My Dear escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Hoppee: D: primeiramente, nos perdoem pela imensa demora! Não era nossa intenção, mas ocorreu uns probleminhas. Bem, não quero enrolar, mas queria tbm agradecer á todas que comentaram no cap anterior (: espero que gostem desse cap, ta meio grandinho pra compensar a demora! A musica do cap, não se esqueçam: http://www.youtube.com/watch?v=Z1SJpNQIU7I

Boa leitura!



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Mais um alfinete picou minha pele, na parte debaixo das minhas costelas. Me sobressaltei, me mexendo e fazendo Deyna bufar e ralhar para si mesma em voz baixa em alguma língua estranha da Capitol.
 
O tecido laranja berrante e ofuscante era macio, mas ao mesmo tempo, sufocante. Eu sentia todos os poros de minha pele clamando por ar, o suor começava a brotar de todos eles, eu sentia meu rosto febril por baixo da grossa camada de maquiagem que escondia minhas sardas e - como dizia Felix, um dos ajudantes de Deyna - tornar meus olhos mais adoráveis.
 
Revirei os olhos só de relembrá-lo dizendo tais palavras. Outro alfinete espetou minha pele, dessa vez em meu quadril, e eu pulei com o susto, já começando a me irritar e prestes a arrancar aquilo do meu corpo e rasga-lo em pedaços.
 
Mas não seria educado da minha parte, e eu reconhecia todo o esforço de Deyna ao projetar aquele vestido para que todas as luzes do palco o tornassem mais deslumbrante ainda.
 
- Clovely... Pare de se mexer - falou ela, docemente, com o pouco de sua paciência que lhe restara. Tentei me manter imóvel e percebi naquele momento que talvez houvesse sido proposital que alguém tão doce como Deyna, fosse justamente estilista de alguém tão diferente de si.
 
***
Deyna me deixa assim que termina os ajustes em meu vestido. Encaro meu espelho no reflexo, reconhecendo ali apenas mais um fantoche do Capitol; a maquiagem pesada cobrindo as imperfeições, onde talvez no Capitol não exista, de seu rosto, o vestido da mais pura seda ajustado perfeitamente em seu corpo, e o brilho celestial e incomum do Capitol cobrindo-a.
 
Um pacificador abre a porta abruptamente e me estende a mão, esperando que eu a segure. Eu o faço e ele me guia para fora da sala de preparo em direção á escadas, ele me solta e desaparece.
 
Olho para todos os lados, atordoada, mas já ouvindo os gritos e o barulho ensurdecedor do qual a grande parede negra nos separava. Eu estava há apenas alguns passos do palco, de toda a Panem.
 
Me digiro rapidamente para atrás de Marvel, após cumprimenta-lo rapidamente. Ele parecia tão nervoso quanto eu, ou talvez estivesse concentrado demais no grande telão acima de nossas cabeças, do qual mostrava a imagem da deslumbrante Glimmer em seu vestido dourado transparente que a deixa irritantemente sexy. Me apoio na parede, sem deixar de revirar os olhos ao vê-la rodar seu vestido e mover sua cabeça de modo que seus cabelos loiros brilhantes balancem conforme seus passos.
 
Era patético toda aquela demonstração em frente ao público que em breve estarão apostando em sua morte, ou quem sabe, em sua vitória.
 
Caeser ri de algo patético e fútil que Glimmer lhe diz antes que um sinal soe e ele lhe diz que seu tempo acabou, beijando sua mão e acenando enquanto ela desce o palco.
 
Alguém ri nasalmente atrás de mim, e sua respiração bate contra a pele exposta que o vestido não cobre. Um arrepio corre por minha espinha e me viro para trás.
 
Cato está encostado na parede do mesmo modo que eu e encara o telão do qual ainda passa replays da entrevista de Glimmer, e então, até que seus olhos se recaem sobre mim. Eu o vejo examinar meu rosto, procurando por minhas sardas escondidas pela grossa maquiagem, e depois, seu olhos vão para o meu vestido, passando pelo meu colo exposto descendo pelo tecido de cor berrante até os sapatos de salto alto dos quais eu ainda não sabia como conseguia me manter de pé.

- Olhos adoráveis, Clovely... - ele murmura em seu habitual tom irônico, rindo e eu reviro os olhos com a ideia de que Félix andava lhe dizendo coisas demais - E... Você está de vestido? - ele faz uma falsa surpresa e indignação.

O sinal soa novamente e logo um pacificador já está me guiando em direção ás escadas. Procuro com os olhos, á minha volta Marvel, mas ele já havia se apresentado e já se juntara á Glimmer nos fundos. Não me dera conta de que minha breve troca de palavras com Cato - em que só ele falara - durara mais que eu imaginei.

O pacificador me para na ponta da entrada do palco, pisco os olhos com as luzes ofuscantes que reluzem por todos os lados, e quando ele se afasta sei que é a hora.

- Nunca me esqueça disso... - ouço Cato dizer alto o suficiente, mas não viro embora conseguisse senti-lo abrir o sorriso presunçoso.

Com cuidado, ando sobre os saltos altos tentando imitar Loki em seus sapatos plataforma me ensinando a andar. Por que naquele momento parecia tão mais difícil?

Respirei fundo, e segurando a barra do vestido deixei um sorriso arrogante se abrir em meu rosto ao ver todos aplaudirem e alguns mais fanáticos por tudo aquilo, gritar pelo meu nome e o de Cato.

Caeser Flickerman, o homem que faz as entrevistas por mais de quarenta anos de Hunger Games, saltita pelo palco, abre seus lábios revelando um sorriso branco de iluminar a plateia inteira. É um pouco assustador que sua aparência permaneceu virtualmente imutável durante todo esse tempo. O mesmo rosto debaixo de uma camada de maquiagem mais grossa que estava em minha pele agora. O mesmo penteado que ele tinge de uma cor diferente para cada Hunger Games. E o mesmo terno tweed azul escuro pingado com mil minúsculos bulbos elétricos que piscam como estrelas, que não são ofuscadas nem mesmo por todas aquelas luzes projetadas em todo o palco.

Esse ano, o cabelo de Caeser é azul royal, que á luz dos holofotes parecem metálicos e cintilantes, suas pálpebras e lábios estão cobertos com a mesma matiz.

Ele se aproxima um pouco e estende a mão ao ver minha dificuldade quase palpável sobre os saltos. Me sento na confortável poltrona destinada aos tributos, enquanto ele se senta á minha direta, cruzando a perna sobre a outra, fitando-me de um modo como se quisesse extrair todas as informações possíveis sobre minha vida em apenas três minutos.

- E então, Clove... - ele fala e sua voz ecoa por todos os lados depois que todos se calam e um silêncio assustador recai ali, ele olha por um instante para a plateia e então volta seus olhos para mim - O que todos querem saber depois do seu notável 10 no treinamento... Qual sua maior habilidade na arena?

- Facas - respondo rapidamente, sem hesitar, deixando o sorriso presunçoso se abrir mais um pouco ao falar de minhas melhores amigas.

- Por que escolheu facas? - pergunta Caeser em uma curiosidade evidente e inerente. Todos faziam aquela mesma pergunta.

- Porque são pequenas e letais, como a mim - e é isso que respondo á todos que me fazem essa pergunta. Era como um lema meu, até.

A audiência me olha com um olhar assustado, e não posso conter a vontade de alargar ainda mais meu sorriso. Esse era o efeito esperado.

Caeser ri ao meu lado, parecendo se deliciar com o efeito causado e o acompanho.

- E não podemos deixar de querer saber... Há alguém em casa do qual você se espelha? - ele pergunta, se inclinando para mostrar interesse em minha resposta.

Penso por um instante, a resposta já na ponta da língua, sempre foi e será essa resposta.

- Meu irmão, Gleen... - murmuro, sem conter uma crescente emoção que se instala em minha garganta fazendo meus olhos lacrimejarem, mas não demonstro. Está tudo bem escondido por debaixo da máscara que eu criara em meu rosto.

Um silêncio novamente recai sobre a audiência e Caeser, não entendo o motivo, mas talvez para todos eles, tributos falarem sobre sua família seja um significado triste, talvez eles pensem que isso seja algo trágico, talvez eles pensem que estejam olhando para uma das que não sairá viva da arena. Mas tudo o que eu vejo é o futuro me esperando com minha vitória e gloria. Nada mais.

- Me fale mais, Clove.... Há algum garoto especial, certo? - ele pergunta, e eu acho que ainda ele pensa que está entrevistando Glimmer, apenas uma de muitas garotas patéticas e fúteis, que se permite sentir e demonstrar emoções em troca de um coração quebrado - Cato, por exemplo? A maioria da audiência votou a favor de que há uma química...

Eu rio, escondendo arduamente a surpresa e incredulidade por baixo da máscara. A surpresa por eles, talvez, serem observadores demais ao conseguir ver aquela "química" ridícula que havia entre nós e a incredulidade por haver enquetes sobre a vida dos tributos.

- Sabe, Caeser, não quero causar intrigas aqui e nem mesmo passar uma imagem ruim... Mas Cato não passa de alguém mesquinho e presunçoso, arrogante e que se acha superior com aquela espada ridícula. É visível que ele não é apto á vencer e nem mesmo ser um vitorioso - eu digo, em um folego só e logo Caeser está rindo novamente, e a audiência o acompanha.

- Tenho certeza que agora, a disputa na arena será acirrada... - ele diz, divertido - E torça para que Cato não esteja assistindo, minha querida...

- Eu torço pelo o contrário, Caeser... - ele ri novamente e logo o assunto é esquecido quando ele me pergunta sobre meu treinamento, cito Enobaria, dizendo o quão boa ela era como treinadora e a encontro na plateia, lançando-a um sorriso irônico ao qual ela devolve com o mesmo.

O sinal soa e Caeser se despede com um aperto de mão e faço o caminho de volta para os fundos. Cato já está na ponta do palco, preparado para entrar, a pose de superioridade e arrogância presente, os olhos negros mas eles nãos os dirige para mim quando passo.

Caeser apresenta seu nome em um grito para a audiência que se irrompe em um barulho ensurdecedor, vindo principalmente da parte feminina.

- Você é um lutador, Cato... - fala Caeser - Mas todos queremos saber... Você está preparado para esses games?

A câmera dá um close no rosto de Cato, sua testa se enruga e seus olhos se escurecem. E então eu vejo, ele se irritara. Certamente ele pensa que Caeser lhe havia feito aquela pergunta apenas pelo o que eu tinha dito sobre ele não estar apto para os Games, pois ele responde:

- Estou preparado - responde ele - Sou cruel... Eu estou pronto.

Caeser se encolhe levemente com o tom de arrogância e a ênfase que Cato dá ás suas ultimas palavras. A audiência ainda não se silenciara por completo.

- Por que se voluntariou para os Games? - pergunta ele, tentando estabilizar o clima que se instalara ali.

- É uma honra lutar pelo meu distrito, e certamente, ganhar por ele - responde com convicção, e sem mais palavras adicionais.

Nenhum insulto contra mim.

- Alguma pretendente? - Caeser indaga. Um sorrisinho se abre em seus lábios pintados.

Até agora.

- No momento não - responde ele, a voz fria, mas no rosto, um sorriso irônico, o sorriso de sempre - E se tiver, não superou minhas expectativas.

E com poucas palavras, é que se encerra sua entrevista. Caeser levanta o braço de Cato, como faz um lutador quando vence sua luta e grita seu nome para a multidão que enlouquece em um barulho ensurdecedor.

Eu o vejo ir em direção para os fundos do palco, pelas câmeras e desaparece delas, e o vejo se encaminhar em minha direção. Olho para os lados, á procura de Enobaria e Brutus para subirmos para o quarto, e em minha distração, sinto minhas costas baterem contra a parede fria e mãos socarem o concreto de cada lado da minha cabeça. Olho para frente, sem ar, encarando os olhos negros de Cato.

Está tudo vazio ao nosso redor, só consigo ouvir a multidão que grita com a entrada do próximo tributo, mas soa distante.

- Você enlouqueceu? - pergunto, respirando fundo, me encolhendo.

- Eu que lhe pergunto... - ele murmura - minha querida... O que pensa que estava dizendo sobre mim?

- A verdade - abro um sorriso de escárnio - Apenas a verdade, lutador. Pensei que seria nobre e se defenderia á altura em frente á toda Panem...

- Eu quero passar a imagem de vitima, Clovely... - murmura sarcasticamente, com falsa doçura voltando a aproximar seu rosto do meu - que não guarda rancor e mágoa no coração...

- Cato vitima? - pergunto, com indignação evidente em minha voz fazendo-o revirar os olhos; um ato tão meu que para mim é apenas uma imitação barata, ao vê-lo fazer - Por favor...

Antes que ele diga mais alguma coisa, ouço o barulho de saltos baterem contra o piso junto de vozes rígidas. Cato se afasta e encaramos a entrada de Enobaria e Brutus. Juntos, pegamos o elevador e subimos para nossos quartos.

***

Terceira pessoa POV.

Ele se deita sobre as centenas de travesseiros macios que encobrem sua cama e fecha os olhos, irritado Estava pensando naquilo novamente, e se não se controlasse, acabaria por destruir o quarto todo.

Mas logo, seria um vitorioso; é o que ele pensa, e então, nada disso tudo será importante.

Quando eu for um vitorioso.

Aquela idéia já não era a mesma, por que pensar em se tornar vitorioso, incluía a ideia de pensar em ter de lutar contra Clove. Uma luta real e fatal. Até a morte.

Ele bufa, apertando com força os travesseiros até sentir as plumas macias por entre seus dedos. Com esses pensamentos, ele adormece.

***

Os gritos que irrompem pelo silêncio o assustam, ele se levanta ofegante empurrando o bolo de cobertores que se amontoara sobre si, e abre a porta abruptamente espiando o lado de fora. Os únicos a usarem aquele andar era apenas ele e Clove.
 
Clove.
 
Ele corre aos tropeços em direção á ultima porta do corredor frio e empurra a porta destravada. E ela está lá, gritando contra o travesseiro, talvez nem estivesse se dando conta daquilo, talvez estivesse presa em um sonho obscuro e assustador. Ela nunca choraria daquela forma se estivesse consciente.
 
Com relutância, ele se aproxima da beirada da cama, e se agacha no chão de madeira, ficando á altura de seu rosto.
 

– Clove – ele murmura, tocando seus braços fazendo-a parar – Vamos, querida... É apenas um pesadelo...
Os gritos param, mas era visível ainda seu sofrimento, ainda presa em seu pesadelo, sem escapatória. Os olhos dela continuavam fechados fortemente, algumas lágrimas escapavam e rolavam pelo seu rosto pálido. Ela arfa e relaxa no colchão macio.

Os pesadelos haviam cessado, ele já poderia ir embora. E era com esse pensamento que ele tenta se afastar, mas Clove prende as mãos em torno de seus pulsos em um reflexo, sua força parecia ser dez vezes maior nos sonhos. Ela lutava contra algo, uma batalha interna.
Ele só queria poder se afastar, estar o mais longe possível, ao mesmo tempo em que queria apertá-la em seus braços e ouvi-la dizendo em seu ouvido o quanto ele era um idiota melodramático.
 
As emoções, que ele tanto impedira naqueles dois últimos dias, estavam te atrapalhando.
 
– Clove? – ele pergunta sob a calmaria e o silêncio que reinara ali.

– Obrigada... – ela sussurra o assustando, a voz falha e rouca, os olhos úmidos se entreabrindo lentamente, trêmulos.

– Pelo o quê?

– Eu sei o que estava tentando fazer... – ela levanta os olhos aos dele, sonolentos. Cato encara os olhos foscos dela, verdes sem brilho, sem vida – As emoções interferiram novamente?

– As malditas emoções... – ele murmura em seu habitual tom irônico, e se deita ao lado dela, jogando o pesado cobertor sobre ambos. Ela ri baixinho e quase sem forças. Ele a encara, esperando o momento em que ela o empurraria da cama e o xingaria, mas ele não veio.

– Enobaria faz questão de lembrar-lhe o quanto é ruim em reprimir emoções... – a voz de Clove volta ao sussurro rouco, quase inaudível.

– Ela me odeia... – um sorriso de zombaria se abre no rosto de Cato

– Sempre preferiu você...

– O que estava sonhando? – a curiosidade era evidente em sua voz. Clove levanta os olhos aos dele, novamente e por fim, ela sacudiu a cabeça em negação – Vamos... É tão ruim assim?

– Não vai querer saber – ela disse.

– Por que não?

– Envolvia você... – ela engole a seco, apertando o cobertor em torno de si como uma armadura, e Cato percebe que ela estava com medo. Pela primeira vez, ela estava com medo e tão vulnerável quanto uma criança. E o medo de Clove a tornou totalmente diferente do que ela é realmente é.

– Então me conte... – Cato insiste impaciente, com o tom de voz um tanto rude.
 
Clove, por sua vez,se manteve em silêncio ponderava cuidadosamente todos os acontecimentos em seus sonhos. Se lhe perguntassem, ela poderia descrever todas as cenas em detalhes.

– Tudo bem... – ela suspira, e fecha os olhos. Cato se vira de lado, ficando de frente á ela. Seus rostos próximos demais, as respirações se confundem, o calor de ambos se mistura e em uma situação como aquela, ele não faz absolutamente nada para provoca-la.

– Estávamos lutando...

– O que há de errado nisso? – pergunta Cato. Seus olhos se mantinham abertos, fixos em Clove – Sempre tentamos nos matar... - ele murmura de modo sarcástico.
 
- Bom... Você perdeu, se quer saber... - ela diz, a voz um pouco mais firme.
 
- Ainda não entendo...
 
- Eu também não, esse é o problema... - Clove se vira para ele - Era involuntário, eu gritava sem controle algum, mas ao mesmo tempo, eu sentia que a dor era real...
 
- Devo me sentir... lisonjeado, minha querida? - ele abre um sorriso arrogante - Toda aquela gritaria então era por minha causa?
 
Clove o encara friamente, quando responde:
 
- Infelizmente, devo dizer que sim. Então cale a boca, Stroke, já não é vergonhoso o suficiente você ter vindo aqui e presenciado essa cena ridícula...
 
- De você expressando o que realmente sentiu? - ele a interrompe, o sorriso nunca abandonando seus lábios - Dê uma trégua á si mesma, Clovely... Estamos só eu e você aqui, sem câmeras...
 
Ela revira seus olhos inchados e volta a se deitar sobre suas costas, encarando o teto.
 
- Esse é o problema, Stroke... - ela murmura baixinho - Você está aqui.
 
- Eu devia me sentir ofendido... - ele diz, empurrando os cobertores para o lado, aproximando seu corpo do dela - Mas hoje não... e amanhã estarei ocupado matando criancinhas. Por isso, vou relevar isso minha querida...
 
Ele a encara, a escuridão era profunda mas ele consegue enxergar os olhos verdes frios dela.
 
- Eu te odeio, Stroke... - ela diz e ele sorri.
 
- Também posso relevar isso... - ele diz - Tudo será apagado amanhã, quando pisarmos naquela arena, certo?
 
Ela hesita, e encara seu rosto em meio á escuridão, ela consegue traçar as linhas duras e rígidas de seu rosto. E seus olhos... Ela nunca parara para admitir a si mesma, que eles eram arrebatadores.
 
- Absolutamente tudo... - ela sussurra e então, sente os lábios dele sobre os seus, urgentes, em uma necessidade quase fervorosa que ela jamais vira.


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Notas finais do capítulo

Hoppee: Penúltimo cap gnt D: já to sentindo falta dela. O ultimo não demora pra sair, prometo! (: mandem reviewssss, amamos saber oq cada uma d vcs acharam do cap e oq estão achando da fic, ficaremos felizes de qualquer jeito! Obrigadaaa =*


Beijoos.



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