Uma Paixão Proibida escrita por KettlemTHB


Capítulo 4
By your side


Notas iniciais do capítulo

Não me matem, não me matem! Demorei alguns séculos, mas aí está. Hehe... Se eu explicar ninguém vai ter paciência pra ler, mas enfim. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/210888/chapter/4

                Assim que Tom chegou em seu quarto, jogou-se na cama, exausto. Contemplava os detalhes do seu quarto na casa do irmão. Era até melhor do que da sua própria casa. O gesso tinha detalhes como se fossem pensados na época da idade média. Alguns móveis brancos com decorações simples, mas que faziam uma diferença enorme. A cabeceira da sua grande cama... ah, toda feita à mão, com cuidado, cheia de detalhes que Tom poderia passar horas e horas observando.

                Não demorou muito para que Tom fechasse os olhos, e caísse em um sono profundo. E não demorou muito para que todas as luzes da casa de Bill fossem apagadas.

                O que está acontecendo? Por que você me olha com tanta angustia em seus olhos Marguerite? Quem são essas pessoas? Marguerite, volte, não se afaste de mim. Marguerite, porque você está sumindo? Eu não consigo te ver! Sua imagem está ficando embaçada. Apenas ouço seus soluços. Me explique o que está acontecendo! LOUISE? MARGUERITE! MARGUERITE!

 – TOM! Acorda cara! – Bill desesperado chacoalhava o irmão, enquanto Tom respirava fundo e gritava por Marguerite.

–  Aahhhhhh! – Tom gritou, sentando-se na cama, num pulo.

– Teve um pesadelo?!

–  Não, eu sonhei com pôneis!

Bill o olhou com cara de desprezo, fazendo com que Tom começasse a contar o que havia acontecido.

–  Eu não lembro do meu sonho, pesadelo, sei lá que porra foi essa! – Tom estava soando frio, com os olhos arregalados. – Sonhei que Marguerite estava chorando muito, e a imagem dela ia sumindo, embaçando. – Tom evitou contar a parte em que Louise aparecera para ele.

–  Amor, i love you, amor i love you. Amoooor, I love you. – Bill cantava, afinando sua voz.

–  Para cara! Foi sinistro, eu nem conheço ela direito. Só levei toco.

Ficaram em silencio por um instante. Bill não sabia o que falar. Apenas estava fazendo companhia para Tom, até que ele se acalmasse. Como se Bill estivesse fazendo papel de “mãe”, ficando ao lado de um garoto frágil após um pesadelo, até que ele se acalmasse, até que ele visse Tom dormindo novamente, tranquilo. Amor de irmão... É capaz de entender?

Mas Tom não apagava novamente. Ainda estava assustado, ainda estava tentando entender o que acabara de passar pela sua mente. Aquilo tinha um significado?

– Que horas teremos que ir à casa de David? – perguntava Tom, rompendo o silencio.

– As sete. – rapidamente olhou para o relógio na parede do quarto de Tom. – Ou seja, daqui a meia hora! Melhor nos arrumarmos. Vou lá em baixo acordar o gordo.

Bill foi descendo as escadas, e não demorou muito parra que visse a imagem de Gustav jogada no grande sofá da sala de estar. Estava em uma posição que Bill não conseguia ver como ele conseguia dormir estando aparentemente tão desconfortável!  Suas pernas estavam apoiadas na cabeceira do sofá, sua cabeça no braço, enquanto seu tronco estava quase sendo jogado para fora do sofá. Uma de suas meias estavam quase saindo do pé. O pesado ronco era capaz de ser ouvido pelo andar debaixo inteiro.

Bill não pode conter seu riso leve. Logo correu para acorda-lo.

–  Gustav! Acorda! Seu dorminhoco!  - Bill gritava entre seus próprios risos, chacoalhando o amigo.

–  Hãã?

O tom com que Gustav havia dito aquilo, fez com que Bill risse ainda mais.

–  Casa do David, Gustav! Casa do David, levanta, se arruma!

–  Vou assim mesmo, não tenho roupas minhas aqui. – Disse com sua voz abafada, se virando para o outro lado do sofá, escondendo seu rosto de Bill.

–  LEVANTAAAAAAAAAAAA! – Bill com força conseguiu empurrar o corpo do seu amigo para o chão. Gustav o olhou sério. –  Agora acordou, né?

–  Seu viado!

– Arruma essa roupa, lava esse rosto, se ajeita moleque! Daqui a pouco estamos indo para a casa de David.

Gustav nada mais disse, levantou-se e se dirigiu ao banheiro fazer sua higiene matinal.

            Bill subiu novamente para seu quarto e começou a se arrumar. Vaidoso como sempre. Passou uma leve maquiagem, colocou uma regata, um jeans claro, deu uma ajeitada em seu cabelo, e estava pronto. Nada muito pesado.

Estava cansado, havia passado longas horas ao lado de Tom. Não deitar em sua cama para descansar alguns minutos parecia-lhe tentador.

Em seu quarto, Tom observava a mancha que estava em sua perna. Ela estava aumentando, ficando estranha, esverdeando muito rápido. Ora, quantas vezes aquilo já havia acontecido? Era algo normal. Pôs então sua calça, e calçou seus sapatos.

–  Tom? – Bill o chamou, enquanto abria a porta do seu quarto.

–  Já estou pronto, Bill. Vamos?

Bill fez um sinal positivo com a cabeça, e desceram para o primeiro andar chamar Gustav. Ele já estava pronto, e como de costume, jogado no sofá comendo biscoito.

–  Vamos, Gustav. – chamou Tom, pegando seu suculento pacote de biscoito e jogando atrás do sofá.

Os três entraram então no carro de Bill, sincronizaram em uma estação de rádio, que por coincidência estava tocando a música deles. “Room 483”. Bill e Gustav logo voltaram seus olhares para Tom.

–  Que foi?

–  I don’t want to cause you trouble – começou a cantarolar Bill, com sua suave voz. Logo Gustav o acompanhara para o resto da letra: - DON’T WANT TO STAY TOO LONG!

Mesmo sabendo que estavam cantando para ele, Tom começou a cantar também, junto com os três. Com seu tom de voz mais baixo, mais calmo, mais deprimente e seu péssimo inglês.

–  I just caaaame here to say to you, turn around, i am heeeeere!

–  Que banda horriveeel! – Gustav brincou, no banco de trás.

–  Péssima, péssima! Olha a voz de mulher desse vocalista! Credo.

– Verdade, da onde será que tiraram a ideia dessa letra?

–  Engraçadão você, Bill.

Os três riram. E apenas ficaram ouvindo sua própria musica enquanto observavam a paisagem a caminho da casa de seu produtor.

Gustav prestava bastante atenção no som que sua bateria fazia, Bill ouvia mais atenciosamente sua voz, como conseguia alcançar algumas notas. E Tom, poderia estar prestando atenção em como conseguia tocar bem sua guitarra, mas preferia ouvir a letra. Aquela letra que ele inspirou Bill a escrever.

“Eu não quero te causar problemas. Não quero ficar muito tempo, eu só vim aqui para te dizer... Eu estou ao teu lado, mesmo que por um tempo”

Era estranho como aquelas palavras faziam tanto sentido. Faziam sentido e nem ao menos ele próprio sabia dizer o por que.

Seus pensamentos logo foram interrompidos pelo som da buzina do carro de Bill.

– Cadê o David? Marcamos essa hora, porque aquele imprestável não deixou o portão aberto?

–  Tenta ligar pra ele. – Gustav com sua voz calma e cansada dizia, entregando seu telefone celular para Bill.

– David?! Dá pra abrir o portão? ... Ok. – Bill sem olhar para trás, estendeu sua mão para que Gustav pegasse seu celular novamente. – Éé... atrapalhei a diversão do nosso pobre produtor.

–  Então a esposa dele é uma corna, porque que eu saiba ela foi viajar para Paris ontem com uma amiga depois da festa.

Bill soltou uma leve risada, com cara de quem não se importava. Era a cara de David. Mesmo com uma filha, uma esposa, era o mesmo David de sempre.

O portão foi se abrindo. Bill se ajeitou novamente, ligou o carro e adentrou. Estacionou em qualquer lugar no grande quintal da casa de seu produtor. Desligou o carro, e já foi entrando.

David estava na sala, com seu pijama ainda. Seu cabelo estava bagunçado, e seu rosto ainda inchado.

–  Se divertindo logo cedo, hein? – Tom brincou.

–  Não se pode perder tempo, rapaz! É uma da festa de ontem.

–  Guten morgen!

–  Bill! Guten morgen.

– Hallo.

–  Deixa eu adivinhar Schäfer, ressaca? –  David dizia nervoso. Mal deixou Gustav responder. – Você sabe como isso irá manchar nossa imagem? Não só a sua imagem, Gustav, mas dos Tokio Hotel, da banda inteira! É a segunda vez que você irá aparecer na mídia com problemas alcoólicos.

–  Ninguém vai aparecer na mídia, David!

–  Como “ninguém vai aparecer na mídia”? Aquele lugar estava infestado de astros, consequentemente infestado de paparazzi. As fãs já devem estar comentando na internet sobre você. Criticos já devem estar difamando o nome dos Tokio Hotel. O que irão pensar também de mim? Um produtor que não sabe ao menos evitar que um membro da banda se envolva em um assunto do tipo?

–  Você está exagerando, David.

– Não Gustav, eu não estou exagerando. Não quero mais saber, nem ver você alcoolizado. Ouviu bem?

Gustav apenas assentiu. Passos foram ouvidos vindos da escada, sons de saltos. Os quatro logo viraram-se e viram a bela imagem de Marguerite descendo as escadas.

– Marguerite! – Exclamou Tom. Era ela com quem David havia passado a noite? Não era possível.

–  Bom dia rapazes!

Apenas Gustav respondeu seu bom dia, Tom apenas sorriu. Bill o olhou, seu olhar de pena chegava a ser reconfortante para Tom.

– Onde está Georg, afinal? – Tom tentava mudar de assunto.

Como se pudesse ler sua mente, logo ouviram o leve ronco do carro de Georg entrando no quintal de David. Enquanto ele não entrava, o silencio permanecia entre os quatro, num ar de tensão. Até aquele momento Marguerite não disse nada à Tom – por que ela diria afinal? Ele era só um menino.

– Bom dia! – Sempre simpático, Georg cumprimentava seus amigos, tirando os óculos se sol e os guardando de qualquer jeito no bolso.

–  Bom dia Georg. Rapazes, sentem-se. Não podemos perder muito tempo, tenho meu dia muito ocupado hoje. – sentaram-se e ficaram observando David, até que ele começasse a falar. – Meninos, o Tokio Hotel está no auge da fama! Está fazendo mais sucesso do que nunca. E com isso, fiz planos para fazermos uma super turnê. Uma turnê que irá durar cerca de um ano, não meses. Passaremos pela maioria dos países. Pela maioria das capitais de tais países.

–  Enlouqueceu? Não somos os The Beatles. Não conseguiremos fazer tantos shows, pra tanta gente. Não teremos fãs o suficiente para ir na maioria das capitais dos países!

– Sei disso Bill. Digo, por exemplo, Brasil. Estive pesquisando, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Florianópolis. Não são todas as capitais, mas são as que mais recebem shows, com um grande publico! Pensem, muitas fãs não podem ir por causa da distância, mas iremos em quatro capitais. Da ultima vez que nos apresentamos no Brasil, fomos apenas em São Paulo. Será uma grande chance de faturarmos muito, e ainda divulgar ainda mais o nome dos Tokio Hotel!

–  Você enlouqueceu?

–  Não. Se vocês concordarem com esse grande evento que faremos, pensem em quanto dinheiro entrará pra conta de vocês. Ainda faremos um DVD ao vivo, com várias musicas. Vocês não irão cantar as mesmas músicas em todos os shows, irão cantar desde o primeiro até o ultimo CD, aleatoriamente.

–  Por mim tudo bem, eu não tenho vida social mesmo. Aliás, ia ser uma boa provar a comida típica de tantos países.

–  David, e quantos shows faremos nessa turnê?

–  Cerca de trezentos.

–  WOOWWWW! – Exclamaram Georg e Tom.

–  E irá começar quando?!

–  Em janeiro de 2013.

–  Mas já? Temos pouco tempo para nos preparar.

–  Isso não é problema. Vocês topam, ou não?

–  Eu vou entrar nessa. – Georg disse, sorrindo. Como se fosse entrar em uma aventura (o que, de fato, não deixava de ser).

–  Ótimo! Já temos o Gustav e o Georg. Kaulitz?

–  Bom... não vejo o porquê não. Aliás, temos uma banda famosa. Doido seria se não topássemos algo assim.

–  Maravilha Bill!

–  Não tenho o que discordar. Então... super turnê em 2013!

David pulou do sofá, alegre.

–  Ótimo, ótimo! Rapazes, Marguerite irá nos acompanhar nessa turnê. Ela será uma “ajudante” mais próxima de vocês. Estará sempre ao lado de vocês quatro quando eu não estiver presente. Digam a ela o que precisam, e essa coisa toda que vocês já sabem. 2013 promete!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acharam que ficou meio confuso? Assim vai rolar a história, vai começar a fazer sentido aos poucos. Haha... me deixem reviews, por favor! Só assim saberei o que estão achando da fic, e como posso melhora-la. Obrigada!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Paixão Proibida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.