Penny já estava abria a boca para fazer a revelação que mudaria a vida de Leonard quando o celular do mesmo tocou com a risada do Curinga. A loira, que não aguentava mais guardar aquilo para si, antes que ele pudesse atender o celular, o tirou da sua mão (leia-se arrancou).

_Alô- disse, com muita raiva- Não, aqui não é do McDonald’s- encarou Leonard e esse sussurrou que a culpa não era dele- Você acha que eu nasci ontem? Eu já tive 10 anos e sei que passar trote é muito divertido -ela parou por um tempo- Eu não estou nem aí se você tem 18 anos. Mas por favor, se você for passar um trote, não ria enquanto fala, por que  apesar de só ter feito  algumas peças debaixo de um boliche e um comercial de uma pomada para gonorreia- deu uma pausa para escutar- Cala a boca, pelo menos eu não sou um cara que deve morar com uns 20 gatos para poder ter companhia e numa noite como essa sua única diversão,já que mesmo sendo maior de idade não entende bulhufas dos programas de TV que sua adolescência inteira sonhou em assistir, é passar trotes idiotas que até meu sobrinho passaria melhor. Enfim, voltando ao assunto, eu sou uma atriz e percebi rapidinho que você não é um carinha qualquer desesperado por um Big Mac e uma Coca gigante, e sim um que liga justo na hora que eu finalmente crio coragem de contar para o meu namorado que eu estou grávida dele! Então, por favor, vai para aquele endereço que nós todos conhecemos ok? Se quiser pode até levar seus gatos idiotas e sarnentos junto. -desligou o celular e o devolveu para Leonard, que estava chocado. Ela foi até a cozinha, pegou aquele mesmo pote de sorvete que outrora não terminara.

Ambos não pronunciaram nenhuma palavra por alguns minutos, até que o físico rompeu o silêncio.

-Você disse que eu sou seu namorado.

Penny olha para ele, respira fundo, e pergunta:

- Tem certeza que foi só isso que você entendeu de toda essa conversa?

Leonard não respondeu rapidamente. Claro, não era só isso que ele havia entendido. Agora ele compreendera tudo: o cachorro-quente com geleia de morango, sua indisposição, a ansiedade em lhe contar algo. E esse algo era: ela estava grávida dele. De tudo que poderia pensar naquele momento, se lembrou do dia em que viu Penny pela primeira vez. “Nossos bebês vão ser inteligentes e bonitos”, ele disse naquele dia e Sheldon logo acrescentou: “E sem mencionar imaginários.”. Ele não via a hora de ver a cara desse quando provasse que aquela teoria estava errada.  Sua “namorada” provavelmente estava assustada e sem saber o que fazer, mas ele não. Isso era tudo que ele sempre quis, com a pessoa que ele queria que isso acontecesse. Teve aquela mesma sensação de quando beijara Penny pela primeira vez: de que sua vida não poderia ficar melhor.

-Não, foi só isso. Você...

-Sim, eu estou mesmo grávida- A loira o interrompeu- E eu sei, isso é tudo minha culpa, nós finalmente estávamos conseguindo fazer com que nossa amizade desse certo e aí eu tinha que te oferecer o vinho e depois eu me atirei pra cima de você. Se não fosse por mim, eu não teria que arruinar a sua vida assim...  -Penny parou de falar por Leonard a beijou. Apesar de não ter sido por muito tempo, a união de seus lábios trouxe inúmeras lembranças, para ambos, de toda a história vivenciada, todas as lágrimas derramadas e todos os abraços dados, sinal dos problemas solucionados ao longo do tempo, os quais, depois daquela revelação, aparentavam aumentar significamente. Porém, no fundo, depois de toda preocupação e medo, eles enxergavam os problemas, na verdade o problema que tinha apenas algumas semanas, de uma forma muito mais positiva.