Plano vingança começava agora.

— Com tantas pessoas melhores pra conversar, você quer conversar logo comigo? — Perguntei. — Ah, entendi. É por que agora eu estou melhor né. — Continuei.

— Percebi a indireta na musica. — Ele disse.

— Até Deus percebeu. — Falei revirando os olhos.

— Dá pra você parar? — Ele disse.

— Parar com o que? — Perguntei.

— De ser grossa. — Respondeu.

— Só estou retribuindo algo que você fez comigo. — Eu disse.

— Só quero que você saiba que eu me arrependo. — Ele disse com aquela cara dele de que fazia qualquer uma suspirar. Mas não eu . Não durante o meu plano.

— Tô vendo o seu arrependimento, tô vendo. — Falei.

— Mas é verdade. — Ele disse.

— Olha a minha cara de quem tá acreditando. — Começei a gargalhar. 

— Você mudou mesmo... — Ele disse.

— Não mais do que você mudou em um dia. Você realmente não sabe como eu estava há 2 anos atrás. — Falei.

— Devia estar bem. — Ele disse, eu queria pular no pescoço dele.

— Bem? Tá vendo isso aqui no meu pulso? — Perguntei mostrando-os para ele. — Então, foi você. 

— Eu? — Ele perguntou apontando pra si mesmo.

— Foi por sua causa. — Eu falei. Estava na hora de usar um pouco do que eu aprendi nas aulas de Teatro que tinham na escola. Pensei em algo triste. A morte do meu avô. Meus olhos marejaram. Boa Emma.

— Se-sério? — Ele perguntou gaguejando.

— Nunca falei tão sério. — Eu disse limpando algumas das minhas lágrimas falsas.

— Me desculpe mesmo. — Ele disse.

— Já passou. — Falei e sai andando. Ele me puxou novamente.

— O que você quer agora? — Perguntei.

— Vem comigo pra After-Party. — Ele disse.

— Ah, agora você não tem vergonha de ser visto comigo? — Eu falei, praticamente gritei.

— Isso, fala mais alto por que a China ainda não ouviu. — Ele disse, irritado.

— AH, AGORA VOCÊ NÃO TEM VERGONHA DE SER VISTO COMIGO? — Gritei.

— Você não tem limites mesmo. — Ele disse enquanto me puxava.

— Dá pra parar de me puxar? Eu sei andar sozinha e eu nem vou com você. — Falei retirando suas mãos de mim e indo sozinha.

— Tudo bem, mas chegando lá você vai ter uma noticia não muito agradavel. — Ele disse.

— Aposto que é mentira. Tchau Niall, passar bem. — Falei. — Até nunca mais. — Continuei dando uma piscadela.

Sai andando e fui até o salão onde seria a after-party. Mal sentei-me e já queriam me dar uma noticia. Niall filho da **ta.

— Você quer decolar no mundo da musica, né Emma? — Meu empresário me perguntou.

— Claro que ela quer. — O dono da gravadora disse.

— Pois bem... que tal começar a abrir os shows de uma banda? — Ele perguntou. — Isso não é uma pergunta, você vai abrir os shows de uma banda. One Direction. Vai viajar com eles por cinco meses. Pode comemorar, Emma!. — Ele continuou. 

— Co-como assim One Direction? Eu saio em turnê até com uma banda sei lá, uma banda péssima, mas tinha que ser com eles? — Perguntei.

— Algo contra eles? — Meu empresário perguntou.

— Muita coisa. — Ele falou.

— Mas agora não dá mais pra voltar atrás. Seu nome já está em todos os ingressos. — Ele disse.

— E eu, sempre sou a ultima a saber,né? — Perguntei.

— Olha, vamos encerrar esse assunto. — O dono da gravadora falou.

Procurei Niall com meus olhos por todo aquele salão. Lá estava ele me olhando, rindo. E depois eu tive que ler a boca dele. Ele disse algo como "Se ferrou". Ah, se ele soubesse que o único que vai se ferrar é ele, ele não falaria isso e nem ficaria assim.

Depois que a festa acabou, fui para a minha casa. Havia um papel da gravadora em baixo da porta, estava rotulado como "Shows".

Abri e começei a ler. Falava que eu ia ficar cinco meses com a One Direction, blá,blá,blá, e que eu ia viajar amanhã? Amanhã?

Corri para arrumar as coisas, e então fui dormir. Grandes dias, grandes vinganças, grandes mágoas. É, ele não perde por esperar.

Acordei cedo e fui direto ao aeroporto. Eu ia ter que ir no mesmo vôo deles, e ainda aguentar algum deles na poltrona ao lado da minha. E como eu sou bem sortuda, provavelmente seria Niall.

Lá estavam eles. Cinco garotos que aparentavam ter cinco anos pelas suas atitudes. Estavam pulando um em cima do outro, e Niall tentava pegar o sanduiche que estava nas mãos de um deles. Sorri de lado, ele não mudou.

Cheguei perto deles de mansinho e não fui percebida. Até que Louis, acho que era esse o nome dele, olhou para o lado.

— Olha só, é a nossa nova irmãzinha. — Ele disse apertando as minhas bochechas. Eu estava corada.

— Olá. — Eu disse rindo.

— Tá de bom humor hoje é Emma? — Niall perguntou.

— Olha, fica na sua, tá bom? — Falei.

— Ih, pelo visto vocês já se conhecem... Aconteceu algo? — Liam perguntou.

— É uma longa história. — Eu falei. — E como é longa né Niall. — Eu disse dando uma risadinha falsa.

— E como. — Ele disse.

— Então, eu tenho tempo suficiente pra ouvir essa história. — Harry disse e todos concordaram.

— Posso contar, Niall? Ou vou mostrar o seu outro lado e você não quer isso? — Perguntei. Niall estava vermelho feito um pimentão.

— Pode contar. — Ele disse e então se sentou.

Começei a contar tudo pra eles, do começo, até o final. E até depois do final. Os meninos estavam todos de boca aberta.

— O que? O Niall, fofo? — Zayn perguntou.

— Fofo? Aha-ha-ha conta outra. — Eu falei.

— Eu sou fofo. — Ele disse.

— Só comigo que não é. — Eu falei.

"Passageiros do vôo 305 para Los Angeles, por favor, façam o embarque agora.Penultima chamada" A voz disse e então todos nós fomos até o portão de embarque.

...

Fizemos o embarque e pra minha sorte e meu azar, sentei-me no meio de Niall e Harry. Ia ser divertido irritar ele.

— Que azar o meu. Olha ao lado de quem estou sentada. Sem ofenças, Harry. — Falei e então me sentei.

— Acho melhor você parar. Já bastou ter contado a história pros meninos. — Ele disse.

— Uma hora ou outra eles iam ter que saber. — Falei.

— Nisso eu não posso discordar. — Ele disse. Deixei ele falando sozinho e peguei meu caderno de musicas. Começei a escrever uma nova e senti os olhos de Niall pousarem sobre o caderno.

It's probably what's best for you

I only want the best for you

And if I'm not the best then you're stuck

I tried to sever ties and I

Ended up with wounds to bind

Like you're pouring salt in my cuts

And I just ran out of band-aids

I don't even know where to start

Cause you can't bandage the damage

You never really can fix a heart

Even now I know what's wrong

How could I be so sure

If you never say what you feel, feel

I must have held your hand so tight

You didn't have the will to fight

I guess you needed more time to heal

Baby I just ran out of band-aids

I don't even know where to start

Cause you can't bandage the damage

You never really can fix a heart

Ooh, ooh

Whoa,whoa

Whoa,whoa

Yeah

Ooh, ooh

Whoa,whoa

Whoa,whoa

Oh,oh

Yeah

You must be a miracal worker

Swearing up and down you can fix

What's been broken yeah

Please don't give my hopes up no no

Baby tell me how could you be so cruel

It's like you're pouring salt on my cuts

Baby I just ran out of band-aids

I don't even know where to start

Cause you can't bandage the damage

You never really can fix a heart

Baby I just ran out of band-aids

I don't even know where to start

Cause you can't bandage the damage

You never really can fix a heart

Oh no no no

You never really can fix a heart

Oh no no no

You never really can fix a heart

Oh ooh

Oh yeah

Ooh ooh ooh ooh

You never really can fix my heart. .....

Tinha sido a musica mais linda que eu já havia escrito.

Meus olhos marejavam e uma lágrima escorreu na folha. Droga.