My Dear escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Milena: Heey pessoal, demoramos mas eu apareci, me desculpem! A Hoppe ta passando por um momento bloqueio e geralmente é ela que faz as cenas de ação, porque eu não sei fazer muito bem, sou do drama... haah.
Mas como vi que não tinha jeito e hoje revi o filme e fiquei com muita vontade de escrever Clato, tentei fazer e saiu isso. Como a Ho ainda não viu, provavelmente tem alguns erros, já que ela que beta os capitulos, então me desculpem!



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Peguei um casaco grosso, fazia frio naquela manhã, e sai de casa, rumo ao centro de treinamento. Agradecia aos céus por não ter mais ninguém em casa, o que eu menos precisava seria dos meus irmãos enchendo minha cabeça, nem meus pais.

O caminho não era muito longo, mas não queria que acabasse logo, mesmo estando um pouco atrasada. Eu teria que trabalhar junto a Cato e, depois de ontem, não estava muito certa se seria uma boa ideia. Para falar a verdade, eu sempre tive certeza que essa parceria seria uma péssima ideia. Mas eu precisava ganhar, eu precisava ser a carreirista do Distrito 2 e se isso significasse aguentar ele por algumas horas, eu faria. E fingiria que nada havia acontecido no dia anterior, é claro.

Cumprimentei vagamente um dos Pacificadores que faziam a guarda dos portões do Centro, me encaminhando até a sala onde eu treinava e, provavelmente, Enobaria, Brutus e Cato estariam. Os dois primeiros seriam nossos mentores, se fossemos os escolhidos como Tributos do 2. Algumas vezes me pegava pensando em como seria, se não fossemos treinados, o que acontecia na maioria dos outros Distritos.

– Olhem só quem resolveu aparecer – Enobaria falou assim que eu entrei, me olhando com severidade. Talvez eu não devesse ter me atrasado tanto.

– Desculpe, eu perdi a hora – murmurei, automaticamente, e peguei uma das facas estendidas sobre a mesa, acertando um alvo próximo.

– Logo acontecerá o desafio – Brutus informou, do outro lado da sala, juntamente com Cato, que me observava com o sorriso habitual e sarcástico. O ignorei.

– Como vai ser? – perguntei enquanto procurava outra faca que me agradasse.

– Vocês contra os outros – Enobaria deu de ombros – Lutarão e a ultima dupla que ficar de pé se voluntariará depois de amanhã.

– Sem truques? – perguntei, os observando atentamente.

– Sem truques – Brutus confirmou – Todos já sabemos que vocês todos são bons, temos que descobrir os melhores apenas.

– Somos nós – Cato se pronunciou pela primeira vez, olhava para Brutus – Sou o melhor espadachim do 2 e ela a melhor atiradora de facas, todos sabem disso.

Eu concordei, não era prepotência, era a verdade. Em todos os testes e provas ao longo do ano, nós éramos os vencedores, nunca os outros.

– Nós sabemos disso – Enobaria confirmou – Mas não são os melhores parceiros, isso é importante, precisamos de vocês juntos no inicio dos Games, é assim que funciona.

– E, definitivamente, vocês não fazem isso – Brutus completou, me fazendo bufar e Cato revirar os olhos.

– Isso é ridículo, só existe um vitorioso no fim, qual é a finalidade de nos juntarmos? – ele perguntou e eu, pela primeira vez, concordei com ele.

– Sobrevivência – Brutus informou.

– Alianças são importantes no começo dos Games – Enobaria continuou – São o que os mantem vivos, ainda mais que suas habilidades com armas. Turnos para descanso, ajuda no banho de sangue da Cornucópia, as melhores armas, os suprimentos. Vocês precisam ser uma dupla, assim conseguiram chegar ao final dos Games e um vencerá.

– Sempre foi assim e sempre funcionou – Brutus emendou, eu começava a me irritar com a mania deles de completarem um ao outro, parecia algo ensaiado e decorado – E é nisso que vocês perdem, quando chegarem na arena não poderão se preocupar em matar a si mesmos, haverá outros vinte e dois tributos antes disso, se mantenham unidos.

– E isso começa agora, ou não terão ao menos chance de chegarem ao Capitol – Enobaria informou – Cato, essa é sua ultima oportunidade, você é nosso melhor lutador, irá deixar de ir por implicância?

– Não toleraremos discussões, somos os seus mentores, se vocês não forem os escolhidos pelo conselho, também estaremos fora – Brutus disse – Ou comecem a se comportar como uma dupla ou nunca saberão como é ser um Vitorioso.

Eles finalmente se calaram, eu encarava Cato, esperando sua resposta, o que ele diria? Eu precisava ser um tributo, e essa era a minha chance, mas a dele era a ultima.

– Está certo – ele falou, também olhando para mim – Vamos vencer esses games, minha querida.

–*-

Coloquei novamente minha mão sobre o cinto, tendo a certeza que minhas facas estavam realmente comigo, podia sentir outra em minha bota, mas não pretendia usá-la, não seria necessário. Cato rodava sua espada como um idiota, sorrindo sarcasticamente para as outras duplas, que nos encaravam determinados. Eles também sabiam que éramos os melhores e, por isso, os primeiros alvos. Eu mal podia esperar para que começasse logo.

A garota loira era a mais frágil, na minha opinião. Seu olhar, apesar de determinado, parecia um pouco inseguro, e ela se colocava um pouco atrás do parceiro, o garoto de cabelos negros e olhos azuis, que segurava uma lança, olhando principalmente para mim. A menina de cabelos curtos e escuros também me observava, sua expressão não me transmitia nada além da vontade de ganhar e sua mão se apertava em uma espécie de facão. Seu parceiro encarava Cato com ódio, uma das mãos cerradas enquanto a outra possuía uma espada semelhante à de Cato.

Eu podia escutar ao longe a voz dos conselheiros, um sorriso frio cobria minha face e minha mão calmamente escolheu uma de minhas facas, aquilo seria interessante.

Puck, pai de Cato, chamou nossa atenção, olhando severamente para todos, ao seu lado estava à mulher com a cicatriz no rosto, parecia sorrir em antecipação.

Pacificadores rodeavam a arena, as mãos próximas as suas armas se alguém se exaltasse e quisesse matar ao outro.

Cato se virou para mim, me analisando por alguns segundos, o sorriso se alargando ainda mais.

– Quem você escolhe? As garotas? – ele perguntou, debochando.

– Quero o de cabelos escuros – respondi, apertando a faca em minhas mãos – E a de cabelos curtos.

– Eu fico com a de cabelos escuros e você com a loira – ele discutiu, o sorriso diminuiu.

– Você já terá que se preocupar com o garoto com a espada, ele me parece com raiva de você – comentei.

– Não será um problema, sempre o venço – Cato resmungou – O outro garoto é forte, poderá ter problemas com ele, deixe que me resolvo com a garota.

– Isso não é uma briga, a garota é minha – falei, me lembrando do dia anterior e seus olhares.

– Então veremos quem consegue primeiro – ele aumentou novamente o sorriso.

– Você terá que se preocupar com o espadachim – informei, sorrindo também.

– E você com o da lança – ele respondeu enquanto seu pai dizia que não poderia haver ferimentos letais e fazia a contagem para o inicio.

Me virei para os outros, que ainda nos observavam, alheios a nossa discussão.

– E a loira? – Cato perguntou, cinicamente.

– Que loira? – comentei sarcástica, ao mesmo tempo em que Puck dava o sinal e uma de minhas facas acertasse seu ombro direito, fazendo com que ela caísse no chão.

Cato revirou os olhos, não muito contente e se virou para o lado, onde o garoto com a espada estava, prestes a acerta-lo.

Procurei a morena com os olhos, mas fui logo interrompida pelo outro garoto, tentando me machucar com a lança. Me desviei facilmente, rodando para o outro lado e com outra faca, já em minhas mãos, fiz um corte superficial em seu braço. Ele grunhiu, aparentemente irritado, a lança tentou novamente me perfurar mas, como da outra vez, me desviei, dessa vez com mais dificuldade.

Cato, de costas para mim, lutava com o outro menino, que era realmente bom, mas Cato era melhor. Eu ainda não conseguia ver a outra garota.

A lança passou de raspão por minha cabeça e eu voltei a fitar o garoto que me atacava, com ódio. Passei por debaixo do braço que eu havia machucado, tentando o acertar novamente. Ele se desviou no ultimo segundo e eu passei por ele novamente, me afastando um pouco.

– Clove! – a voz de Cato me sobressaltou e me virei rapidamente, a tempos de me desviar da garota, que parecia ir arrancar meu pescoço, por trás. Escutei seu grito estrangulado ao mesmo tempo em que Cato a acertava próximo a cintura, fazendo com que ela caísse.

Me voltei para o garoto a minha frente, ainda surpresa com o rápido ataque de Cato, que também já voltava para sua luta. Esperei que ele se aproximasse e, quando o fez, me desviei rapidamente, me protegendo da lança.

Conseguia escutar os grunhidos de Cato e do outro garoto e o barulho de suas lâminas se cruzando. Tentei acertar novamente o meu oponente, que se afastou, sem se machucar. Escutei um grito irritado e, quando me virei para o lado, vi que Cato dava alguns passos cambaleantes para trás, seu braço com um corte superficial, mas que saía muito sangue. O garoto de olhos negros se aproximava rapidamente para acerta-lhe novamente e, em um movimento rápido, lancei minha faca em sua direção, acertando sua perna esquerda e o fazendo ir ao chão.

– Ah! – soltei um ofego assustado ao mesmo momento em que me sentia cair ao chão, o garoto de cabelos escuros por cima.

Rolei, tentando me afastar, mas o garoto era mais forte e, com algum esforço, conseguiu me imobilizar. Ele sorria sarcasticamente e me suas mãos reluzia uma faca, que eu rapidamente reconheci como a que estava em minha bota.

- Cato! – gritei como último recurso e a faca rapidamente baixou, mas acertou o chão ao meu lado, enquanto o garoto era arrancado de cima de mim e, devido a um soco, caia mais a frente.

Pisquei, atônica, me levantando do chão e olhando para o garoto a minha frente, que sorria sarcasticamente, a espada ao seu lado e minha faca em sua mão.

- Vencemos, minha querida.



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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam da luta fail? Eu realmente não sei se ficou muito coerente ou se deu pra entender, qualquer coisa me desculpem e comentem, nem que seja para me xingar, está bem? Eu até deixo...



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