Escolhidos escrita por Sofia Daughter of Hades


Capítulo 4
Capítulo 4




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-Leo, espera.-disse, agarrando-lhe o braço-Deixei as minhas coisas em casa, na Floresta. Sabes onde posso arranjar umas novas?

-Não será preciso. Trouxe a tua Caixa.

-Obrigada mano!-agradeci, abraçando-o. Quando ia a tirar os meus braços dos seus ombros, ele agarrou-me no pulso direito e, torcendo-o para me colocar de costas para ele, puxou-o para si, deixando o relógio branco com mostrador rosa da swatch, que fazia tudo menos dizer as horas, à mostra. Um velho truque que eu aprendera com ele da pior maneira.

-Estou a ver que nunca o tiras.

-Foi um presente da mãe-respondi, soltando-me e rodopiando sobre mim- tu também não.-contradisse, secamente, apontando para o amuleto que ele trazia ao pescoço. Apesar de nunca termos comentado nada sobre os derradeiros presentes da nossa mãe, ambos sabiamos, ou julgavamos saber, que eram objetos alterados magicamente para serem reservas de energia, em caso de luta. Pelo menos era isso q o meu fazia.

-Bom, vem comigo. Tenho a tua Caixa fora da clareira. Segue-me.

Transformámo-nos ambos em raposas e largamos a correr, como nos velhos tempos, os 2 irmãos guerreiros lado a lado, iguais e diferentes nos seus pequenos detalhes. Uma felicidade nostálgica atravessou-me o espírito, pois aquela corrida desenfreada pela bosque escuro, apenas iluminado pelo luar, com o vento a bater-nos na cara e aquela sensação de liberdade no seu estado mais puro alguma vez experimentado pelo humano, o instinto animal.

Fui acordada dos meus desvaneios pelo estacar súbdito de Leo, á minha frente. Começou a farejar em redor da árvore e, depois de la ter rodeado 3 vezes, de pelo iriçado e de dentes arreganhados, partimos de novo com rumo ao local onde se encontrava escondida as minhas armas, desta vez mais rápido. Como parara alguns metros atrás do meu irmão, n notara no cheiro q o fizera parar mas, assim q passei perto da árvore, um cheiro familiar entrou-me pelo focinho e um arrepio gélido percorreu-me o corpo. Apressei o passo e estacámos, mais á frente, numa 2ª árvore. Leo começou a escavar e eu imitei-o até que deixámos à vista uma caixa de madeira, com uma inscrição em elfíco e outra na língua dos anões, donde era originária a minha caixa. Acabei de a desenterrar e lancei um feitiço, o mesmo que lançara na noite em que me fora embora, que servia pra abrir a caixa. Este feitiço só podia ser proferido por 2 pessoas: o/a dono/a da caixa e das armas lá presente e outra pessoa à escolha da dona. A caixa não tinha as proporções para carregar as armas, mas sim as miniaturas destas, pois seria muito dificil de as carregar. As miniaturas também só podiam ser utilizadas e transformadas na arma propriamente dita pelas mesmas que podiam abri-la. Elas mudavam de forma consoante o que o feiticeiro desejava, desde q este proferisse o feitiço correto.

Ao abrir a caixa vi a miniatura do meu arco elfico, com uma alvaja de 10 setas com de ponta de ferro, quase impossível de partir, e uma pena de cisne preto na ponta, para dar direção e equilibrio; havia também a minha espada elfíca, com o “cume” em ouro e a lamina com reflexos vermelhos ou laranjas, consoante o angulo de visão em que esta estivesse incerida, como se esta reflectisse uma chama ondulante; um cinto com uma bainha para a minha espada e um bolso escondido para a minha faca de caça; e ainda um espaço vazio no veludo azul-escuro que preenchia o interior da caixa. Era o espaço destinado ao meu objeto mágico. Tirei a minha bracelete, que eu costumava usar escondida por baixo das calças, um pouco acima do tornozelo, e coloquei-a na caixa. Fechei e desatei a correr, logo precedida pelo Leo. Quando ele começava a ganhar terreno, acelarei e o meu irmão percebeu que eu queria uma corrida, acelarando também. Comecei a distanciar-me e, mesmo quando vi o meu irmão a abrandar, não parei, distanciando-me ainda mais. De repente ouvi um ruído atrás de mim e estaquei de imediato. Estava prestes a virar-me para trás para descobri qual a origem de tal som, mas senti um toque na minha mente. Ia contra-atacar mas descobri ser o meu irmão. “Esconde-te. São humanos, caçadores furtivos. Algum feiticeiro mostrou-se, na sua forma animal, a um humano. Agora devem nos ter ouvido e talvez mesmo visto.” disse-me ele, através dos pensamentos. Transformei-me na adolescente humana de 16 anos e trepei à árvore mais próxima. Quando vi os caçadores a aproximarem-se desci da árvore, rezei a Artémis, a deusa grega da noite, da caça, dos animais selvagens e das lady’s (pois sempre fora a minha deusa preferida e era a deusa que mais se identificava com uma arinnir) estalei os dedos, para controlar a Névoa, algo que o Mestre me ensinara, e falei-lhes:

- Ai, ainda bem que apareceram! Vi uma matilha de lobos para aqueles lados. Assim que os avistei fugi o mais depressa que pude mas quando aqui cheguei ouvi um barulho e trepei logo à àrvore. Mesmo a tempo de ver passar aquela majestosa raposa de pelo laranja, logo seguida por outra, ambas a correr como se não houvesse amanhã-disse, fingindo tremer.-E o meu irmão! Ele já deve estar preocpado! Ele deve vir à minha procura não tarda nada, tenho medo que aqueles...bichos-“perdoa-me”, pensei, dirigindo-me a Artémis-o ataquem. Vão caça-los por favor. Eu vou esconder-me nesta árvore e telefonar para o meu irmão.-completei, subindo à árvore.

Os caçadores humanos lá foram, abismados, sem se aperceberem que tinham acabado de ser manipulados. Avisei o meu irmão que o caminho estava livre e ele veio. Depois seguimos juntos, mais cautulosamente, até à clareira onde se realizaria o concurso.

Chegamos ao nosso destino sem mais incidentes, e o Leo foi falar com os restantes chefes juvenis das diferentes raças. Comecei a segui-lo de perto, na forma de raposa, mas ele mandou-me embora com um olhar e um rápido acenar de cabeça.


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