Três Loucas E Um Acampamento escrita por BadDream
Notas iniciais do capítulo
Desculpa a demora, mas prometo que esse é grandinho!
– Santa Ironia! – Falou a única retardada, Renata.
– Ulalá, sempre quis ter uma dessas... – Comentou Milly, confesso que fiquei com medo, pois Milly + objetos pontiagudos = MUITA CONFUSSÃO.
Nico e Grover estavam estáticos, mas não com o que acabará de acontecer, mas sim com o que iria acontecer.
– Ora, se não são deliciosos semideuses... – Uma voz grossa falou, virei para o lado, e para a minha coincidência, era ninguém menos que o senhor ranzinza que nos atenderá.
E para piorar o velho senhor, se transformou em com cabeça e asas de águia, sua cabeça se parecia muito com a águia Americana e corpo de leão, e para ferrar de vez veio para cima de mim.
– Fruta que caiu! – Berrei – CORRE! – Sai do carro mais que depressa e fui correndo para o mais longe possível daquele monstro, mas com a sorte que eu tenho, ele veio atrás. – Para trás! – Me virei e apontei a adaga para ele.
O monstrengo, que se não me enganava se chamava Grifo avançou sobre mim, e eu (por sorte ou por reflexo) me esquivei. Ele investiu mais uma vez, acertando suas garras em meu braço, me fazendo cambalear, em seguida vi algo passar literalmente voando e acertar o Grifo.
Olhei para trás e vi Renata segurando sua besta, ela piscou para mim.
– Na mosca! – Falou Renata.
– Ana! – Milly gritou – Lembra que você só vai conseguir matar ele se acertar o coração!
– Ok, acertar o coração, é fácil – Falei tentando ser sarcástica.
Na verdade não era nada fácil, eu teria que acertar o coração de uma criatura que anda de quatro. Mas pra tudo tem uma primeira vez.
Assim que o grifo se recuperou, ele tentou mais uma vez me atacar, ele ficou nas duas patas e rugiu, eu aproveitei a distração, mirei a espada e taquei com toda a força.
Depois de alguns segundos, o mostro rugiu de dor e se desfez em pó dourado.
– Parabéns Ana! – Milly veio até mim e me abraçou.
– Aii – Gemi de dor, por conta do arranhão que sangrava.
Logo Renata também veio me parabenizar, as duas ficaram preocupadas com o machucado, que estava feio por sinal.
– Deixe-me ver! – Nico falou chegando perto de mim e analisando o meu braço. – É está feio, mas nada que ambrosia e néctar não curem! – Falou despreocupado.
Ele me levou até o carro, pegou a sua bolsa, e de lá tirou uma garrafa térmica e um potinho.
– Aqui, beba. – Ele disse me dando um copo com um liquido dourado dentro.
Obedeci e tomei até a última gota, por mais incrível que pareça, tinha gosto de chocolate quente com pedacinho de chocolate.
– Hum, o que é isso? – Perguntei após tomar.
– Néctar, a bebida dos Deuses. – Ele falou pegando o copo das minhas mãos. – Parece que seu braço já está melhor, só precisa de um curativo.
Nico pegou algodão, o molhou no álcool e passou no meu arranhão.
– Ai. – Gemi baixinho.
– Calma, já estou terminando! – Ele falou suavemente, e enfaixou o meu braço. – Pronto.
– Obrigada Nico. – Falei dando um beijo em sua bochecha.
Ele sorriu timidamente. Todos voltaram para o carro e colocamos o pé na estrada.
[...]
(PV. Nico)
Após o momento luta e aulas sobre mitologia, voltamos para a estrada. Alguns minutos depois e a Ana, que estava sentada no bando do carona, acabou adormecendo.
Renata e Milly não paravam de conversar sobre suas armas e blábláblá, Grover começou a tocar com a sua flauta uma musica do Nirvana.
E eu coloquei meus óculos de sol, e comecei a cantarolar a musica que Grover tocava.
[...]
Vinte minutos depois, nós já estávamos subindo a colina, e como Ana não havia cordado, e eu não queria acordá-la, acabei pegando ela no colo, ela era mais leve que eu imaginava, e comecei a subir a colina junto com os outros.
– Não acredito que tenho que levar as malas! – Grover reclamou.
Bom, como eu estava carregando Ana, Milly estava com Sleeper nos braços e Renata estava com preguiça, Grover ficou encarregado de levar as malas.
Senti Ana se remexer um pouco no meu colo, olhei para a mesma e vi que ela estava acordando.
– Olá bela adormecida. – Falei para ela, a mesma sorriu e se contraiu em meus braços.
– Há quanto tempo eu estou dormindo? – Ela perguntou um pouco sonolenta.
– Não muito, uns vinte minutos, mas como eu não queria te acordar, você parecia muito cansada, então eu te carreguei. – Falei tentando não olhar para ela.
Mesmo não olhando para ela, sabia que provavelmente estava vermelha. Continuei caminhando, passamos pelo pinheiro de Thalia, a onde Peleu estava enroscado, e logo depois atravessamos o velho arco do acampamento, a onde estava escrito: Κατασκήνωση αίματος Μισό, ou para ser mais exato “Acampamento Meio-Sangue”.
Alguns campistas que estavam por ali pararam e olharam para nós com curiosidade.
– Wow, isso é impressionante! – Murmurou Ana, que ainda estava em meus braços. Ela acabou percebendo os olhares curiosos e provavelmente se sentiu incomodada. – Ham... Nico pode me colocar no chão? – Obedeci, mesmo querendo que ela continuasse em meu colo.
Fiquei um pouco desconcertado com o sorriso que ela abriu para mim, assim que a coloquei no chão.
– Caraca! Di Ângelo? É você mesmo? – Gritou uma voz, que eu já sabia de cor a quem pertencia.
Virei-me para o autor da voz, e não era ninguém menos do que Harry Dom Giorno e os meus melhores amigos: Jake Krew e Seth Rustler.
– Ha há! – Jake chegou até mim e bagunçou o meu cabelo. – E ai vagabundo? Então essas são as semideusas que estavam te dando trabalho Grover?
– Nossa Grover, até eu gostaria que elas dessem trabalho! – Comentou Seth olhando para Renata.
– Hey caras! – Falei enquanto cumprimentava-os.
– E então Nico, quem são os seus amigos? – Renata falou olhando para Seth, o que não me surpreendeu.
– Ah! Esse é Seth Rustler filho de Hermes, é bom terem cuidado com ele, porque além de filho de um Deus ladrão ainda é tarado! – Falei lançando um sorriso sarcástico.
Renata mordeu e Seth lançou um olhar malicioso para ela.
– Esse aqui é Jake Krew, o, mas sarcástico e perigoso filho de Ares, e não é atoa que ele é o conselheiro chefe do Chalé! – Falei me apoiando no ombro de Jake, que deu um de seus sorrisos galanteadores, fazendo Milly suspirar. – Esse é...
– Harry Dom Giorno, filho de Apolo, e conselheiro chefe do Chalé sete. – Harry disse, me interrompendo.
– Hum, e eu sou Ana Della Fiore, aquelas são Renata Blaze e Milly Wave. – Ela falou apontando para cada uma. – Somos indeterminadas.
– Bom, agora que todos se conhecem, é melhor irmos andando, Quíron e Senhor D. estão nos esperando.
Seguimos o conselho de Grover e fomos até a casa grande.
(PV. Ana)
Eu não podia acreditar aquilo era incrível, aquele lugar era tão familiar, e OMG eu havia sido carregada pelo Nico! Esse era oficialmente o melhor dia da minha vida.
Bom, estávamos indo em direção a uma casa de quatro andares, que por ironia se chamava “Casa Grande”.
Nico e Grover nos mostravam o acampamento, passamos por uma quadra de vôlei, á onde vários meninos sarados e loiros jogavam, Renata fala que cada um era mais gostoso que o outro.
E então seguimos para a Casa Grande, a onde um homem, de cabelo e barba compridos, sentado em uma cadeira de rodas e um homem pequeno e roliço de cabelos roxos, estavam jogando algum jogo de cartas.
– Ganhei! – Gritou o homem de cadeiras de rodas.
– O que? Como? Isso é injusto Quíron! – O baixinho roliço gritou. – Quem é baixinho e roliço? – Ele falou se virando para mim.
– Olá senhor D. e Quíron. – Grover falou.
– Ah olá Grover! Vejo que teve sucesso em sua missão! – Ele falou olhando para nós, enquanto subíamos as escadas da varanda.
– Ah não, mais pirralhos? – O roliço falou. – Menina olha como... – Sua voz falhou quando ele olhou para mim. – Não pode ser! Era para você estar morta!
– Di immortales, você! – Quíron me olhou assustado.
– Eu? Como assim morta? E quem são vocês? – Falei assustada.
– Bom criança, eu sou Quíron. – Ele falou tranquilamente. – E esse é Dionísio.
– Ham...Quíron o centauro? E Dionísio o Deus das festas e do vinho? – Falei pensando.
– Exatamente. E por favor, chame-o de Senhor D. – Quíron falou e eu assenti.
– Se você é mesmo um centauro, cadê as suas pernas de cavalo? – Renata falou cruzando os braços.
Então Quíron se levantou da cadeira, ele era humano da cintura para cima e para baixo um garanhão branco, eu e as meninas ficamos de boca aberta.
– Bem melhor. – Quíron falou. – Ham... Qual o nome de vocês?
– Ana Della Fiore, Renata Blaze e Milly Wave. – Nico falou apontando para cada uma de nós.
– Aham, então Grover você pode me fazer um ultimo favor? – Quíron perguntou e ele assentiu. – Mostre o acampamento para a Renata e a Milly, elas ficaram no chalé de Hermes até serem determinadas.
Ele assentiu e levou as garotas para um tour, restando somente eu e Nico.
– Agora podemos conversar! – Falou o Senhor D. abrindo uma lata de Diet Cola. – Entrem. – Ele falou abrindo a porta da casa grande.
– Ok, agora podem dizer que história é essa de morta? – Falei me sentando no sofá ao lado de Nico.
Dionísio, ou melhor, Senhor D. se sentou a poltrona a minha frente e me encarou, pareceu que ele tinha um certo medo de mim.
– Bem, Ana. – Disse Quíron chamando a minha atenção. – Você conheceu seu pai ou sua mãe? – Ele perguntou.
Na hora em que eu iria responder, Nico passou na minha frente e falou.
– Não, eu e Grover a achamos em um orfanato... – Ele falou, mas eu o interrompi.
– Na verdade... – Falei me virando para o Nico. – Eu vivi com o meu pai até os meus sete anos de idade. – Nico me olhou com descrença. – Mas o que isso tem haver? – Perguntei me virando para Quíron.
– Você se lembra do porque e como foi para naquele orfanato? – Ele me perguntou ignorando a minha pergunta.
– Ham... – Suspirei, odiava relembrar o que havia acontecido. – Meu pai era um historiador, vivíamos viajando por todo o mundo atrás de artefatos. – Suspirei novamente e continuei. – Um dia, estávamos em Los Angeles, hospedados em um hotel, meu pai estava estranho o dia inteiro, algo iria acontecer e ele sabia. Ele pedirá para eu pegar a maleta dele que ficará no carro, eu obedeci, e quando eu voltei, o hotel estava em ruinas, parecia que tinham jogado alguma bomba lá e bom, o caso é que meu pai morreu. – Falei abaixando a cabeça.
Quando eu levantei a cabeça, olhei para o Senhor D. e percebi que uma lagrima escorria de seu rosto, o que me deixou confusa.
– Sinto muito por seu pai criança, mas poderia me responder, como chegou ao orfanato em Nova Jersey, sendo que estava em Los Angeles? – Quíron falou pensativo.
– Bem, uma mulher loira de roupa toda florida, me ajudou, ela me levou para o orfanato e me deu isto. – Falei, mostrando o meu anel para ele. – Ela me dissera que era da minha mãe, e que ele me ajudaria muito.
– Uma mulher loira estranha te oferece ajuda, te leva para um orfanato e te dá um anel de flor? – Nico falou parecendo confuso.
– Pode parecer estranho, mas é a mais pura verdade. – Falei-me defendendo.
– Não pode ser, ela me disse que ela estava morta. – Senhor D. falou olhando para Quíron.
– Não importa os Deuses sempre mentem, e ela não seria diferente. – Quíron respondeu passando a mão em sua barba.
– Eu não sei de quem vocês estão falando, mas eu só queria saber, porque eu deveria estar morta? – Falei me levantando e encarando os dois.
– Olha aqui, você é um pecado, é proibida, não deveria existir! Me entende? – Falou o rabugento do Senhor D.
Minha cabeça ficou ainda mais confusa, e eu estava cansada, então fui direta e grossa.
– Não, não entendo, nem sei metade do que acontece comigo mesma, e nem sei o porquê do Nico estar aqui! – Falei apontando para o Nico. – E quer saber, eu não saí de Nova Jersey para ouvir desaforo de um baixinho gordo! – Gritei, sai da casa grande e bati a porta com força.
Minha vontade era de matar um, ou chorar até não poder mais, então sai correndo, não sabia para onde estava indo, só corri, queria desaparecer, voltar para a minha antiga vida, eu e as meninas, nada de Deus e monstros, só uma vida de adolescente órfã, estava bom demais.
Eu estava tão perdida em meus pensamentos, que quando dei por mim, já estava no meio da floresta e pior, estava perdida.
Sentei-me no meio da clareira e comecei a chorar, não sabia o porquê, mas eu queria chorar e chorar, como aquele godo pode ser tão estupido.
Então de repente uma luz surgiu do nada, e se transformou em uma mulher, mas não qualquer uma, era a loira que havia me ajudado.
Desta vez ela estava com seus cabelos trançados com varias flores, usava uma túnica branca e seu em seu pé tinha uma gladiadora, ela estava maravilhosa.
– Olá minha pequena. – Ela falou com a sua voz suave. – Mas o que ouve, porque está chorado? – Ela perguntou se ajoelhando ao meu lado e acariciando meu cabelo.
– Não é nada. – Falei limpando meu rosto. – Me diga, você é uma deusa, certo? – Disse olhando para ela.
Ela olhou nos meus olhos e sorriu.
– Tão adorável e esperta quanto à mãe. – Ela falou suspirando. - Sim, pequena, sou Demeter, deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. – Então foi ai que eu percebi, que quando ela chegou, as flores ficaram maiores, mais cheias de vida. – Ana, você é poderosa, e isso acabou despertando a fúria dos Deuses, foi Hades que explodiu aquele hotel, ele queria lhe matar. – Ela falou como se lê-se a minha mente. – Sim, eu posso ler a sua mente.
– Pode? – Ela assentiu e sorriu. – Mas por que o Senhor D. ficou tão mal educado? – Perguntei a ela.
– Porque seu pai, Oliver, era um semideus, filho de Dionísio. – Ela falou, eu quase tive um treco, meu pai um semideus.
– Calma um dia você entenderá tudo isso, e saberá sua mãe sempre te amou.– Dito isso, ela piscou e se desfez em poeira lilás, deixando o cheirinho de flor no ar.
– Você conhece a minha mãe? – Eu perguntei , mas ela já havia ido embora.
[...]
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E ai? Reviews? E só uma coisa,dedico esse cap a Milly e a ingrata da Renata u-u