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Ponto de Vista: Kuran Yuuki.

Eu estava assistindo o show do BIGBANG e cantando em um tom que não era muito apropriado para aquela hora do dia.

Por que eu era daquelas pessoas que não se contentavam em cantar e curtir só a musica, eu tinha que cantar e dançar, interpretar a historia do MV, fazer a segunda voz, o rap e o toquinho da musica.

Eu só espero que eu não acorde ninguém fazendo essa turnê mundial na minha cozinha.

- Wow, Fantastic Baby. – cantei fazendo de uma simples colher a um microfone.

Serio, eu estava me sentindo no palco cantando Fantastic Baby junto com aqueles cincos lindos, cheirosos e gostosos.

E eu tive que me conter para não gritar como uma retardada o nome do GD.

- GD, pare de ser tão lindo. – é, eu falei que tentei, não disse que ia cumprir.

- Ok, como você ousa falar que outro homem é lindo na minha própria casa? – resmungou Zero fazendo certa ação que me deixou sem ação.

Ok, eu não sei o que me deixou mais em pânico nesse momento.

Zero ter escutado essa declaração de amor muito tosca pelo GD justo quando ele estava em casa ou ele ter simplesmente me abraçado por trás e colocado sua cabeça no meu ombro.

Eu sei isso é normal entre namorados, mas sei lá, eu fiquei envergonhada com isso.

Talvez seja porque nunca havia feito isso na vida.

- Ah, er. – foi o que eu tentei falar.

- Pode continuar surtando por causa desses coreanos, eu vou continuar aqui você querendo ou não.

- Er, sobre aquele negocio de eu ter falado sobre o G-Dragon. – tentei mudar de assunto para ver se eu parava de ser tão retardada, idiota, doente mental e curtisse a situação. – E-eu não quis falar por mal, é que ele é meu bias e é natural eu falar isso.

- Bias?

- È o cara que você gosta em uma banda.

- Ah, então você gosta desse tal de dragão alguma coisa? – perguntou Zero num tom de ciúme.

- Sim, quer dizer, não. Quer dizer, eu gosto dele, mas como uma fã gosta de um artista e nada mais que isso. – tentei contornar a situação, mas eu só estava piorando. – Por favor, não mate o GD. – por fim falei num tom baixo, Zero riu.

Zero saiu do seu abraço e foi parar na minha frente, eu estava de olhos fechados com uma careta horrível e pude ouvir que ele riu mais ainda quando me viu assim.

- Ei garota. – chamou ele cutucando meu nariz e eu torci o mesmo abrindo os olhos. – Eu estava brincando, eu não vou matar esse coreano aí não.

- Ah, que bom. – respirei aliviada. – Pareceu bastante convincente.

- Eu não vou matar ele, porque eu tenho você, coisa que ele nunca vai ter. – falou Zero sorrindo de lado, como não se derreter com esse sorriso e essa frase? – Nunca não é mesmo?

- Claro que não Zero. – ri da incerteza dele. – Mas se por acaso um dia acontecer... – zombei e Zero só faltou me fuzilar com o olhar. – Ok, ele nunca vai ter.

- Eu acho bom, não gosto de dividir as coisas que são minhas. – por fim falou Zero me dando um demorado beijo nos lábios.

Nota mental de hoje: nunca, jamais assistir MV’s ou shows de K-Pop quando se tem um namorado ciumento chamado Kiryuu Zero.

- Ok. Vocês vão ficar aí quase se acasalando ou vão me dar um mínimo de atenção? – resmungou alguém que parecia estar perto da gente.

Rapidamente me separei de Zero e notei que havia uma pessoa sentada no sofá fumando cigarro e praticamente nos fuzilando com o olhar.

Era Yagari e quando me liguei que ele havia presenciado toda a cena, do começo ao fim, fiquei imensamente vermelha.

OH MEU DEUS, será que ele me viu fazendo a dança de Fantastic Baby?

- Porque você não bate na porta ou espera para entrar como gente civilizada Yagari. – resmungou Zero olhando na maior cara de tacho para ele.

- Primeiro, porque eu não sou uma pessoa civilizada, segundo eu não tenho tempo esperar a sua boa vontade de atender a bosta da porta e terceiro se eu não tivesse chegado agora você certamente teria engravido essa garota. – falou Yagari como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Você é um maldito mesmo Yagari e pare de falar essas coisas não está vendo que envergonha a Yuuki?

- Ela deveria era colocar essas conversas em pratica e não ficar vermelha.

Serio, esse Yagari me dá um medo tremendo.

Como ele pode falar nesses assuntos sem ao menos ficar constrangido?

- Ou você para de falar merda e fala logo o que você quer ou vai embora.

- Vamos até o Conselho, haverá uma reunião entre os caçadores e se ousar falar que não eu trituro seus ossos e depois coloco no liquidificador.

- Mas se você triturar os ossos do Zero eles vão estar em pó e não tem jeito de bater algo em pó no liquidificador. – corrigi Yagari que só faltou me bater.

- Quer servir de experiência para eu comprovar sua tese?

- E-eu quero minha mãe! – gritei correndo para meu quarto.

[...]

Eu estava andando por aquele corredor iluminado por tochas que iam até metade da parede.

Aquele lugar me dava arrepios e estava ficando meio desconfortável com os burburinhos e os olhares que pareciam ser diretamente para mim.

Será que eu estava com um pé de cada sapato ou ainda de pijama para todo mundo ficar me olhando assim?

Paramos até uma enorme porta de madeira clara e rustica que estava meio aberta havia uma enorme mesa comprida que estava ocupada por varias pessoas que quando notaram minha presença me lançaram mais olhares mortais, engoli seco e recuei um pouco para trás.

De repente, uma garota de cabelos curtos que batia na sua nuca saiu da sala e praticamente voou para frente de Zero.

- Como você ousa trazer essa garota tosca para cá? – resmungou ela gritando.

- Porque ela é minha mulher e você não tem o direito de falar assim dela! – respondeu Zero de voltando parecendo estar nervoso.

- Ótimo! Traga essa garota para cá e a considere bastante como a sua preferida. – retrucou a garota, ok ela estava conseguindo me tirar no meu serio. – Só não venha falar nada quando esse monstrinho fuder tudo por aqui.

E entrou na sala novamente, batendo a porta, deixando a palavra monstrinho ecoando na minha cabeça.

De alguma forma aquela palavra não me fazia nada bem, me fazia ficar imensamente triste.

Parecia que algo dentro de mim se identificava com essa palavra, mas ao mesmo tempo se sentia magoada quando o chamava assim.

E era exatamente assim que eu me sentia.

- Garota, você está bem? – perguntou Zero. –Er, sobre isso que você ouviu...

- Kiryuu Zero, entre na sala agora! – gritou Yagari de lá de dentro, Zero suspirou pesadamente.

- Vou lá Zero, eu vou voltar para casa. – avisei olhando para baixo.

Antes que Zero pudesse responder algo decente, ele praticamente foi puxado por Yagari para dentro da sala.

Nem liguei muito para essa ação totalmente educada de Yagari contra Zero, esse era o jeito dele agir.

Mas as palavras daquela garota ficaram martelando na minha cabeça por um longo enquanto caminhava para fora daquele corredor.

E se eu fosse mesmo um monstro?

E o que ela quis dizer com “não venha falar nada quando esse monstrinho fuder tudo por aqui.”?

O que eu faria futuramente que prejudicaria todos por aqui?

Foi com essas duvidas na cabeça que desmoronei de tanto chorar naquele corredor.

O que eu faria de tão ruim assim?

Eu não seria capaz de machucar nem uma mosca, imagine uma pessoa.

O Zero.

O meu amado Zero.

Eu não era um monstro.

- Nobres damas como você não deveriam chorar, é um desperdício com esse rosto tão lindo. – falou alguém atrás de mim.

Enxuguei minhas lagrimas rapidamente e vi.

Ele era lindo