(PV. Ana)

Minha vida está um verdadeiro hospício, (na verdade ela sempre foi), eu estava bem, pela primeira vez minha vida estava parecendo normal, mas ai me chega esse Nico (que é um pedaço de mau caminho) e diz que sou uma semideusa.

E para completar tem a Renata e a Milly que ficam me perturbando e me enlouquecendo ainda mais, já chega eu descobrir que eu não sou o que penso, tem que ter ela pra acabar de arruinar tudo, né?

Mas tudo bem, eu vou para o acampamento, faço o que tiver que fazer, e depois eu me preocupo com elas. Bom, agora que eu terminei com o piti mental, a onde eu estava mesmo, a é arrumando as minhas coisas.

Peguei minhas roupas, que não eram muitas, só duas calças, cinco blusas, três vestidos e minha jaqueta que havia ganhado da senhora Marie de aniversário. Peguei também meu único tênis all star, minhas duas sapatilhas e meu único salto, que eu amava de paixão.

Troquei de roupa, colocando meu short jeans, uma blusa preta do Green Day e meu all star preto. Coloquei o resto dentro da mochila vermelha, a qual eu levava para a escola, e fiquei esperando as meninas terminarem.

– Bom, eu já terminei, só falta você Reh – Anunciou a Milly.

– Grande novidade. – Me queixei baixinho, mas acho que o suficiente para que a Milly ouvisse, pois ela começou a gargalhar.

– Claro, eu tenho que estar linda e maravilhosa, vai que tem muitos gatinhos lá! – Renata se explicou.

Eu já disse que a Renata é louca por homens, a sim, ela é uma ninfomaníaca, não pode ver um que já saí correndo atrás.

– E Renata em, um dia você ainda vai receber um fora, e eu quero ver! – Falei irônica, pois sabia que esse dia nunca iria chegar.

– Nossa Aninha, você sonha alto em? – Milly falou pensativa.

– É, e falando em sonho, vocês viram que Deus grego aquele Nico? – Falou Renata tentando fechar a mala, que estava quase estourando.

– Né? Mas acho que ele já está de olho em alguém! – Falou Milly me olhando.

– O que? Em mim? Vocês são loucas! – Falei, com certeza já estava mais vermelha que um morango.

– Claro gata, ele estava quase te comendo com os olhos! – Falou Renata maliciosamente.

Naquele minuto, eu provavelmente devo ter ficado mais vermelha que um tomate, porque as meninas começaram a gargalhar.

A imagem de Nico me veio à mente, será mesmo que um Deus grego como aquele, havia gostado de mim?

“Claro que não Ana Della Fiore, ninguém nunca vai gostar de você, você é ridícula!” – Falou minha consciência.

“Nossa valeu a autoestima consciência!” – Respondi em pensamento.

Após a minha pequena discussão mental, voltei a realidade, e percebi que a Milly estalava os dedos em frente ao meu roto.

– Ana? – Ela falou com a voz preocupada. – Ela não esta nem piscando Reh! Será que ela morreu? – Ela falou sarcástica.

– Ham? – Foi à única coisa que saiu da minha boca.

– Nossa você estava pensado em que para ficar assim? – Milly perguntou.

– Com certeza era no Nico! – Falou Renata ironicamente.

E adivinha quem entrou no quarto, assim que ela falou isso? Quem falou Nico, ganhou uma bala.

– Falando em mim, garotas? – Ele falou convencido.

– E então podemos ir? – Falei tentando mudar de assunto.

– Sim, eu e Grover já resolvemos as coisas com a senhora Marie, e conseguimos o nosso meio de transporte. – Ele resumiu.

Sem falar nada, me levantei da cama, a onde eu estava sentada, coloquei a mochila nas costas e foi para a sala, o resto me seguiu.

[...]

– Eu não acredito! – Renata berrou.

Ela estava deslumbrada, com o Porche preto, que estava a nossa espera na frente do orfanato.

– Uau, a onde vocês conseguiram isso? – Perguntei um pouco desconfiada.

– Eu tenho meus contatos! – Nico falou misterioso.

– Ah, é melhor eu não saber né? – Perguntei.

– Isso mesmo! – Ele falou cauteloso. – Eu dirijo – Ele berrou.

– Então a Ana vai no banco da frente com você. – Renata disse, já sentada no banco de trás do carro esporte.

Olhei para ela como se ela fosse louca.

– Mas eu ia no banco da frente! – Implicou Grover.

– Grover, deixe Ana no banco da frente, e fique conosco no banco de trás. – Ela falou, atendo de leve no assento.

Grover sorriu e se sentou no assento entre as meninas, então minha única escolha era sentar no bando da frente, suspirei derrotada.

[...]

Após alguns minutos de viagem, as meninas e Grover acabaram caindo no sono, não me pergunte se foi proposital, mas eu fiquei “sozinha” com Nico, que as vezes olhava para mim e voltava a sua atenção para a pista.

Eu ficava apenas olhando para Sleeper, que estava deitado em meus pés.

– E então... – Ele pareceu querer puxar assunto – Você aceitou muito bem essa história de meio sangue... – Ele tentou achar algum assunto.

– É a minha vida é um caos por natureza, então tinha que ter alguma explicação para tudo isso, e essa história de meio sangue é bem razoável. – Disse dando de ombros.

Ele abriu um sorriso, que eu confesso que eu quase me derreti, e assentiu.

– É você tem razão. – Ele falou gentilmente. – Sabe você poderia ser filha de Atena, mas não tem os olhos cinza ou sequer é loira como um dos filhos dela.

– Há, e também não sou tão inteligente a ponto de ser filha de Atena. – Concordei sem excitar

Ele riu das minhas palavras, e voltamos a ficar em silêncio, o que não durou nem 5 minutos, era a minha vez de puxar assunto.

– E então Di Ângelo, quantos anos tem? – Perguntei tentando não parecer curiosa.

– Tenho... – Ele pereceu tentar fazer as contas. – 17 + 80... – Ele murmurou. – Tenho 97 anos! – Ele falou com naturalidade.

Minha primeira reação foi de surpresa, depois comecei a rir.

– Você só pode estar brincando! – Falei já parando de rir, olhei para ele e vi que ele estava sério. – Ah você não está brincando! – Falei parecendo uma idiota.

– Não, tecnicamente eu tenho 17 anos. – Suspirei aliviada. – Bem eu sou filho de Hades, e tinha uma irmã chamada Bianca. – Eu percebi que ele ficou triste ao mencionar o nome da irmã. – Eu e Bianca nascemos antes da Segunda Guerra Mundial, então tecnicamente meu pai não quebrou o juramento dos Três Grandes. – Ele falou calmo.

O – O Juramente de não terem mais filhos, certo? – Falei tentando me lembrar de algo que estudara sobre isso.

– Sim, bem, vivemos em Washington por algum tempo. Quando eu e Bianca éramos pequenos, nossa mãe morreu quando Zeus atingiu o hotel onde nós estávamos com um raio, tentando nos matar. – Ele suspirou triste, queria poder abraça-lo, mas me contive. – Bom, meu pai tirou nossas memórias usando o Rio Lete e mandou uma de suas fúrias nos levar ao Hotel e Cassino Lotos, é um lugar a onde o tempo passa em “Câmera Lenta” – Ele contou.

Ele também me explicou que 70 anos depois seu pai, os tiraram do Cassino Lotos e os mandaram a um colégio militar, a onde Percy Jackson (Nota Mental: Percy é filho de Poseidon e também um dos heróis do Olímpio) salvou a ele e Bianca e os levaram ao acampamento Meio Sangue.

Nico também contou que Bianca se juntou as Caçadoras de Ártemis, um grupo de garotas que servem lealdade Ártemis e renunciam ao amor em troca de imortalidade , (Me diz quem troca um gato por imortalidade? Só louca mesmo).

Bianca morrerá em uma missão, Nico não se conformou e culpo Percy, mas acabou aceitando que não era culpa dele.

Após essa dramática história, que daria um belo filme, já estávamos em Manhattan, de acordo com Grover, que já tinha acordado, o acampamento ficava em Long Island.

Estávamos em um posto de gasolina, que era tão velho, que parecia abandonado, a não ser pelo senhor, ranzinza, que nos atenderá, e o mais estranho era que, ele nos olhava como se fosse nos devorar.

– Santa Perséfone! – Falou Grover farejando o ar. – Nico temos que ir! – Ele falou desesperado.

– O que há Grover? – Ele falou com temor. – Algum monstro? – Ele sussurrou.

– Sim! E pelo jeito é dos grandes... – Ele falou em pânico.

Milly e Renata me olharam assustadas, Milly olhou para o seu colar, que tinha um pingente de âncora (Ela ganhará dos pais antes deles sumirem no mundo) e Renata encarou sua pulseira, que tinha um pingente do um coração pegando fogo, (Ela também ganhará dos pais), ambos brilhavam.

Senti algo queimar em minha mão, meu anel em formato de flor, que eu ganhei, antes do meu pai falecer (Mas essa é outra história), estava igual às joias das meninas.

– Ai ta queimando! – Gemi, tentei arrancar o anel, mas estava preso em meu dedo.

– Ai o meu também, o que ta acontecendo? – Milly tentava arrancar a corrente do pescoço.

Olhei para Nico e Grover, que nos olhavam espantados. Então, de repente, puxei o anel com tudo, ele saiu, e uma luz forte o rodeou.

Fechei os olhos, e quando os abri, eu estava segurando uma espécie de adaga, sua lamina era dourada e seu cabo negro. E por ironia aconteceu o mesmo com as meninas, Renata ganhou uma besta dourada com flechas avermelhadas e Milly uma espada com sua lamina prateada e cabo azulado.

– Wow! – Foi à única coisa que eu consegui dizer.

[...]

[N/A]: E então gostaram? A eu queria saber o que estão achado da história, palpites, o que deveria acontecer! E queria agradeçer mais uma vez, os reviews de vocês...