Chegamos à Pacha London e vimos uma fila quilométrica pra entrar. Parei o carro na frente e entreguei as chaves ao manobrista. Minha idéia de fugir dos paparazzis não funcionou muito. Havia uns 6 ou 7 lá, vigiando a portaria. Não era bem comum fotógrafo nessa boate, talvez por isso mesmo fosse nossa preferida. Como já tínhamos avisado da nossa presença, passamos direto pela fila. Eu nunca me acostumaria com as baladas de Londres. Os lugares são sempre lindos, com música interessante e gente linda. Sério, como pode? Fizemos o registro de entrada e nos direcionamos pro bar.

Álcool e consciência são duas coisas que não combinam. Pensei em não beber. Mas, e coloque um grande “mas” aí, como eu não tenho o telefone do Zayn mesmo, não teria sequer a oportunidade de fazer algo condenável hoje. Pedimos tequilas e viramos em dose. Pedimos mais duas rodadas de tequila, devidamente viradas, e alguns coquetéis mais “leves” para podermos ir para a pista. Miley e Taylor estavam bem alegres já e dançavam como se o mundo fosse acabar. Eu ainda precisava de algumas boas doses, definitivamente. Avisei às meninas que voltaria para o bar. Elas nem repararam.

Encostei-me ao bar e pedi mais uma tequila. Virei. Pedi mais uma e ouvi alguém ao meu lado pedindo mais três. Olhei.

– Oi Carol! – Niall me olhava com aquele sorriso fofo.

– Oi Niall! Tudo bem? O que você está fazendo aqui? – E pra quem são as outras tequilas, posso saber? Pensei em perguntar...

– Ah... A Taylor nos convidou! Ela está na pista, né?!

– Ah... A Taylor. Claro. Ela está ligeiramente louca dançando ali sim. – Posso matar a T?

– E Carol, eu sei que você não vai perguntar, mas o Zayn veio. E o Harry também. – Fiz aquela cara de brisa, de quem não tem idéia do que o outro está falando. – E antes que você negue, o Zayn contou o que rolou.

– Ele contou?

– Contou. E não entendeu porque você saiu daquele jeito do ensaio. Vamos lá pra mesa! Vocês ficam tão lindinhos juntos. – Dei um sorriso amarelo e fui com ele.

Chegamos à mesa e eu quase morri vendo o Zayn ali, lindo, e com um sorriso de todo tamanho no rosto. Sabe aquele sorriso? Aquele que derrete até pedra? Então, aquele mesmo. Mas não era pra mim. O Zayn estava todo todo pra cima de uma garota loira, bonita sim, mas só. Olhei pra baixo sem graça e mordi o lábio. Harry percebeu o quanto aquela situação me chateou. Olha, eu sei que fui idiota deixando ele lá daquele jeito. Mas isso foi há 7 horas. Como que ele pode simplesmente estar com outra garota e nem sequer perceber que eu estava ali, na frente dele, pedindo pra morrer? Niall olhou pra mim sem graça, meio que pedindo desculpas. Harry se levantou e me abraçou, tentando contornar a situação e me pedindo pra sentar com eles. Neguei. E antes que o Zayn reparasse que eu estava ali, sai.

Voltei pra pista com os olhos já transbordando lágrimas. Por que eu estava assim mesmo, hein? Eu o conheci ontem, gente. Não tem por que. Me aproximei das meninas e não consegui segurar o choro. Miley me puxou pra área reservada, arrastando a Tay também, que já estava mais pra lá que pra cá. Expliquei pra elas o que aconteceu, fazendo aquelas anotações mentais de que a culpa era da Taylor. Miley, ainda me abraçando, disse.

– Você está apaixonada, Carol!

– Lógico que não, Mil. Eu o conheci ontem. Isso é impossível!

– Lógico que não é impossível. Quanto tempo você levou pra se apaixonar pelo Joe? Uma hora?

– Uns quinze minutos.

– Então... O que você quer fazer? Você quer ir embora? – Parei pra pensar. Porra, minhas amigas tinham vindo de LA pra cá, deixando namorado e família pra passar um dia comigo e eu vou simplesmente estragar nossa noite por causa de um superstar britânico lindo e charmoso que não está nem ai pra mim? Não, não vou não.

– Nãooo. A gente vai ficar. E eu vou beber até cair. E beijar o primeiro gato que aparecer na minha frente.

– Assim que se fala, gata! – Taylor disse a primeira frase da noite.

Voltamos pra pista e eu bebi mais doses do que consigo lembrar. E, sejamos francos, a bebida antes de matar, te humilha. E as tequilas nos humilharam com gosto. Dancei até doer o pé, fiz uma palhinha com o DJ, cantamos e demos show em cima de alguma mesa. Você teria inveja dos meus passos de Mick Jagger. Liam teria, certamente. Vários caras muito gatos chegaram na gente. E não, não peguei o primeiro que apareceu. Lembro de ter visto Zayn algumas vezes. Todas elas sozinho. Mas não seria eu que iria lá conversar com ele. Até mesmo porque eu não tinha nenhuma condição de manter uma conversa coerente com alguém. Nem mesmo com um animal... Depois de um tempo, não vi ele mais. Niall disse que ele foi embora. Não estava passando bem. Sei.

A noite já estava no fim e eu não queria ir embora. Não queria chegar em casa e dormir. E me lembrar que eu perdi mais uma oportunidade de ser feliz. Me sentei com Niall e Harry. As meninas estavam dançando ainda e eu não tinha mais força pra um passo de dança. Niall foi levar sua peguetinha em casa, uma loirinha muito linda e fofa, e pediu que Harry nos levasse em casa e depois pegasse um taxi. Eu disse que não precisava, mas foi em vão. Harry estava melhor que eu e as meninas, lógico, mas não acho que estava tão melhor assim.

Ficamos conversando animadamente e acabamos voltando pra pista. Ele pediu meu número e eu salvei no celular dele. E naquele momento, em que eu ia entregar o aparelho pra ele, alguém esbarrou em mim. E eu caí nos braços dele. Ele me olhou de um jeito malicioso e eu não consegui pensar, nem negar. Ele me beijou. De um jeito quase doce no início. O clima foi esquentando e ele me encostou em uma das paredes. Estava meio vazio e bem escuro. Ali que o clima realmente esquentou. Ele me segurava forte pela cintura e beijava meu pescoço. Eu o puxava pela nuca e arrepiava em cada contato. Sussurrei no ouvido dele que nós deveríamos ir embora. Interrompemos o amasso e fui falar com as meninas. Elas disseram que eu devia ir e elas pegariam um taxi mais tarde. Não contestei.

Saímos da boate de mãos dadas. Vi flashes, mas não tinha condição de me importar com alguma coisa. Pedi o carro que logo chegou. Harry entrou no lado do motorista, depois de abrir a porta do passageiro pra mim. Saímos de lá e ele então perguntou pra onde deveríamos ir. Deixei que ele escolhesse. Fomos pra minha casa.

Cumprimentei o porteiro e avisei que as meninas viriam depois. Pegamos o elevador. Quando a porta do elevador se fechou Harry me puxou pra ele, me dando um beijo muito, mas muito apressado. Ele apertou minhas coxas me puxando pra ele. Saltei, enrolando minhas pernas na sua cintura e continuando a beijá-lo. O elevador se abriu e nós nos jogamos pra fora, tateando até encontrar a porta do apartamento. Ele tirou meu casaco, deixando ele no chão da sala. Desci do seu colo e o puxei para o quarto. Tranquei a porta e ele já me puxou novamente pra ele. Deus, como ele era intenso! Pra não dizer outra coisa...

Harry parou, sem mais nem menos, e me olhou. Fiquei parada olhando pra ele também. Ele deu aquele sorriso e as covinhas apareceram. Sorri boba, meio encantada. Delicadamente ele tirou meu vestido. Apertando cada pedacinho de pele que ele via. Vi um sorriso de malicia passar pelo seu rosto quando ele viu meu lingerie. Graças a Deus, tinha escolhido algo interessante hoje (http://www.fruitdelapassion.com.br/luna/luna01.jpg). Aproveitei o momento contemplação e tirei sua camisa, arranhando de leve suas costas no caminho. Ele gemeu em aprovação e me puxou me jogando na cama. Ele me beijava apressadamente. Rolei pra ficar por cima dele. Fui ficando ansiosa e tirei sua calça. Ele desabotoou meu sutiã e eu puxei sua boxer. Abri minha boca em um ‘O’ quando vi seu... Vocês sabem. Deus, ele é gostoso. Ele riu e me beijou, tirando minha calcinha. Quando já estávamos bem excitados, ele penetrou. Eu arfei em aprovação. Foi divino! Ele era delicado e quente e atrevido ao mesmo tempo e eu só conseguia pedir mais. Chegamos lá juntos e ele ainda ficou por cima de mim, me olhando, com um sorriso lindo. Eu sorri meio sem graça em resposta. Ele me deu um selinho e um beijo na testa. Fechei os olhos e achei que dormiria ali mesmo.

Ele se levantou e disse que nós precisávamos de um banho. Fato. Estávamos muito suados, por assim dizer. Gemi com preguiça de dizer não e ele me pegou no colo, me carregando pra debaixo do chuveiro. Tomamos banho juntos e eu vesti a primeira camisola que achei no caminho (http://www.fruitdelapassion.com.br/sole/sole04.jpg). Quando voltei, ele estava vestido, sentado na beirada da cama. Não entendi.

– Onde o senhor pensa que vai? – Perguntei meio indignada.

– Eu vou embora, Carol. – Ele respondeu com um tom que indicava que ele queria ficar, mas que sabia que era errado. Ele sabia do Zayn, é lógico. E é óbvio que era errado o que a gente fez, mas já aconteceu. Pronto. Tentei contornar a situação.

– Não senhor. Você fez o favor de não me deixar dormir, agora vai ter que ficar comigo até eu pegar no sono. – Me aproximei, tirando sua camisa. – E ai de você se não estiver aqui quando eu acordar.

Ele terminou de tirar a roupa e se deitou comigo, me puxando pra mais perto dele. Ele me deu um beijo doce e eu dormi ali, nos braços dele, com a cabeça em seu peito.