Escolhidos escrita por Sofia Daughter of Hades
Transformamo-nos em aves e voamos até à origem do som. Este provinha de uma clareira, protegida por magia, que decerto pareceria tão grande se não estivesse assim tão apinhada. Os feiticeiros sobre a forma animal tinham reservado um espaço para a aterragem de outros feiticeiros. Olhei em volta assim que aterrei e, ao avistar uma raposa assente nas patas traseiras, com o pelo laranja a reluzir à luz do luar, transformei-me em humana, pois continuava a manter o feitiço que protegia as minhas origens elfícas, e percorri a distância que nos separava. Ao chegar perto dele transfigurei-me numa raposa, mais pequena e mais discreta do que a do outro mago, e fiquei a observá-lo. Assim que deu por mim, o feiticeiro transformou-se num elfo e aproximou-se de mim. Fiz o mesmo e repreendi-o, dizendo:
-Leo que se passa aqui, não sabes que podes atrair atenções indesejáveis?
-Sofia!-exclamou ele, fazendo uma pequena vénia e com um sorriso de orelha a orelha-Não te sabia por aqui?
-Oh, não?! Julgava ter sido bastante clara quando deixára a Floresta que vinha para o Estoril, para estar perto do Mar que tanto me encanta e dos humanos que tanto me espantam.
-Parace que o facto de conviver com os humanos não te fez perder a fala floreada, tão característica da nossa espécie. Bom, respondendo há tua pergunta, isto é o torneio dos Escolhidos.-disse ele, abrindo os braços em redor
-O torneio dos Escolhidos?! Essa competição só se devia realizar quando eu completasse a Academia!
-Sim, mas acontece que houve outra revelação.
-Outra! Quer dizer para além da...-hesitei, acabando por sussurar-... apar além da minha?
-Sim, outra quer dizer isso mesmo, Sopie.
-Mas isso significa que o Mal está cada vez mais próximo ou/e muito mais poderoso do que julgávamos!
-Não te preocupes. Terás tempo suficiente para te organizares com os teus futuros companheiros.
-Ok.
Ficámos em silêncio até que perguntei:
-Então os elfos não iram combater?
-Porque é que dizes isso?
-Então, a escolhida já foi revelada.-expliquei, baixando a voz e apontando para mim
-Sim, mas ainda é preciso decidir quem te vai acompanhar, como guerreiro, e tu ainda tens que provar que mereces o lugar que te foi atribuído. Muitos, dos poucos que sabem, não estão convencidos.
-Oh! Tolices! É impossível fugir ao Oráculo! Além disso, nós já sabemos quem são os nossos melhores guerreiros. Mesmo que muitos n o queiram admitir.-e dei uma cotevelada ao meu irmão
-Mas vais participar?
-Ficaria muito mal à irmã do co-governador juvenil, e líder dos escolhidos, não participar! Além disso, adoro um bom desafio e não tenho uma boa querela há muito tempo.
-Ha ha ha! Eu bem me lembro da tua última luta. Ainda hoje ele tem medo de se aproximar de ti. Ha ha ha!
-Essa não fui a minha última luta. E sim, o Janica levou das boas. Ha ha ha! É para aprender a não se meter comigo.
-Sabes que ele fazia-o para me tentar provocar, não sabes?
-Sei sim. Ele não tinha coragem para te enfrentar e estava bastante ressentido por não ser o chefe jovem sozinho. Agora temos de ver é se não se mete com a Marga.
-A nossa maninha já tem idade para se defender, e nem ele desceria tão baixo. Outa vez-acrescentou ele, baixinho.
-Olha que não sei. Ele tentou atacar-me umas 3 vezes indiretamente, antes de me chatear diretamente, e uma das vezes foi o irmão dele. Ele pode muito bem pedir à irmã.
-A irmã dele é muito amiga de Marga, e ainda por cima é mais nova.
-Ok. Voltando ao assunto da competição, quais vão ser as provas?
-Ninguém sabe. O Mestre disse que tinhamos três dias para organizar tudo e chamar todos os jovens do reino da magia, sozinhos, e depois ele viria, com o Supremo Clã.
-O Supremo Clã?
-Tenta não os irritar. O vosso último encontro não foi muito simpatico.
-A culpa não foi minha. Se bem te lembras, foi a Caroline que começou!
-Eu sei, mas ela é prima dos principes gémeos do reino dos Filhos da Luz, e pertence ao SC.
-Está bem, está bem. Já sei que ela é muito importante. Eu vou tentar ser mais...amigável.-disse, dando enfase à palavra “tentar”-Talvez até a convide para um treino. Mas não prometo nada.
-Vá lá. Porta-te bem. Bom, por mais agradável que seja matar saudades, tenho que ir ter com os outros chefes juvenis. Temos um torneio para organizar!-exclamou ele, esfregando as mãos, torcendo-as e estalando os dedos.
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