Who Said I Stopped? escrita por ScissorsandCoffee


Capítulo 18
Carros e seus problemas.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei tremendamente, mais, não foi culpa minha. Estou muito ocupada, e certamente ao longo dessa semana tbm estarei (provasmalditas!#), de qualquer forma, esse foi o melhor que consegui. Não atirem pedras em mim! Eu posso melhorar :/
Espero que eu não saia morta no final ...



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Eu abri meu ármario, e um pedaço de papel pequeno caiu dele. Ao parar no chão, eu me abaixei e peguei. Estava escrito em uma letra um tanto desorganizada. A letra de Beck, com certeza.

Sorri. Finalmente... Ontem a noite eu pedi para o Beck me ensinar a pelo menos concertar um carro,pois enquanto ele estava no Canadá, o pneu de meu carro estorou. E eu fiquei presa por 4 horas no meio de uma das velhas e desertas estradas que ligam o Parkeout, até aqui. E claro, ele negou me ensinar a fazer isso (Nota : Beck sendo machista) e depois de muito ensistir... Ele falou que iria pensar.

- Eeiii Jaadyee... – Ouvi a voz da Cat me chamando, o salto dela batia no chão e fazia um barulho estridente, enfiei o bilhete na minha bolsa, e me virei para ela.

- Oi, Cat... – Eu tentei ser normal, ser normalmente eu.

- Oie Jade. – Ela disse. Logo depois ficou olhando para o teto iluminado da escola... Como se isso a deixasse hipnotizada.

- O que foi? – Eu gritei quando percebi que ela não iria falar nada.

- Ah! O quê? – Ela se despertou de seus pensamentos.

- Por que veio falar comigo? O que tem a dizer? – Eu me segurei para não gritar. A Cat, era a Cat.Isso tornava impossível fazer algumas coisas, tipo ... ter paciência.

- Ah. Bom, você é minha BFF. Então eu passei para te dar um oi. – Ela falou, sorridente.

- Só isso? – Eu perguntei, com um tom de voz que dizia : “Inacreditável!”

- Aham. – Ela respondeu.

Revirei meus olhos.

- ... Ah! Jade. – Ela me chamou, uma vez que eu me virei para o lado oposto e começei a andar.

- O que foi, Cat? – Eu resmunguei.

-  Uma vez, meu irmão enfiou a cabeça dentro de um criadouro de abelhas... – Ela começou. Eu suspirei.

---

Eram 16:58. E eu estava em cima do capô vermelho do carro do Beck. Ele estava embaixo dele, concertando alguma coisa, que eu não fazia a miníma idéia do que era. Eu só queria aprender como trocar um pneu.

- ...Beck. – Eu resmunguei.

- Oi? – Ele respondeu, ainda embaixo do carro.

- Você ainda vai demorar muito? – Eu perguntei, um pouco entediada e cansada. Estiquei minhas pernas, e coloquei minhas mãos para trás.

- Saudades, Jade...? – Ele perguntou, brincalhão. – Ou ciúmes de mim, por passar muito tempo dando atenção a um carro?

- Não seja bobo! – Eu quase gritei.

- Ah, então eu sou o bobo aqui, sendo que você fica com ciúmes de mim todos os dias por causa da Tori? – Ele riu.

- Você está me chamando de estúpida? Se a resposta for sim, eu saio daqui agora! – Eu gritei. Batendo com força no capô, fazendo um barulho alto.

- Não Jade. Eu só estou dizendo que você deveria confiar mais em mim. E tentar ser mais ... adorável com a Tori. – Ele respondeu.

- Eu não vou ser adorável com a Tori. – Falei, com os dentes cerrados.

- Ok então. – Ele falou, com a voz um pouco cansada. Olhei para baixo. Ele estava já sentado no chão. Com os braços sujos de graxa e com o cabelo bagunçado.

POV Beck.

Ela falou que não iria ser boa para Tori... Mas, não disse nada sobre não confiar  em mim. Sorri. Sai de baixo do carro, e a vi sentada em cima do capô.

Ela começou a sorrir.

- O que foi? – Eu perguntei.

- Você. – Ela respondeu, dando ombros.

- O que tem eu? – Perguntei novamente, enquanto me levantava do chão.

- Voce é lindo de cabelo bagunçado e graxa espalhado pelo corpo. – Ela falou com o sorriso mais amplo. Não pisquei enquanto olhava para ela, pois eu sabia, que isso era super raro...

Cheguei até ela, me encostando na beirada do carro, me inclinando e podendo beijá-la. Quando os lábios dela encostavam aos meus. Eu sentia um calor intenso. Uma vontade de fazer mais do que simplesmente beijá-la.

E para minha infelizcidade, ela parou o beijo.

- O que foi? – Eu perguntei, visivelmente chateado.

- Ensine-me a trocar um pneu. – Ela me obrigou, cruzando as pernas, com aquele sorriso superior no rosto. Eu havia caído no joguinho dela.

Eu revirei os olhos. Não é que eu não queria ensinar a Jade a trocar um pneu. Sabe, vem aquela coisa de cavalherismo, que sempre é o cara que concerta carros, e não a namorada frágil (mesmo a Jade não sendo tão frágil, ela é mulher ... não é?). Não quero ser machista, e nem fazer ela parar de ser independente... Mas, eu não gostaria de ter uma namorada que soubesse trocar um pneu, sendo que eu poderia trocar para ela... Ganhando uma espécie de recompensa mais tarde...

Eu suspirei. – Você realmente vai trocar um pneu, usando salto? – Perguntei, tentando fazer essa desculpa dar certo.

- Eu consigo fazer muitas ... Muitas coisas usando um salto Beck, por que eu não poderia apenas trocar um pneu? – Ela pergunta, levantando uma sobrancelha.

- É por que... – Eu não consigo pensar em mais nada. – Você pode quebrá-lo e...

Ela me interrompeu. – Ah, por favor Beck, não seja estúpido...

Ela desceu de cima do carro, andando até o pneu da frente, ficando em pé. Batendo o pé no chão cautelosamente, fazendo uma espécie de barulho quando seu salto encontrava o cascalho.

- ... Do primeiro passo. – Ela fala, com os braços cruzados.

- Tudo bem então... – Eu digo, indo até a caminhonete e pegando um pneu. - ... É lógico que você sempre tem que ter a certeza de que tem um pneu a sobra em perfeito estado de conservação para usar. Um macaco, parafusos e a chave de roda. 

- Hãn... Tá, e depois? – Ela pergunta.

- Você vai usar primeiro o macaco. – Eu a respondo, indo até o carro dela ( que já estava estacionado aqui,desde a noite passada, ainda com seu pneu furado.)

- Por que o nome disso é macaco? Afinal, não parece um... – Ela diz, em seu tom tipíco. Enquanto parava perto do carro.

- Ah, eu não sei. Se quiser saber, faça algum curso em alguma oficina... Talvez falarão por que o nome é macaco. – Eu realmente não presto atenção no que eu digo. Me abaixo, e coloco o macaco ao lado do pneu.

- E agora? – Ela pergunta, tentando esconder a curiosidade na sua voz.

- Você se abaixa, e coloca o macaco embaixo da lataria, perto do pneu furado. – Eu falo, fazendo exatamente isso. Ela se abaixa do meu lado.

- Onde tá o controle?  – Ela  pergunta, olhando para o macaco.

- Que controle? – Eu pergunto, com minhas sobrancelhas arqueadas.

- O controle que faz o macaco funcionar. – Ela diz, dando de ombros. Eu tenho o maior esforço consciênte para não rir. Afinal, aqui o trabalho é manual... Não existe um macaco que tenha um controle.

- Jade... – Eu mordo os meus lábios com força para não rir, e isso não dá certo. - ... Não existe botão...

Ela me bate no ombro por rir igual um louco. Eu digo “Ai!” enquanto esfrego minha mão onde ela bateu. Minha gata é tão forte.

- Então por que não me falou logo? – Ela gritou.

- Eu acabei de falar! – Eu protestei. Ela revirou os olhos. Suspirei, hoje seria uma grande tarde.

- Continue. – Ela me mandou.

- Tá bom. Agora voce vai levantar, e pisar na maçaneta, para ela ir rodando, e a escada aqui, vai levantar o carro. – Eu falo, me levantando junto a ela.

- E isso é seguro? – Ela me pergunta.

- Claro. – Eu respondo, normalmente.

- Ah... – Ela lamenta. Eu sorrio.

- Pode começar. – E então, ela começa a rodar, é claro que o salto a atrapalha muito. Eu deixo ela continuar rodando, até atingir uma altura boa, vou até uma das mesas da varanda e pego um refresco, enquanto a observo trabalhar desastrosamente.

É claro, qualquer mulher fica sexy concertando um carro. E a Jade... Uau! Não preciso nem falar o quanto eu estou adorando isso, principalmente depois que ela tirou seu casaco. Ela me matava.

Me sentei em uma das cadeiras, e apenas observei essa imagem tão ... Espetacular!

- Não me olhe com essa cara de bobo! Um. Refrigerante. Para. Mim – Ela gritou. Eu revirei os olhos, lamentando ver que ela tinha acabado.

- Tudo bem. Você está bem até então. – Eu digo, jogando uma latinha para ela. Ela agarra, bebendo rapidamente, mas mesmo assim, escondendo seu cansaço. Decidi irritar ela.

- Está cançada? – Eu pergunto, sorrindo.

- Não! – Ela quase grita de volta, logo depois, voltando sua atenção ao refrigerante. – Ainda vai demorar muito?

- Bom, você quer aprender a trocar um pneu? – Eu pergunto.

- É claro. – Ela responde.

- Então, vai demorar muito... – Eu digo, sorridente. Ela tenta esconder o cansaço e a decepção, evidentes em seu rosto.

- O que faço agora? – Ela pergunta, com uma careta.

- Você vai desencaixar o pneu, e colocar o outro. – Eu digo. Ela suspira. – Tudo bem, eu faço isso para você...

- NÃO. – Ela grita. Me impedindo, enquanto me empurrava para trás. – Eu!

Eu a observo, ela se abaixa e fica ao lado do pneu. Me olha com uma expressão confusa. Eu vou até ela.

- Você usa essa chave, para esses parufusos. E quando você soltar todos, o pneu está desencaixado. – Eu digo, tentando simplificar tudo ao máximo. Ela parece entender, e pega a chave de roda, e começa o difícil trabalho de desapertar os parafusos enormes.

Um parafuso com extrema dificuldade (ela não sabia para que lado rodar), mais um com dificuldade, outro um pouco melhor, e o último em alguns segundos.

- Acabei? – Ela perguntou, com brilho em seu olhar. Jade sorria, suas mãos estavam sujas e sua blusa também,é claro, que eu a havia recomendado tirar- la para trocar o pneu, mas infelizmente ...   Ela recusou.

- Não. Agora que o pneu está solto, você tem que tirá-lo daí para colocar o outro, Jade. – Eu digo, cautelosamente. -  Mas é pesado, eu faço isso para você.

- Beck! Sou eu que estou fazendo isso! Não vem com aquele papo de mulher frágil, eu consigo carregar isso! – Ela gritou, se abaixando e pegando o pneu de um jeito desastrado. Ela realmente tinha dificuldade,e a dificuldade aumentou quando ela o levantou.

Eu rapidamente peguei o outro lado do pneu, carregando quase todo o peso sozinho, o colocamos no chão.

- Ah! – Ela suspirou, eu alívio.

- Eu falei que não seria nada fácil... – Eu a relembrei de meu aviso. Sua expressão se tornou carrancuda. Me encolhi.

- Agora, é obvio que eu vou ter que fazer a mesma coisa, só que o reverso. – Ela fala, colocando as mãos no ar, bocejando.

- Isso aí. – Eu respondo. Olho para o céu, já estava escurecendo.

Ela vai até o pneu novo, e o arrasta no chão. Eu tento ir até ela e ajudar, mais ela recusa. E então, meio minuto depois, ela encaixa o pneu, e pega os parafusos para encaixá-lo.

Ela se levanta de uma vez, suspirando. – E-eu acabei?

- Ah, Jade... Você colocou o pneu do lado errado. – Eu digo, meio confuso. Ela arregala os olhos, e olha em direção a roda do carro. E depois, seu olhar furioso é direcionado a mim.

- POR QUE DIABOS VOCÊ NÃO ME DISSE QUE EU TINHA O COLOCADO DO LADO ERRADO? – Ela gritou.Eu tentei acalmá-la. Isso não funcionou.

- Jade, eu tentei... Mas, toda vez que eu me aproximava, você dizia que não precisava de ajuda! – Eu me defendo. Algumas vezes, viver com ela é tão impossível.

Ela revira os olhos, se abaixa novamente e faz tudo de novo...

E finalmente, 5 minutos depois...

- Pronto. – Ela diz, respirando. Colocando a mão na testa, e fechando os olhos. – Acabei?

Eu olhei para a roda. Parecia normal. Fui até ela, e rodei... Parecia funcionar. Desfiz o macaco e o tirei embaixo do carro.

- Parece bom. Você fez tudo certo... – Eu falo, me encostando na lateral do carro. - ... Que tal testarmos essa roda, mais tarde, indo em algum lugar? – Perguntei, ela sorriu.

- É uma boa idéia... – Ela para, e olha para o pneu novamente. - ... E agora? – Jade pergunta, eu vou até ela e a puxo para mais perto de mim. Os braços dela estão por cima de meus ombros, e minhas mãos em seu quadril.

- Você me beija... – Eu sorrio. Talvez ter ensinado a Jade a concertar um pneu, não fora tão ruim assim, alías, eu vou ganhar o começo da minha recompensa maravilhosa.

Sorrindo, ela se inclina até mim. E em meio segundo, seus lábios estão nos meus. Ela sempre arranjava um jeito de fazer as coisas, principalmente as coisas que ela queria muito fazer.Como, aprender a tocar um pneu. Por mais difícil ou cansativo que seja, ela não desistiria... Nunca.


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Notas finais do capítulo

E aí? Espero que não me mate.
Como já falei, estou sem tempo... E talvez tudo volte ao normal lá para o meio da semana que vem. Sorry me, estou tentando o meu melhor. Não fiquem triste, eu voltarei mais forte do que nunca com um estoque ilimitado de Bade para vcs. Só é uma questão de tempo, embora, eu espero ansiosamente os seus maravilhosos reviews.