She Will Be Loved escrita por louisland


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora gente, é que eu tô dodói. nos vemos lá em baixo



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POV Jéssica

Em um momento nós estávamos olhando as estrelas deitados no gramado e em outro eu estava desesperada morrendo de medo do escuro, quase esmagando a mão de Harry de ansiedade para a luz voltar logo.

Passaram-se meia hora e eu percebi que a luz não ia voltar tão cedo, comecei a ficar preocupada, será que as meninas já tinham ido embora? Não, elas deviam estar me esperando, super preocupadas e me matando mentalmente. Mesmo conhecendo-as a pouco tempo já confio nelas, como nunca confiei em ninguém.

- Harry me empresta o seu celular para eu ligar para a Letícia?

Ele me entrega o celular e fica com um braço sobre minha cintura. Outra pessoa que eu conhecia há tão pouco tempo, mas perto dele eu me sentia protegida, me sentia bonita e principalmente feliz.

Disquei o número, esperei. Ótimo, estava dando fora de área. Estava morrendo de vergonha para pedir Harry me levar na casa da Leth.

-  Ela não atende, acho que a bateria acabou. – falei voltando a me deitar na grama.

- Ok, você quer que eu te leve? Pra mim não tem problema.

- Por mim tudo bem, só que quando chegar à rua, você vai ter que andar bem devagar por que eu não sei exatamente onde é a casa dela.

Ele se levanta, e me ajuda a levantar, me abraça, me dá um rápido selinho e vamos andando de mãos dadas.

- Me passa o teu número do celular, para eu te achar de novo. - disse ele, perto do meu ouvido, causando arrepios, claro.

- Você vai achar muito idiota, mas minha mãe acha que se eu tiver um celular, vou ter câncer cerebral ou cair dura no chão, mas se você quiser eu te passo o lá de casa, e o da Leth, aí quando você quiser falar comigo você liga pra ela, para avisar.

- Caramba nunca tinha ouvido essa, câncer cerebral – disse ele rindo, e me fazendo rir.

Quando chegamos na rua, não reconhecia as casas, estava cada vez mais assustada, e louca pra dormir. Passamos por uma casa, bem parecida com a de Leth.

- É essa aqui! – falei aliviada, finalmente ia tomar um banho e dormi. – pode parar aqui, eu vou andando até lá.

Abri a porta do carro quase correndo pra sair dali e dormir bastante, ele segurou meu braço.

- Não tá esquecendo de nada não?

Beijamos-nos mais uma vez, mas não por muito tempo, pois já havia carros buzinando. Despedi-me com um selinho.

- Tchau. – eu disse fechando a porta.

- Se cuida viu? Eu te ligo amanhã. – Disse Harry.

Fui andando até a porta, toquei a campainha e fiquei esperando. Quase caindo de sono.

Uma mulher abriu a porta, era baixinha, com os cabelos brancos até a cintura. Parecia um elfo.

- Posso ajudar? – disse ela me olhando friamente.

- Sim, é aqui que e Letícia mora, né? Você deve ser a avó dela, prazer. – Estendi a mão para cumprimentá-la.

Ela me olhou com desprezo, se afastou de mim e disse:

- Aqui não tem ninguém com o seu nome, essa tal de Letícia mora a dois quarteirões daqui, por que você acha que eu sou velha? Saia da minha porta já!

E sem mais nem menos bateu a porta na minha cara. Saí andando, ótimo tenho que andar dois quarteirões, com esse salto horroroso, esse vestido apertado.

Cara nada podia piorar aquilo, ou podia, pois assim que eu pensei nisso começou a chover, forte, muito forte.

Fiquei com muita raiva, pequei aqueles sapatos idiotas, tirei dos meus pés e saí correndo para a casa de Letícia. Sorte que já era mais ou menos tarde, ninguém ia ver uma doida correndo de vestido, levando o sapato na mão e gritando de raiva.

Parei de correr, não aguentava mais isso, essa vinda para Londres, a minha mãe, minha irmã, o mundo.

Sentei na calçada, e desabei em lágrimas, fiquei lá encolhida não sei por quanto tempo, até que ouço um carro se aproximando.

- Eaí gatinha, quer dar um role? – disse uma voz de dentro do carro.

- Gatinha é o cara... – no meio do palavrão reparo que é Pedro no carro, morrendo de rir.

- Entra aqui Jess, deixa eu te levar pra onde você quiser. Ou você quer ficar aí na chuva? – ele disse com aquela cara maliciosa.

Entrei no carro, estava toda molhada, meu cabelo devia estar um desastre. O ar condicionado estava ligado, estava tremendo.

- Ei, o que aconteceu? – disse tirando o casado e me entregando.

Fico agradecida por ter algo para me esquentar, por que diabos esse vestido tem que ser tão pequeno e decotado? Não é a minha cara.

Contei toda a história para ele, enquanto ele fica ouvindo atentamente, era um bom ouvinte, escutou tudo sem dar nenhuma opinião. Contei tudo, desde a morte de meu pai, todas as minhas rebeldias já feitas até a minha chegada aqui. Só não contei sobre Harry, fiquei com vergonha de falar sobre isso com ele.

- Vai ficar tudo bem, eu prometo. Vou cuidar de você está bem? – ele tinha parado o carro, acho que tínhamos chegado à casa de Leth.

- Muito obrigado Pedro, você é ótimo. Quer o seu casaco de volta? – eu disse me preparando para sair.

- Espera aí mocinha, eu te levo até a porta. Você acha que eu te deixaria aqui, atravessando essa chuva sem um guarda – chuva?

Ele me levou até a porta, como combinado, me despedi dele com um beijo na bochecha e um grande abraço. Quando já estava tirando o casaco, ele disse:

- Não! Fique com o casaco, segunda você me devolve. – me beijou outra vez na bochecha e foi a caminho do carro.

Abriram a porta, Jen quase me atropelou, me deu um abraço tão apertado que pensei que iria morrer esmagada.

- Calma gente eu tô bem. – eu disse com as mãos para cima, sorrindo com a preocupação delas.


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Notas finais do capítulo

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