56th Hunger Games Begin escrita por Muitaz


Capítulo 7
Não só plantas são venenosas.


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais postei



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Olhei para o meu corpo, sem duvida estava trajada com o mais ridículo pijama. O tributo do oito – que eu nunca havia visto na vida e só reconhecia pelo grande oito laranja bordado em sua camisa.

-Você usa um oito fosforescente na camisa, e ainda ri do meu pijama? – Perguntei fingindo indignação.

Ele ficou quieto.

-Pelo menos eu pago mico conjunto – Ele falou calmamente – Agora vá antes que o seu namoradinho chegue e ria de você.

Franzi o cenho.

-Você está falando de quem?

Ele deu de ombros e virou para as facas deixando-me com pensamentos pairando em minha mente enquanto eu subia o elevador, a quem ele se referia? A porta se abriu e lá estava Ady segurando sorridente minhas roupas como se tivesse acabado de presenciar uma grande piada. Mas assim que me viu forçou uma cara bizarramente emburrada e jogou as roupas em mim.

-Como pode? Nós expor dessa forma? – Rinhava.

Eu revirei os olhos, tomei as roupas de suas mãos fracas e me retirei para o meu quarto. Cinco minutos depois eu voltei devidamente vestida e com os cabelos presos em um rabo que se assemelhava a um coque causando o mau olhar de Ady.

-Você fica horrível assim sabia?

Mas antes que eu pudesse manda-la ir se  catar um voz do fundo do corredor discordou.

-Eu não acho.

Quando eu e Ady nós viramos nos deparamos com Guilherme, quero dizer Gui, quero dizer... ah esqueça.

-Olá – Falei sem jeito, a culpa voltava a me consumir.

Ele passou direto por mim claramente irritado, pegou o elevador e desceu. Olhei para Ady interrogativa.

-O que você fez? – Ela perguntou com aquele irritante nariz empinado, me observando com superioridade e me dando vontade de socar sua cara plastificada a modo de por seu nariz no lugar onde deveria estar.

-Talvez nem todos os problemas do mundo sejam culpa minha sabia? – Disse e entrei no próximo elevador que havia chegado, bufando.

A irritação que me consumia agora era tal que me cegava. Ele não podia ter agido daquele jeito comigo, não podia, era inaceitável. Eu estava sendo injusta, eu sei, eu sempre agia daquela forma com todos, mas ele não devia agir assim, esse não era ele.

-Deram um soco no sua avó foi? – Perguntou um menino que estava ao meu lado talvez desde sempre. Ele tinha cabelos negros e pele morena, era mais alto que eu mas ainda assim mais novo, parecia que se divertia com minhas reações.

-Você não tem nada melhor pra fazer não 5? – Perguntei irritada.

Ele riu baixinho, e correu para fora assim que instantes depois a porta se abriu, para sua sorte se não teria ficado que nem Klaus encolhido num canto choramingando com um belo soco no nariz. Em falar em Klaus não havia o visto ele nos últimos treinamentos.

Entrei à passos pesados no centro de treinamento mirando a estação em que melhor poderia despejar minha irritação. Idiota se só fizer as coisas pela irritação, nunca vai conseguir vencer essa coisa disse a razão na minha cabeça. Então voltei a estação de identificação de plantas, coisa na qual eu era uma verdadeira negação. Eu era a única ali, até que uma menina comos cabelos presos num coque gracioso no topo da cabeça se sentou ao meu lado.

-Selecionem a planta que poderá curar suas queimaduras – Mandou a instrutora.

A menina selecionou a folha rapidamente, tentei imita-la enquanto a mesma me observava, quando finalmente escolhi a folha mais semelhante a da menina ela se intrometeu.

-Ei isso é litharae brasiliens march – Ela me observou por alguns minutos até finalmente chegar a conclusão de que aquilo era mandarim para mim, então ela riu – Aroeira, isso vai te dar uma coceira se entrar em contato com a sua pele. E vai fazer você definhar de dor, toma pega essa – Ela me entregou uma folha igual a dela.

Eu sorri contrariando toda a minha irritação.

-Jane, do 3 – Me apresentei. Ela retribuiu o sorriso e estendeu sua mão, com dedos finos e longos como os meus.

-Catherine, do 9.

-Então você é boa com plantas.

-E presumo que você é boa com arapucas e bombas – Ela disse.

Sorri e concordei.

-Ela é genial – Disse uma voz à minhas costas, me virei e vi Guilherme.

Me voltei as plantas, irritada, sem motivo é claro, mas me dando ao prazer de ignora-lo como ele fizera comigo. Mas ele dificultava a situação sendo que se sentou do meu lado.

-O que agora você me desculpou? – Falei sendo completamente ignorada.

E ignorada, e ignorada, ele parecia decidido a não me responder. Então seria assim? Ele chegaria com um elogio a mim, e depois me ignoraria? O que era aquilo, chantagem emocional?

Me levantei sibilando mais do que de manhã, e me pus a jogar facas passando a frente de quem quer que o estivesse fazendo antes, mas o menino que estava certamente também não estava em um bom dia.

-Qual é a tua garota? – Gritou – Eu tava aqui você é cega?

Tornei meu corpo a voz que gritava, era o menino alto das cicatrizes do 10, acompanhado pela pequena menina que tentava acalma-lo.

-Olha aqui, acho que essa estação é grande o suficiente pra nós dois, e se você tiver incomodado pode sair, que ninguém vai se importar! – Falei com desprezo.

O garoto empurrou a menina para longe e investiu contra mim, mas antes que o seu soco pudesse atingir o meu rosto, um punho se fechou no seu. O menino do 2 me defendia, e ele parecia forte, sim parecia. O garoto do 10 nós deu as costas bufando.

-Eu vim te fazer uma proposta – Disse – Te quero como aliada.

Franzi o cenho.

-Nunca seria uma carreirista.

-Nem eu – Ele disse – E antes que pergunte o que vi em você, eu estava na estação de arapucas junto com você, mas acho que você não me notou. Quando saiu o instrutor ficou murmurando que nunca vira nada de tamanha engenhosidade – Dei de ombros – E então, você aceita?


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado



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