56th Hunger Games Begin escrita por Muitaz


Capítulo 9
Os defeitos que nos qualificam


Notas iniciais do capítulo

Para a Mands, que nem a fic.
Nesse capitulo vamos ter a volta do Klaus.
Espero que gostem, se tiver errinhos, me avisem tava com muito sono quando eu escrevi.



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Desci as escadas de emergência, não, eu não estava em uma emergência. A menos se considerar o fato de que quando a porta do elevador abriu Klaus e Gui estavam juntos lá dentro, e eu ainda nutria um nojo – e uma repugnância – imensurável para com Klaus, e estava decidida à me vingar de Gui.  E além do mais o caminho do 3 andar ao centro de treinamento era bem rápido e curto. Meus passos ecoavam compassadamente como gotas de chuva batendo no cascalho. Até que um novo som surgiu, de passos pouco mais pesados que os meus, porém mais cronometrados. Fiquei durante certo tempo tentando procurando reconhecer a melodia que sem duvidas pertencia a alguma musica de ninar infantil.

Bam.

-Aghh... – Gemi de dor, uma menina estava estatelada em cima de mim – Ahhg...

A menina se apressou para rolar para o meu lado, mesmo que muito magra, a queda em cima de mim me causara uma enorme dor na costela. Me pus sentada, massageando a minha barriga. Então uma tremenda vontade de rir me invadiu e eu me rendi à ela. Logo a menina magricela que eu reconheci como sendo a tributa do 7, caiu na gargalhada comigo. Em alguns minutos parecíamos duas retardadas que inalaram gás do riso, parecia um daqueles momentos que só podia se vivenciar com o melhor amigo, longos minutos depois eu consegui e controlar e lhe ofereci minha mão.

-Jane, 3 – Me apresentei.

Ela apertou minha mão, satisfeita.

-Amanda do 7. Então foi você que socou o Klaus né?

-Bem – Encolhi os ombros fingindo demonstrar vergonha – É fui eu sim.

Ela deu um leve aceno de cabeça para mim, indicando respeito, eu ri, e me levantei, devia ter passado uns 15 minutos e nós ainda estávamos no andar do 1 distrito. E ainda haviam mais uns 50 degraus até o centro. Corri escada à baixo seguida pelos passos compassados de Amanda e escancarei estrondosamente a porta do centro de treinamento, mas mesmo assim ninguém pareceu nos notar somente Guilherme. Ele veio à passos pesados até nós.

-Quem é essa – Perguntou com frieza que eu nunca pensei que sua voz pudesse emanar.

-O nome dela é Amanda, ela é do 7. Uma possível aliada, devo comentar – Me virei para Amanda, ela sorria, talvez pensasse que por seu tamanho e falta de força ninguém fosse a escolher, mas eram exatamente esses defeitos que me atraiam nela – Se ela quiser é claro, mas veremos isso depois das notas certo? Agora se querem me dar licença eu vou, para a seção de plantas, de novo – A frieza comum da minha voz agora se misturava com a elevada raiva.

Sentei-me sozinha, por hora, algum tempo depois – passado ouvindo mais uma dose de nomes irreconhecíveis à meu ver – um corpo sarado e gigantesco se sentou ao meu lado. Seu dono era excepcionalmente belo, mas me inspirava dois conhecidos sentimentos.

-E então esquentadinha? – Cumprimentou Klaus, depois de um tempo de ignorância ele resolveu voltar com a palavra – Sabe que não pode arranjar comida, mesmo que seja uma incomum assassina. Irá morrer de fome se defender de si própria. Ou pior, envenenada.

Era a mais pura verdade, penetrei meus olhos dentro da imensidão de incerteza e falsa segurança que eram os olhos de Klaus. No fundo ele só parecia uma criança que estava ali procurando desesperado a sua mãe ou qualquer um que o acalentasse em uma noite escura e triste, eu senti uma incomum pena dele.

-O que quer dizer com isso? – Falei sem desviar os olhos dos seus.

-Quero uma aliança.

Aquilo foi como tomar um soco no estomago, como ele podia querer uma aliança? Logo ele que havia sentido tudo que os meus sentimentos descontrolados e a minha instabilidade mental podiam ocasionar. De repente, se ao menos notar, eu travava um guerra com o olhar de Klaus, como se cada um de nós quisesse saber exatamente do que o outro era capaz, e ao mesmo tempo medindo nossa força mental, por que estava claro que quem desviasse o olhar primeiro seria declaradamente o mais fraco. Então um ramo de folhas interrompeu nossa bizarra conexão.

-O que me levaria a acreditar em você? Você poderia me trair ou me enganar... – Eu comecei claramente irritada, mas ao mesmo tempo o desafiando a falar tudo que ele tinha a oferecer para, não me aliar a ele, mas para saber como combatê-lo.

-Se eu me lembro bem quem é o fingidor, ou devo dizer fingidora daqui é você não é? – Ele disse dando uma indevida dose de ironia a cada palavra.

-Isso me qualifica. Mas quais são as suas qualidades, quer dizer sem ser beijar meninas a força? – Instiguei ele à falar mais uma vez.

-Eu sou exatamente igual a você Jane, só que você não quer admitir isso. Não pensei que fosse do tipo orgulhosa. Você é tão baixa e suja quanto eu Jane, frívola e mortífera,  a diferença entre nós é que você pode eliminar nossos concorrentes enquanto eu posso nos fazer sobreviver.

Uni o cenho, era a verdade.

-Ótimo argumento – Falei.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Obrigada pela consideração.



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