- Harry, eu não quero ir para um orfanato! - Disse com lágrimas nos olhos.

  - Ei, calma pequena! - Disse ele me abraçando. - Você não vai! Você pode ficar com a minha mãe! 

  - Ela não tem a minha guarda Harry! - Disse chorando. - E mesmo se tivesse, como eu vou suportar ver você ir embora de novo, e ficar tão perto e ao mesmo tempo tão longe de você? - Ele ficou pensativo e triste. 

  - Não vamos pensar no depois, vamos viver o agora, e o resto é apenas o resto está bem? - Ele disse e eu assenti. 

  - Será que eu já posso ir? - Perguntei. 

  - Não sei, espera ai que eu vou chamar o doutor. - Disse ele se levantando da maca e saindo. A a partir de agora seria um pouco difícil, mas como Harry estava aqui me apoiando, seria tudo mais fácil. 

  Seria uma mentira se dissesse que tinha me lembrado que hoje era o meu aniversário. Belo presente não? Bom, por uma parte sim, foi bom, mas por outra, foi o mesmo em que estar num pesadelo.

  - Olha quem já acordou! - Disse o médico entrando acompanhado pelo Harry. Dei um sorriso em resposta. - Me parece que já está bem disposta pra ir! 

  - Estou sim! - Disse rindo um pouco.

-       Então, já que é assim a senhorita já pode ir! - Disse ele. - Mas cuidado para não se envolver em muitas emoções ouviu mocinha? - Disse ele olhando de mim para Harry. Eu tinha certeza de que estava corada, e  Harry apenas deu um sorriso safado. Como sempre.

Chegamos em casa e todos estavam super abalados. Sté mesmo os meninos da One Direction que nem conheciam a minha mãe.

-       Ei Meg, hoje é o seu aniversário! – Disse Harry parando no meio das sala e praticamente gritando. Eu tinha certeza que estava vermelha desde o fio de cabelo até o dedão do pé. Uma coisa que eu realmente não gostava era chamar atenção. E ele tinha lembrado! Ele finalmente tinha lembrado do meu aniversário!

-       É, e-eu me acabei de lembrar também! – Disse um pouco desanimada.

-       Vamos fazer alguma coisa hoje a noite, só pra comemorar e tentar pensar em outra coisa. – Disse o moreninho com topete. Zayn eu acho, ele era lindo até demais!

-       Pode ser, mas gente acho que eu vou descansar agora. – Disse. – Ai droga.

-       O que foi? – Perguntou Harry.

-       Provavelmente todos vão querer dormir certo? – Disse.

-       Sim! – Disseram em coro.

-       E onde vocês vão ficar? – Perguntei.

-       Bom, eu vou ser o único que vai ficar aqui em casa, os outros vão para o hotel! – Disse Harry.

-       Bom, menos mal, mas Harry, eu estou dormindo no seu quarto e um de nós vai ter que ficar sem a cama! – Disse deduzindo que provavelmente seria eu.

-       A gente dorme junto ué! – Disse ele na maior tranquilidade.

-       Harry! Você não acha que vai ser muita invasão de privacidade? – Eu disse. E só agora eu fui perceber que todos já tinham ido. Provavelmente pegaram um taxi para ir pro hotel.

-       A gente fazia isso sempre Meg! – Disse ele subindo as escadas. Eu o segui e entramos no “nosso” quarto.

-       A gente não tem mais 12 anos Harry! – Disse rindo. – A cama pode quebrar!

-       Eu não estou tão gordo assim estou? – Disse ele rindo e tirando a camisa. Ele não era malhado, mas também não era gordo. Havia algumas divisões ali mas nada muito marcado. Digo, dava pra viver com aquilo dali! Ooooooh se dava!

-       Harry! – Disse rindo. – Eu ainda estou aqui!

-       Como se você nunca tivesse visto! – Disse ele vindo me abraçar. – Você tem noção de quantas garotas queriam estar vendo isso agora?

-       Nem é convencido! – Disse o abraçando. Lá era tão bom! Eu me sentia totalmente segura ali, em seus braços eu sentia um conforto tão enorme ao ponto de querer me refugiar ali e nunca mais soltar.

-       Não tem problema não pequena, dá pra nois dois sim! – Disse ele se afastando e olhando nos meus olhos. E numa fração de segundo ele estendeu a mão e me olhou de um jeito maroto. – Como nos velhos tempos? – Eu ri e apertei a sua mão.

-       Como nos velhos tempos! – Disse. Ele me puxou e ligou o radio em qualquer estação, e por acaso estava passando What Makes You beautiful. Subimos na cama e começamos a pular. Sim, estávamos cansados e abalados mas mesmo assim não posso deixar de viver a minha vida…

Estava tão entretida em meus pensamentos que quando ele me puxou pra perto dele e colou nossas testas eu já estava tendo um ataque. Ele estava cantando a parte lenta de What Makes You beautiful apenas pra mim! Eu sentia sua respiração acelerada por conta do ritmo agitado da música. Eu estava de olhos fechados até então. Quando os abri me deparei com uma imensidão verde sem fim. E naquele momento eu tive a certeza de que os meus sentimentos por ele não eram apenas de melhores amigos. Ou minhas pernas não estariam tremendo, ou então eu não teria certeza de que se ele não estivesse me segurando eu provavelmente não aguentaria ficar em pé.

Eu não queria, mas o ritmo acelerado da música tinha voltado fazendo com que Harry se afastasse e começasse a pular na cama de novo. Eu fiz o mesmo. Eu não iria deixar que ele descobrisse que eu estava gostando dele, não mesmo. E eu iria fazer de TUDO para “desgostar” dele. Só não sei se vou conseguir.

A música – infelizmente – tinha acabado. E então nós fizemos o favor de deitar-mos na cama. Havia um grande problema. Qual? Tinha apenas UM travesseiro. Ou seja, teria que dormir no peito de Harry. Se bem que isso não é apenas um problema, na verdade, é até bom!

Estava quase dormindo, pois ele estava fazendo carinho em meus cabelos, e eu te garanto, isso é muuuito bom!

-       Meg? – Ele disse baixinho.

-       Oi. – Respondi.

-       Eu preciso de um conselho! – Ele disse.

-       Pode falar! – Disse me sentando na cama e encarando ele que ainda estava deitado. A cara que ele fez não foi bem uma cara de que queria contra algo. Estava mais para “ eu quero contra mas não sei se devo” – Ah, não faz essa cara não Harold! – Ri. – Você sabe que pode contra comigo!

-       Harold! – Disse ele sorrindo. – Faz tempo que você me deu esse apelido! – Eu ri.

-       Você se lembra que tem o Hazza também?

-       Claro! Como eu poderia esquecer? – Ele disse se sentando também. Eu respirei fundo. Eu o dei esse apelido pois meu pai se chamava Harry também, e minha mãe tinha e ditto que o chamava de Hazza. Então como nós fingiamos que éramos casados, eu o chamava de Hazza. E depois virou costume!

-       Me fala logo garoto! – Disse dando-lhe um leve tapa. – Você tá me deixando curiosa!

-       É porque é um assunto muito complicado e…

-       Você engravidou quem Styles? – Disse. Era claro que eue estava brincando. Mas parecia que ele não.

-       A Caroline. – Disse ele olhando para baixo. O QUE?

-       Harry, isso é mentira não é? – Perguntei já com a voz falhando. Meus olhos estavam começando a embaçar e o pior é que eu achava que isso era verdade.

-       Infelizmente não. – Disse ele olhando pra mim agora. Ele estava chorando, e eu estava quase lá.

-       Harry por favor diz que isso é mentira e que você só tá falando isso pra me provocar porque… - Droga. Eu quase falei que gostava dele.

-       Porque o que? – Perguntou confuso. – Em?

-       Nada. – Disse levantando da cama e saindo do quarto. Bati a porta com todas as minha forças. Droga. Eu ainda não estava preparada para isso. E o caso, é que eu não podia ouvir isso. Mas ele não sabia que eu gostava dele certo? Então não posso culpa-lo. Mas é claro que posso! Ele é totalmente irresponsável!

Eu andava pelas ruas de Londres sem rumo algum. Minha vista estava totalmente embaçada por conta do choro e a rua estava deserta. Ótimo, não sei onde eu estou.

Assutei-me quando alguém tocou meu ombro. Virei-me para trás e não reconheci quem era. Mas, naquela hora nada mais fazia sentido, porque a única coisa que eu "vi foi esuridão completa. Socorro, sera que eu estou morta?