Trigésima Edição escrita por Liv


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Para não se perderem...
Distrito 1 formado por Luvye e Kieran; Distrito 2 formado por Halee e Jordan; Distrito 3 formado por Meredith e Dex; Distrito 4 formado por Alexa e Jace; Distrito 5 formado por Giovanna e Peter; Distrito 6 formado por Lunna e Thauan; Distrito 7 formado por Lucy e Blane; Distrito 8 formado por Brooke e Jhon; Distrito 9 formado por Lyanna e Túlio; Distrito 10 formado por Daria e Victor; Distrito 11 formado por Trudy e Michael; Distrito 12 formado por Astrid e Noah.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/211547/chapter/4

Sessenta segundos.

Sessenta segundos presos em capsulas flutuando em meio a águas misteriosas. Sessenta segundos para lutarem. Sessenta segundos para morrerem ou viverem.

Sessenta segundos para os Jogos.

Luvye era uma pedra. Não se mexia, não falava, quase não respirava. Só fixou os olhos na terra firme. Estava a uma distância razoável da ilha. Eles só chegariam lá nadando. As palavras de Kieran começar a ecoar em sua cabeça.

“Afogaremos alguns antes de conseguirem pisarem na terra firme.”

Ela fechou os olhos com força por alguns segundos.

Ele faria isso, provavelmente. Ela viu. Kieran parecia orgulhoso e ansioso para chegar a Cornucópia. Queria dominar tudo. Pegar logo uma lâmina e enfiar na carne de todos. Ele só queria matar.

Halee parecia concentrada, somente. Jordan estava sério, sem emoções.

Meredith tremia. Dex estava com os olhos arregalados.

Jace e Alexa sorriram de orelha a orelha quando viram que poderiam nadar. Era como estar em casa novamente.

Giovanna se desesperou ao ver a água, como Jhon e Astrid. Eles não sabiam nadar.

Astrid estava pálida. Tremia e tremia. Suava frio enquanto todos os outros estavam fritando de calor nas capsulas. Ela não faz a menor ideia de como é nadar. Só se lembra do trauma que tem. Sua respiração foi desacelerando, até ficar pesada, com as mãos continuando com uma tremedeira ritmada.

Ela estava desesperada.

Noah observava tudo atentamente. Então, finalmente encontrou Astrid. Tremendo. Totalmente pálida. Em uma capsula um pouco mais distante da sua, mas não tanto. Ele conseguiu ler os pensamentos dela.

Pular naquela água era como morrer.

Os olhares deles se encontraram.

Cinquenta segundos.

Você consegue. Era o que seus lábios formavam. Ele queria gritar. Ela também. “Não, não”, ela sussurrava, abraçando o próprio corpo.

Quarenta segundos.

Kieran sorriu. Giovanna se contraiu, gemendo. Túlio trocou de posição e Lyanna fechou os punhos. Astrid queria desmaiar.

Todos se prepararam. Suspiraram fundo. Arrumaram suas posições. Fecharam os punhos. Sorriram. Franziram o cenho.

Giovanna e Peter lançaram um olhar significativo para Thauan, Lunna, Victor, Daria, Trudy e Michael. Todos eles sabiam o que fazer.

Vinte segundos.

Brooke estreitou os olhos.

O grande chifre dourado brilhava na Cornucópia. Tudo o que necessitavam estava naquele lugar: comida, armas, itens de primeiros socorros e de sobrevivência. Tudo.

Cinco segundos.

— Não tenho chance.

Quatro segundos.

— Fácil demais. Demais.

Três segundos.

— Eu não posso me afogar, eu não posso me afogar, eu não...

Dois segundos.

— Ficar muito tempo na Cornucópia: o mesmo que morrer. Anotado!

Um segundo.

— Matarei todos.

E as capsulas foram liberadas.

Todos pularam e começaram a nadar, com os tributos do 4 disparando na frente. Então, os outros Carreiristas começaram a ir ficando na frente, com Kieran quase alcançando Jace. Jordan vinha logo atrás, com Halee e Luvye.

Astrid demorou meio segundo para pular na água e cair desajeitadamente. Ela só conseguia afundar e afundar. Em breve, ela estaria morta. Ela sabia, sabia. Deixou-se levar pela morte. Não poderia fazer nada. Então, enquanto seus pulmões se esmagavam em uma busca desesperada de ar, uma mão a pegou pelo braço. Era uma mão forte, levando-a até a superfície como se ela fosse uma boneca de pano.

Ela abriu os olhos e viu um menino de olhos tão intensamente azuis. Molhado e aterrorizado.

Noah.

Ela arfou violentamente enquanto ele a colocou sobre as costas. Seriam os últimos a chegarem a Cornucópia.

Os primeiros tinham sido Jace, Alexa, Kieran e Jordan. Já tomaram conta da maior parte das armas e dos alimentos. Kieran com uma cimitarra gigantesca nas mãos esperando os outros tributos; Jace com um mangual, um pedaço de metal comprido e fino na base, como um cabo, tendo nas pontas três bolas de metal com espinhos; Alexa possuía uma lança e Jordan segurava uma espada longa e afiada. Luvye pegou um punhado de facas e Halee segurava dois machados grandes.

Jordan foi para cima de Thauan quando o vira chegar na Cornucópia, que estava completamente desarmado. Fez um corte na coxa do garoto. Sangue começou a jorrar em abundância.

Lunna conseguiu uma adaga, chegando atacando por atrás de Luvye, conseguindo fazer alguns talhos em seus braços e costas com uma agilidade extrema. Se continuasse, a carne e blusa de Luvye estariam totalmente repicadas.

E a luta continuou.

Halee avançou contra Meredith, que estava pegando um chicote e deixou-o cair no chão, quando Halee conseguiu pular em cima dela, jogando-a no chão.

— Olá, Meredith. — começou a passar delicadamente o machado no rosto delicado e pálido da garota. Então, botou um pouco mais de força, rasgando a bochecha da tributo do 3. Ela começou a choramingar. — Eu e os outros Carreiristas pensamos seriamente em você continuar na nossa aliança. Porque, você sabe, colocamos você nela por pena. Foi apenas uma brincadeira. Achamos que você fugiria da Cornucópia o mais rápido possível.

— Mas...

Halee deu um tapa na cara de Meredith com a mão livre.

— Se continuar a falar, arrancarei seus lábios. — suspirou fundo, depois deu um sorriso. Afundou ainda mais o machado no rosto de Meredith, que agora deixava as lágrimas rolarem livremente. — Tarde demais. Kieran já decidiu. Não precisamos de você. Ninguém nunca precisou.

— Não! Não! – ela começou a falar, desesperada. – Por favor, não...

Então Halee enfiou o machado na garganta dela.

"""

Giovanna estava com um arco e flecha, correndo para sair da Cornucópia e entrar no núcleo da Ilha, na floresta. Quase tinha sido acertada por uma lança de Alexa, mas conseguiu escapar junto com os tributos do 10 e 11.

Thauan havia sido morto por Jordan, enquanto Lunna e Luvye ainda lutavam.

Lyanna havia pego uma alabarda e lutava com Victor que portava uma espada mediana. Lyanna tinha um corte mediano na cabeça e Victor um na barriga. Brooke e Jhon haviam corrido há muito tempo. Não haviam muitos no local, porém, havia Túlio que com uma espada e uma mochila nas costas começara atacar Jordan.

Noah e Astrid já estavam em terra firme e não haviam pegado nada.

Astrid ainda tremia.

— Vou tentar pegar algo. — disse Noah.

Kieran estava distraído lutando com Peter. Ele, com a cimitarra. Peter, com outra, porém menor. Ele estava com diversos cortes, enquanto Kieran somente tinha alguns rasgos na blusa suada e sangrenta. Noah olhou e viu uma mochila não tão distante. Um arco e flecha e uma lança. Como um presente divino. Pegou rapidamente a mochila e se posicionou com o arco indo em direção a Astrid.

Um corte profundo foi feito no braço de Peter e ele caiu no chão, jorrando sangue. Kieran possuía uma expressão divertida no rosto.

— Adeus, comediante.

E enterrou a cimitarra no coração de Peter.

Túlio estava bem machucado, mas conseguiu correr de Jordan para a floresta. Sabia que não conseguiria vencer ele. Pelo menos, naquele dia não. Lunna também se foi. Mas com duas facas enfiadas na perna, andando desolada e a um passo de começar a rastejar, não teria muito tempo de vida se não conseguisse estancar o sangramento. Luvye não correu atrás dela. Sabia de tudo isso. E ela não era sádica. Não era Kieran ou Halee. Nem se tornaria uma.

Lyanna e Victor simplesmente desapareceram.

— Vamos fugir daqui. — Noah estendeu a mão para Astrid se levantar. — Agora, Astrid.

Kieran olhou para o lado e franziu o cenho. Depois abriu um sorriso e ergueu a cimitarra.

— Não mesmo, 12.

Noah virou para o lado no mesmo segundo que ouviu a voz. Mirou o arco para ele. Era adrenalina demais, quase acertou a flecha no pé de Kieran. Quase.

Soltou um som frustrado.

Kieran foi se aproximando, rindo, girando e girando a cimitarra entre as mãos. Foi nesse momento que Astrid acordou do choque e pegou a lança.

Em um segundo, a lança havia sido jogado na mão de Kieran, onde ele segurava a cimitarra. Todos da Cornucópia puderam ouvir um urro de dor. Os outros Carreiristas olharam para eles.

Noah e Astrid começaram a correr com a mochila e suas armas. Halee jogou um dos seus machados. O machado trincou em uma árvore próxima onde Astrid corria. Seu coração parou por um segundo, mas ela continuou correndo.

Kieran caiu no chão, falando mil palavrões.

Halee xingou junto.

— Acertou algum deles? — perguntou Jace.

— Não. Não dava nessa distância. — Halee respondeu, irritada. — Eles foram e já devem estar longe. Eles são longe.

— Filhos da puta! — gritou Kieran, com a voz tremeluzindo pela raiva e pela dor. Ele olhou para a mão ensanguentada, com um corte gigantesco. — À noite... à noite, iremos caçar eles.

— Primeiro, vamos cuidar da sua mão, Kieran. — Halee disse e saiu em direção ao monte de mochilas que eles conseguiram ficar. — Deve haver vários curativos aqui. Eu espero.

Foi um machucado feio, mas não o suficiente para deixar Kieran impossibilitado. Só mais nervoso. E ainda mais sanguinário.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido.
Mortes: 3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Trigésima Edição" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.