Louis

E lá estava ela. Seus cabelos castanhos claros voando ao vendo enquanto ela corria. Usava um short amarelo com uma blusa florida. Em seus cabelos havia uma tiara dourada e em seu pescoço um colar escrito ‘’I love you’’. Eu a observo atentamente. Ela é linda. Não... Ela é perfeita! Seu sorriso era o mais bonito de todos, nunca vi um igual. Quem não se apaixonaria por ela?

Bem... Eu.

Não estou falando de uma garota que estou apaixonado. Estou falando da minha melhor amiga. Sim, ela é mesma. A Laís.

– Ei Bff! – Laís pula em mim, fazendo com que eu a carregue. Ela pressiona seus lábios em minha bochecha, dando um beijo que dizia por si mesmo ‘’Eu o amo tanto!’’.

– Ei pequena! – Eu digo, olhando para ela. Ela abre um enorme sorriso e desce dos meus braços, ajeitando sua roupa em seguida.

– Tenho coisas para te contar e coisas para te cobrar. – Laís sorri maliciosamente e me puxa pela mão, levando-me a um lugar com poucas pessoas.

– O que foi? – Eu a olho apreensivo.

– Ganhei a aposta. – Ela cruza os braços e sorri vitoriosamente. – Eu disse que conseguia.

– Que aposta exatamente? – Pergunto confuso. São tantas.

– A de ficar com o Hugo! – Ela estala os dedos como se dissesse: ‘’Alô?’’ – E agora você me deve uma. – Laís dá um soco em meu ombro. Coloco a mão em cima.

– O que você quer? Sabe que eu consigo tudo. – Dou de ombros e sorrio convencido.

– Eu quero que você seduza a professora de álgebra e pegue minha prova, preciso corrigi-la antes dela.

– Laís... – Bufo. – Isso vai ser a coisa mais fácil!

– Duvido Boo Bear, ela é muito bonita, gostosa e difícil pra você. – Laís diz passando o dedo em minha camisa. Sigo seu dedo com o olhar até que ela para em minha boca. – Aposto que você não consegue.

Tiro seu dedo de meus lábios e reviro os olhos. – Mais uma aposta? Vamos lá. Eu vou começar a dificultar pra você. A primeira aula é a dela, vou começar por agora. Observe como o mestre faz. – Pisco.

Eu e a Laís andamos até nossa sala. Assim que entramos a nossa professora de álgebra, Aléxia, estava sentada em sua cadeira. Laís olha pra mim e faz bico.

– Você já perdeu gostosão! – Ela sussurra e bate em minha bunda, andando até sua cadeira em seguida. Reviro os olhos.

Observo a mesa da professora enquanto estou encostado na porta. As provas estavam todas ali em cima. Eu teria que ser rápido, pois as provas estavam arrumadas em ordem alfabética, como todos deixam, e provavelmente, Aléxia iria corrigi-las depois do almoço. Ou seja, eu poderia fazer isso no final da aula.

Ando até a mesa da professora e paro olhando-a de lado. Noto que as provas estão desorganizadas e não retas, mais uma coisa positiva.

– Tomlinson? – Aléxia me chama fazendo com que eu olhe para ela. – Vai ficar admirando a minha mesa?

Eu fixo meu olhar nela. Pelo menos Aléxia era uma ótima professora. E quando digo ótima, eu me refiro ao corpo. Ela é uma tremenda de uma gostosa. Meus olhos correm do seu rosto até seu decote. E que decote.

Eu coloco as duas mãos na mesa e fico de frente para Aléxia, deixando meu rosto muito mais próximo do seu. Ela me olha com seus olhos verdes, mantinha a boca entreaberta.

– Prefiro admirar só você. – Dou meio sorriso. – Mas fica meio impossível quando se põe uma blusa dessas. – Aponto com a cabeça para seu decote. Ela olha para o mesmo e engole em seco, voltando a olhar para mim.

– Você não devia olhar para meu decote. – Ela sussurra o mais baixo possível. Dou um risinho.

– Como quiser professora. – Sorrio maliciosamente e dou meia volta indo em direção à primeira cadeira da frente. Tudo começa com as provocações.

Aléxia levanta com o piloto na mão e começa a escrever na lousa.

– Professora... – Pigarreio. Aléxia se vira e respira fundo ao olhar pra mim. – O que você vai me ensinar hoje? – Eu a olho da cabeça e os pés não contendo um sorriso malicioso. – Ops... Ensinar a nós. – Dou um riso irônico. Harry que estava atrás de mim ri também.

– Hoje eu só vou revisar. Apenas copiem. – A professora responde e volta-se para a lousa. Ela parecia nervosa.

– Mais uma aposta com a Laís? – Harry sussurra. Viro-me para olhá-lo.

– Sim, ela ganhou a aposta de ficar com o Hugo. – Sussurro de volta.

– Eu soube, ele disse que ela é muito gostosa e muito boa. – Harry assente como se pensasse na ideia. Dou um tapa em sua cabeça.

–Ei! – Levanto uma sobrancelha. – Como assim? Eles...?

– Transaram? Não sei! – Harry dá de ombros. – Mas quem não acha a Laís gostosa? Até eu peg...

– Cala boca. – Digo sério e me viro para frente.

Não suporto que falem assim da Laís, eu sei que ela é isso e aquilo tudo de bom, mas é minha melhor amiga, se eu não falo, eles não devem falar. Sem exceções.

A primeira aula de álgebra passa. Nesta segunda aula tínhamos que sentar em dupla. Eu nem precisava me locomover. Laís já tinha puxado uma cadeira para meu lado e sentado na mesma.

– Eu quero minha prova, Louis. – Laís olha para mim com a mão no queixo.

– Acalme-se, eu irei pegá-la.

– Estou com a leve impressão de que dessa vez eu ganho a aposta. – Ela dá de ombros e ri em seguida.

– Aliás, se você ganhar teria o que mesmo? – Arqueio uma sobrancelha.

– Massagem. Gosto de massagem.

– Massagem erótica? – Sorrio maliciosamente. Laís dá um tapa em meu braço e nós rimos.- Porém se eu ganhar... Eu vou colocar a pior aposta pra você.

– Não tem uma aposta que eu não ganhe. – Laís levanta as duas sobrancelhas. Eu rio.

– Vamos ver. – Suspiro fingindo estar triste e a olho nos olhos. – Essa vai ser realmente a pior. Mas talvez você goste. – Dou um sorriso malvado e olho para frente, prestando atenção na aula.

[...]

Todos estavam saindo da sala. Eu guardava minhas coisas lentamente pra que assim eu ficava sozinha na sala com a professora. Reviro os olhos impaciente. Que demora de todos saírem! Olho rapidamente para Aléxia que se mantinha concentrada em seu caderno de anotações. Ao meu lado o último aluno que estava na sala sem ser eu, tinha acabado de sair. Suspiro. Até que fim.

Com o caderno na mão, eu me viro e ando em direção até a mesa de Aléxia.

– Pode ir Tomlinson. – Aléxia diz sem olhar para mim.

– Sabe... É que antes eu queria tirar uma dúvida. – Eu sussurro enquanto passo meu dedo indicador por sua mão e subo até seu pulso. Aléxia engole em seco e me olha.

– Tire e saia. – Ela desvia o olhar do meu. Sorrio.

Eu sento na mesa e me viro, ficando de frente para Aléxia. Ela me olha boquiaberta e afasta-se, movendo-se junto com a cadeira. Pego seu caderno de anotações e o deixo cair no chão. Dou um sorriso cínico. Aléxia me olha com a boca entreaberta sem saber o que fazer. Seus cabelos loiros caem entre seu decote e sua franja levantava cada vez que ela respirava. Ela é realmente uma professora gostosa.

Eu pulo da mesa fazendo com que Aléxia trema o corpo. Ela estava assustada, sem saber o que fazer. Elas sempre ficam assim. Então pego o piloto que estava no apoio da lousa e enquanto Aléxia estava de costas para mim, eu escrevo.

– Então... Essa é a minha dúvida. – Suspiro e faço beiço.

Aléxia levanta lentamente e respirava fundo dizendo alguma coisa para si mesmo. Presumo que seja ‘’fique calma’’. Eu corro até a porta e tranco a mesma. Quando eu volto Aléxia já havia se virado. Ela estava boquiaberta mais uma vez.

‘’ Do you wanna have sex with me?’’’ Era o que estava no quadro.

– E aí... O que você me diz? – Digo me aproximando de Aléxia com um sorriso malicioso. Ela dá um passo pra trás e quase tropeça, mas eu a seguro pela cintura. Com meu pé esquerdo, eu empurro a cadeira para o lado e ando com a Aléxia até a mesa.

– Não podemos fazer isso. – Aléxia diz olhando-me nos olhos.

– Eu sou teimoso.

Eu a beijo antes mesmo dela tentar falar algo. Aléxia não nega. Eu a carrego, colocando-a em cima da mesa. Ela coloca suas pernas envoltas da minha cintura, e assim eu consigo puxá-la para mim, fazendo com que fiquemos quase colados. Continuo a beijando apressadamente. Abro meu olho esquerdo e olho para as provas. Minha mãe tateia a mesa até achar a montanha de papéis. Paro de beijar Aléxia na boca e desço para seu pescoço. Ela mantém os olhos fechados e suspira enquanto deixo leves chupões na pele de seu pescoço. Aproveito enquanto não tem risco nenhuma de que ela note e puxo um papel bem no meio de todos. Quase meus olhos soltam quando vejo que é a prova da Laís. Sorrio maliciosamente ainda beijando o pescoço da Alexia e ponho a prova dentro do meu caderno que eu havia deixando em cima da mesa.

Pronto, missão concluída. Agora é só tirar proveito dela.

[...]

– Cadê minha prova, Boo Bear? – Laís me para assim que saio da sala. Ponho o dedo em sua boca e lanço a ela um olhar assassino.

Alexia sai da sala rapidamente com suas provas nas mãos. Eu rio de leve e olho para Laís.

– Aqui está. – Tiro do meu caderno a prova e a entrego.

– Obrigada, ótimo trabalho. – Laís vira, mas eu a puxo pelo braço.

– Eu não esqueci da aposta. Eu ganhei. – Levanto uma sobrancelha. Laís suspira revirando os olhos em seguida.

– O que você vai querer? Já fiz de tudo, faça desafios diferentes, Boo Bear.

– Você acertou, esse vai ser diferente. – Eu me inclino até seu ouvido e sussurro. – Eu aposto que você não consegue fazer eu te desejar tanto como os outros desejam. – Eu a olho. Ela engole em seco. – Se você não conseguir isso, gordinha... – Sorrio – Eu serei o melhor de todos em desafios.

– Mas...

– E eu serei o melhor. – Repito e rio em seguida. – Você já perdeu essa, pequena. – Me inclino novamente e deposito um beijo em sua testa, alisando sua bochecha em seguida. – Vou passar à tarde na enfermaria. Até mais!

Eu me viro deixando a Laís batendo os pés no chão. Eu sei que foi a melhor loucura esse meu desafio, eu nunca diria isso se não tivesse certeza de que a Laís não fosse aceitar essa aposta. Ela não vai aceitar, ela nunca aceitaria isso. Eu a conheço. Laís não faria isso, pois somos melhores amigos, seria a coisa mais estranha do mundo. E bem... Como sou esperto... No final eu irei ganhar e finalmente essa nossa brincadeira de apostas vai acabar.

Ando com um sorriso de orelha a orelha até a enfermaria. Entro e me jogo na primeira maca. Ouço os passos da Marina em seu salto branco de sempre.

Hora do 2º round.

No outro dia...

– Então... Você pegou a Alexia? – Harry pergunta.

– Quem é Alexia? – Alice franza a testa.

– É a professora de álgebra. Você não tem aula com ela? – Pergunto.

– Não, esse é o horário de biologia. – Ela dá de ombros.

– Mas então... Sim eu peguei. – Sorrio.

– E o que você apostou em troca com a Laís? – Harry pergunta novamente.

– Eu apostei que ela não nunca iria me fazer deseja-la. – Dou de ombros e risco a mesa de Harry enquanto falo. – Ela não aceitaria. Ela sabe que somos só melhores amigos e que isso poderia até estragar a amizade...

– Louis... – Harry me chama, mas eu o ignoro e continuo falando.

– Eu vou ganhar essa e toda essa porcaria de aposta...

– Louis!

– Vai acabar e vou ser o melhor pra sempre! Sou esperto, pode dizer! – Olho para o Harry e sorrio, mas ele faz uma cara conhecida até demais pra mim. Uma cara que significa ‘’tem alguém atrás de você’’. E ele estava certo.

– Oh Lou... – Laís ri sarcasticamente. – Acho que você não vai ganhar essa.

Olho Laís dos pés a cabeça e fico boquiaberto. Ela estava sentada na minha mesa e usava uma saia mais curta de todas que ela já chegou a usar. Suas pernas estavam cruzadas o que as deixavam maior ainda. Ela usava uma blusa branca e apertada, o que marcava seus seios. Sua boca levava um batom da cor vermelha. Laís enrolava uma mecha de seu cabelo castanho, quase ruivo, em seu dedo. Ela sorri e morde a boca em seguida. Engulo em seco.

– Laís... – Tento falar, mas ela me interrompe, inclinando-se e deixando nossos rostos bem próximos. Prendo a respiração.

– Boo Bear... – Laís passa o polegar em meu lábio inferior e sem seguida deixa seus olhos castanhos pesarem sobre os meus. – Eu nunca vou perder.

– Mas...

– Prepare-se, isso é só o começo. – Laís sorri maliciosamente. O sinal toca. Solto a respiração e recupero o ar que me faltava. – Tchau Alice, tchau Harry. – Ela olha para mim e coloco a mão em meu peito. – Tchau melhor amigo. – Então levanta passando a mão pelo meu ombro. Olho para trás e viro-me rapidamente, fechando os olhos com força.

– Cara... Você está ferrado. – Harry diz com um risinho.

Droga.