12:05 am, casa dos Harunos.

A garota de cabelos rosados acordava como sempre seu cabelo estava bagunçado e horrível de se pentear. Com esforço descia da cama, era o primeiro dia de aula naquela escola infernal, de alguma maneira não estava nem um pouquinho ansiosa. Tinha prometido a se mesma que não faria amizade com ninguém, e se fizesse, não levaria a intimidade. O único objetivo dela era estudar, passar de ano com boas notas e finalmente alcançar o seu objetivo: ficar ao lado dela. Nerd, cdf? Não, não era isso.

– Acordou? Maria-Preguiça. – A mãe da rosada abria a porta com o sorriso de sempre, simpático e feliz.

– Mãe, não precisa usar esse apelido toda hora, né! – A rosada levantava da cama com esforço, e passava a mão no cabelo arrumando um pouco a “jumba” – Tem o que pra comer hoje?

– Já acorda pensando em comida?

– Mas é claro!

– Vai ficar gorda assim... – Falou num tom irônico.

– Mãe! Pare, não vou ficar nada... - Falou massageando a barriga, seguindo para a sala.

Na sala tinha um gordo sentado no sofá de cueca junto com um cachorro branco da raça Maltês que balançava o rabo como se não houvesse amanhã. Após notar a presença da rosada saltitou para cima dela, a fim de receber carinhos e amores dela. Quando a Haruno foi fazer um cafuné, o animal se afastou e foi para o pai da rosada.

– Cachorro descarado, sua mãe sou eu... – Pensou.

– Filha, vai tomar banho e se arrumar... Sua aula começa daqui a pouco! – Gritou a mãe.

– Certo! – Gritou sem animo.

A rosada foi para o banho, tirou suas roupas e ficou observando seu corpo. Suas curvas, o tamanho dos seios, da bunda. Não gostando do resultado.

– Tsc... Tabua do caralho. – Pensou, seguindo para o box e ligando o chuveiro.

Após 25min no banheiro pensando na vida, a garota saiu do banho enrolada com na sua toalha vermelha. Seguiu para o seu quarto vestiu a farda, uma saia rodada azul-marinho junto com um short por baixo (que dava bem pra se ver) e uma blusa bastante folgada e grande.

– Filha! Essa blusa esta muito grande! Porque pegou ela?

– Porque foi a mais confortável que eu achei... – Balançava levemente os braços para mostrar a mãe que era bastante folgada.

– Certo... Mas pelo menos a coloque dentro da saia! – Tentava ajeitar a sua filha.

– Pelo amor de Deus, Mãe! – Tirava a blusa de dentro da saia – Deixe-me ficar avontade!

– Você não é minha filha não, sinceramente... – Falava num tom divertido – Menina que não sabe se cuidar... Parece um guri!

–Ta, tanto faz... – Colocava um perfume e ia pra sala.

A mãe colocava a comida em cima da mesa e todos da família comiam, pareciam uma família feliz, mas só pareciam.

Sakura POV

Depois da comida de minha Mãe, eu estou indo pra a escola infernal. Chatice, primeiro dia de aula quase ninguém vai, mas não, eu Haruno Sakura tenho que ir porque minha mãe quer que eu seja alguém na vida e não dependa de homem nenhum. Eu detesto aquela escola, certo que eu nunca fui lá à minha vida, mas não gosto dela, ela estragou minha vida... Quer dizer, ela não, meu pai. Mas isso não importa, ele já estragou minha vida mesmo, fazer o que?

Entro naquela escola, esta vazia... Claro, primeiro dia de aula. Sento num banco qualquer e espero chamar a minha sala, er, acho que é nona D... Ou Inferno-D, prefiro Inferno-D. Chamam a minha sala, e la vai eu... Para o meu mais horrível ano de todos, você me paga Pai.

– Ei, você é da nona v4? – Vem até mim um menino de cabelo cuia e com sobrancelhas enormes, aquilo é normal?

– Sim. – Falo seca, é eu realmente não to de bom humor hoje.

– Eu também! Qual é o seu nome? – Pergunta ansioso, que sobrancelhas são aquelas? São muito grandes!

– Sakura... Haruno Sakura. – Dou um sorriso meio seco.

– Haruno Sakura-san, é? Combina bastante com você! – Ele fala alegre, é, até que ele é gente boa – Meu nome é Rock Lee!

– Prazer, Lee-san! – Nome estranho, sobrancelha estranhas, jeito estranho, gostei dele.

– Então, Sakura-san, nova aqui?

– Sim, sim!

– Olha primeira novata que vejo na nona D!

– Primeira novata? Como assim, não entram pessoas nessa escola?

– Na verdade, os novatos sempre vão para a nona C, B ou A! Os piores alunos sempre ficam na D, mas mesmo assim, bem-vinda!

– Obrigada!

– Você não é muito de falar, não é verdade?

– Não. – Sorri.

Ficou um silencio enorme entre nós, acho que cortei a onda dele. Mas foi necessário, não ia aguentar a aula toda ele me perguntando coisas, eu ia acabar me abrindo e não quero que ninguém saiba, afinal, depois que esse ano passar, eu vou fingir que ele nunca existiu.

Depois da aula (que por sinal foi de matemática e a sala estava quase vazia, umas 5 pessoas só) fomos descer, eu e o Lee-san ficamos conversando sobre diversas coisas, que ele gosta. Falou de um papo estranho de “Juventude” algo do tipo, não prestei muita atenção. Não via a hora de sair daquela maldita escola, ou o ano acabar rápido. O pessoal daqui é muito estranho, e as garotas são escrotas. Mas só foi o primeiro dia de aula, algo me diz que vai ter muito coisa ainda, e eu não to gostando dessa intuição, não mesmo.

– Sakura-san, você viaja muito na maionese não é?

– Oi? Ah, sim... Distraio-me muito fácil... Mas não gosto de maionese!

– Serio? Porque?

– Sei lá, um negocio branco e gosmento... É nojento – Falei com desgosto.

O Lee-san vez uma cara estranha, eu não acredito que ele malicia isso. Porque todo mundo malicia isso? Ou eu maliciei isso, não, não... Eu sou inocente, pelo amor de Deus!

– Bem, eu gosto de maionese...

– Eu ainda não sei porque ou como as pessoas gostam disso, é horrível!

O sinal toca, ainda bem, eu não queria ficar falando mais sobre mim com o Lee-san, eu não posso me abrir pra ninguém, esse só vai ser um ano que eu vou esquecer futuramente, por isso sem amizades intimas! Lembre-se Sakura!

– Bem, estou indo, tchau Sakura-san!

– Tchau Lee-san! – Saia da escola.

Eu não estava preparada para amanhã, certamente a sala ficaria cheia de gente. Eu não conseguira aguentar varias pessoas olhando pra mim, nem me apresentar na frente deles. Argh, eu vou te detestar por você ter feito isso, Pai.