Josh satisfeito enquanto se limpa a mim como se eu fosse uma toalha.

Depois desatamos a rir e eles acabaram por sair de cima de mim. Limpo a manta que caiu no chão quando eles me atacaram. Olho para Adam e ele está intacto, afastou-se para o fim do sofá e assim continuou.

-Estava a ver que não…

-Vê lá se não te saltamos para cima outra vez- disse Thomas.

-Mas que maneira simpática de se apresentarem as pessoas, não é meninos?

-Josh e este feioso é o Thomas, mas todos nós chamamos-lhe Tom- Josh começa.

Thomas pega no braço da rapariga arrastando-a sem vontade para o circulo a volta do sofá, que tal como o Adam ficou paralisada.

-Oi, Hayley Mason- ela acena.

-Filha da Johanna Mason, certo?

-Sim…-diz um pouco contrariada.

-Quando tive no hospital conheci a tua mãe, ela foi muito simpática para mim.

-A sério foi simpática? Essa é nova.

O último comentário foi um pouco difícil de engolir, como pode ela falar da mãe daquele modo afinal foi a mãe dela que a criou e a trouxe ao mundo.

-Eu sou a Lauren, olá. Este é o Adam.

-Oi-disse Adam envergonhado.

-Vou tomar banho- enuncia a Hayley.

-Eu também vou… vens Josh?

-Sim… aproveito a boleia- sobem todos mas Josh fica a meio das escadas- É bom estares de volta.

-É bom estar de volta.

Ele sorri para mim retorna a subir as escadas. Na sala fico só eu e o menino dos olhos misteriosos.

-Vais gostar deles são a simpatia em pessoa. Ela, só a conheci agora mas eles, sei que vais gostar muito de os conhecer. Conheço o Thomas dês de que nasci e o Josh dês que Dernill aqui chegou.

De repente, Adam leva as mãos a cabeça e fecha os olhos violentamente. Vejo que está muito tenso e aproximo-me dele. Retiro-lhe a franja preta que lhe cai nos olhos e fico a olhar nele. Fico a espera que ele retribua um olhar com os seus olhos. Finalmente abre os olhos. O azul que antes os caracterizava desapareceu transformando-se numa tempestade cinzenta e escura. Ele estava mal e eu conseguia vê-lo.

-Estás bem?

Ele não me respondeu de imediato. Ele continuava a olhar para o chão e eu continuava a olhar para ele. Depois de algum tempo retirou vagarosamente as mãos da cabeça apoiando-as nos joelhos. Elevou-se de modo a ficar a minha altura.

-Agora sim.

As nossas caras estavam separadas por meros centímetros. Sentia um apetite esquisito mas deixei passar.

-Foi muito mau?-perguntei.

-Foi invulgar. Uma mulher chamava por mim aflita e eu seguia-lhe pela casa mas algo me fez voltar para trás. Voltei para ir buscar, buscar um cachorro. E acabou ai…

-Conheces a mulher de algum lado?

-Não lhe vi a cara.

-E o cachorro… lembras-te?

-Não mas quem me dera.

Reparei que lhe custava responder então parei com as perguntas.

-Queres ir petiscar alguma coisa, eles depois desenrascam-se.

-Pode ser, vamos comer- tentou parecer mais animado mas sem êxito.

Entrámos pela segunda porta a direita o que nos levou diretamente para a cozinha. Desenrascamos qualquer coisa para todos comermos e colocamos a mesa para cinco pessoas.

-O Jantar está feito!- grito a porta.

-Vamos comer que eles já ca vêm.

Começámos a comer e nesse mesmo instante o Josh chega, enche o prato e senta-se.

-Quem é que fez a comida?- pergunta Josh.

-Eu- afirmo com orgulho.

-Credo! Ainda morremos intoxicados.

-Não digas isso, até parece que cozinho mal.

Ele prova um pouco desconfiado.

-Podia estar pior- afirma Josh.

-Está muito bom- defende-me o Adam.

-Vês, podias ser como o Adam, podias ser realista!

-Ah ah ah- começou sarcasticamente mas depois sorriu a sério.

A conversa estava interessante e perlongou-se. Adam e Josh pareciam-se dar-se bem e eu estava feliz pelo Adam ter agora mais um amigo com quem contar.

-Então Adam conta coisas sobre ti- sugere Josh.

-Não a muito para contar, pelo menos que saiba. Venho da Capital, os meus pais morreram, só conheci a Lauren até hoje e não me lembro do meu passado.

-Desculpa não era minha intensão- diz Josh envergonhado e embaraçado por ter perguntado.

-Mas não vamos falar assim, com certeza que no futuro te vais lembrar de mais…-digo tentando animar o ambiente- Falando de outras coisas, sabes como vai ser o treino amanhã?

-Nunca sabemos… pode ser que seja mais calmo para vocês se habituarem.

-E onde é que nós comemos?- pergunta logo Adam.

-Isso depende de ti podes muito bem comer na cantina ou podes ir a casa, aconselho a comer na cantina porque o tempo não é muito e a comida come-se.

-A comida come-se- repito- essa agora é nova para mim.

Entretanto chegam os outros dois e nós os três saímos.

-Aqueles os dois…-observa Josh ao subir as escadas.

-A sério?- digo não muito surpreendida.

-Sim, qualquer dia acontece magia.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Gostaram? Espero bem que sim ♥
Deixem review's :)



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