Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 38
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Bem... Aqui estou!! Hoje, eu parei para atualizar algumas fics.
Segue mais um capítulo, e sejam bem vindas, leitoras novas.
E como eu havia prometido no capítulo anterior ~ que foi muito chato, por sinal ~ , eu dedico esse capítulo a você, Natti!
Bem... Só isso, acho. Ahh, sábado, eu posto. Essa é uma promessa, e vou cumpri-la. u_u ~ A não ser que eu fique sem net, ou algo me acontecer. '-'
Beijokas e se cuidem!! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/211434/chapter/38

– Mesa Sete! – a voz estridente de Peter soou. Eu suspirei, enquanto me equilibrava com milhares de copos sobre a bandeja, para pegar o pedido da mesa. Aquele era um dos terríveis dias cansativos de jogos. Eu deixei a bandeja suja lá, e peguei a nova, para em seguida, servir aos clientes.

As horas, por uma incrível e prazerosa sorte, se passaram. Eu vesti meu casaco e peguei minha bolsa, checando minha caixa de mensagens. Estava frio. A temperatura havia caído potencialmente desde a última vez em que tive contato com o mundo externo.

Enquanto eu atravessava a rua, eu me peguei observando meus pés, naquela mesma melancolia de sempre. A diferença era que tudo parecia estranhamente diferente. Alguma coisa parecia ter mudado e enquanto eu ia pelo piloto automático, eu observei a mente de Lissa. Ela estava fazendo coisas com Christian. Coisas que eu odiei ter visto.  Com um suspiro cansado, eu passei no supermercado e comprei algumas coisas, como leite, chá e algumas frutas. E assim que pus meus pés fora do supermercado, eu pude sentir as gostas de chuva caírem sobre meu rosto.

– Merda. – resmunguei, enquanto puxava o capuz do meu casaco para cima, sobre minha cabeça, para me proteger da chuva. E tão logo, eu estava correndo pelas ruas escuras, tentando chegar em casa o quanto antes. Alguns carros buzinaram, e outros me molharam, recebendo xingamentos até para a sua quinta linhagem. Assim que cruzei o beco que dava até o meu prédio, eu senti aquela velha sensação ruim. Eu estava sendo seguida.

Eu havia sido seguida antes. Claro... Mas havia algo de diferente dessa vez. Eu sabia que não se tratava de um grupo absurdo de guardiões à procura de uma dhampir amiga e shadow-kissed da última princesa de uma linhagem. Tratava-se de apenas um a pessoa. E pensar nisso, fez meu estômago afundar. Eu sabia dos perigos que aquela cidade deserta transmitia. Assim como os becos sujos e desertos no meio da noite para garotas sozinhas. Eu não era tão idiota assim.

Apertando meus passos, eu quase corri em direção ao meu prédio, no final do beco sujo e molhado. A chuva parecia fazer um bom trabalho para camuflar o perseguidor e devia fazer um bom trabalho também para me esconder. Diabos... Eu estava tentando ao máximo não me meter em problemas. Eu não queria uma frota de strigois na minha vida. Foi exatamente quando eu virei uma esquina, que eu pude escutar — ainda sob a chuva — os passos lentos se tornarem de quem corria. E então, eu fiz a primeira coisa que me veio em mente; eu corri.

Ser perseguida por humanos é definitivamente diferente do que quando isso acontece tantas vezes com guardiões e caras mais durões do que humanos e você. Mas daquela vez, eu parecia estar apavorada demais com essa maldita ideia. Eu meio que havia passado boa parte do tempo tentando evitar problemas. Não matar ninguém — para ser propriamente dito. Então, quando eu encontrei uma brecha entre os lixões, o mesmo ao qual eu havia me escondido dos guardiões há alguns meses, eu me escondi sem mais delongas. Aguardando... Aguardando. Até que eu pude novamente escutar os passos. Eu procurei pela primeira coisa que eu pudesse usar para acertar o cara. E eu agarrei. Mas assim que o fiz, eu senti mãos me puxando.

Debaixo da chuva, eu mal pude identificar o que quer que fosse, apenas que eu havia sido prensada contra a parede fria. Eu sabia que aquilo deixaria uma marca mais tarde, mas aquilo era o menor dos meus problemas.

– Hey, gata... – o cara disse, ele tinha um cheiro de álcool tão forte que eu me perguntei como ele ainda estava de pé. Suas mãos seguraram meus ombros apertadamente, enquanto seu corpo me imobilizava e eu gritei e esperneei o máximo que consegui. E eu tinha que admitir que ser estuprada não era a principal ideia na minha vida. Eu mal conseguia encontrar minha voz sendo encoberta pela chuva e prédios quase desertos. Então, de repente, a ideia de me mudar me pareceu boa o bastante. Claro, se eu escapasse disso viva.

Dizem que quando você está à passos da morte ou de algum terrivelmente ruim onde a morte seria bem melhor — como naquele momento — você pensa nas pessoas em que ama, e em como você desejaria ter outro rumo. Bem... Eu realmente desejava outro rumo na minha vida. Talvez, uma casinha num lugar calmo, com os meus amigos, e, principalmente, Dimitri.

Pensar nele me fazia começar a ter certeza de que eu deveria tê-lo esperado pacientemente na Corte, como ele havia sugerido, assim como os outros. Eu podia já ver a angustia em seus olhos ao saber da minha morte, assim como Lissa e meus pais. Com a melhora em nosso relacionamento, minha mãe e eu havíamos nos tornado próximas de uma forma estranha, mas bastante eficaz.

Alguma coisa dentro de mim impulsionou a continuar lutando contra aquilo. Claro... Ele era três vezes mais forte do que eu, mas ainda assim, havia uma diferença entre nós. Eu era dhampir. Ele, humano. E então, repassando todas as lições que Dimitri havia me repassado durante nosso tempo livre na Corte, eu forcei meu cérebro a lembrar de algo que o imobilizasse e não o matasse. Então, respirando fundo, eu parei de me debater. Acreditando que eu havia aceitado, ele puxou minha jaqueta para baixo, foi quando eu o acertei no meio das pernas, e em seguida, ele cambaleou. Isso foi apenas uma deixa para eu correr, mas de alguma forma, a raiva estava lá, em mim. Eu o soquei. Ele cambaleou para trás novamente.

Minha mente estava nublada demais para eu me dar conta do quão bêbado ele estava. Ainda assim, não justificava ele estuprar mulheres. Eu me perguntei se ele não havia feito isso à outras. E com isso, foi como se uma válvula de raiva tivesse acendido toda a raiva. Eu o chutei outras vezes, dando chutes de caratê, acertando-o no peito e o assistindo bater contra a parede. A chuva só fazia sua visão mais turva, mas não a minha. Eu me sentia pronta para fazê-lo atravessar aquele prédio com apenas um chute.

Eu voei para cima dele, agarrando-o pela gola da camisa encharcada e o suspendendo, trazendo o seu rosto para perto do meu.

– Maldito... – eu rosnei, acertando seu rosto com toda a força que eu pude. E então, ele caiu mole. Mas não parecia o suficiente. Nunca seria. Foi quando eu senti alguém me puxar para longe. Braços me agarrando tão apertadamente que por mais que eu me debatesse contra, eu sabia que não conseguiria me soltar.

– Rose! Acorde! – eu escutei a voz dizer ao meu ouvido. O sotaque esculpido ali, tão familiar e distante, que por um instante, pensei que fosse apenas minha imaginação. – Rose!

Suas mãos, agora em meus ombros, me viraram para encará-lo. Dimitri estava ali, me encarando com aquela velha expressão dura, mas olhos cheios de compaixão. Eu abri a boca algumas vezes, murmurando para ele me deixar em paz, mas ele não o fez. Eu estava desnorteada demais por ele estar ali que nem me dei conta de início. Era Dimitri.

Meu Dimitri.

E a primeira coisa que eu pude fazer, foi abraçá-lo.

– Hey... Está tudo bem. – ele disse, sentindo meu corpo abraçá-lo tão apertadamente. Seus braços me apertaram com tamanha força, mas nunca me machucando. Eu enterrei meu rosto contra seu peito molhado. Então, eu comecei a chorar. O que eu não fazia há muito tempo, desde que eu havia ido embora. – Hey... – ele segurou meus ombros, me afastando um pouco. E apesar da chuva, ele sabia que eu estava chorando. Talvez fosse obvio. – Anda. Vamos para casa.

Eu não precisei de nenhum outro aviso. Eu o segui, deixando o cara lá, jogado no meio do beco escuro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Para Sempre Shadow-Kissed" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.