Bring Me To Life escrita por GabiCullenRock


Capítulo 8
Capítulo 7 - Esquecimento e uma doce lembrança


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoal! Feliz páscoa pra todos!
Estou tãaaooo feliz pelas recomendações e queria agradecer à littleflower e bellitaswancullen. Amei de coração as suas recomendações! Esse cap. é dedicado exclusivamento a vcs ♥ Boa leitura a todos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/212083/chapter/8

Pov. Bella

       Acordei com um pi-pi-pi lento e constante de uma máquina. Tinha um tubo de oxigênio na minha boca e no meu nariz. Eu estava no hospital, isso era óbvio. Levei algum tempo para me lembrar do que tinha acontecido. Na verdade eu nem me lembrei de nada. Só me lembrava do rosto de Edward e de um beijo dado por ele na minha bochecha, mas isso devia ser um delírio ou um sonho. Era algo impossível, eu devia estar louca.

         Senti uma dor incômoda na cabeça e percebi que deve ter sido isso que me trouxe ao hospital. O que será que aconteceu? Não demorou muito e uma enfermeira adentrou o quarto.

         -Ah está acordada! Que bom querida! – ela falou, sorrindo gentilmente pra mim. Era uma senhora de meia-idade meio gorducha, com cabelos grisalhos e semblante bondoso. Sorri pra ela também.

         -Mas... o que aconteceu? – perguntei confusa.

         -Você não se lembra? – ela perguntou, neguei com a cabeça. – Bem, isso às vezes acontece. Às vezes as pessoas esquecem o que aconteceu quando a batida na cabeça é muito brusca. E no seu caso foi mesmo! Perdeu muito sangue, por pouco que não precisamos fazer uma transfusão de sangue.

         -Como eu bati a cabeça? – perguntei.

         -Bem, sua amiga Ângela falou que foram uns meninos. Ela os denunciou, mas parece que não tem provas o suficiente. Você não se lembra de nada, querida?

         -Não... – falei, omitindo a lembrança do rosto de Edward. Teria sido ele que me machucou? Eu não acreditava nisso.

         -Você tem que descansar querida. Se passar bem essa noite talvez possa ter alta amanhã.

         -Há quanto tempo eu estou aqui?

         -Faz quatro dias que você dorme. Estávamos realmente ficando preocupados com você. Devo dizer que você tem uma grande amiga. Ângela vem aqui todos os dias depois das aulas vê-la.

        Sorri me lembrando de minha querida amiga. Talvez Ângela me ajudasse a lembrar do que havia acontecido.

        -Agora descanse – mandou a enfermeira, acariciando meu rosto de maneira maternal. Eu me senti bem, sentia muita falta de um carinho assim desde que meus pais morreram num acidente de trem quando eu tinha cinco anos. Eu nem me lembrava deles direito, só lembrava que eles sempre foram muito carinhosos comigo. Pensando nisso eu adormeci...

                          ______________________

         No dia seguinte eu recebi alta e fui para o orfanato junto com Ângela. Estávamos no ônibus e eu agora queria todas as respostas.

         -Ângela o que aconteceu? – perguntei para minha amiga que se mantinha calada.

         -Ai Bells eu esperava que você se lembrasse. Eu só sei metade da história. Depois eu saí. Mas tudo começou com uma brincadeira idiota daqueles imbecis.

        -Que imbecis? – perguntei, pois eu não lembrava nada.

        -Ah Bella! O desgraçado do Edward e seus amigos retardados. É claro! – Ângela falou com raiva. Eu nunca tinha a visto xingá-los com tanto ódio – Eles atiraram pedras em você.

         Arregalei os olhos assustada. Era violência demais para adolescentes de 17 anos! Eu não esperava isso de Edward! Senti-me decepcionada, nem sei por quê... Mas não suportava a idéia de ele me apedrejando. Não entendi como só minha cabeça tinha sido atingida. Ou eles eram muito ruins de mira, ou tinha algo errado.

         -Na verdade eles começaram a atirar pedrinhas pequenas em nós duas, mas depois uma pedra realmente grande foi atirada na sua cabeça. Eu não sei qual deles que atirou, eu não vi. Também estava correndo. Mas eu acho que foi o Cullen! Sempre é ele que mais te humilha e ultimamente tem andado tão agressivo. Além disso, ele era o que mais parecia culpado ao te ver sangrando e caída. Depois eu saí pra chamar ajuda e quando cheguei os covardes já tinham fugido.

        -Não acredito que tenha sido o Edward – me vi falando de repente, vi Ângela arregalar os olhos.

         -Por que não? – ela perguntou perplexa. Dei de ombros. – Sabe o Edward foi o que mais estava vermelho e nervoso quando eu o denunciei, mas ele ganhou a causa é claro. Tem tanto dinheiro, conseguiu o melhor advogado de todos, além disso, toda a escola estava a favor dele. Até alguns alunos inventaram um álibi e disseram que estavam com ele no momento do crime. Eu fiquei de mentirosa na frente de toda a escola. Eu esperava que você pelo menos se lembrasse Bella! Pelo menos poderia me ajudar – ela agora parecia nervosa. – E agora diz que não foi o Cullen maldito! Não sei por que confia tanto naquele cara!

       -Eu só não acho que tenha sido ele que atirou a pedra grande – retruquei. Ela não falou mais nada e nem eu.

        Chegamos ao orfanato e eu logo me deitei na cama. Só queria deitar um pouco e pensar. Eu tinha que me lembrar do que tinha acontecido depois que Ângela foi embora. Eu sentia que algo mais tinha acontecido, mas não sabia o quê. Adormeci sem conseguir lembrar...

                          __________________

          No dia seguinte Ângela não queria me deixar ir pra escola dizendo que eu precisava descansar, mas eu me sentia bem o bastante para ir. Além disso, eu precisava tirar logo essa história a limpo. E nada melhor do que falar com Edward. Talvez ele me contasse alguma coisa. Estávamos indo pra escola então, pegamos o ônibus até que me liguei de algo.

          -Então acabou o caso? Edward e seus amigos foram inocentados?

          -Na verdade não... o Edward está meio encrencado. Eu tinha uma prova contra ele. A camisa dele foi encontrada amarrada na sua cabeça. O que significa que ele estava na cena do crime. Ele é o principal suspeito.

          Alguma coisa dentro de mim ardeu. Estava acontecendo uma injustiça. Eu tinha certeza que não tinha sido ele que tinha me machucado. Eu precisava mesmo falar com ele e esclarecer algumas coisas.

          Chegamos à escola e logo começaram os murmúrios: “A Swan voltou!” “ Vejam a cabeça dela!” Eu tinha uma atadura no lado esquerdo da cabeça, o lugar atingido. Muitos agrediam Ângela com voz alta: “Mentirosa” “Dedo-duro!”

          Fomos pra aula e eu vi Edward. Ele parecia nervoso e preocupado. Sua veia da testa estava meio saltada. E ele conversava com Jasper seu amigo. Quando ele me viu uma estranha expressão tomou seu rosto. Eu não sabia o que significava. Se era felicidade ao me ver, alívio, raiva, tristeza ou o quê.

           As aulas passaram normalmente e quando chegou a hora do recreio eu corri atrás dele.

             -Edward! Precisamos conversar! – eu falei pra ele. Ele se virou pra mim com uma sobrancelha erguida em sinal de desprezo.

             -Eu não tenho nada pra falar com você, Swan – respondeu secamente, falando meu sobrenome com desprezo.

             -Mas eu tenho, Edward. Você precisa me escutar. E preciso que me conte o que aconteceu naquele dia.

              Ele se fez de desentendido.

             -Que dia? Eu não estava no dia que machucaram a porcaria da sua cabeça! Não sei de nada – ele me deu as costas pisando duro e com o rosto vermelho de raiva.

              Senti-me perdida. Só ele podia me ajudar, mas ele nunca iria querer falar comigo. Muito menos na escola, na frente de todo mundo. Eu sabia que ele voltava pra casa a pé e sozinho. Seria o momento certo.

             Esperei a aula terminar. Falei pra Ângela que eu ia ficar na escola pra estudar na biblioteca e depois ia pro orfanato mais tarde e ela acreditou. Pegou o ônibus, enquanto eu seguia Edward na saída da escola. Ele não percebeu minha presença às suas costas. Quando estávamos na metade do caminho eu o chamei.

            -Edward!

           Ele se virou pra mim atônito. Parecia assustado com minha presença, mas logo colocou o semblante duro.

          -O que quer, Swan? Já não acha que está me incomodando o bastante com suas acusações incabidas? – falou rudemente.

         -Não sou que estou te acusando. É a Ângela, mas é exatamente sobre isso que quero falar com você.

         Ele me deu as costas.

         -Foda-se! Eu não vou falar com você. Não tenho nada a dizer – ele disse secamente.

        -Espere! – corri atrás dele e segurei seu braço. Foi como se uma corrente elétrica passasse por nossos corpos. Tremi e fui obrigada a largá-lo e fiquei meio tonta. Ele pareceu sentir isso também. Olhou-me confuso. Mas nossos olhares se encontraram com um entendimento mudo. Ele não me contaria nada e eu sabia disso. Mas nossos olhos tinham um encontro silencioso. Como uma conversa sem diálogo. Uma lembrança de algum momento esquecido por mim. Um momento só nosso.

            -Edward... Eu não consigo me lembrar de nada daquele dia... Preciso que me lembre o que aconteceu. Algo aconteceu não é?

            Ele desviou o olhar de mim e fechou os olhos. Depois massageou as têmporas. Parecia pensar.

            -Nada, Swan... Eu não estava nesse dia... – ele agora falava num tom que meio que me implorava para que parasse de perguntá-lo isso. Tanto eu quanto ele sabíamos que ele mentia, mas ainda assim ele achava importante dizer essas palavras.

           -Sabe Edward... Eu tenho uma memória vaga. Lembro de seus lábios roçando meu rosto... Isso aconteceu não é mesmo? – falei pra ele a minha lembrança maluca.

           Ele se aproximou um pouco de mim e passou os dedos de leve sobre minha bochecha, bem no lugar que eu lembrava ter recebido o beijo. Eu pensei que ele me contaria a verdade, mas ele simplesmente disse com a voz calma e a expressão vazia:

            -Não, nada aconteceu... Eu nem estava lá. Você que bateu a cabeça. 

            Mas seus olhos me diziam outra coisa. Diziam-me que era tudo verdade e que o beijo era um fato real. Ele virou as costas para ir embora, mas antes dele ir eu falei – Edward, eu sei que não foi você que me machucou. Eu sei disso. Você ficou comigo não é? Eu acho que está acontecendo uma injustiça com você. Mas... Me ajudaria tanto que você me contasse o que realmente aconteceu...

           Por um momento eu pensei que ele ia sorrir pra mim e depois me contar tudo, mas ele virou o rosto e foi embora e me deixou somente com a mensagem contida por trás dos seus olhos. Eu teria que descobrir sozinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Este foi meu presente de páscoa pra vcs!
E qual o presente de vcs pra mim?
Reviews??? Recomendações???