56th Hunger Games Begin escrita por Muitaz


Capítulo 4
Entre roupas e olhares


Notas iniciais do capítulo

Só pra avisar o Klaus não é baseado em ninguém.
Boa leitura.



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Os telões mostravam os tributos do distrito 1, vestidos com luxuosos vestidos de pedras, e se demorou um longo tempo na admiração deles a menina tinha seus cabelos castanhos trançados com pequeno respingos verdes, que presumo eram esmeraldas. A pequena menina do 2 e seu acompanhante foram mostrados na telona. Eles tinha o hum... exótico visual de prego, digo um prego mesmo, tipo aqueles que se prende em paredes. A menininha usava um longo vestido prata que chegava até seus pés reto, e que nos ombros tinha uma espécie de ombreira em forma de circulo, e o menino estava parecido, mas graças a deus, não estava de vestido.

E ai o telão nos mostrou. Eu e Guilherme, bizarramente vestidos refletindo os holofotes virados para nós. Depois passou rapidamente para os do quatro que vestiam túnicas azuis decoradas com redes em cor de ouro, as câmeras se demoraram longamente nesses dois antes de passar pros tributos do cinco.

A menina de cabelos negros tinha suas madeixas luxuosamente trançadas com fios que pareciam ser feitos de luz, assim como a túnica que ela e o menino usavam, contrastando perfeitamente com suas peles morenas, e cabelos negros, fazendo parecerem pontos de luz na escuridão. Logo as câmeras se direcionaram aos tributos do seis, não sei como explicar muito bem como estavam vestidos, só sei que era estranho, eles tinham círculos em volta das suas cabeças lembrando rodas talvez. E o resto da roupa dourada com detalhes em vermelho, presumo eu que aquilo deveria ser a menção de um trem, mas a imagem mudou rápido de mais para eu dar a devida atenção.

Enquanto eu perdia meus olhos observando os outros tributos no telão, Guilherme me cutucava freneticamente, talvez por que meus acenos estivem muito retardados. Retomei a pose sorridente logo depois, mas sem abandonar os olhares de esguelha ao telão, que agora mostrava a tributo do 7, seus cabelos negros estavam atados a folhas, e seu corpo magro e fraco vestido com um vestido reto com diversos tons de marrom. O menino a seu lado estava igualmente vestido. Eles eram as árvores anuais do 7.

Já no oito, eles usam roupas bordadas como uma colcha de retalhos, a menina tinha longos cabelos enrolados que estava misturados a faixas de pano.

-É melhor você sorrir menina, parece que comeu algo estragado – Disse Guilherme entredentes.

Eu novamente me pus na pose de acenar e sorrir,  mas niguém parecia prestar muita atenção em mim, não podia culpa-los eu não tinha nada de realmente atraente, e estava entre os carreiristas, ou seja as pessoas prestariam tanta atenção em mim quanto prestam no manual de instruções de uma maquina. Mas um homem em especial me olhava com incomum curiosidade, ele não parecia em devido morador da capital, tinha cabelos negros rentes a cabeça, pele clara, alta estatura e dedos longos que contorciam a barba burrificada que formava duas molas em seu queixo que depois dos meus preparadores, eu encarei como uma anomalia aceitável.

A homem tinha os olhos negros fixos nos meus, assim como eu nos dele, havia algo de psicodélico em seus olhos negros, que pareciam fazer você afundar num mar de graxa e sufocar. Cuidei para não desviar minha visão, por que certa vez meu pai havia me contado que o mais fraco é aquele que rebaixa os olhos mais rápido. Mas logo um outro cidadão passou pela frente dele interrompendo nossa bizarra conexão. Voltei meus olhos pro telão, tomando cuidado para não interromper meus acenos e sorrisos.

Os tributos do 10 sorriam, cobertos por couro de vaca pintada. Tadinha da Bessie – como eu resolvi que a vaca morta deveria se chamar – foi morta. Mas minha pena se extinguiu tão repentinamente como se formou, nos éramos como as vacas que cobriam o corpo dos tributos, seriamos mortos pela simples futilidade excessiva da capital. Na verdade estávamos em situação pior, nos teríamos que matar a nós mesmos.

Logo a imagem do 10 foi retirada e substituída pelos tributos do 11.Uma linda menininha morena, com carinha angelical e longos cabelos lisos e escorridos, ao lado de um menino realmente belo, ele tinha cabelos castanhos, e pele morena, e olhos verdes folha, me lembrava muito Ted. Ambos estavam vestidos por uma túnica grega carmim, e usam uma cora de louros prateados.

Depois os do 12, a menina de olhos cinzas e olhos assassino e o menino loiro, estava vestidos tragicamente de mineiro, a câmera não se demorou mais do que alguns segundos em seus rostos.

Depois os telões começaram a mostrar cenas sortidas, desinteressantes. Então desgrudei meus olhos dele, e dei tudo de mim para parecer amigável para o publico, dando olhares furtivos ao tributo do 11, que me encarava vorazmente.

-Perdeu alguma coisa lá atrás? –Perguntou Guilherme quando saímos dos olhares do publico.

-Não é só que... – Parei a frase quando vi o tributo do 11 andando até nós.

-Prazer Klaus – Disse ele sorrindo exibindo os belos dentes brancos e brilhantes, oferecendo a mão para eu apertar.

É, ele era realmente bonito, de fazer qualquer menina normal suspirar, o fato era que eu não era uma menina normal, eu era um tributo, e nenhum tipo de beleza poderia me fazer desviar a minha concentração em vencer.

-Prazer Jane – Falei apertando a mão que ele mantinha estendida.

Guilherme o ignorou tão completamente que era engraçado, as suas bochechas ficavam levemente coradas a medida do tempo.

Klaus tocou meu rosto como se fosse me beijar.

-Ótimo desempenho meus queridos – A voz de Beetee soou ao meu lado, fazendo, graças a deus, Klaus tirar a mão de meu rosto.

Por mais belo que ele fosse consideraria uma tremenda falta de respeito me beijar, e cortaria o seu pescoço com o incomodo salto de meu sapato. Eu não estava ali para me apaixonar, eu estava ali para sobreviver.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Esse vai pra Giulia



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