Charlotte POV

Todos já tinham chegado para a ‘festa’ há algumas horas. As travessas que há pouco tempo estavam fartas de comida, agora encontravam-se sem nenhuma migalha para contar história.Também pudera, uma mesa cheinha de Weasleys!

A conversa seguia animada em todos os cantos da mesa. Alguns falavam sobre o Ministério, outros sobre o desempenho dos times de quadribol no ano passado, e nós - Roxanne, Rose, Albus, Louis, Dominique, Hugo e eu - conversávamos sobre mais um ano em Hogwarts.

_ Eu vou fazer teste de goleiro da Grifinória esse ano - Disse Louis. - Fiquei sabendo que o Davis saiu do time.

_ Você vai se dar bem, o Davis era realmente péssimo. - Respondeu Roxanne, ela era artilheira da Grifinória.

_ Já que a maioria aqui ta conversando sobre quadribol, que tal uma partida agora? - Propôs o tio Rony. - Potters contra os Weasleys.

_ Vou ficar aonde?! - Exclamei.

_ Do nosso lado, claro. Você pertence à família Charlotte! - tio Harry respondeu, e James-Eu-Me-Acho-Foda-Potter bufou. Ouvi um ‘ bem que poderia ser minha nora’ da tia Gina e um ‘ainda tenho esperanças’ da minha mãe, o que me fez corar violentamente. Por Merlin! Elas ainda não entenderam que, a única coisa que eu sinto pelo Albus é amizade!

Estávamos discutindo nossas táticas de jogo quando vimos que iria faltar duas pessoas para completar o time. O primeiro jogo seria da ‘segunda geração’ então, obviamente estávamos com dois jogadores a menos.

_ E se eu chamasse o Creevey? - Lily falou timidamente. Ela e o ‘Colin II’ viviam se agarrando em Hogwarts.

_ Nem pensar, ele não é da família! - Contestou James.

_ Mas ele é o vizinho, então... - Dava pra ver que ela estava ansiosa que alguém aceitasse a ideia.

_ Não, eu jogo. Quer dizer, eu e sua mãe. - Disse o autoritário Harry Potter. - Nada de garotos desconhecidos por aqui.

_ Mas pai, ele é nosso vizinho! - Lily.

_ Eu já disse que eu vou jogar, aliás, vocês vão precisar de um jogador experiente no time. - Retrucou brincando.

_ Dois jogares experientes. - Rebateu a tia Gina.

A escalação ficou a seguinte: James e o Teddy seriam os batedores, Albus, tia Gina e eu os artilheiros, Lily como goleira, e seu pai como apanhador.

Segundo Teddy, o time dos Weasleys não parecia ser páreo para nós. Como artilheiras estavam as três garotas mais bonitas da família: Victoire , Dominique e Roxanne; como batedores, os meus ruivos preferidos: Fred II e Hugo; como apanhadora, a minha melhor amiga: Rose; e enfim como goleiro: Louis.

Molly e Lucy preferiram não participar e só observar o jogo.

Como juiz estava o tio Jorge. Ele soou o apito e o jogo começou.

Estava com a posse da Goles, e como havíamos decidido que iríamos tentar fazer o passe Ardil de Porskoff , empinei minha vassoura para cima, levando os artilheiros adversários comigo, acreditando que eu havia tentado me livrar deles para marcar.

Joguei a goles para Albus, que estava um pouco mais abaixo, perto das balizas. Sem artilheiros com que se preocupar, ele marcou dez pontos para o nosso time.

10 minutos depois, a disputa estava acirrada. 50 a 40 para nós, mas estava difícil marcar com o tanto de balaços que vinham em nossa direção. Louis era realmente ótimo, e não deixava as goles chegarem nem perto dos aros.

Tio Harry sobrevoava uma grande árvore à procura do pomo, Rose imitava o mesmo. Até que pouco tempo depois, tio Harry agarrou o pomo, anunciando a vitória ao nosso time.

James POV

Eu tinha que admitir, Charlotte era uma boa jogadora - mas ela nunca saberia disso, óbvio. Ela sabia executar a maioria dos passes que eu nunca nem mesmo tinha visto ser realizados por um garoto!

Tipo, ela é uma garota delicada, - ou pelo menos era o que eu achava! E sendo uma garota delicada, ela não deveria se interessar por quadribol - nada contra tá, mãe? - mesmo que o pai dela seja o batedor do famoso time Appleby Arrows! Porque ela é uma G-A-R-O-TA delicada. Eu confesso que fiquei abismado.

Ignorei meus pensamentos idiotas sobre a mesma e iniciei uma conversa com o tio Jorge sobre a sua loja. Ele sempre me mandava algumas coisinhas pelo correio-coruja, ano passado consegui me livrar de uma detenção usando o Nugá-Sangra Nariz, épico.

_ Estou testando um protótipo mais avançado e potente do Kit Mata-Aula! Assim que ficar pronto, eu mando pela minha coruja. Provavelmente você já vai estar em Hogwarts, então cuidado que o Filch vive de olho nas entregas dos alunos. Agora eu tenho que ir, sabe como é! Já estou indo querida! - Gritou a última parte para a tia Angelina. - Dê uma lição naqueles sonserinos por mim, James.

_ Pode deixar. - Respondi rindo. Ele sempre me mandava também via cartas, azarações eficientes.

Todos já tinham ido embora. Acabamos jantando na Toca mesmo, - para a alegria de todos, já que a minha mãe não é uma ótima cozinheira - e desaparatamos para casa.

Rose, Hugo e Charlotte ficaram para dormir aqui.

Subimos para o sótão, Charlotte havia dado a ideia de jogarmos o tal ‘Jogo das Cantadas’. Era um jogo trouxa, em que a pessoa rodava a garrafa e na qual a ‘bunda’ aponta quem manda a cantada, e a ponta indica quem irá receber.

_ Se você gostar da cantada, tira uma carta dali. - Charlotte explicou apontando para uma pilha de cartinhas. - Se não gostar, tem que beber um gole de Uísque de Fogo. E falando nisso, onde tá o uísque?

_ Aqui comigo. Só tem um probleminha: ele tá cheio - Dei um sorriso maroto.

_ Ah me dá aqui essa coisa. - Charlotte me surpreendeu entornando metade do liquído cobre da garrafa . Eu sempre achei que ela fosse meio maluca mas nunca pensei em vê-la fazendo isso.- Toma.

Bebi o resto e tive a sensação da minha garganta estar pegando fogo.

_ Wow! A noite vai ser quente, hein! - Rose exclamou brincando.

Dei uma risada e abri mais uma garrafa para o jogo. Lily rodou a garrafa. Rose e Charlotte.

_ Meu amor por você queima como uma fênix morrendo.

Charlotte pegou uma cartinha, alegando ter achado a cantada ‘fofa'. Abraçou Rose e rodou a garrafa. Albus canta Lily.

_ Me chama de Rúbeo Hagrid que eu te mostro que parte minha é meio-gigante, sua linda.

_ Desculpa maninho, mas só as mais necessitadas caem nessa! - Lily tomou um gole do Uísque e rodou a garrafa novamente.

Eu e Charlotte, credo.

_ Nós não estamos na aula do Flitwick, mas você me enfeitiça.

Ela tirou uma cartinha, sou foda. Opa, mordidinha na orelha! Fiz uma cara maliciosa.

_ Agora as coisas melhoraram. - Exclamei.

Como ela é um ‘amor’ de pessoa quase arrancou um pedaço da minha orelha, eu hein.

Girei a garrafa novamente, Hugo canta Albus.

_ Você não usou Wingardium Leviosa, mas me fez subir fácil.

_ Broxante, cara. - Albus tomou quase a metade da garrafa e rodou a maldita garrafa.

Charlotte e eu, novamente.

_ Me chama de dementador, que eu te mostro meu beijo fatal.

Boazinha. Tirei uma carta da pilha. Cara, essas cartinhas me amam.

_ Vamos ver se o seu beijo é fatal, dementadora. - Fiz uma garra imaginária no ar, arrancando risos de todos.

Ela bufou irritada e engatinhou até mim. Enroscou suas mãos no meu pescoço e me beijou de uma maneira sedutora. Sua boca tinha um gosto bom de menta e uísque.

Ela quebrou o beijo e começou a me encarar.

_ Então, meu beijo é fatal? - Arqueou a sobrancelha.

_ Digamos que é sexy o bastante pra me seduzir. - Ela revirou os olhos.

_ Charlotte te seduz, babe! - Só podia ser a Rose, mesmo.

_ E como! - Hugo fingiu estar se abanando e todos nós rimos.

_ Certo, a última rodada e depois vamos beber o resto. - Disse Lily.

_Não sabia que eu tinha uma irmã com pendência ao alcoolismo. - Arregalei os olhos aparentando estar surpreso.

_ Isso são as influências do irmão! - Rebateu Charlotte rindo.

_ Realmente Albus, você é uma má influência! - Disse fazendo todos rirem.

Enfim rodei a querida garrafa. Lily e Rose.

_ Se beleza fosse crime, eu te mandaria para Azkaban.

_ Velha demais Lil’. E além do mais eu não quero ir para a cadeia. - Rose riu bebeu o resto de uísque da segunda garrafa.

Abrimos mais uma e ficamos ali. Sentados no chão,olhando a lareira e bebendo Uísque de Fogo, até que o sono deu as caras.

_ Gente, eu não consigo levantar. - Charlotte falou de uma maneira meio embolada. Todos começaram a dar risada.

_ Nem eu, tá tudo rodando! - Completou Rose rindo. E realmente tudo parecia estar em movimento.

_ Vamos dormir aqui, pega lá os colchões Al. - Nem sei quem deu essa brilhante ideia.

Joguei uns cobertores de qualquer jeito sobre o meu colchão e me joguei em cima deles. Dormi quase que instantaneamente.