Já estávamos dentro desse carro há alguns bons minutos. A música que circulava o carro era alta e divertida. Eu e ele dançávamos animadamente, cantando junto com a música. Era Call me Maybe. Não sei da onde conhecia a música, mas a letra apenas vinha em minha mente. Ele dançava de uma forma engraçada, rindo muito alto ao mesmo tempo.

Você deve estar se perguntando como que do nada, ficamos assim?

Nem eu sei. Ele apenas começou fazendo algumas perguntas, e acho que acabamos percebendo que nós tínhamos muito em comum. Acabamos virando amigos. Estranho, é.

A esse ponto, eu enxia as bochechas de ar e tentava cantar, porém nada saia. Ele apenas gargalhava alto enquanto começava a entrar nas rodovias de Hollywood. Sim, ele tinha insistido para irmos á Hollywood.

Já podia ver algumas ruas mais movimentadas, com várias pessoas com sacolas de compras, alguns fantasiados de famosos. Ri comigo mesma, quando pensei em quem estava a esse exato momento ao meu lado. O adolescente mais cobiçado da face da terra.

Sem nem perceber, o carro havia parado em um estacionamento, e ele já abria a porta para mim.

Descemos, e eu pude em ver, em frente a nós, uma rua, enorme, com várias lojas distribuídas. Várias pessoas caminhando. E no fundo, o enorme e famoso sinal de Hollywood.

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Nós andávamos por uma rua qualquer, olhando várias vitrines. Apesar de terem algumas pessoas passeando pela rua, eu não pensava em muito mais do que nós dois.

Eu sei que posso parecer meio louca, ou precipitada. Mas acho que em tão pouco tempo, aprendi a gostar dele. Não como a celebridade, mas como uma pessoa.

Eu não havia percebido, mas ele tinha acabado de entrelaçar nossas mãos. Sua mão era macia e suave, morna... EI PERA AÍ!! QUE QUE É ISSO?!

Eu soltei rapidamente minha mão da sua, e ele por reflexo me fitou confuso.

- Err, eu acho... que... é melhor não né Justin...- Eu falei aparentemente tímida novamente.- Seilá... pode aparecer algum paparazzo...

- Pode ter certeza que não vai aparecer. – Ele falou sorrindo, e rapidamente tomando minhas mãos nas suas.

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- Aaaah vamos Jess- Justin birrou como uma criança.- Por favor... são só algumas fotos.

                Aquele infeliz insistia arduamente para que eu entrasse com ele em uma cabine de fotos. Eu não estava muito a fim. A razão, eu nem sei. Apenas alguma coisa me dizia que aquelas fotos poderiam ser perigosas no final.

                Mas antes que eu pudesse negar novamente, ele me puxou para dentro da cabine. Sentou-me do lado da parede, para que eu não fugisse, e apertou logo em seguida o botão. As instruções começaram a passar. Um contador apareceu, anunciando uma foto a seguir. Coloquei a mão em minha boca, fazendo uma cara travessa e olhando para cima. Novamente, o contador apareceu. Dessa vez, coloquei um dedo na boca, fazendo um sinal de “silêncio”. Senti suas mãos sendo colocadas em minha cabeça. Olhei de relance, e ele fazia uma careta engraçada. O contador apareceu de novo, me anunciando para me preparar para a terceira foto. Antes de pensar em qualquer forma de brincar na foto, ele colocou as mãos em minha bochecha puxar rapidamente para si. Ele me deu um beijo bem estalado e babado, no canto da minha boca, bem no cantinho mesmo. Eu, supreendentemente, sorri. Eu não sei o que deu nele, ou em mim. Mas eu gostei. Nem notei que o contador havia aparecido novamente, tanto que eu acredito que na foto, saí que nem uma boba sorridente.

                Não sabia por que, mas uma sensação engraçada se passava na minha barriga. Sentia algumas coisas baterem na parede do meu estomago, como se fadinhas estivessem voando dentro de mim.        

                Saímos da cabine, e eu acredito ter ficado mais vermelha que um pimentão. Eu podia sentir que ele também estava um pouco tímido e receoso pelo que havia feito. Porem, eu não gostava dele assim, quieto. Apenas dei um beijinho em sua bochecha, e antes dele falar qualquer coisa, ouvimos um barulho. As fotos estavam prontas, e tinham acabado de sair por um buraquinho que tinha na parte externa da cabine. Era um par de tirinhas de papel de foto, com quatro fotos iguais em cada uma. Olhei, e ri com cada uma que passava os olhos. Ele se apresentava mais fofo, sexy e engraçado que o normal em cada foto tirada.  

                [-]

                - Senhor, será que você podia tirar uma foto nossa?- Justin pediu educadamente á um casal de adultos, quase velhinhos que passeavam pelo morro do sinal.

                Onde estávamos agora? Bom, estávamos em cima do morro do sinal de Hollywood. Com uma excelente vista. E a vista que eu falo, não era só a da cidade. Ri novamente com meus pensamentos. Eu estou sendo ridícula.

                Justin se aproximou, laçou minha cintura e posamos para a foto. Eu não sei o que estava acontecendo comigo, mas essa proximidade me deixava feliz. Ele era um ótimo amigo, e não sei se quero que nos esqueçamos no futuro.

                [-]

                -Olha! Nessa aqui está escrito Michael Jackson!- Eu falei quase explodindo de tanta felicidade.

                -Vo-você gosta de Michael Jackson?- Ele perguntou surpreso.

                -Sim, você não?

                - Eu gosto sim! E muito! È que seilá... a Selena não gosta... então eu pensei que... seilá, meninas em geral... não gostassem.- Ele falou meio tímido por mencionar sua namorada.

                - Eu não sou sua namorada Bieber- falei séria, mas por dentro eu ria de sua cara – e... acredite, garotas em geral... gostam de Michael Jackson.

                Ele riu pelo nariz.

                - Vai lá. Eu quero tirar uma foto sua.

                Andei até a placa em que o nome a as mãos de meu ídolo estavam marcadas, me ajoelhei, e olhei para a câmera que Justin havia comprado. Não podia parar de sorrir. Afinal, estava tocando na placa do meu ídolo.

                Justin havia comprado uma câmera, afinal seu celular já tinha várias fotos, e o meu também.

                Avistei acima de sua cabeça, tapada por um chapéu, um cartaz de sua turnê que aconteceria daqui a alguns meses.

                Eu ri, e ele logo desviou a atenção olhando para o outdoor.

                Peguei a câmera de sua mão, e movi com a cabeça mostrando-o para tirar uma foto dele. Ele tirou os óculos, que antes tapavam suas lindas piscinas carameladas. Meu coração acelerou ao ver tal cor aparecer.

                Ele ficou no ângulo, e ergueu seus ombros. Ri com a foto e tirei-a.

                [-]

                - Eu não sei por que... – Justin falou colocando o seu copo de refrigerante na mesa que sentávamos.- Mas eu me sinto bem com você Jess.

                Pude sentir meus olhos brilharem, minhas bochechas esquentarem e minha barriga fazer cócegas. Eu me sentia uma boba, por considerar ele alguém tão importante e tão indispensável, depois de apenas algumas horas juntos. Ele tinha essa essência e esse imã, que atrairia qualquer ser humano sã.

                - E isso é algo bom?- Eu ri pelo nariz enquanto mordia o canudo do meu suco.

                - É sim- Ele riu. – É maravilhoso.

                Ele se ergueu, atravessando a mesa com seu corpo, e depositando um suave beijo em minha bochecha direita. Sorri ao sentir seu toque. Ele era mágico.

                [-]

                Incrível como aqui na Califórnia, mesmo tendo feito sol a tarde inteira, agora a noite chovia fortemente.

                Justin dirigia cuidadosamente pelas rodovias, porem havia apenas alguns minutos que havíamos deixado Hollywood. A chuva batia forte contra o vidro do carro, enquanto o para-brisas passava rapidamente, tirando a chuva de nossa visão. Porem, se fosse eu dirigindo, já teria parado o carro há anos.

                - Jess... eu acho que a gente devia parar- Justin falou enquanto tentava enxergar a rua escura.- Seilá... pra nossa segurança, a gente podia parar em alguma pousada, e amanhã nós voltávamos.

                Nem pensei nas consequências, saquei meu Iphone da bolsa e mandei uma mensagem para Sarah.

“Sarah, eu te explico depois, mas não vou dormir em casa hoje. Só enrola o papai e a mamãe ok? Te amo, Jess”

                Eu sei que nossa relação de irmãs não parece muito boa, mas nessas situações, ela sempre me entende e eu a entendo. Então, não me preocupava muito com isso. Ela era maravilhosa, as vezes.

                Justin virava o volante do carro, entrando em um estacionamento , onde á frente lia-se “Pousada Summertime”. Oh, graças a Deus!

                Ele estacionou o mais próximo possível a entrada, e saímos correndo do carro. Eu, frustrantemente, tentava cobrir minha cabeça com minha bolsa e uma das sacolas de compras. Justin fazia o mesmo.

                Chegamos na entrada da pousada pingando. Nos dirigimos à recepção onde uma velha senhora sentava , assistindo televisão.

                - Ehrem – Justin pigarreou tímido- com licença senhora?

                - òh, olá queridos! Em que posso ajudar?

                - Err, nós queríamos uma suíte, por favor- Justin falou educadamente. Arrepiei-me ao ouvir uma suíte, o que provavelmente significava que dormiríamos no mesmo quarto.

                - Awn, ok, uma suíte para o casal.- Ela falou colocando os óculos de leitura e começando a digitar algo no computador.

                Eu iria dizer alguma coisa sobre o “casal” ao qual ela havia mencionado, mas Justin me impediu, me lançando um olhar de “deixa isso quieto”. Me surpreendi por seu ato. E me surpreendi ainda mais pelo fato da mulher não o reconhecer.

                - Bom, eu tenho suítes disponíveis, mas apenas com cama de casal. Tudo bem?- Ela perguntou olhando por cima dos óculos.

                -Erhm, sim.- Justin falou corando levemente. Senti minhas bochechas arderem também.

                - Então aqui está- a senhora entregou uma chave.- aproveitem a estadia. – ela sorriu simpaticamente.