Sakura saiu de lá e ainda ouvia alguns murmúrios dentro da sala, foi quando os médicos saíram cada um para um lado e então Gaara veio ao seu encontro, com os olhos cheios de lagrimas e meio que parecia zonzo, a rosada foi e se sentou no primeiro banco que avistou e cansada deixou as mãos no rosto enquanto algumas lágrimas escorriam pesadamente pelo seu rosto jovial e maturo. E enquanto isso o ruivo se aproximava, cada vez mais desalentado e se permitindo chorar cada vez mais. Ele recostou a cabeça no banco e limpou as lagrimas com uma das mãos. Sakura viu o tamanho do esforço dele em ter um autocontrole da situação, mas aflorava cada vez mais um sentimento de desespero, em ambos. Pessoas e mais pessoas passavam e olhavam, médicos e enfermeiras correndo de um lado para o outro, afinal não era só o parto de Hinata ali, também havia outros pacientes em caso grave. Os médicos passavam assim como as horas e a Haruno exclamava por informações, mas eles não diziam nada. As horas estavam se tornando desgastantes e o circulo de mentalidade sã estava se esvaindo. Uma nuvem de incertezas tomou posse dos dois, foi quando Gaara se levantou, porque não agüentava mais a espera, que um médico segurando uma ficha e um formulário apareceu próximo ao bebedouro. O Ruivo Olhou incrédulo o medico e pediu exasperadamente ao medico por informações. O Senhor olhou docilmente ao homem parado suando frio em sua frente e sorriu:

– Calma senhor Sabaku, tenho boas noticias para o jovem papai e marido ansioso aqui – o Senhor bateu gentilmente no peito de Gaara que logo se animou com as palavras do velho – sua garota teve uma pequena hemorragia, mas conseguimos parar o sangramento. – ele fez uma pequena pausa, recuperou o ar e continuou o seu discurso enquanto olhava atentamente as reações nervosas do ruivo – Ela está em repouso e deverá permanecer no hospital em observação por pelo menos 3 dias, senhor Sabaku. Já os Gêmeos nasceram saudáveis... E bem nutridos. - Logo Sakura chegou e ouviu a conversa do medico e do “cunhado” já que considerava Hinata como uma irmã que nunca teve. A noticia do medico alegrou a rosada que já ia sair correndo até o quarto onde a morena estava quando foi impedida por uma mão musculosa a qual rapidamente reconheceu!

– Dattebayo Sakura, Hinata está em repouso, vamos para casa mais tarde voltamos e deixa de ser teimosa e vem! – Naruto saiu arrastando a Haruno pelo hospital o que fez o Sabaku dar um lindo riso de canto. Novamente seu coração estava em paz com a situação da morena. Respirou fundo e adentrou a sala silenciosamente para não acorda-la, de relance pode ver os gêmeos num cantinho, havia suor na testa da Hyuuga, o que significava que ela havia passado por um parto complicado. Porem aliviava o coração dele em saber que sua jóia estava segura, e melhor ainda foi ver a suas lindas maçãs rosadas e a pele alva, com uma coloração de gente saudável. “Graças a ‘Pen’”- suspirou aliviado então!

Uma pequena lágrima de felicidade escorria suavemente por seu rosto esguio, cansado e jovem. Mas algo inesperado acontece, logo quando estava chegando mais perto de Hinata, de tanta emoção ele desmaia e fica caído uns vinte minutos antes de uma enfermeira coloca-lo no soro, e este acordar com uma Hyuuga sentada na cama de hospital, rindo gostosamente da situação, ele em outro tempo poderia estar se mordendo de raiva de si mesmo, mas não, estava feliz, a situação em que estava o fazia rir de qualquer coisa boba, até lembrar-se que agora tinha que agir como um homem maturo e responsável, pois agora tinha uma mulher e dois gêmeos, não podia bobear mais, teria que fazer do seu suor, fogo e ferro contra qualquer um que lhe causasse mal, mas também teria que saber perdoar as pequenas coisas que nunca aprendera a perdoar, somente esquecer. Apesar de estar em paz com sua consciência, algo o dizia para ficar em alerta pelo menos naquela semana. Ele saiu da sala e foi preencher algumas fichas e pedir informações aos médicos, um deles, um mais novo o informou que Hinata e os gêmeos ficariam pelo menos mais três dias de repouso e em observação, para garantir tanto a saúde da mãe quanto o das crianças, o mesmo profissional o ofereceu uma cadeira em sua sala particular nos fundos do hospital e uma xícara de café e bolachas.

Depois de conversarem serenamente, Gaara voltou até onde a morena estava e esta lhe deu permissão para ir para casa descansar, disse que ficaria bem e que qualquer coisa pediria aos médicos e enfermeiras que lhe telefonassem caso algo acontecesse ou caso ela precisasse.

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Os três dias se passaram rapidamente e Hinata teve alta, Gaara estava trabalhando, por isso quem foi buscá-la no Hospital foi Ino que contava alegremente a amiga que logo-logo teria também “babies” como era do costume extravagante da loira falar. Mal saíram e havia um carro estacionado: Era Temari e o caprichoso; preguiçoso e esperto Shikamaru, que vieram checar a situação da morena. A loira de olhos verdes simpáticos e misteriosos, tinha dado um jeito naqueles assassinos e logo que acabou tudo, ela estava preocupadíssima com a cunhada, a quem tinha gostado tanto, tanto, tanto. Ela também havia descoberto algo sobre o paradeiro de Karin, sim, ela saiu da prisão e fugiu definitivamente, para as afastadas ilhas do Havaí, e que ela mesma havia dado um fim nos seus “detestáveis” capangas. Mais um capricho da ruiva. Se ela decidisse voltar, pelo o que falara com a policia local, sua entrada seria bloqueada e ela iria parar no paredão, porque torturar uma mulher grávida não era tolerado nem pelos presos dali. No entanto, todas as peças do quebra-cabeça estavam se dirigindo para os seus devidos lugares e aos poucos toda a poeira ia abaixando. Mas uma pergunta! Por que certas coisas acontecem com certas pessoas? E certas coisas se resolvem com umas, mas com outras não? Por que com umas e não com outras? Por que tantas pessoas invejam sua felicidade?

Há muitas perguntas a se fazerem ao destino. Confeccionamos a nossa sorte, conhecemos pessoas, algumas especiais e outras que nunca esperaríamos ver, construímos historia e caminhamos, mas e o final? Não, não existe final certo para a humanidade. Uma pessoa pode experimentar de tudo na vida, mas mesmo assim nunca se sentirá satisfeita. Uma pessoa pode fazer tudo o que quiser, mas qual seria realmente o caminho para sua felicidade? Nós somos seres humanos e incertos, nossas incertezas causam medo, porem alivia saber que os problemas nos fortalecerão mais tarde.

Bem, essa historia certamente não acabou, e já deve ter acontecido com alguma outra pessoa. Na hora que Hinata chegou a sua casa com seus bebês, logo teve uma grande surpresa que fez seus olhos se encherem de lagrimas e que fez também seu coração pulsar fortemente. Toda sua família, exceto o pai, estavam reunidos na sala e um a um, foram receber a Hyuuga que estava lindamente vestida com um vestido xadrez em roxo e preto e uma linda sandália preta que combinavam com o seu cabelo despenteado.

Hinata estava linda, e disso ninguém tinha duvidas. Ela chegou em casa eram apenas nove meia da manha, e agora já se passava das três da tarde. E aos poucos o pessoal foi indo embora, ficando somente Sakura, Ino, Temari e a louca da Tenten que havia chegado meio que atrasado, quase duas da tarde. Elas ajudavam à morena na casa, enquanto essa Cuidava de seu bebes;

E quando a noite chegou, elas também foram embora, e Gaara então chegou do serviço; seus filhos estavam no berço e ele beijou suas testas em sinal de grande carinho “ora essa, a menina nasceu ruiva e o menino nasceu moreno. São tão lindos” e ele ficou a brincar com os pezinhos deles que eram tão pequenos, tão sensíveis, mas tão macios. E suas mãozinhas também, tão pequenas e tão frágeis. Eles não estavam chorando, não, estavam dormindo como anjos, estes que surgem pra iluminar a nossa vida e dar mais um sentido á ela. Gaara viu Hinata na cozinha e da janela dava para ver a lua e as estrelas, e mesmo com a luz ligada, o brilhos delas davam a cena um ar mais romântico ainda. O ruivo foi até ela e lhe entregou o buquê de narcisos. E em seguida pronunciou que a sua musica tinha mostrado um significado muito grande para o mundo do rock. Eles gostaram de tudo naquela pequena apresentação. Beijou sua eterna Garota e a fez sorrir.

–Hinata, Minha doce garota. Minha alma gêmea, eterna mulher. Seus olhos são como a Lua e sua alma é como o brilho das estrelas, que me guia desde os tempos remotos sem eu saber, tu és meu anjo da guarda, ei de te amar até nossos corpos serem engolidos pela Terra, e mesmo assim ei de te amar.- e assim deixaram-se a amar pelo resto da noite, e talvez até, serem engolidos pela Terra. Pois é assim que o amor faz.