Boyfriend escrita por Starlet14


Capítulo 16
Jantar parte I


Notas iniciais do capítulo

Brigadeirinhos, prometo que depois me explico. Enquanto isso, aproveitem esse capítulozinho, e prometo que a segunda parte sai na quinta ou na sexta tá?
Beijo, amo muito vocês!



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Nos separamos lentamente. Seus braços ainda repousavam em minha cintura, da mesma forma que os meus repousavam em seu pescoço. 

Podia sentir seu peito subindo e descendo rapidamente, mostrando que ele também estava tão desnorteado e ofegante quanto eu.

Ainda estávamos extremamente perto um do outro, seu nariz estava encostado ao meu, e nossas testas ainda estavam coladas. Abri meus olhos, e vi que seus olhos ainda estavam fechados, mas ele sorria.

Sorri ao ver seu lindo e brilhante sorriso, parecia um anjo. Era contagiante.

Minha boca estava latejando, eu ainda sentia o carinho de seus lábios, como se eles ainda estivessem sobre os meus. Os meus agora estavam secos, já que ventava muito, e seus lábios não estavam mais sobre os meus, esquentando-os. Passei minha língua sem presa e pude sentir seu sabor ali, ele tinha um gosto doce, magico, diferente de qualquer coisa que já provara. Parecia com algodão doce, porém com um sabor mais… Justin.

Honestamente, se seus lábios fossem algodão doce, eu poderia comer dúzias deles.

Logo, a ficha começou a cair, fui tomando a noção do espaço, e raciocinando que estávamos em uma praia à noite, sozinhos e que já estava ficando tarde.

Justin abriu os olhos, e nos separamos, sorrindo para o nada. Um sorriso honesto estava em meu rosto, brotado involuntariamente. Logo, o silêncio caiu sobre nós como uma pedra. Não sabia o que fazer, ou o que dizer, será que eu deveria me desculpar? Tipo, Oi, desculpa por ter te beijado. Será que eu devia pular nele e o agarrar ali na praia mesmo, sem nem me preocupar com a vida?

Apesar de a segunda opção me parecer um tanto tentadora, me contive em ficar apenas quieta.

- erhm, eu…eu acho que a gente devia ir jus..- falei constrangida com o pedido, afinal eu não queria ir, mas nos tínhamos que ir.

Ele parecia meio aéreo ainda, e respondeu apenas assentindo com a cabeça. 

Pegou minha mão, e mais uma vez na noite senti uma corrente elétrica. É nessas horas que eu me sinto em um desenho animado, quando vários fogos de artificio começam a explodir, junto com corações e confetes. 

Me guiou ate seu carro, e abriu a porta para mim, logo me adentrando depois. Em seguida ele deu a volta e entro no carro, dando partida por ultimo.
[-]

Estávamos no carro, voltando para a casa da minha avó, onde a noite encantada teria seu trágico fim. 

Até agora não havíamos falado nada sobre o beijo de mais cedo. Na verdade, até agora nos não havíamos falado sobre praticamente quase nada. Falávamos apenas o que fosse extremamente necessário.

De vez em quando, ele parecia querer arriscar falar algo, mas desistia ao momento em que eu o olhava. Eu também queria poder falar qualquer coisa, mas do jeito que eu sou, a mínima palavra comprometeria tudo.

- hmm Jess… Eu, aah…- ele falou interrompendo o silencio que reinava no lugar.
- é aqui Justin- falei interrompendo suas confusões e apontando para a rua que entraria no condomínio da minha casa. Por um momento me arrependi de ter o interrompido, mas logo achei que foi o melhor a fazer mesmo.

Ele não respondeu nada depois, apenas suspirou e olhou para frente, guiando seu carro.

Ele dirigia extremamente lento, como se tentasse de alguma forma passar mais tempo comigo. Mas por quê? Afinal, ele tem namorada não e mesmo? E eu não sou essa namorada. Além do mais, por que ele iria querer passar mais tempo comigo, sendo que eu sou apenas uma garota qualquer? Uma garota qualquer, que vai ser esquecida em menos de algumas semanas.

Dolorosa e cruel verdade.

Me desviei de meus pensamentos quando senti o carro parar. Estávamos estacionados em frente à casa da minha avó, só que do outro lado da rua, como ele sempre parava. 

Antes de ao menos pensar em me mover, ele correu dando a volta no carro, e abriu a porta pra mim. Sorri apenas com os lábios, e desci. As luzes da casa estavam apagadas, me lembrando de que meus avós e meus pais haviam ido ao cinema.

- Érr, brigada Justin… Pela noite. - falei tímida, fitando meu sapato. Seus olhos eram minha fraqueza, não conseguiria olha-los sem querer beija-lo novamente.

-Eu que tenho que te agradecer. Espero que tenha gostado tanto quanto eu. - ele falou me fitando e sorrindo, atingindo exatamente meu ponto fraco. Droga!

- Pode apostar que gostei mais do que você pensa- sussurrei para mim mesma, anestesiada, sem nem pensar no que falava. Mas antes que pudesse responder algo de verdade e em bom som para ele, sua risada tomou lugar. Oh-ow, ele ouviu!

Sua risada era alta e contagiante, mas nesse momento nem isso me afetou. Levei minhas mãos ate minha boca, incrédula com o que havia falado.

Mas acredito que logo ele percebeu meu constrangimento, pois parou de rir e cessou a seção “vamos deixar a Jess mais vermelha que um tomate”. 

Ele se aquietou e levou suas mãos ate as minhas, puxando-as de meu rosto. Formou-se um sorriso maroto em seu rosto.

- Jess…

- Boa noite Justin - falei interrompendo-o, envergonhada com o que tinha falado alguns segundos atrás. Minhas bochechas até latejavam de tanto sangue na área. Droga de circulação sanguínea.

Me virei em direção a casa, mas antes que desse o primeiro passo, sinto um puxão 

- Jess… - ele falou enquanto puxava meu braço, me impedindo de continuar andando em direção a casa, e logo me fazendo voltar á posição que estávamos. Por um instante resisti, pensando em não respondê-lo, mas agora eu não sei nem o que é certo e o que é errado.

- que? - dei-me por vencida finalmente.

- eu… eu não me arrependi do que aconteceu hoje. - ele falou sorridente

- na-não?- falei enquanto meu coração disparava e meus pulmões já pareciam não existir, pois o ar parou de chegar ao meu cérebro.

- não. Nadinha. - ele falou risonho, provavelmente por causa da minha reação.

Sorri, e ele sorriu em aprovação. Como um ser tão comum - ou nem tanto assim- pode ser tão perfeito? Ele conseguiu despertar em mim sensações que ninguém dispersa em mim há anos.

- tchau jus! - falei com um sorriso quase rasgando meu rosto e com os olhos brilhando. Me incline na ponta dos pés, e dei um beijo em sua bochecha. Ele riu com tal ação.

- boa noite Jess - falou rindo e colocando a mão na minha cintura me ajudando com a diferença de altura.

Me distanciei dele e fui andando ate a casa, com o sorriso mais bobo possível no rosto. 

Subi os degraus da parte de frente da casa e abri a porta, antes de entrar na casa, me virei para trás novamente. Ele ainda estava encostado no carro, com um sorriso em minha direção. Aquele sorriso podia iluminar aquela rua toda.

Sorri como se dissesse “tchau” mais uma vez e ele assentiu com outro sorriso assassino. Esses sorrisos assassinos (como eu gosto de chamar) deviam ser algo advertido pelo ministério da saúde. Contraindicado a quem tem problemas respiratórios ou cardíacos.

Finalmente entrei em casa, com os batimentos cardíacos tão acelerados quanto aos de um beija-flor. 

Me escorei na porta assim que a fechei, procurando um apoio, pois minhas pernas bambas logo me fariam cair.

Subi as escadas com certo esforço, abrindo a porta do meu quarto e deixando a bolsa e o resto das coisas em cima da cama, depois sentado na mesma.

Divagando, pensamentos aleatórios e coloridos, pernas bambas, borboletas no estômago, querendo mergulhar em meus travesseiros e ouvir Ben Harper e John Mayer a noite toda… AI MEU DEUS! EU ESTOU APAIXONADA PELO JUSTIN BIEBER.

Depois de mais alguns minutos viajando no mundo da fantasia, resolvi fazer algo da minha vida. Me despi e fui tomar um banho. Quando acabei a seção de “vamos tentar acalmar a Jéssica”, vesti um pijama confortável e bem fresquinho. Logo depois desci as escadas e fui preparar algo para comer. Enquanto as torradas não ficavam prontas, resolvi ligar a televisão e deixar alguma musica tocando. 

Seria ironia do destino justo um clipe dele estar tocando naquela hora?

Deixei em um volume suficiente para ouvir lá da cozinha, e sai dançando alegremente pela casa. Sem nem ligar se já passava das onze e meia…

Justin POV

Agora eu dirigia pelas ruas vazias de Los Angeles, divagando em meus mais loucos pensamentos. Eu ainda estava aéreo, meu oxigênio ainda não chegava ao cérebro. Meu coração estava disparado, e minhas mãos estavam frias.

Surpreendentemente, tudo nas ruas agora parecia mais bonito e mais colorido, mesmo estando à noite.

Ah, Jéssica.

Garota, você conseguiu mexer comigo tão rapidamente.

É obvio que tudo dentro de mim agora esta confuso, mas depois do que aconteceu mais cedo, não ligo mais. Depois do que senti ao tocar seus lábios, qualquer sentimento diferente daquele é confuso.

Ah, seus lábios! Como podem ter sido feitos com tamanha perfeição? Com tamanha doçura?

Não sei se foi um alienígena gay que baixou em mim, mas aquele Justin triste de antigamente não esta mais aqui. Agora uma versão mais feliz, e aparentemente mais gay…

Comecei a rir sozinho de mim mesmo. Olha só Jess, o que você esta fazendo comigo. 

Não demorou muito e já estava estacionando na minha garagem. A culpa não é minha se eu sinto atração por velocidade e as ruas estavam vazias.

Entrei em casa e as luzes estavam apagadas, mostrando que minha mãe já dormia. Subi as escadas lentamente e entrei em meu quarto. Me despi e tomei um banho rápido. Novamente divagando em meus pensamentos. Isso já estava ficando estranho.
Sai do banho mais relaxado, vesti apenas uma boxer, logo me deitando. 

Não consegui dormir tão rapidamente quanto os outros dias, nem mesmo por causa do show de hoje. Fiquei fitando a janela, a lua brilhava forte, iluminando o quarto todo.

Jess POV

Já fazia algum tempo que estava deitada, mas nada de sono aparecer. Ele ficava passeando pela minha mente, me fazendo sorrir aleatoriamente. A lua brilhava bastante invadindo toda a extensão da minha janela.

Justin POV

Depois de algum tempo, um sono leve começou a chegar. Meus olhos estavam pesando, e minha respiração já estava mais lenta. Logo adormeci, com uma única coisa na minha mente, ou melhor, uma única pessoa. Jéssica

Jess POV

Meus olhos já estavam ficando extremamente pesados, já não conseguindo deixa-los abertos por muito tempo. Logo o sono me pegou, levando junto todos os pensamentos que eu me afogava. Deixando apenas o principal deles. Justin.

*2 dias depois*

Cá estava eu, fitando o nada, sorrindo sozinha, suspirando. A brisa que vinha em meus cabelos era reconfortante. Uma calorosa sexta feira. Já havia ficado comum vir aqui pra varanda e ficar olhando o nada, e sorrindo com meus apaixonados pensamentos.

Já faziam dois dias que eu e Justin havíamos nos beijado, e nos visto pela ultima vez. Desde então, não nos falamos. Ele não me ligou, nem eu liguei pra ele. Ele não mandou mensagens, nem eu mandei pra ele. 

Eu sentia falta de sua voz, seu toque, seu sorriso… Tudo isso havia se tornado necessário.

Não sei se foi coincidência ou destino, mas ouvi meu celular vibrando em cima da mesa ao lado do sofá. Ao pegar o aparelho, meu coração palpitou forte e minhas pernas bambearam. Era ele. Não deixei tocar mais que duas vezes e atendi
- alo?
- Jess? - sua voz angelical soou. Um sorriso se brotou em meu rosto.
- o-oi Jus.
- tudo bem?
-u-u-hum - tentei parecer normal, mas já vi que não esta sendo possível.
Ouvi uma leve risada. Sua doce risada.
- olha Jess, amanha vai ter… meio que hmm… um jantar aqui em casa - ele falou meio embaralhado- e eu to te ligando pra dizer que seria uma honra se você fosse.
- serio? - falei quase explodindo de tamanha felicidade.
- é. E ai? Pode ser?
- claro! Pode sim!
- isso!- ouvi ele gritar do outro lado. - erhm, quer dizer. Beleza! Que bom que você vai poder vir!

Ele me passou o endereço enquanto eu tentava anotar, porém minhas mãos estavam tremulas.
- ate lá então jus! - tentei parecer mais calma.
- ate Jess! Vou esperar ansioso!


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