Younger Souls escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 5
Capítulo 4: Recém Chegado


Notas iniciais do capítulo

Olá flores, tudo bem lindas? Aproveitaram bastante o feriadão? ^^
Bom gente, aqui estamos com mais um capitulo fresquinho de YS pra vocês, e queria me desculpar pela demora florzinhas, mas espero que gostem de coração.
Queria agradecer a JuliePittsburn,marina_sartori,BiiahCullen,carol12 e PaulinhaOShea,obrigada pelos lindos reviews flores, vocês são nossa motivação. ^^ Obrigada por continuar a nos acompanhar!
Sem mais, boa leitura e esperamos que gostem de coração. Nesse capitulo vocês terão uma surpresinha. :D
Até lá em baixo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/210100/chapter/5

       POV Matt:


    Eu estava andando há dias naquele Deserto escaldante, desde que havia me perdido dos meus pais. Sozinho, sem comida, nem água, ou qualquer tipo de abrigo, mesmo que provisório. Não que eu não fosse acostumado a fugir, pois desde que a Terra foi dominada pelas almas, eu vivia perambulando, fugindo de lugar em lugar com os meus pais. Afinal não podíamos desistir, pois éramos os únicos humanos a resistir a Invasão das Almas. Ou será que não? Pra falar a verdade, essa dúvida ainda me assombra todos os dias, pois algo dentro de mim me dizia que nós não éramos os únicos humanos.                                      

Voltei a correr pela imensidão do deserto, quando via que não tinha mais condições de correr, andava e pensava em na minha família, nos meus pais. Fui me arrastando, o deserto me engolia, não iria suportar mais, me arrastei até não poder mais. Minhas pernas imploravam por socorro, exaustas e já não queriam mais obedecer aos comandos da minha mente. Os músculos das minhas coxas pulsaram dolorosamente e eu parei por instinto, deixando um gemido baixo escapar pela minha garganta quando minhas canelas foram envolvidas pela areia fervendo. Mas eu não podia desistir... Eu tinha que encontrar meus pais... Tinha que encontra-los! Eles sempre foram tudo pra mim, e agora estavam perdidos, nesse mundo dominado pelas almas. E se eu nunca mais os visse? Não, nunca eu tenho de lutar.        

Andei por mais ou menos uma hora e meia, o sol já estava a se pôr no horizonte, e logo daria lugar à noite tão sufocante e quente como o dia. Eu já não aguentava mais caminhar. Senti que meu corpo estava sucumbindo ao cansaço e aos diversos ferimentos causados por dias caminhando no Deserto. Eu estava com vários aranhões por causa dos arbustos espinhosos do Deserto e estava com várias queimaduras, causadas pela insolação.

     Estava quente e silencioso por um tempo indeterminado. Lembrei-me da canção que mamãe costumava cantar pra mim quando eu era criança, enquanto fugimos de lugar em lugar pra nos manter a salvo. Ela a usava para me confortar quando o chão era muito duro ou o ar muito frio ou o medo muito grande para dormir.                        

Senti a adrenalina correndo pelas minhas veias. Abri meus olhos para o céu estrelado, subitamente alerta. Porque eu estava prestando uma atenção extra, eu observei um borrão cinzento a uma distância longa antes mesmo de saber o que era. Eu quis saber se meus olhos jogavam truques em mim e pisquei contra a poeira nublando-os. Esfreguei os olhos tentando tirar a areia que os fazia arder e lagrimejarem fortemente, para poder enxergar melhor... Aquilo era... Uma Caverna! 

Eu tinha encontrado um abrigo! Estava a salvo agora, afinal, quem poderia sobreviver aqui? E as almas vivem em sociedade, era pouco provável que eu encontrasse alguma delas lá.   

Então houve um som. O som mal se fez notar. Eu não tinha certeza se não o tinha imaginado... Eu estava completamente confuso... Senti um pano ser pressionado contra o meu rosto e logo senti meus olhos ficarem pesados e eu comecei a fechá-los, lentamente. Antes de eu cair na inconsciência, alguém analisou meus olhos com uma lanterna.

     POV Jullie:                                                               

    As monções passaram e o calor escaldante parecia não dar trégua. Eu me revirava na cama, sem conseguir dormir. Suspirei ainda deitada, virando de barriga pra cima, encarando pelas brechas no teto rochoso, algumas estrelas perdidas no céu. A lua iluminava o quarto com seu brilho prateado, tornando aquela noite excepcionalmente linda e quente.     

- Jullie, você está dormindo? – Ouvi a voz de Joy perguntar baixinho, e pelo visto, eu não era a única que não estava conseguindo dormir.   

  - Não – Respondi, sentando-me na cama, bocejando baixinho. – Acho que eu não sou única que não está conseguindo dormir não é...   

- Não.  Estou me lembrando da última Incursão.     

- Não sei como a mamãe deixou não teve um colapso nervoso, depois do que nós aprontamos no outra Incursão – Falei dando um risinho, me lembrando do que tínhamos aprontado na última Incursão. Quase fomos pegas pelos Buscadores, quando estávamos fazendo ligação direta num caminhão que estava entregando remédios, ao invés de esperar nossa mãe no carro. Mamãe quase teve um colapso, por que a Joy demorou quase um dia pra voltar.  

Joy também estava rindo dos nossos feitos, aliás, a ideia de fazer ligação direita no caminhão fora dela, vê se pode.  Bom... Tudo bem que a prática foi minha, mas enfim... Melhor deixar isso em off.     

Joy e eu ficamos por quase uma hora conversando, e ela me contou todos os detalhes de como ela havia conhecido o tal Chase Darren. Era realmente incrível poder encontrar outros humanos como nós. Talvez haja realmente esperança para nós.

- Só você mesmo garota – Falei baixinho sorrindo, depois que Joy terminara de contar toda a sua aventura na última Incursão. Enquanto eu tagarelava, ela já dormia com os lábios levemente abertos. Joy agora estava dormindo profundamente e nisso, ela puxara o papai, ela dormia como uma pedra. Dei um sorrisinho torto com a cena, mas resolvi deixa-la dormir.     

Por mais alguns minutos, virei-me na cama sem conseguir pregar os olhos. Então, senti minha boca e minha garganta seca. Ela estava implorando por um pouco de água, então, decidi ir até a cozinha pegar uma das garrafinhas de água que ficavam lá a disposição de todos.           

Calcei meus chinelos e rumei até a cozinha. Os corredores ainda estavam completamente vazios, devia faltar muito pra amanhecer. Chegando lá, peguei uma das garrafinhas em cima do balcão improvisado e tomei metade dela quase numa golada só.    

Foi ai que eu achei ouvir algumas vozes apreensivas, murmurando algo como ‘’ Cuidado, ele está muito machucado’’. E aquelas vozes pareciam vir do... Hospital do tio Doc.   

Aquilo não era um bom sinal. Na verdade, era um péssimo sinal. Alguém estava machucado? Senti um gelo percorrer minha espinha. Talvez eu realmente não quisesse saber, ou queria? Milhares de dúvidas percorriam minha mente ansiosa. Foi ai que eu decidi ir até o Hospital, ver o que estava acontecendo.

  Eu diminuí quando ouvi o som de vozes. Eu estava bem próxima do Hospital. E não demorei muito a reconhecer aquelas vozes... Tio Jared, do papai, e Doc... Encostei-me rente a parede, ouvindo atentamente a conversa deles.         

  - Ele está realmente muito machucado e desidratado... Devia estar andando pelo Deserto há vários dias... – Explicou Doc.         

- Você... Acha que ele vai sobreviver? – Perguntou Tio Jared. A pergunta dele fez com que meu estomago se contraísse. Alguém estava doente e corria risco de morrer?!    

- Acho que sim. Ele está bastante debilitado por causa da desidratação e ferido, mas com os cuidados certos   ele vai se recuperar.   

- Meu Deus, ele é só um garoto – Meu pai disse parecendo boquiaberto – Ele deve ter a idade das minhas filhas!     

- E o que vamos fazer com ele? – Perguntou Doc, parecendo hesitante.      

Afinal, de quem eles estavam falando? Quem tinha a minha idade? Foi ai, quando entrei a todo no Hospital, que me deparei com algo que nunca imaginaria encontrar, pelo menos, não aquela noite.     

Um garoto. Um garoto que eu nunca vira, de mais ou menos minha idade estava deitado numa das macas do Hospital, completamente adormecido. Ele estava pálido e dava pra ver que ele estava muito fraco e debilitado. Ele estava cheio de cortes, aranhões e ferimentos por todo corpo e no rosto. Dava pra ver o quanto ele tinha sofrido pra chegar aqui. Será que ele é humano?      

- Jullie, o que faz aqui? – A voz do meu pai disse, me tirando do transe, e me fazendo desviar os olhos do garoto desconhecido deitado na maca.    

  - Eu fui até a cozinha beber agua e ouvi a voz de vocês, então resolvi checar. – Me expliquei ainda um pouco em choque. Eu tinha tantas perguntas. Quem era aquele garoto? Como chegou até aqui? Ele estava mesmo bem? Ou corria riscos? – Ele. Está. Bem?  

- Sim. Está um pouco debilitado, mas vai ficar bem.  – Respondeu Doc, enquanto limpava os ferimentos do garoto com Curar. Aos poucos, enquanto Doc aplicava o Curar, a pele em volta dos ferimentos se unia, deixando apenas leves cicatrizes rosadas no lugar. 

- Como ele veio parar aqui? – Perguntei me aproximando da maca onde o garoto estava, observando-o mais de perto. Ele era realmente muito bonito... Tinha pele bronzeada, cabelos lisos, castanho claro.

- Eu fui fazer uma ronda lá fora, para ver se estava tudo ok... E encontrei-o caído na areia, quase inconsciente... – Explicou Tio Jared – Ele não iria sobreviver muito tempo lá fora, então eu o trouxe pra cá.

- Jullie querida, ele está bem. Acho melhor você voltar a dormir minha princesa – Disse meu pai, se aproximando de mim ao lado da maca. 

- Não papai. Eu quero ficar. Eu quero ajudar.       

- Mas Jullie, não há nada que possamos fazer. Só esperar.    

- Não me importo. Eu vou ficar – Falei cruzando os braços, decidida. Todos se entreolharem e depois olharam pra mim, e um silêncio constrangedor pairou na sala.            

   Então meu pai quebrou o silêncio, vindo até mim, me dando um beijo na testa e murmurando um ‘’ Está bem’’.

 

      POV Matt:

  Senti minha mente recuperar a lucidez aos pouquinhos. Minha cabeça lateja, doendo fortemente. Onde eu estava? Eu tinha morrido? Eu estava confuso e meus olhos ardiam teimando em ficar fechados. Com a visão ainda turva, vi que ao meu lado tinham... Seringas. Tubos. Gazes Médicas com Sangue. Agulhas... Eu não estava entendo nada, onde eu estava? Em um Hospital? Fechei os olhos novamente, temendo o que encontraria dali pra frente.   

Senti algo pressionar levemente meus lábios secos e rachados pela falta de água. A agua aflorou pela minha garganta aos pouquinhos e meu corpo parecia regozijar com aquilo. Alguém estava me dando água!

Algo pingou em meu rosto – molhado, frio. Pingou em meus olhos, lavando a areia deles. Meus olhos se entreabriram, piscando contra as gotas... Senti mãos delicadas tocarem meu rosto, algo macio... Como se alguém estivesse limpando meu rosto... Abri os olhos com dificuldade e surpreendentemente, me deparei com um par de olhos azuis brilhantes me olhando com um misto de curiosidade e surpresa.  

- Você acordou! – Disse a garota com sua voz doce, dona dos olhos azuis. Levantei-me num sobressalto, me distanciando da garota que parecia não entender minha atitude... Não, eu não podia me entregar àquelas almas... Eu tinha que encontrar meus pais... Encolhi-me contra a parede feita de pedra, o mais distante possível. Senti meu coração pulsar rapidamente. Eu não tinha saída. Estava encurralado como um ratinho numa ratoeira.

- Hey, se acalme, eu não vou te machucar... – Disse a garota tentando me acalmar – Você não precisa fugir de mim.

  Ela parecia mesmo indefesa. Um anjo. Mas ela era uma Alma, não podia confiar nela. Afinal eu era um humano... O único... Pelo menos... Era isso que eu pensava até que ela voltou a falar.

- Eu sou humana, como você. Não vou te machucar. – Ela o que?  Não, eu não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir. Ela é humana!?! Dei três passou pra trás, assustado, e acabei tropeçando em alguns criotanques vazios que estavam num canto, no chão, espatifando-os.   

- Você se machucou? – Ela perguntou se aproximando de mim rapidamente, aflita. Só então notei que a minha perna estava sangrando... Eu tinha me cortado. Involuntariamente, deixei escapar um gemido de dor. Que tipo de lugar era aquele? Pra que ela teria criotanques? 

- Olha, não precisa ter medo, eu já disse que sou humana. – Ela explicou e sibilou quando viu meu ferimento. – Isso está feio, vai acabar infeccionando se não me deixar cuidar.

- Prove. Prove que você é humana – Falei com a voz rouca, pela falta de uso.       Então, ela bufou e pegou uma lanterna que estava em cima de uma mesinha improvisada e iluminou os próprios olhos. Pra minha surpresa, não havia resquício de prateado neles. 

- VOCÊ. É. HUMANA!

- Sou. Por acaso você pensou que fosse o único?  

- Na verdade sim.      

- Pois você está muito longe de ser o único. Existem vários de nós, mas você não precisa se preocupar, você está seguro agora. – Ela disse, estendendo a mão, para me ajudar a levantar do chão. Segurei sua mão, aceitando sua ajuda. Ela sorriu pra mim. 

Então, nossos olhares se encontraram. Seus olhos Neve, Safira, Meia Noite.

    POV Jullie:

Estendi a mão para ele, ajudando-o a se levantar do lado dos criotanques. Ele segurou minha mão, aceitando minha ajuda. Sorri para ele francamente. Então, nossos olhares se encontraram. Meus olhos encontraram seus olhos verdes esmeralda... Os olhos mais brilhantes e cheios de vida que eu já havia visto. Senti minhas bochechas ruborizarem fortemente, então, baixei o olhar, olhando para o chão.  

- Eu me chamo Jullie. Jullie OShea – Falei estendendo a mão em cumprimento.  

- Matt. Matt Daniels – Ela disse sorrindo, retribuindo o aperto de mão. Ficamos ali, por vários segundos, com se estivéssemos congelado no lugar. Soltei a mão dele da forma menos indelicada possível. 

- Vamos... Eu vou cuidar desse ferimento. – Falei pegando as coisas necessárias para cuidar do corte na sua perna, causado pelo criotanque.

- Obrigado – Ele agradeceu depois que eu terminei de cuidar do corte – Estou bem melhor.  

- Não foi nada. – Disse sorrindo. – Agora vamos. Eu quero que você conheça a minha família. Vem comigo.

    # Enquanto isso... #


      POV Sarah:


      Para ser sincera, eu não ouvia uma palavra do que Sharon explicava. Minha mente estava distante... Muito distante... Perdida naquele par de olhos Neve, Safira, Meia Noite que me fitavam discretamente, sem que ninguém notasse. 

Eu não conseguia esquecer aquele beijo... Por mais que eu tentasse, não conseguia apaga-lo da minha mente. Eu ainda podia sentir os lábios de Ryan sobre os meus.

Eu sou o brilho dos teus olhos ao me olhar

Sou o teu sorriso ao ganhar um beijo meu

  Louca. Essa é a única explicação. Eu devo estar louca! Afinal, o que diabos está acontecendo comigo? Ryan é meu primo, fomos criados juntos, nascemos no mesmo dia e o que fizemos não foi certo, foi insano. E que saber, eu jamais me apaixonaria por ele, certo? Não me apaixonaria por esse garoto chato, irritante, petulante, convencido, lindo, carinhoso... Ok, melhor eu parar por aqui.   

- Sarah – Ouvi uma voz me chamar me tirando dos meus devaneios. Era Scott. – Presta atenção na aula.                               

- Eu estou prestando atenção!

- É mesmo?

- É sim!

- Ah é? Então o que a Sharon acabou de explicar?       

- Err... – Balbuciei, mas nada saiu da minha boca. Ok, eu admito, eu não estava prestando atenção. – Tá, eu não sei. Não estava prestando atenção. Satisfeito?   

- Se parasse de olhar para o Ryan, prestaria mais atenção na aula. 

- Hã? Enlouqueceu garoto? – Ryan disse fingindo estar ofendido. Segurei-me para não gargalhar. – Agente se ODEIA, esqueceu? 

- Ah claro, sei. Pensa que eu não vejo a troca de olhares de vocês? 

- Fica quieto garoto, está me atrapalhando. – Resmunguei e ele mostrou a língua pra mim, mas logo se aquietou.    

O resto da aula foi tranquilo. Sharon nos liberou e todos foram saindo, conversando animados sobre a colheita que começaria hoje. Então, antes que eu pudesse sair, Ryan me impediu, parando na frente da porta com um lindo sorriso de orelha a orelha.

- Pois não? Em que posso ajudar priminho? – Perguntei com um sorriso maroto. 

Sem responder, ele colocou um pequeno pedaço de papel dobrado na minha mão, antes que alguém notasse e murmurou algo como ‘’ Só leia quando eu sair’’. Depois ele saiu caminhando disfarçadamente.

Era um bilhete e logo reconheci que a letra era dele.                                                               

‘’ Sarah, me encontre na Sala de Jogos daqui dez minutos.

Assinado, Ryan. ‘’

 Quando terminei de ler o bilhete, estava com um sorriso bobo estampado. Ninguém sabia mais todas as noites, Ryan e eu, nos encontrávamos as escondidas na Sala de Jogos, quando todos estavam dormindo. Mas, por que ele queria me encontrar lá há essa hora?

           

  POV Ryan:

   

Eu estava sentado numa das arquibancadas de pedra da Sala de Jogos, sozinho, esperando Sarah. Olhei para o meu relógio de pulso, bufando. Vinte minutos tinham se passado.

‘’ Ela não vem’’; pensei frustrado. 

- Esperando alguém? - Ouvi uma voz doce dizer interrompendo a linhas dos meus pensamentos e não demorou muito pra eu reconhecê-la. Levantei os olhos e me deparei com Sarah, parada bem na minha frente. 

Ela estava linda. Seus cabelos castanhos estavam molhados, sinal de que ela tinha acabado de sair do banho e ela estava com um short jeans, uma blusa roxa florida e sapatilhas brancas com florezinhas desenhadas.

- Você veio!       

  - Sim. Pensou que eu não viria? – Ela perguntou franzindo o cenho e eu apenas assenti.   

- Ninguém viu você vindo pra cá né? – Perguntei enquanto ela se sentava ao meu lado.

- Não. Eu sou uma pessoa bem discreta. – Ela explicou sorrindo.            - Sar eu te chamei aqui por que eu... Queria me desculpar sabe... Por ter rasgado o seu diário. – Comecei a me explicar e ela me fitava curiosa. -  Sar, eu lhe trouxe uma coisa.

Ela me olhou curiosa e eu estendi uma caixinha embrulhada com papel de presente, ela a pegou ansiosa da minha mão.

Os olhos dela brilharam como duas estrelas cadentes quando ela viu o caderno igualzinho ao diário dela que eu rasgara. Um pequeno caderno de capa rosa, com vários desenhos de flores de várias espécies, novinho em folha.     

- Como você... ?  

  - Eu pedi pra minha mãe comprar outro igual. Contei a ela que tinha rasgado o seu.   

- Ryan... Muito obrigada. Muito obrigada mesmo. – Ela disse praticamente ‘’ pulando’’ de tão feliz. – Você é o melhor primo de todo universo!   

- Sei... – Falei revirando os olhos. Sarah mostrou a língua pra mim sorrindo feito uma garotinha que acabara de ganhar um doce e me abraçou. Era tão estranho e tão bom ao mesmo tempo. Ela estava ali, nos meus braços e eu sentia uma enorme vontade de protegê-la e que ela nunca saísse dali. Estranhamente, nós estávamos nos dando bem; sem brigas, sem gritos; sem provocações... Acho que estávamos nos dando bem demais.

             Eu sou teu corpo inteiro a se arrepiar

Quando em meus braços você se acolheu

Devagar, muito devagar, nossos rostos foram se inclinando um para o outro como se estivessem sendo atraídos por uma força magnética.  

- O que acontece se eu te beijar agora? – Perguntei quando nossos lábios estavam a milímetros de se chocarem.     

- Eu diria que estaríamos encrencados. Muito encrencados... – Ela disse piscando carinhosamente.    

- E se eu disser que não me importo?      

-Então eu diria para me beijar. – Ela disse mordendo o lábio inferior.

  POV Sarah: 

Perto demais. Perto demais. Perto demais – Reclamava minha consciência à medida que nossos rostos iam ficando mais próximos.      

O beijo foi doce, calmo, sem pressa. Nossos lábios dançavam em sincronia e percebi que Ryan estava surpreso por eu ter retribuído com louvor. Senti meu rosto esquentar à medida que o nosso beijo se aprofundava. Droga estava acontecendo de novo, estávamos nos beijando! E o pior, é que eu estava gostando...            

Tua fome de prazer sem disfarçar

Sou a fonte de alegria, sou o teu sonhar.

  - Ryan, isso não é certo. Você sabe disso. – Falei afastando alguns milímetros nossos lábios. – Não podemos ficar juntos. Sabe que nunca vai dar certo. Somos primos, esqueceu?     

-Não, não somos. Tecnicamente nós não somos nem parentes Sar.    

- Você não acha que isso já foi longe demais? O que está acontecendo com a gente? Aonde isso vai dar? Uma hora, alguém vai descobrir.   

- Eu não me importo e sabe por quê? Por que eu realmente estou gostando de você Sarah Stryder e não me importo de correr alguns riscos. – Ele disse sorrindo e logo sua boca estava na minha num beijo intenso. Foi mágico. Indescritível.

Sou teu ego, tua alma;

Sou teu céu, o teu inferno a tua calma;

Eu sou teu tudo, sou teu nada;



Naquele momento, nada me importava, só queria ficar perto dele.

E foi nessa hora, que fomos interrompidos.    

- Ai meu Deus! – Ouvi uma voz gritar esganiçada. Automaticamente empurrei Ryan pra longe de mim.

- Mãe?! – Falei completamente paralisada quando vi minha mãe nos encarando.

Minha pequena, és minha amada

Eu sou o teu mundo, sou teu poder;

Sou tua vida, sou meu eu em você.

Meu Eu Em Você - Victor e Leo


   Continua...



      


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Espero que sim! *_*
E ai, o que vocês acharam do Matt? Ele é um fofo né! A partir da agora ele será um importante personagem. Esperamos que gostem dele tanto quando nós autoras amamos. ;D
Vocês virão, Ryan e Sarah foram flagrados pela Mel. hehe. E ai, como vocês acham que ela ai reagir? Vai surtar? Será contra? Ou a favor do relacionamento deles? Bom flores, isso e muito mais só no próximo capitulo.
E ai, vocês acham que a fic merece sua primeira recomendação? Eu e a Bella ficariamos MUITOOOO felizes com nossa primeira recomedanção. ;D Que tal alegrar duas autoras e gastar seus dedinhos deixando uma linda recomendação? ^^
Bom, por hoje é isso flores, no próximo capitulo terá mais. No próximo veremos a festa surpresa da Joy e da Jullie e muito mais! ^^ Até o próximo!
Um beijão da Caah e da Bella!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Younger Souls" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.