Fix A Heart escrita por YeahMoon


Capítulo 3
Capítulo 3 - Falling... Again!


Notas iniciais do capítulo

Hey, esse capítulo vai focar mais nela, pra conhecê-la melhor.



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Fui tomar um banho e me lembrei do que Mary disse sobre minha mãe chegar daqui há 2 dias. Bom, agora só falta 1.

Eu e minha mãe não somos muito ligadas. Na verdade, ela viaja cerca de 3 meses, volta 2 dias pra casa, e sai pra viajar de novo. - Deixando Mary comigo, como se Mary a substituí-se. - Então fico aqui, me sentindo sozinha. Pois não tenho nem minha mãe nem meu pai.

O que eu fiz de errado héin? Eu sou estudiosa, só tiro notas altas, não saio por aí "pegando" vários, não vou em festas, não chego bêbada em casa, não uso drogas. Eu estudo e trabalho e é isso que eu ganho? Ok né, eu sei que é tudo injusto.

A água gelada percorria todo meu corpo, causando ardência em alguns pontos. É verão, então não me importo de tomar banho na água gelada.

[...]


Não tomei café, simplesmente fui pra escola e logo Brittany e sua amiguinha Tiffany vieram rir da minha cara. Elas pensam que sou brinquedinho pra elas ficarem rindo de mim e falando mal? Qual o problema delas comigo héin?

– Olha se não é a esquisitinha - falou Brittany e a abusada da Tiffany riu da minha cara. Engoli em seco a vontade de chorar, por que sou tão fraca?

– Nossa, parece que a esquisitinha engordou - falou Tiffanu, logo mais líderes de torcida chegaram e também começaram a rir da minha cara. Uma lágrima rolou pela minha face.

– Own ela tá chorando - Agora era Claire.

– Ela tem sentimentos? - Carly falou e todas fizeram cara de surpresa - Não sabia que esquisitos tem sentimentos - falaram rindo, todos da escola encaravam elas, muitos riam. Outros ficavam quietos... esses eram os que também sofriam com isso.

– Meu nome é Leslie - falei, porém isso não fez com que elas pararem de sussurrar, esquisitinha, esquisitinha. Aquilo tava me enchendo a paciência. - PAREM - gritei - parem com isso - falei e me virei saindo portão à fora. Eu não vou pra aula. Não se elas estiverem lá. Não hoje.

Eu sempre suportei muita coisa. Mas isso eu não consigo mais suportar. Poxa, eu nunca fiz nada para aquelas cheerleaders idiotas. Eu sempre fiquei em meu canto, eu jamais falei nada sobre elas. Eu devia... mas eu não consigo, porque se que quanto mais eu provocasse, mais elas iriam vir pra cima e eu definitivamente não aguentaria. Pra cometer um grande erro igual ou parecido com o que fiz no passado era fácil e rápido.

As lágrimas não paravam de cair. Minha cabeça latejava, era como se tivessem vários instrumentos sendo tocados em minha mente.

Caminhei até minha casa. Peguei a chave na bolsa e entrei. Mary não tava na cozinha, ótimo, não precisaria contar nada à ela.

Subi as escadas e entrei em meu quarto, logo tranquei a porta. Eu não conseguia parar de chorar, a dor tomava conta de meu coração, e era como se um buraco negro estivesse sendo aberto, abrindo junto com ele, todas as cicatrizes de imensas dores do passado.

Por que eu? Era o que eu sempre me perguntava. Meu coração parecia estar em migalhas, e tudo começou a vim à tona. A morte de meu pai, o afastamento de minha mãe depois do ocorrido, os comentários maldosos sobre mim. Pareciam mil pessoas falando milhões de coisas ao mesmo tempo em minha mente. Eu estava caindo... de novo. Se minha mãe soubesse ia me fazer procurar tratamento novamente, e eu não estou afim de procurar. O que eu quero agora é dormir e fingir - ou pelo menos tentar - que o mundo não existe.

[...]


Levantei, eu não tava conseguindo dormir. Caminhei até o quarto da minha mãe com cuidado, Mary não precisa saber que estou aqui, senão irá fazer mil perguntas.

– Cadê a caixinha - falei pra mim mesma. Só então me lembrei que estava na última gaveta da cômoda. Me dirigi até ela e peguei abrindo-a.

Havia vários tipos de remédios ali. Peguei 2 calmantes e tomei. Eles eram fracos perto dos que eu tomava antes. Mas eu não os tomava há muito tempo. Guardei a caixa e voltei para o meu quarto. Tranquei a porta eu não queria que Mary chegasse ali.

Liguei para ir enchendo a banheira enquanto tirava a roupa. Logo entrei, fazendo com que meu sangue se misturasse com a água e causasse uma certa ardência na região.

O remédio fez efeito rapidamente, afinal eu não tomava calmantes há muito tempo, e ainda tomei 2. Rapidamente adormeci.

[...]


Minha cabeça continuava a latejar, Mary batia freneticamente na porta do banheiro e por isso acordei. Ainda estou meio "grogue" por conta do remédio.

– Leslie? Leslie?

– Que foi Mary? Como entrou no quarto? - gritei, minha voz denunciava meu estado físico.

– O que tá fazendo? E eu tenho a chave do seu quarto, assim como o da maioria dos cômodos dessa casa. E por que não me respondeu? Chamei por uma meia hora e agora que me respondesse. - ela me parecia preocupada.

– Eu tinha dormido - falei.

– Aquele garoto já está lá embaixo. - falou. Hãn? Dormi tanto assim?

– Quantas horas? - perguntei me enrolando na toalha, parecia que eu tava de ressaca.

– 18:30hs - falou e arregalei os olhos, até porque tudo estava embaçado. Lavei os olhos pra enxergar melhor.

– Tá, já vou descer - falei.

– To te esperando - ouvi ela fchar a porta do quarto e fui procurar colírio, minha visão estava turva demais pra descer desse jeito.

[...]


Desci as escadas com uma expressão vazia, não consegui pensar em nada e Justin me encarava sério. Minhas pernas estavam moles, fazendo com que eu quase caísse.

Meu estômago nem sentia o cheiro de comida desde o café da tarde de ontem.

– Tô com fome - resmunguei e Justin me ajudou a chegar até a mesa, eu estava deplorável.

– Você usou drogas? - perguntou.

– Não, é o efeito do remédio, ainda não passou - estou delirando? Não era pra ter contado.

– Fiz um lanche - Mary falou colocando algo na mesa. - Que remédio tomou? - perguntou.

– Dipirona - mentí, pensei que não ia colar e realmente, eles desconfiaram.

– E te fez ficar desse jeito? - Justin perguntou confuso.

– Isso virou questionário? Eu não tinha nada no estômago desde ontem. Deve ter sido isso - falei.

– Então come - Mary falou e eu fui comendo aos poucos.

– Vejo que não tais em condições pra me ensinar hoje né? - só fiz um não com a cabeça.

– Pode ir embora - falei.

– Não, não posso deixar você assim.

– A Mary cuida de mim papai - ironizei.

– Até doente você é mal educada - dei língua voltando a comer. - Mesmo não sendo educada, ficarei aqui - falou, dei de ombros e ele ficou me vendo comer.

– Tem algo de interessante aqui na minha comida? - perguntei rindo fraco - Você não para de olhar pra ela. - Ele ficou quieto.

[...]


Passava algo na TV que eu não tava nem aí. Justin estava sentado ao meu lado me fitando.

– Que foi? - perguntei o olhando.

– Nada, você assim... quieta. É tão misteriosa - ri fraco voltando a ver a TV, mesmo não conseguindo me concentrar no que passava na mesma.

Meu pensamento estava em outro lugar. Um lugar bem distante.

Minha mãe chega depois de amanhã, e o que eu falaria à ela por ter parado o tratamento?

Só estou cansada de ter que ficar tomando remédios. Isso desde o 6° ano escolar, poxa, precisaria tomar isso pro resto da vida?

– Leslie? - voltei minha atenção ao Bieber balançando um pouco a cabeça pra afastar os pensamentos.

– Oi, desculpa, fala - o incentivei.

– Tá tarde, vou indo embora, amanhã eu não venho porque é sábado. Então até segunda - se levantou do sofá e o acompanhei até a porta.

– Tchau - falei assim que ele saiu. Ele acenou e entrou em sua Range preta.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? *-*
E desculpa qualquer erro de português.



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