Se havia um motivo para Lily Evans está feliz, era porque James Potter havia a esquecido.

Mas bem, ela não estava muito feliz com isso. Quer dizer, é ótimo o fato dele ter a esquecido. Ela não o agüentaria em plenos dezessetes anos, ainda mais com os últimos acontecimentos. Porém... Ele havia a esquecido! Ele a atormentou dos três até o cinco anos de idade... Dois anos... E ele havia a esquecido! Ela chorou na frente dele, bateu nele, fez um bolo de terra e jogou no rosto dele... E mesmo com tudo que os dois passaram juntos - uma coisa extremamente irônica para se dizer, até mesmo porque, as únicas coisas que eles passaram juntos, foram diversas brigas -, ele simplesmente a esqueceu. Será que ela havia mudado bastante?

Um pequeno sorriso brincou nos lábios de Lily. É claro que ela havia mudado. Ela não era mais aquela menina irritante e chorona. Ela agora é inteligente e até mesmo um pouco forte...

Não inteligente o bastante, para perceber que Amos estava a traindo.O sorriso de seu rosto morreu no mesmo momento.

– Marlene, por favor, não me faça ir fazer isso! - Remus implorou. A voz de Remus fez Lily acorda.

– Hãm? O que houve? - A ruiva perguntou enquanto piscava os olhos freneticamente.

– Nosso melhor amigo, não quer me ajudar a ser feliz! Que tipo de melhor amigo você é? - Marlene perguntou revoltada.

Foi impossível Lily não rir. Aquela cena era mais comum do que se imaginava. Sempre quando Marlene ficava a fim de um garoto, ela ia correndo para cima de Remus. O motivo? Simples. Remus Lupin tinha muitos amigos e desses muitos, sempre estavam os garotos que Marlene fica afim -, o mesmo tinha que ir até eles e falar sobre as qualidades de Marlene McKinnon. Porém de uns tempos para os dias atuais, Remus tem negado essa tarefa com toda a paciência do mundo.

– O tipo de melhor amigo que tem senso ao ridículo. - Ele falou.

– Quem é o menino? - A ruiva perguntou curiosa.

– Sirius Black. - Os dois falaram ao mesmo tempo.

Lily arqueou uma sobrancelha. Sirius Black... O comparsa de Potter. Ele também a atormentava quando criança, ajudando o James a acabar com a vida da ruiva. Afinal, foi Sirius Black que a apelidou de macarrão sem molho. Lily bufou irritada.

– Eu não sou um macarrão sem molho. - Sussurrou com um bico no rosto. Lily se sentiu aliviada, ao ver que seus dois melhores amigos não haviam prestado atenção no que ela disse. Os dois pareciam muito empenhados em brigar. A ruiva contou até dez e se pronunciou. - Você nem ao menos o conhece, Lene.

Remus agradeceu Lily mentalmente e olhou para Marlene com um ar vitorioso. A mesma só revirou os olhos revoltada.

– Romeu e Julieta nunca precisaram se falar para saberem que pertenciam um ao outro. Eu estou falando dessa vez é sério. O que eu sento pelo Black é algo... Bem, é alguma coisa muito importante. Mas tem um monte de cadelas em cima dele, não dar para eu ir lá falar com ele. Vamos lá, Remis. Eu falo com a Meadowes se você quiser. - A morena mordeu o lábio inferior esperançosa.

– Você nunca leu Romeu e Julieta. - Lily contra argumentou divertida. Enquanto observava seu amigo ficando mais corado do que um pimentão.

– LILY! Não acabe com o meu momento dramático. Marlene McKinnon fez um biquinho. Seus cabelos castanhos estavam presos em um coque e ela vestia a farda do colégio de qualquer maneira. Lene nunca foi de se preocupar em ficar arrumadinha, na verdade, quando o assunto era organização e fardas do colégio, ela parecia um menino.

– Não está aqui mais quem falou. - A ruiva levantou seus braços.

– Eu não irei falar com ele, Marlene. - Remus falou, como se fosse a resposta final.

– Ok. Ela revirou os olhos. Mas quando eu estiver à beira da morte por depressão. Saiba que isso foi culpa sua e da Lils. Quando eu estiver cheia de rugas quando estiver morrido, saibam também que isso foi culpa de vocês. Oh, Deus, porque o mundo é tão cruel? O que eu fiz para ter dois amigos assim? Que nem ao menos se importam comigo?!

– Marlene, menos! - Lily e Remus falaram ao mesmo tempo.

– Irei fazer o meu testamento, não esperem seus nomes nele. Passem o dia que vocês merecem, ou seja, passem mal! - Ela fez um biquinho e saiu de perto dos dois.

Lily fechou seu armário do colégio. E olhou para Remus com uma expressão divertida.

– Ela piora a cada ano. - Comentou.

– Ela vai superar. - Remus Lupin retrucou rindo.

[...]

Lily lia as páginas de seu livro, de forma assustadora. Ela praticamente estava devorando o livro. Ele era tão bom quanto o último que ela leu. O livro se chamava Jogos Vorazes e contava a história de Katniss, simplesmente a garota que Lily sempre quis ser. Forte e corajosa.

– Ruiva, você poderia me dá uma informação? - Uma voz a despertou de sua leitura. Ela levantou os seus olhos até o garoto que perguntou isso. E encontrando os olhos castanhos esverdeados, Lily fez uma careta.

– Depende.

– Como é que eu faço para ganhar seu coração? - Ele perguntou com um sorriso galante no rosto.

Por um momento a ruiva teve vontade de vomitar. No outro ela estava segurando sua mão para não dá um soco no rosto idiota de Potter.

– Deixando-me ler, seria um bom começo. - Ela respondeu irônica.

– Ah, vamos lá, ruiva. Conte-me! - Ele pediu com um ar charmoso. O apelido Prince Charming, bem que combinaria com ele. A não ser pelo fato de ele ser um completo idiota.

– Seria um bom começo você perguntar o nome dela, Jay. - Sirius falou, sentado ao lado de Lily.

A mesma o xingou mentalmente. Ela nunca entendeu a ligação Black-Potter. Os dois simplesmente veneravam um ao outro, desde criança. Ela também não entendia como os dois continuaram amigos até hoje. Muito menos de como se mudaram para mesma cidade. Isso é estranho... Bem, Sirius é tão bonito quanto Potter - sim, ele pode ser irritante, mas desde criança ele era muito gato -, com seus olhos cinza e cabelos negros.

– Sim, ruiva, qual é o seu nome? - Ele perguntou.

Ela olhou para Potter e depois para Sirius. Onde estava Marlene ou Remus, naquele momento?

– Lily. Lily Evans. - Ela respondeu.

Tanto Potter como Sirius a olharam de maneira estranha.

Bem, se ela queria que Potter a reconhecesse, provavelmente ela conseguiu.

– O que foi, nunca escutaram um nome tão bonito quanto o meu?