Maybe Yes Or Maybe Not escrita por FilipaM


Capítulo 5
Capítulo 4- Hey boy!


Notas iniciais do capítulo

Soryyyyy... pela GRANDE demora mas não tenho tido tempo para escrever. Mais uma vez desculpem.
Aqui está o aguardado Capitulo 4, espero que gostem e que deixem reviews :D



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Eu ia atrás das duas senhoras que me conduzem até ao quarto. Cada passo é cada vez mais receoso porque afinal a Daisy poderá estar cega. Abri a porta devagar e um nervoso apoderou-se do corpo. Fui direta à cama da Daisy e quando lá chego ela olha para mim. Ela olha para mim, ela vê-me! Uma alegria controla os antigos nervos que me possuíam. Impulso-me para abraçar mas lembro-me que ela deve estar tão mal como eu estava.

- Ainda bem- suspirei enquanto me aproximava da cama dela.

-Olá também para ti- sorri dificilmente.

-Não faças esforços ouviste…tu vais melhorar num instante- eu sorriu para ela.

-Verdade Daisy confie na sua amiga que ela está indicando o caminho certo. Nós sabemos que tem dificuldade a ver mas um senhor chamado Beetee está a tomar conta do assunto. Em breve poderás retomar uma atividade normal- disse a senhora que me parece ser a chefe.

- Então quer dizer que ela não vê bem… isso quer dizer que ela não me vê?- digo para a doutora.

-Eu apenas vejo vultos Lauren, mas não ouviste a doutora, estão a tratar disso.

A sério que admiro como é ela que me está acalmando e não ao contrário.

-Ainda bem. Daisy, eu já vi o teu irmão e ele está bem. Deve estar quase a chegar.

- Obrigada… olha tu não me devias trazer uns chocolates ou assim?

-Pois… sim vai-te fiando nisso.

Entretanto a porta abre-se e entra o Josh e o Thomas. Josh olha para mim e eu sorriu-lhe. Ele percebe e vai direto a cama da Daisy. O Tom entra naturalmente sabendo que tudo está bem mas a verdade é que não está exatamente tudo bem mas irá estar. Josh chega perto da cara delicada de Daisy e dá-lhe um beijo na testa.

-Tom?!- pergunta confusa.

-Não Daisy, é o Josh o teu irmão irritante, não me estás a reconhecer? Daisy é o teu gémeo! Sou o teu irmão! Daisy!- ele quase a chorar olha para mim com fúria nos olhos, olhos que estão sempre divertidos agora mostram uma ira inexplicável. Inexplicável não, até bastante explicável… trata-se do puro e compreensível Amor de irmãos.

-Calma Cowboy, eu sei muito bem quem tu és, ó tonto! Só que não vi que eras tu.

- Por momentos pensei que tivesses perdido a memória.

-Achas mesmo que sim?

Ele cora e olha para mim envergonhado.

-Ela apenas vê vultos- informo- mas já estão a tratar disso.

-Sim é verdade- confirma a mulher- estão a fazer uns óculos que lhe vão proporcionar ver novamente bem. Quando o Beetee acabar ele explicará melhor.

-Não se safam de mim tão cedo- diz Daisy.

Sorrimos todos porque é o que nos apetece fazer. Reparo que a doutora dá algumas indicações a rapariga e depois ela deixa a sala.

-Ela é uma avox, não é?- pergunta o Tom sem motivo aparente.

-Sim, desde dos quinze anos. Ela desenvolveu grande afinidade com o Beetee pois ele está mesmo quase a desenvolver um modo de ela voltar a falar.

Agora percebo porque não me respondeu quando gritei. Pobre coitada, à pelo menos metade da sua miserável vida que não pode falar e eu, sortuda, queria que ela me respondesse. Não pode emitir um som, quanto mais responder-me. E eu que gritei com ela… sinto-me tão mal neste momento por ter feito o que fiz.

-Pois bem me pareceu.

-Então e vocês trouxeram os meus chocolates?- intervêm Daisy aliviando a tenção- Ali a desnaturada nem um bombom me trouxe.

-Não trouxemos nada. Viemos diretamente do treino de armas e não tivemos tempo de comprar nada.

Lembro-me da conversa com a Johanna Mason e começo a imaginar toda ela. Começo a ficar um pouco irritada pela situação entre o Thomas e a filha Mason.

-De um belo treino de armas, né Thomas?

Ele fica confuso sem perceber ao que me refiro. Mas eu sei ao que me refiro e isso basta-me.

-Sim- Responde simplesmente.

-Treino de armas?- pergunta a Daisy confusa.

-Sim… agora estamos em guerra- informa Josh- Nós só ainda conseguimos ter poder do Norte.

-Então, mas isso quer dizer que…Lauren…

Ela fica triste e olha para mim. Sei que se refere ao Finn. Memórias passam por mim e deixo escapar uma lágrima mas como sei que ela não consegue ver não me preocupo. O Thomas vem na minha e tenta abraçar-me mas eu rejeito o seu gesto o que o deixa mais confuso. Apoio-me no fim da cama dela, ajusto as mãos e recomponho-me antes de começar a falar.

-Pronta para mostrar uns truques de boxe, linda?

-Sempre- Responde-me ela.

Dou por mim a pensar: “Ela é mesmo espetacular”. Está numa maca, não vê e mesmo assim consegue fazer-me rir. Entretanto a porta abre-se e a mulher ruiva entra acompanhada de um senhor que calculo ser o Beetee. Ele entra com os tão aguardados óculos. A mulher segue o homem que se dirige para a cama o que me fez afastar da cama.

-Olá Daisy. Eu sou o Beetee e agora vou-te pôr uns óculos, não te assustes. Vais fechar os olhos e quando eles já estiverem postos abres os teus olhos devagarinho, combinado?

-Está bem.

O homem coloca-lhe os óculos pretos que passado uns segundos mudam de cor. O que me deixa bastante espantada.

-Consegues ver bem?

-Sim, sim…obrigada, obrigada, muito obrigada.

-Ora essa, eu só estou fazendo o meu trabalho. Bem agora vou-te explicar como funciona isto tudo. Não te vou chatear muito, apenas o básico para saberes o que tens colocado na cara. Então é assim, os óculos originalmente têm uma cor negra. Mas sempre que a tua córnea ajustar elas mudam para uma cor mais clara. Diminuem assim até chegarem a cor branca e quando isso acontecer poderás usar umas lentes para cicatrizar. Simples não é?

-Sim, obrigada de novo.

-Faço para todos os que precisam de mim. E falando nisso, chefezinha posso roubar-lhe a Isabelle por um bocadinho?

-Pode sim-responde a mulher.

Depois de tudo isso dito, os dois saem do quarto. Nós despedimo-nos da Daisy que pousa os óculos na cabeceira e adormece de seguida. Os rapazes voltam para o seu treino enquanto eu e a doutora ficamos a falar junto a porta.

-Falta muito para eu sair daqui?

-Amanha, se tudo correr bem sairás daqui.

-Que bom, têm sido todos muito atenciosos … muitos obrigados por isso. Só mais uma pergunta, que farei depois de deixar o hospital?

-Juntar-te-ás aos teus amigos nos treinos. Agora tenho de ir, adeus Lauren.

-Adeus, se eu não as vir mais, diga adeus a Isabelle e diga a Johanna Mason que eu espero que ela me veja todos os dias. Podia fazer isso por mim?

-Claro Lauren.

-Obrigada.

Sem malas para arrumar nem nada para fazer, sento-me na cadeira junto a maca de Daisy. Agarro a mão dela mas retiro-a logo porque vejo pelo rosto que lhe ardeu o meu tocar. Apesar disto ela volta a ficar calma e descansada no seu profundo sono de princesa. A sua calma acalma-me. Os seus cabelos lisos pretos contrastam com a sua pele branca. Só mais os lábios vermelhos e ela se tornaria a rapariguinha da história que o meu pai me lia quando eu era criança: A Branca de Neve. Realmente adequa-se muito bem a ela quer no físico que no psicológico. Afinal é uma lutadora, uma amiga bondosa e fiel, ela é uma verdadeira princesa.

Dou por mim a desviar o olhar da pequena Snow e a mudá-lo para os seus óculos. Sedo a tentação e experimento-os. Levanto-me e vou ao espelho junto a minha cama. De pretos passaram a brancos. Estes “óculos de sol” até me assentam bem, fazem lembrar os que tenho lá em casa, quero dizer, que eu tinha. Coloco-os na cabeça prendendo o meu cabelo.

Desloco-me de novo para perto da Daisy. Desvio a minha atenção para a esquerda e reparo que no outro lado há um rapaz de olhos cinzento-azulados olhando para mim. Apesar de estar num hospital apresenta-se forte. Ele continua com a sua atenção em mim e eu agora também fixo a minha atenção nele. Tem um ar misterioso que quando olhamos para os seus olhos esse ar se amplifica. Podemos dizer que os seus olhos são como um espelho de um mar profundo por descobrir.

-Olá-ele cumprimenta-me.

-Oi. Então estás acordado há muito tempo?

-O suficiente. Sabes que não devias estar com isso- ele aponta para os meus óculos.

-Fui só ver se me ficaram bem- digo enquanto os pouco na mesa da cabeceira de Daisy e aproximo-me do rapaz.

-És a Lauren, não é?

-Sim, como é que tu…

-Sabes?- completa a minha frase- eu já te disse, eu estou acordado a tempo suficiente.

-Isso explica. E já sabes quando vais ter alta?

-Amanhã. Como tu, acho que vamos morar juntos.

Nem me questiono como ele sabe aquilo pois provavelmente está acordado dês que eu falei com a doutora ou até mesmo dês de quando a Daisy acordou.

-Que bom isso são boas notícias.

-Mais ou menos, quem me dera sair daqui bem.

Como pode ele dizer que não está bem se vai ter alta amanhã. Enquanto penso em alternativas ele senta-se na cama mostrando o seu tronco firme e bem tratado, sem qual quer sinal de doença. Na verdade não aparenta qualquer problema. É um rapas bonito e sensivelmente musculado. Tem cabelos pretos brilhantes, olhos misteriosos e lábios sensuais que fariam qualquer uma cair a seus pés.

-Sabes, eu não me lembro bem do meu passado, dizem que toda a minha importante família morreu e quando me regataram, repararam que tinha perdido a memória.

-Os meus pêsames-entrei em choque afinal a história do rapaz perfeito não era nada perfeita- Não sei o que te dizer…

-Não precisas. Parece que me vais aturar aqui…vamos viver no mesmo prédio. Vamos ser coleguinhas-disse mudando de tema.

-Ainda bem.

-É bom, porque até agora tu és a minha única amiga.

Eu sorri-lhe e ele sorriu-me de volta.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??? Deixem review- ajuda muito ;)
Próximo capitulo será posto no dia 23... até lá muitos beijinhos minha gente linda :D ♥



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