Aya abriu a porta do banheiro, deparando-se com a cena que já esperava. O Hyuuga estava sentado, com um livro aberto nas mãos, concentrado na leitura. Aya espiou-o por alguns segundos, antes de olhar para a porta aberta. Antes que ela pudesse se mover, o Hyuuga, fechou o livro e estava em pé a sua frente.

- Você lavou o cabelo. - ele falou e daí estava cheirando-a de maneira curiosa. - Esse cheiro fica melhor na Cho.

- Já que você acha isso, por que não me solta?

Ele abriu a boca como se fosse dizer algo impulsivo, então fechou-a.

- Enquanto o seu marido não pedir desculpas para a minha haha por ter casado com você, eu não vou soltar você.

A loira respirou fundo.

= Yasuo... eu já lhe disse. Eu não conheço o Itachi. E eu sou casada com Sanosuke!

O moreno a encarou por alguns instantes antes de dar de ombros.

- É feio mentir, sabia? Mas não quero pensar agora... é muito complicado... - Yasuo suspirou.

- Eu não estou mentindo! - Aya protestou.

- Meu sofu diz que os ciganos mentem. E o meu sofu não diz mentira para mim.

- Quando eu encontrar com o seu sofu, eu vou dizer para ele que ele está enganado.

- O Sanosuke está morto. - Yasuo falou, como se desse por encerrado o assunto. Então, ele olhou para os cabelos molhados de Aya. - quer que eu penteie o seu cabelo? Eu trouxe um livro muito legal que depois quero ler para você.

Aya fechou os olhos, pedindo que sua paciência não esgotasse. Yasuo tinha ligado todas as luzes do quarto onde estavam. A cama de casal, tinha uma colcha branca com riscos azuis e babados azuis, os travesseiros seguiam o padrão do desenho da colcha. O guarda roupa, ocupava toda uma parede. No chão, uma madeira escura brilhava. Dois criados mudos brancos, possuíam abajures em forma de bola.

Uma penteadeira de formas delicadas, com um grande espelho, ficava em frente a cama. Aya considerou a possibilidade de ignorar o pedido do moreno, mas desistiu. Se ela dissesse que não, Yasuo ficaria ao seu lado, observando ela pentear os cabelos. Se dissesse que sim, ele a pentearia com um imenso cuidado...

Ela sentou-se, observando a expressão de felicidade do moreno, enquanto lhe penteava através do espelho.

- Você penteava assim a sua haha, não é?

- A minha haha e a minha imouto-chan... a minha obasan Hinata... E o meu ojisan Naruto dizia assim... Yasuo, aprende a pentear bem bonito, que se a sua obasan Hinata tiver uma menininha, você vai ajudar a pentear o cabelinho dela... E quando eu tiver o meu trabalho de hokage e a sua obasan o trabalho que vai fazer ela ficar trabalhando de noite, você que vai cuidar da sua itouko-chan... E quando ela ficar grande, você vai me ajudar a espantar os pervertidos que vão querer beijar ela... Você vai me ajudar la no escritório, também... por isso, Yasuo... - o moreno parou com a mão no ar, como se estivesse imitando o tio já falecido. - você tem que estudar bastante, tem que ler... ler e entender um monte de livros, para contar estórinhas para a sua itouko-chan e também. para trabalhar com o hokage, que sou eu... E não pode ser preguiçoso para aprender jutsus... tem que ser como o seu ojisan Neji...

enquanto Yasuo tagarelava, Aya ficava em silencio, enquanto pensava nas informações que recebia, traçando planos. Uma ou outra pergunta ocasional o faziam acreditar que ela prestava total atenção as palavras do moreno.

Quando levantou-se, Aya jogou os cabelos para trás.

- Você fica bastante bonita Aya, com essa blusa da obasan hinata...

o seu sofu não vai gostar que eu estou usando as roupas dela. - Aya olhou para o seu corpo. A camisa que usava naquele momento, definitivamente não lhe ficava bem. Os seios da obasan de Yasuo deviam ser enormes... a camisa que Yasuo havia lhe dado naquele dia, era verde clara, com fitas e rendas que delineavam um corselet. Nas costas, fitas entrelaçavam-se fazendo que a ideia do corselet se acentuasse.

A saia cinza que usava, embora fosse comprida, era justa, sugeriam as pernas da Uchiha. Aya não gostava desse detalhe.

As sandálias com o pequeno salto, substituíam as sapatilhas laranjas que Yasuo a fizera perder, quando a sequestrara.

- Aya... - yasuo balançou a mão na frente do rosto da loira. - Você está pensando em que?

- Eu não quero voltar para o quartinho Yasuo. Você pode ler para mim em outro lugar da casa, que você acha?

- Você não está pensando em fugir está?

- Eu não disse para você que eu não vou fugir, Yasuo? Eu depois daquela vez, não tentei fugir mais... prometo que vou ficar quietinha, enquanto você lê.

- É uma pena que você não sabe ler... eu tenho um monte de livros que você ia gostar...

- não são livros parecidos com os do kakashi-sensei ou são? Sanosuke me disse que...

- Eu não posso ler esse tipo de livros. O meu ojisan Neji diz que esses livros apenas o Kakashi-sensei e o Haijame podem ler .. E quer parar de dizer que conhece o Sanosuke?

Aya revirou os olhos.

O medalhão

o medalhão

Sanosuke estava ligeiramente irritado com a mãe. Sakura havia conseguido lhe dopar nos últimos dois dias, obrigando-o a dormir. Ele talvez fosse agradece-la, quando Aya estivesse em segurança, nos seus braços...

Passou a mão nos ombros, suspirando. Ele sempre achara uma besteira, quando escutava alguém dizer que fulano havia morrido de amor, que sicrano por amor iria a loucura... Ele no momento sentia-se que poderia lutar contra um demônio feito de chakra e vencer facilmente, se fosse para salvar a loira.

Risadas a sua frente o fizeram erguer a cabeça. Ele balançou a cabeça em negativa, quando a mulher ruiva depois de bater na face de um homem, saiu pisando forte. Sanosuke saiu do caminho, pois duvidava que a filha de Shikamaru Nara e da irmã mais velha do Kazekaze teria pena de alguém no estado de fúria que se mostrava no momento.

Hitomi Nara tinha os cabelos na altura dos ombros e por eles serem rebeldes, os mantinha presos em rabos de cavalo, como sua mãe. Os olhos verdes exibiam uma intensa raiva. Sanosuke observou a morena dobrando a esquina, antes de ir ao encontro de Haijame Hatake, que ria protegido atras da mascara.

Toshiro Aburame estava arrumando os óculos quando Sanosuke chegou perto.

- Bem, você não devia estar surpreso. Afinal, como diz o seu sogro...

- Se eu disser que é para você ir para o inferno, você não vai ir, não é Hatake?

- Depende. Você vai estar zanzando por lá? Se sim, pode ter certeza que eu não vou ir lá.

Toshiro mostrou o dedo anelar para Haijame, em seguida, virou o corpo, ostentensivamente, preferindo conversar com Sanosuke.

- Uchiha, sentimos que não conseguimos achar sua mulher.

- Tenho certeza que voces se esforçaram.

- Se você não tivesse sido egoísta, a teríamos conhecido e poderíamos ter usado o rastro de chakra...

Com a familiaridade de uma amizade de inúmeros anos, Haijame bateu na cabeça de Toshiro.

- A mulher de Sanosuke não é ninja, baka! Ela é cigana.

- Cigana? Nunca pensei que ciganos pudessem ser loiros... - Toshiro Aburame falou, dando de ombros.

- Empatamos. Eu nunca pensei que você e a Nara pudessem discutir em praça pública.

- Agora, falta você ir atras dela para ir pedir desculpas. - Haijame cutucou o amigo, que deu de ombros.

= Talvez eu faça isso, quando o Yasuo sair do sex shop escoltado pela okasan... melhor, como ele chama, a haha dele...

- então é agora que você vai fazer isso. - sanosuke falou, mostrando com o queixo.

Os dois homens se viraram, os olhos se arregalando. Realmente, Yasuo saía naquele momento da citada loja, um enorme sorriso no rosto, segurando uma bolsa com o logotipo da loja, acompanhado da mãe, que mantinha a cabeça erguida, apesar do rosto totalmente vermelho, enquanto conversava com o filho.

o medalhão

Hanabi nunca, nunca... nem mesmo quando pegara seu segundo marido lhe traindo, se sentira tão envergonhada. A líder dos Hyuuga estava se sentindo como se todos na rua estivessem a olhando. Bem, também não era para menos, afinal...

- Yasuo... você tem que prometer, que só vai vir aqui com o seu ojisan Neji ou com o seu sofu.

- Mas, haha... O sofu não tem tempo para vir com eu! E o ojisan Neji...

- hanabi-sama, o hokage-sama... - o anbu parou de falar, olhando para a loja que mae e filho estavam parados. - Aqui é a loja...

- o que o hokage-sama quer comigo, falcão. - a Hyuuga pediu, impaciente.

- Sabia que ali é o sex... A loja que vende coisas pervertidas?

Hanabi puxou o ar, soltando-o lentamente.

- Pensei que fosse a igreja que a sua okasan frequenta enquanto o seu outosan sai em busca de... - Hanabi engoliu o resto da resposta, ao lembrar-se que Yasuo estava ao seu lado. - Yasuo, amorzinho, você consegue voltar para o clã sozinho?

- Haha, eu sou um menino grande! Claro que eu consigo ir para casa sozinho! - Yasuo falou ofendido. Ele conhecia Konoha, como a palma da sua mão, não apenas o caminho para ir em casa sozinho.

Hanabi lancou um olhar ofensivo ao anbu, antes de com passos duros, começar a afastar-se. Aquela hora do dia, ou o hokage estava em seu escritório ou no restaurante de lámem. Passou sem dedicar um único olhar ao grupo de jovens, que haviam sido colegas de classe de Yasuo. Isso era o que ela dizia a si mesma, mas o verdadeiro motivo, era que não desejava olhar um certo moreno... que ela acreditava que tinha lhe partido o coração.

o medalhão

Yasuo virou a pagina, parando de ler, quando um murmurio suave escapou dos lábios de Aya. A loira, sem a menor cerimonia, havia se deitado no sofá, enquanto escutava Yasuo ler. O Hyuuga havia passado mais de meia tarde ali, lendo um dos seus livros favoritos para ela... E ela dormia!

Bem, sua imouto-chan também fazia isso quando ele lia... ela dizia que Yasuo tinha a voz de um anjo e como tal, só tranquilidade se repassava quando ele lia... Yasuo coçou a cabeça, vendo que Aya tinha colocado os pés em cima do sofá. Sua haha sempre dizia que ele não podia ficar com os sapatos no sofá e Aya não tinha tirado as sandálias...

A obasan Hinata não implicava com ele, quando ele vinha visitar ele e subia no sofá com sapatos. Yasuo suspirou, colocando o livro de lado. Levantou-se e foi até Aya, tirando as sandálias, que haviam pertencido a Hinata.

Com exceção das calcinhas de hospital de Tomoyo, que ele precisava comprar outras urgentemente antes que sua imouto-chan descobrisse, Yasuo pegara as roupas de Hinata, que seu sofu, havia se recusado a dar, depois da morte da choujo, na esperança que o corpo que haviam encontrado não fosse o dela. Mesmo que vinte anos já houvessem se passado, mesmo ele tendo recebido a carta de hinata, uma ligeira esperança ainda batia no peito do velho Hyuuga.

As ordens de Hiashi, para que a casa de Hinata fosse preservada, como se ela estivesse prestes a voltar, haviam sido seguidas. Depois que Sasame fora encontrada, ele pensara longamente, não permitindo que neta loira morasse em um canto afastada dele. Porem, a casa que os pais haviam morado, na casa que ela fora concebida, seria o presente para quando Sasame Hyuuga Uzumaki se casasse.

Yasuo, era um dos poucos que o avo permitia que entrassem sem que ele estivesse presente. Afinal, o neto mais velho apenas entrava na casa, sempre com um livro, abrindo as janelas para deixar o sol entrar... E sentava-se no sofá, lendo para um retrato que Hiashi havia mandado fazer, porem, ficando pronto apenas depois da morte do casal.

Yasuo havia tentado gostar de Sasame. Porem, ele não conseguia se imaginar, penteando os loiros cabelos da prima... nem lendo para ela, nem tirando as sandálias dos pés dela, como fazia no momento com Aya.

Aya dormia profundamente, Yasuo percebeu, quando, minutos mais tarde, ele entrou novamente na sala, com a colcha que tirara da cama. Sua obasan Hinata ia gostar de ver ele cuidando tão bem de uma menina... ele queria mesmo era cuidar de Cho, mas pensando... o senhor Lee não ia gostar muito que ele tirasse as roupas da filha dele... Assim como ele não gostava da ideia de Haijame fazendo isso com a sua imouto-chan.

Ele só permitia que o Hatake namorasse sua imouto-chan, porque Haijame tinha lhe prometido que não iria fazer coisas pervertidas com ela... Yasuo balançou a cabeça. Depois que ajeitou a colcha em Aya, ele foi olhar como estava o nível de comida. Ele não queria que Aya passasse nenhuma necessidade ali.

Satisfeito com a quantidade que encontrou, yasuo foi até a loira. Após verificar que ela ainda dormia, fez alguns selos, desfazendo-se em fumaça.

O medalhão

o medalhão

Yasuo, você pediu ajuda para a sua haha, para comprar aquilo que você queria? - haijame pediu, quando o jovem passou por eles.

O jovem Hyuuga balançou a cabeça, enquanto encarava Sanosuke como se ele fosse um verme. Uma intensa raiva estava estampada no rosto do Hyuuga indicava que, a qualquer momento, uma briga se iniciaria.

O que você queria comprar, Yasuo? - Sanosuke pediu sem muito interesse. Depois que Toshiro havia visto a líder dos Hyuuga saindo da loja, ficara alguns segundos estático. megera dos Hyuuga naquele lugar? Apenas Yasuo para conseguir o feito... Sanosuke ainda lembrava-se bem das vezes, que levara bronca por conta da bruxa. Seu traseiro ainda doía, se ele pensasse bem, por conta de uma certa vez, que Itachi, ele ainda não conseguia acreditar que seu gemeo pegara suas roupas, vestindo-as e... bem... ter a mae de Yasuo lhe puxando as orelhas, por a ter espiado nas termas, quando fora Itachi quem fizera isso...

- não é da sua conta, Itachi.

- Yasuo, eu não sou o Itachi.

- O Sanosuke está morto. E eu não sou tão burro de achar que você é o Sanosuke, Itachi.

Sanosuke fixou o olhar no amigo, antes de revirar os olhos. Quando o Hyuuga deu meia volta, saindo dali, Sanosuke fez, sem pensar, a única coisa que sabia, que o irmão jamais faria com Yasuo. Molhou o dedo indicador na boca, molhando-o. Em seguida, passou o dedo na parte interna da orelha de Yasuo, que deu um pulo.

- SANOSUKE!

O berro que Yasuo soltou, enquanto se virava tão rapidamente e enfiava um soco no Uchiha, atordoou o possuidor do Sharingan, a ponto dele não conseguir se desviar. Sanosuke acabou batendo em um poste de energia eletrica, piscando enquanto Yasuo secava o ouvido, uma expressao irritada no rosto. A sacola que ele segurava havia caído no chao, as compras espalhadas.

- Você ficou rapido, Yasuo. Antes, nunca tinha conseguido me acertar. - o Uchiha piscava, antes de começar a rir.

- É, você está vivo mesmo, seu chato... - Yasuo falou, antes de abaixar-se, guardando a cueca dentro da sacola.

- É claro que eu estou vivo. - Sanosuke retrucou, passando a mão onde Yasuo havia batido. - E já que você está tão rápido, vou pedir a sua ajuda.

- Minha ajuda? - Yasuo ainda não estava de todo convencido que era Sanosuke quem estava a sua frente. Mas Itachi jamais fizera aquela brincadeira estúpida que apenas Sanosuke fazia...

- Claro. - Sanosuke levantou-se, sacudindo a poeira das calças. - Preciso que você, que sabe todos os caminhos de Konoha como se fosse a sua mão, me ajude a procurar a minha esposa. Ela é loira, tem os olhos azuis... Ela parece um anjo, mas quando está irritada, é pior que a minha mãe...

Yasuo olhou Sanosuke com o canto de olho.

- É?

Sanosuke bufou.

- Se está querendo que eu fale mal da minha mulher, pode esquecer. Sabe, as vezes quando ela fica brava, eu acho que ela parece a sua haha...

- A minha haha não é brava!

- Então quer dizer você não levou mais nenhuma revistinha do Haijame para casa? Se quiser, eu sei que o Itachi tem algumas escondidas e se você me devolver elas antes que ele volte de missao... posso pegar para você.

- Sanosuke! - um enorme sorriso abriu-se no rosto do Hyuuga, que caminhou até o amigo, abraçando ele. Depois de alguns minutos, Sanosuke bateu no ombro de Yasuo.

- Não é que eu não esteja contente por ver você. Agora se a minha Aya ver a gente se abraçando, ela vai fazer eu dormir ao relento um ano! - os amigos se separaram.

Yasuo piscou os olhos, não acreditando.

- Ela é tão brava assim?

- Ela é pior! Imagina, uma vez, eu estava falando com uma moça, que estava vendendo pulseiras como a sua imouto gosta... A Aya bufou, deu meia volta... E saiu pisando duro! Ela nem deixou eu dizer que estava olhando as pulseiras para comprar uma para ela! Não falou comigo uma semana, quando eu chegava perto, me olhava como se eu fosse um... - sanosuke balancou os braços. - um rato pestilento!

- Ela é tao calminha... - Yasuo murmurou, pensando na imagem que a explosao do bushin lhe trouxera. Aya dormindo como uma menina de dois anos no sofá da sua tia... Ao mesmo tempo, que um certo medo comecou a nascer no seu peito. Se Aya tinha falado a verdade... Sanosuke era bravo... MUITO BRAVO... E provavelmente, ele iria bater... MUITO... MUITO MESMO... nele, Yasuo...

- Não queira provar a pontaria dela... - sanosuke falou, suspirando.

- Yasuo, você conhece a Aya? - Haijame pediu, fazendo que o Hyuuga, quase pulasse. Uma expressao de medo... Pânico... estava no rosto do Hyuuga.

- Que-Quem eu? - Yasuo tinha os olhos arregalados. Balancou a cabeca negando. - eu... tenho que ir... tchau!

E antes que eles pudessem perceber, Yasuo tinha sumido. Haijame e Sanosuke se olharam. Haijame deu de ombros.

- Não sei de nada... E considere que é Yasuo... provavelmente ele conhece alguma moça chamada Aya e acha que ela é a sua mulher...

- que coisa estranha...

o medalhão

o medalhão

Aya levantou a cabeça, abrindo os olhos com um sobressalto. Ela demorou alguns segundos para perceber onde encontrava-se. O reconhecimento total veio quando ela encarou um retrato, tirado há muito tempo atrás. Nele, uma mulher com os olhos parecidos com os de Yasuo, segurava um garotinho, com cerca de cinco anos de idade no colo, que usava uma camiseta roxa e calções brancos. A morena usava um vestido azul claro de mangas. Ao lado dela, um homem loiro, de cabelos espetados, que ela tinha certeza de já ter visto, em alguns retratos na casa de seus sogros, que tinha seu rosto lapidado no monte hokage.

Naruto sorria amplamente, enquanto segurava uma cesta e tinha um braço nos ombros da mulher. Ele vestia uma camiseta laranja, com labaredas negras estampadas. Aya sorriu timidamente, antes de virar um pouco a cabeça, vendo a morena em outro retrato. Naquele, ela estava com dois desconhecidos, o trio usando quimonos, meio que escondendo em uma porta tradicional. Um enorme cachorro estava aos pés de um dos homens, que tinha triângulos invertidos.

Noutro, o ex-hokage de konoha estava sentado em um bar, a mão suspensa no ar, como se ele estivesse falando algo que não conseguisse ser exprimido apenas por palavras. Seu sogro e sogra estavam nessa fotografia, Sakura com uma expressão de quem estava prestes a desatar em uma gargalhada, já o pai de seu marido tinha a expressão séria, como se não aguentasse mais o loiro falando.

Aya tirou os pés de cima do sofá vinho, enquanto girava o tronco para ver a sala. Yasuo havia deixado uma lampada acesa. Ao colocar os pés no chão, ela tocou as sandálias, que provavelmente o Hyuuga havia tirado. Um momento de hesitação se instalou, antes que Aya resolvesse colocar as sandálias. Ela havia prometido a Yasuo que não gritaria, que não abriria as janelas para que a vissem, que não tentaria fugir.

Depois que colocou as sandálias, levantou-se e girou o corpo, parando ao ver o quadro que estava pendurado na parede. A morena estava sendo abracada por trás pelo hokage, ambos olhavam para a frente sorrindo...

o medalhão

o medalhão

Yasuo olhou para trás, verificando se Haijame ou Sanosuke não o haviam seguido. Ele encostou-se na parede de um prédio, enquanto pensava rapidamente. Se Sanosuke descobrisse o que ele tinha feito... Yasuo respirou fundo. Ele precisava achar um jeito de contar ao amigo, mas de um jeito que, Sanosuke não ficasse... muito... muito... MUITO BRAVO!

Yasuo ia repassando as opções que tinha, quando o pai de Sanosuke passou pela sua frente. Yasuo piscou os olhos, como se tivesse uma súbita inspiração.

- SOFU SASUKE! - gritou, antes de poder rezar, que aquela fosse a decisão mais correta. Afinal... Sasuke era pai de Sanosuke... E era muito assustador!

O medalhão

O MEDALHÃO

Sasuke andava, enquanto bufava, sendo seguido de perto por Yasuo.

- Essa é a brincadeira mais estúpida que eu já escutei, Yasuo!

- Não é brincadeira! - Yasuo engoliu em seco. - A Aya está na casa da obasan Hinata e do ojisan Naruto.

- E como ela foi parar lá? - Sasuke continuava a andar, sem dar muita importância ao que Yasuo tentava lhe contar.

- Nhunhi! - ante a palavra que Yasuo falou, Sasuke estacou, virando-se para o Hyuuga. - ela disse que o senhor é nhunhi dela!

Sasuke estreitou os olhos.

- Eu vou com você até a casa do Naruto... E se você estiver brincando...

- eu não estou!

Sasuke atravessou o resto da cidade com o Hyuuga no seu encalço. Ao chegarem nos portoes dos Hyuuga, Yasuo sorriu.

- Oi, Kenshin. - falou para o guarda, que parecia prestes a botar o Uchiha para fora. - O senhor Uchiha veio fazer uma coisa comigo, não precisa nem avisar o meu sofu, está bem?

- Por que você acha isso, Yasuo? - o lider dos Hyuuga apareceu ao lado de Kensfin, fazendo o neto empalidecer.

- Sofu...

- Seu neto disse-me que minha nora está na casa que era de Naruto e Hinata.

- Como? - Hiashi encarou Sasuke, antes de voltar a olhar o neto. - Yasuo?

- Ela está lá sim! - Yasuo falou, mesmo tremendo.

Hiashi estreitou os olhos e sem dizer uma palavra começou a afastar-se. Yasuo respirou fundo, antes de começar a seguir o avo, puxando Sasuke.

Quando o líder dos Hyuuga abriu a porta da casa da sua choujo, teve uma surpresa. Viu apenas um vaso vindo em sua direção. Sem delongas, ele deu um passo para o lado, virando-se surpreso ao perceber que o vaso havia acertado alguma coisa. Sasuke Uchiha estava inconsciente no chão. Yasuo encarava o homem caído, com uma cara de espanto.

Nhunhi! - hiashi mal teve tempo de registrar a palavra estranha, quando a garota cigana, que estava desaparecida a uma semana passou por ele, ajoelhando-se perto da cabeça de Sasuke.