sanosuke revirou os olhos, enquanto um pequeno grunhido saia de seus lábios. O hokage a sua frente, o encarava seriamente. Todos em konoha, sabiam que Konohomaru, o neto mais velho do terceiro hokage, era um palhaço, que raras vezes, levava um assunto a serio. Mas naquele momento, Konohomaru Sarotobi tinha a expressão mais seria do mundo.

O Uchiha passou a mao pelos cabelos negros, enquanto o olhar comecou a divagar. Aquela sala, havia sido ocupada pelo avô de Konohomaru, pela mestra de Sakura, a lendária Tsunade, em seguida pelo seu padrinho e então por Konohomaru. Ao longo dos anos, poucas coisas haviam se modificado nela. Os tapetes haviam sido trocados na época de Naruto, konohomaru algumas coisas, deixava, como se o “chefe” fosse voltar para reocupar o lugar que ele tanto lutara para conseguir.

Sanosuke voltou a encarar o hokage.

– Sou a única pessoa que Aya conhecia aqui em konoha, antes de chegarmos aqui, hokage-sama. É a mais pura, única e absoluta verdade.

– Então você quer dizer, que você era o único NINJA de Konoha que Aya conhecia, antes de voces chegassem.

– Sim. - Sanosuke rosnou. Ser intimado a depor, como se ele fosse o responsavel pelo desaparecimento da sua calin, não o ajudava com a sensação de perda, do desespero que algo pudesse ter aconteido com ela. Aya tinha o espirito forte, porem seu corpo miudo era frágil. Não em termos de saúde, mas em força.

Ele sentia falta da voz baixa e timida da esposa... que quando empolgada, gritava entusiasmada e assustando-se olhava em volta com os olhos arregalados, como se não acreditasse no que havia feito. Da paciência sem limites, que o irmão, que era poucas semanas mais velho, tentava sempre acabar... E nas raras vezes que Sanosuke vira finda, os objetos a volta da esposa pareciam criar vida própria, pois a rapidez que voavam em direcao ao provocador... Iago na maioria das vezes... não deixavam dúvidas quem os atirava. Aya era a filha mais silenciosa de Santiago Straudivauss, a única fora dos três casamentos que o homem fizera ao longo de sua vida. E a única, que não tendo a idade de catorze anos, não havia sido casada, conforme o costume. Sanosuke havia aprendido, que qualquer presente que ele desse a ela, se tivesse a cor laranja presente faria os olhos da mesma brilhar ainda mais.

– Ainda duvido disso. - a expressão séria de konohomaru, fez que os pensamentos de Sanosuke voltassem ao seu presente. Uma semana havia se passado, ele havia rolado na cama por seis noites sem a sua esposa nos braços... até levantar-se, por volta das cinco da manhã, para percorrer as ruas solitarias de konoha, até o dia amanhecer. E repetir as mil perguntas a todos que ele já tinha encontrado e questionado.

Os circulos roxos ao redor dos olhos demonstrava bem o cansaço fisico que Sanosuke sentia.

– Eu não estou mentindo.

– Eu não disse que você estava. - Konohomaru falou, ainda sério. - Numa possibilidade remota, Sanosuke... Se a sua mulher...

– Se Aya fosse uma ninja, uma espiã, ela não teria sido burra de esperar para fazer qualquer coisa estando aqui! - Sanosuke exaltou-se, ficando de pé. - Se ela fosse uma espiã, teria me matado a muito mais tempo!

– E se a missão de sua esposa, se posso chama-la assim, fosse lhe enganar? Você tem certeza que nos meses de viagem que estiveram sozinhos...

– MAIS UMA PALAVRA CONTRA A MINHA MULHER E EU VOU...

– Sente-se. - Konohomaru falou calmamente. - Se você tem tanta certeza assim que sua mulher é inocente, onde ela está?

– Sanosuke! - quando a porta da sala do hokage foi aberta por um tufão chamado Tomoyo Hyuuga. - levanta o traseiro dai e vem comigo.

Quando terminara de falar, Tomoyo já estava na metade da sala. O seu companheiro canino, que entrara juntamente com ela, estava nas pernas de Sanosuke, o puxando pelas calças.

Vamos logo traste! - Tomoyo falou, irritada. - Senão é capaz da sua mulher acertar mais um vaso na cabeça do seu pai.

Tomoyo isso não tem... - Sanosuke levantou-se de um salto. - o que você disse?

– O seu pai está no hospital, depois de levar um vaso na cabeça, atirado pela sua mulher. Mas sério, até agora eu não consigo acreditar que a sua mulher jogou um vaso na cabeça do meu sofu, mas ele desviou e ele acertou daí o tio sasuke.

– Hiashi-sama acertou Sasuke? Por que ele faria isso?

O vaso acertou o tio sasuke. Não o meu sofu! E agora a sua mulher foi junto no hospital com...

tomoyo não precisou dizer mais nada. Ignorando a porta, as boas maneiras, sanosuke saiu pela janela, desesperado para encontrar Aya.