In Search Of The Old Neopia escrita por SoraHalloween


Capítulo 3
Capítulo II --- Colar de Coração Dourado


Notas iniciais do capítulo

Desculpem qualquer incoerência na história.



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Não há necessidade de dizer que os momentos seguintes foram de tensão.

"Sua mãe?", o Aisha tinha uma cara incrédula. "Mas não pode ser, não dá."

"Não dá?", a Kau começou a perceber que quanto mais conversavam, menos entendia o que estava se passando. "Claro que isso é possível! É tão possível que eu estou aqui, e sou a filha dela."

"Mas a senhorita Anna não tinha família, quanto mais uma filha!"

Será que o Aisha estava falando da mesma Anna? Afinal, devem existir outros Kaus chamados Anna. Mas isso ainda não explicava a parte do colar de coração.

"Espere, espere.", e suspirou, arrumando seus pensamentos. "Senhorita? Como assim?"

"É que a senhorita Anna...", antes que pudesse completar a frase, foi interrompido.

"Explique-me tudo que você sabe sobre minha mãe.", disse, nervosa. "Mas tudo mesmo, ouviu?"

Assim que o felino começou a contar tudo que sabia, a Kau prestou atenção em cada palavra que saia de sua boca.

"Pode não parecer, mas eu tenho uma loja.", contou o Aisha. "Ou tinha.”
 “Tinha?”
 “Por favor, não me interrompa, se não vou esquecer onde parei.” ·.

Realmente, a Kau gosta muito de fazer perguntas, mas ela deveria se controlar, para não interromper a linha de raciocínio dele. Imagina se ele se esquece da história? Melhor nem pensar.

"A loja era localizada na Central de Neopia. Eu vendia objetos de colecionar, principalmente cartões. Aqueles que vêm em várias cores, de acordo com sua raridade. A minha loja não era a mais famosa, e talvez, nem a com os melhores produtos, mas eu tratava com amor meus objetos. Cada carta era colocada em um envelope, individualmente. Elas também estavam em prateleiras de acordo com sua raridade...”
 “Desculpe interromper, mas onde minha mãe entra na história?”
 “Eu lembro como se fosse ontem, que uma Kau entrou na minha loja. Ela parecia muito sábia, para falar a verdade. Eu nunca tinha a visto pelo Mercado antes. Rapidamente, eu perguntei o que ela gostaria de ver. Ela me perguntou se eu tinha algo raro e que uma Kau pequena gostaria.”.

"E essa Kau sou eu, acho."

"Provavelmente.", e pensou um pouco, mas logo continuou. "Então eu mostrei minhas cartas mais raras, mas ela perguntou se eu não teria algo mais... Único. Eu mostrei algumas das frutas mais bonitas que eu tinha, mas ela queria algo mais... Místico, se não me engano."

Ela já sabia o que Anna compraria. O colar, é claro. Lembranças invadiram seus pensamentos. Lembrou-se de sua mãe lhe dizendo que, assim que viu aquele colar, lembrou-se dela, pois não era a coisa mais chamativa da loja, mas era muito especial.

“... Mas ela também não quis meus chaveiros, então eu perguntei se ela não gostaria de dar uma olhada pela loja. Não foi necessário muito tempo, e ela voltou com esse colar." e apontou para o objeto. "Eu disse que ele não era tão bonito quanto outros colares que eu tinha, mas ela disse que seria aquele. Eu não entendi muito bem porque ela escolheu-o, mas ela o comprou mesmo assim."

"Até agora, não vejo nada que explique que o colar seja seu, pois você já o vendeu, então ele passou a ser da minha mãe, e como ela me deu, agora ele é meu.", e suspirou. "Por favor, adiante."

"Antes de ir embora, ela me disse que caso eu percebesse algo de errado ao meu redor, eu a procurasse. Eu não acreditei no que ela disse. Afinal... Minha vida era aquela loja, como algo de errado poderia acontecer se nem de lá eu saia? Ela ainda falou que, caso eu não a achasse, então procurasse por aquele colar, que eu acharia um jeito de encontrar a verdade."

"Ela estava falando de Neopia. Quer dizer, naquela parte do seu redor correr perigo.”
 “Eu percebi isso, mas só quando já era tarde demais." e abaixou seu rosto. "Faz dois dias que eu a procuro, então, lembrei-me do colar. Decidi procurá-lo, e aqui estou."

"Ela não disse que o colar seria seu, se o achasse." e recuou um pouco, preocupada. "Ela só pediu para você procurá-lo.”
 “Mas eu acho que esse colar tem algo a ver com a salvação de Neopia.", seus olhos estavam congelados no colar. "Eu sei que parece estranho, mas...”.

"Eu acredito na sua história. Pelo menos, acredito que minha mãe comprou o colar e lhe disse isso. Mas não vou deixar você levá-lo."

"Você não entende, eu tenho certeza de que podemos salvar Neopia assim!”
 “Você quem não entende, essa é a única coisa que eu tenho que me faz lembrar a minha mãe. E se ela estiver viva? Ela sumiu!”
 “Que tal procurá-la junto comigo? Então, quando a acharmos, eu pergunto sobre a salvação de Neopia.”
 “Eu já estou procurando.", a Kau começou a caminhar, passando pelas ruínas do local. "E até agora, nada de bom aconteceu. Eu realmente acho que você só traria problemas. Eu preciso de pistas, não de mais problemas, pois já tenho os meus. Além do mais, e a sua loja? Você não me disse o que aconteceu com ela, nem porque não voltou para vê-la."

"Eu posso explicar isso." e passou a correr na direção dela, tentando acompanhá-la. "Eu fui atrás da Anna, mas eu já a tinha perdido de vista. Mas eu consegui vê-la, saindo da cidade. Decidi segui-la, mas não tive sucesso em achá-la. Quando voltei, os guardas estavam em toda a parte, e não deixavam ninguém entrar nem sair. Eu fiz tudo que pude para entrar, mas eles estavam determinados a não deixarem ninguém entrar nem sair."

A Kau apertou o passo, indo cada vez mais rápido. Ela queria sair do Lago Kiko agora mesmo. Queria encontrar sua mãe, e pedir explicações para tudo isso. Quem é esse? Que história do colar é essa? Salvação de Neopia? Nada fazia sentido.

Com vontade de gritar de frustração, ela decidiu dar uma chance ao estranho.

"Você pode vim comigo, mas não me atrapalhe", e virou-se para ele. "Qual seu nome? O que você passou a fazer depois que a Central foi fechada?”
 “Meu nome é Colle." e fez uma reverência. "Colle Casgliad Tion."

Que nome mais engraçado. Colle Casgliad Tion. Se você usasse o primeiro e último nome, teria a palavra Colle Tion, que lembra Collection, ou Coleção. E Casgliad... É Coleção, em galês.

"E o seu nome?", perguntou Colle.

Essa é uma das piores perguntas, para a pequena Kau. Ela não gostava de seu nome, então todos a chamavam de Kau. E como todos seus amigos desapareceram, ela mesma passou a esquecer de seu nome, a ponto de não lembrar mais nem o primeiro nome. Por isso, ela não esperava essa pergunta.

"Você está bem?"

"Aswyna."

"C-como?", Colle engasgou-se. "Aswyna? É seu nome mesmo?” ·.

Percebendo que a conversa já tinha terminado, ele seguiu-a.

O local estava muito menos apavorante do que antes. Agora, as ruínas faziam sombra no chão. O imenso buraco, que antes era o lago, estava bastante escuro, mas ainda dava para ver algumas coisas quebradas lá. Já estava anoitecendo, e Aswyna lembrou-se que ali não havia lugar para dormir. Voltaria para a Central? Nem pensar. Apressando o passo cada vez mais, viu o final do Lago Kiko. Bastante longe, como se fosse de brinquedo, viu um castelo. Era Brightvale. Percebeu, também, que a direita, a grama começava a escurecer, como se estivesse morta, ou suja. Não teve um bom pressentimento sobre isso, então, resolveu arriscar.

"O que tem nessa direção?", e apontou para a direção das gramas.

"Ah, você não vai querer visitar esse local, isso eu garanto a você."

"Por que não?"

"Porque nessa direção, existe os Bosques Assombrados. Ele está bem longe do Lago Kiko, e não vale a pena ir por lá, acredite.", e continuou caminhando, para frente. "Lá só deve ter fantasmas e seres estranhos."

"Não tem problema se for distante, você pode voar, vai chegar lá rapidinho."

"Mas eu estou tão cansado que não vou conseguir voar, por isso vim para o Lago Kiko caminhando.”
 “Entendo.", e pensou nas decisões. Voltar para a Central? Não seria tão louca assim. Dormir no chão, no Lago Kiko? Só se quisesse morrer ou ser assaltada. Ir para Brightvale? Muito difícil, afinal, deve haver guardas por toda parte, lá. Então, a única opção considerável é visitar os Bosques Assombrados. "Então vamos andando, para os Bosques.” ·.

Coller até pensou em reclamar, mas estava tão cansado que isso seria perda de tempo. Afinal, se os Bosques Assombrados são mesmo habitados por fantasmas e seres estranhos, eles provavelmente não mudaram nada, desde a "queda" de Neopia.

"Rápido, se não, não chegaremos a tempo de descansar!"

"E-espere!", mas a pequena Kau já estava indo em direção aos Bosques, galopando.


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