No dia seguinte acordei normalmente como um dia normal, só me dei conta do que tinha acontecido quando me olhei e vi que estava sem roupa. Olhei pro lado e ele não estava lá, mas isso não me impedia de sentir seu perfume que ficou no meu lençol.
Me vesti, coloquei apenas um shorts do meu pijama e uma regata. Fui no banheiro lavei o rosto e escovei os dentes, fiquei me perguntando onde aquele homem estava.
Quando comecei a descer as escadas, percebi onde ele estava. Já pude avistar ele sentado no sofá vendo TV, ele podia ter ficado comigo ou me acordado, mas que coisa.
– Bem carinhoso você – disse em tom irônico enquanto descia.
– Ah... É... Desculpe. - disse quando me viu descendo. – É que eu queria ver esse jogo.
– Tudo bem. – ele fez sinal para que eu sentasse do seu lado e assim eu fiz.
– Dormiu bem? – perguntou enquanto me fazia deitar sobre seu colo.
– Uhum- só consegui responder isso já que ele logo iniciou um beijo.
Virei meu rosto e fiquei prestando atenção no jogo, basquete não era tão ruim assim, na verdade eu gostava, mas não sabia de regras nem nada, o que me prendia a atenção era ver como eles eram ágeis. Ficamos uns minutos assim, apenas sentia seus dedos brincando na minha barriga.
– Você entende? – ele me perguntou.
– Sei que tem que colocar a bola na cesta. – ele riu.
– Um dia se você quiser, eu te levo num jogo e te explico. Que tal?
– Eu vou adorar – falei animada.
Ficamos assistindo por mais algum tempo, eu quase dormi quando ele começou a mexer no meu cabelo. Até que eu enjoei de ficar olhando pra TV, peguei seu braço e comecei a analisar sua tatuagem, eu estava tão concentrada que comecei a virar seu braço em busca de mais desenhos, acho que acabei esquecendo que era um braço.
– Assim você quebra. – sua voz me trouxe de volta, olhei pra cima e ele me encarava sorrindo.
– Desculpe – soltei seu braço.
Sua mão foi em direção a minha cintura me segurando, eu me levantei e ele me deu um selinho rápido e se levantou, mas ainda me deixando deitada no sofá.
– Eu vou passar rapidinho lá em casa, quando eu voltar a gente vai almoçar ok?
– Tá bom, mas não demora.
Ele subiu para se trocar, eu continuei deitada olhando o teto, e logo meus olhos foram se fechando. Não ouvi quando ele desceu, só senti quando seus lábios encostaram nos meus.
Me levantei e o levei até a porta, eu já ia fechando quando ele se virou com uma cara de duvida, o que me fez abrir de novo a porta e o encara-lo. Ele coçou a cabeça ainda pensando e começou:
– Você é minha namorada né?
– Sou?
–É! – pareceu certo, mas depois ficou um pouco inseguro – É?
– Sou.
Ele abriu um sorriso que fez com que eu fizesse o mesmo, mas logo me puxou e me deu um beijo que eu perdi o folego.

Subi e fui tomar um banho para tirar o sono, o tempo tinha amanhecido um pouco frio, nada de mais, mas o suficiente para e colocar uma roupa mais fechada.
Ele realmente foi rápido, logo já estava de volta. Fomos almoçar em um restaurante um pouco distante dali.
Fizemos nossos pedidos e ficamos esperando. A gente conversava normalmente quando sua expressão mudou, ele parecia preocupado.
– Que signo você é? – me perguntou
– Escorpião por que?
– Nada.
– Oi Anthony – uma loira se aproximou dele e o cumprimentou, depois de perguntar sobre uns vinte antepassados dele, ela me olhou.
– Oi – falou sem muita emoção. – Prazer Yorrana.
– Christie.
– Amiga do Anthony ? – curiosa.
– Namorada – Anthony tratou logo de dizer e eu percebi ela fazendo uma cara feia, mas ignorei.
Afinal quem era essa menina, tudo bem que conhecia ele faz pouco tempo, mas isso não me impedia de ficar com ciúmes.
Ela falou algumas coisas com ele, e depois foi embora. Eu fiquei quieta não perguntei nada sobre ela, mas acho que ele ficou preocupado por eu não ter dito nada.
– Está tudo bem?
– Por que você perguntou meu signo?
– Para saber se você é ciumenta.
– E você acredita nisso?
– Um pouco.
– E eu sou ciumenta?
– Imagino que sim.
– Por que isso? Você decora todos os signos?
– Não, mas eu também sou de escorpião.
– Então você também é ciumento?
– Com isso você admite que é ciumenta.
– É quem sabe, mas você não me respondeu.
– Talvez. – respostas vagas me irritam.
– Por que quer saber isso?
– Aquela moça a Yohanna, é minha ex, toda vez que me vê se mostra bem...
– Atirada?
– É o jeito dela, só não queria que você pensasse outra coisa.
– Tá tudo bem. Mas... Faz tempo que vocês terminaram?
– Um pouco, a gente terminava depois voltava, isso aconteceu algumas vezes. Ela tentou voltar, mas eu não quis, não depois de uns tempos pra cá.
– E o que aconteceu de uns tempos pra cá.
– Conheci alguém. – vai joga na minha cara.
– É mesmo?! Conte me mais.
– Desde o dia que a vi ela nunca mais saiu da minha mente
–E ainda pensa nela?
– Constantemente. – arqueei a sobrancelha e ele continuou – E você não imagina como me faz bem tê-la comigo agora. – segurou minha mão, e eu não consegui evitar um leve sorriso bobo.
Ainda fiquei na duvida se era eu mesmo, o jeito que ele falava parecia que já me conhecia há bastante tempo, mas na verdade nos conhecemos há pouco tempo.
Depois que almoçamos, fomos passear em vários lugares e acabamos voltando tarde pra casa. Eu insisti e Anthony ficou lá comigo, depois de jantarmos e tomarmos banho, como estávamos cansados e eu tinha aula no dia seguinte, fomos dormir, apenas dormir.