Piper havia sido proclamada minutos após Jason. Georgina concluíu que uma missão estava por vir, já que no mundo dos semideuses coincidências assim não ocorriam atoa.

Logo, os campistas iam para seus chalés. Agnes estava sentada de um modo não muito femino no chão com uma garrafa de whisky na mão, junto com uma garota do chalé de Dioníso que Georgina vira algumas vezes, porém não lembrava do seu nome. Era incrível como elas conseguiam beber no Acampamento sem serem descobertas. Quíron nunca desconfiou. Ou se desconfiou, nunca demonstrou.

– Toma – Agnes entrou uma garrafa para Georgina. O líquido desceu queimando, mas o gosto era maravilhoso.

Connor apareceu trazendo mais bebidas e comprimidos. Minutos depois todos eles já estavam perto do riacho, era para lá onde eles gostavam de ir. Agnes já estava totalmente louca e agarrava aquela garota, que de início achou estranho, mas depois retribuiu. Era uma cena um tanto engraçada. O filho de Hermes entregou um pacotinho com pílulas para Georgina, que tomou duas delas.

Ela não soube explicar como aconteceu, mas ela estava dentro d'água e beijava Connor. O rio não era tão fundo então não corria riscos de afogarem. Ele a beijava com voracidade e urgência, como se nunca tivesse feito isso antes. A água estava gélida, o que não importava: ela estava tão entretida que mal percebia. Seus corpos estavam colados.

Ele interrompeu o beijo para tomar um pouco de fôlego. Foi o tempo necessário para ela perguntar:

– O que seu irmão acharia disso? – Ela sorriu, maliciosamente.

Connor sorriu com os olhos fechados e depois aproximou-se do ouvido de Georgina.

– Ele não precisa saber disso.

****

Georgina acordou com os raios de sol que batiam em sua face. O Chalé 13 era um tanto escuro e qualquer claridade era bastante incômoda. A última coisa que se lembrava da noite anterior era que Jed, seu amigo filho de Apolo, havia chegado e trazido algumas cartelas. Depois disso, mais nada. Não sabia quem a trouxera para seu chalé. Talvez Connor? Provavelmente.

Alguns de seus irmãos ainda estavam dormindo. Katherine, sua meia-irmã de apenas 13 anos que havia chegado há alguns meses estava acordada, arrumando sua cama. Georgia estava exausta e tentou dormir de novo. Sem sucesso. Katherine havia percebido que ela estava acordada.

– Se divertiu ontem? – perguntou a garotinha.

Katherine era bem perceptiva. Quando descobriu ser uma semideusa, aceitou a ideia de primeira. Isso fazia Georgina lembrar-se de Nico. Ela sentia falta de seu irmão.

– Bem que eu gostaria de lembrar – ambas riram – mas acho que sim. – Georgina levantou-se e espreguiçou. Usava somente uma blusa que ia até o início de suas coxas. Pegou um copo de água e foi tomar banho.

A água caindo sobre suas costas era aliviante. Em minutos todo o seu cansaço sumiu. Vestiu a blusa laranja do Acampamento, um short desfiado e calçou seu all star. Tiraria o dia todo pra treinar.

Saindo do chalé, Georgina acabou esbarrando em alguém e caiu.

– Merda! – Ele disse. Georgina olhou para o alto, era o garoto dos cachinhos.

Me desculpe por isso – Leo disse, estendendo a mão para levantá-la – Nyssa pediu para entregar o seu iPod. Georgina, certo? – Ele pegou o iPod – Merda! – Ela riu com o modo em que Leo falava. – Que a propósito, eu quebrei de novo. Mas não faz mal, eu acho que consigo concertar – por fim, ele a encarou – Ah, eu sou o Leo.

Georgina sorriu.

– Eu sei. – ela olhou para o iPod nas mãos do garoto que não paravam quietas – Consegue concertar?

– Acho que sim. E me desculpe por isso – ele sorriu sem graça – de novo.

– Tudo bem – Ela riu. – Está indo para o refeitório?

– Aham. – Agora Leo mexia em um dos botões de sua camisa. Pelos Deuses, ele não parava quieto? – Me acompanha? Ainda estou meio perdido.