My Dear Kira escrita por pequenaapaixonadaporletras


Capítulo 1
S é uma mulher.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo avaliado pela incrível Emika, dona da fanfic mais incrível que eu já li de Death Note, "L No Hana".



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Shinobu, ou Naru, caminhava impacientemente pela sala. Ela era uma das maiores detetives do mundo. A quarta, para ser mais exata. Ela havia enviado seu pedido para L por meio de Watari já fazia, agora, três dias e cinco horas. Por mais que se esforçasse, a garota não tirava de sua mente a ideia de trabalhar com um detetive como L.

  - Quanta demora! - ela reclamou e abriu sua geladeira.

 Naru, como era seu nome comum, era brasileira. Filha de japoneses que se mudaram recentemente, a garota era muito excêntrica. Não conseguia sentar direito por mais de cinco minutos, por isso preferia sempre estar de pé. Como qualquer brasileira, tinha uma ótima percepção de humor e a pele um pouco bronzeada. É verdade que o Brasil não era o melhor lugar para se aprender (fato que a fizera cursar o ensino médio no Japão), mas é o melhor para se morar.

 Naru ficara impressionada com o caso Kira, no Japão. Assim que investigara absolutamente tudo sobre o caso, mandara imediatamente uma carta à Watari, amigo desde outros tempos mais antigos, para que este a entregasse a L. Para eles, ela era S. Mas L não havia respondido até agora. Ela se dirigiu até a geladeira e pegou um pote de Nutella e torradas. Começou a exercer um hábito bastante comum, que já fazia faz tempo: comer doces ao ficar nervosa.

 A tela de seu computador piscou e revelou um desenho de uma letra L. Ela correu até lá, tropeçando no caminho. Ela não era exatamente a garota mais elegante do mundo. Na maioria do tempo, Naru estava toda desarrumada usando roupas de garoto.

  - Aqui fala L. S, você está aí? - perguntou L numa voz alterada.

 S era a primeira letra de Shinobu, seu nome falso. Não se podia ter uma vida quando se era uma das maiores detetives, então fizera questão de inventar um nome falso. Porém ninguém conhecia essa garota ao ponto de saber seu verdadeiro nome. Ela até tinha feito uma identidade falsa e entrado no sistema policial, para que quando pesquisassem, ela saísse como Shinobu e não como Naru.

  - Olá, aqui fala S. - ela respondeu, através de seu fone que também alterava a voz.

  - Recebi sua carta. - ele foi direto ao ponto - Gostaria mesmo de largar tudo que tem para me ajudar a tentar resolver esse caso?

  - L, comigo ao seu lado não precisaremos tentar. Esse caso vai se resolver. - ela disse convicta - E sim, vou largar tudo. Quero, a todo custo, vencer Kira.

  - Ótimo. - ele falou - Vejo-lhe em breve. Watari manterá contato.

 Então Naru, feliz, começou a providenciar sua segurança e outras coisas mais para que ela pudesse ir ao Japão. Mal sabia ela que, do outro lado do mundo, L já providenciava a mesma coisa.

  - Peça segurança e arranje para S um jato. - ele falava, empilhando doces - Prepare também um quarto. Use o quarto preto, que está, no momento, sem utilidade.

  - Um quarto preto para S? - perguntou Watari - Não querendo ofender ninguém, senhor, mas acho que S é uma garota.

  - Uma garota? - perguntou Matsuda, policial que ajudava L - Mas como ninguém sabe o gênero de S?

  - S sempre foi muito recluso. - L falou - Mas não creio que seja uma mulher. Por favor, Watari, prepare o quarto preto.

/-/-/-/-/

Naru desembarcou do jato de L trazendo consigo uma mala enorme, com mais livros do que roupas. Estava vestindo calças largas e um moletom seis números maior que o dela, então estava totalmente coberta. Isso a fez parecer um garoto, o que tranquilizou Watari, que observava e falava com L ao telefone.

  - Chegou. Estou indo com ele para o QG. - ele desligou.

  - S deseja ir com seus próprios seguranças. - falou um dos guardas.

  - Mas como...? - Watari ia perguntar, mas foi interrompido.

 Dois homens de porte atlético e músculos bem definidos ficaram ao lado de S e se dirigiram à um carro discreto no fim da rua. Watari dirigiu na frente, achando estranho o comportamento de S. Quando, enfim, chegaram, Naru entrou sem ao menos dizer uma palavra. Watari abriu a porta da sala do QG para a garota, sem saber que estava, na verdade, fazendo um galanteio.

 A garota passou por entre os policiais, todos vestidos em bons ternos e focalizou um garoto com jeans e camiseta branca sentado estranhamente numa cadeira giratória. Então o garoto falou.

  - Eu sou L. - ele disse - Watari confia em você, portanto acho que deveria saber, S.

  - Pode me chamar de Shinobu. - a garota tirou o capuz.

 Todos menos os dois seguranças ficaram espantados quando as ondas prateadas que eram os cabelos loiros de Shinobu caíram sobre seus ombros e ela deu um sorriso extremamente feminino. Ela riu da cara de todos, que agora observavam sua pele corada, mas translúcida e seus olhos tão escuros quanto sua pupila.

  - Eu sei, é uma surpresa. O segundo maior detetive do mundo é uma garota. - ela riu e se sentou sem esperar ser convidada.

  - Quarto. - corrigiu L.

  - Por favor. - ela revirou os olhos - Não insulte minha inteligência. Você é os três primeiros e eu sou a quarta, mas sou a segunda melhor mente de detetive do mundo. Kouga, você não teria trazido Nutella, teria?

 Shinobu agora falava com um de seus guardas.

  - Não, senhora. - ele respondeu.

  - Ai, que pena. - Shinobu suspirou - Nada se iguala a doces brasileiros ou americanos. Claro que não são saudáveis, mas quem liga?

  - Parace muito com Ryuzaki, Shinobu. - falou Watari.

  - Me pareço com qualquer um de bom gosto. - rebateu Shinobu - Mas sobre o caso Kira, quem tem de suspeitos além de Yagami Raito, L?

  - Sabe de minhas suspeitas? - perguntou L.

  - Não é o que vem ao caso. - disse Shinobu e cruzou as pernas no sofá - Desculpe-me pela falta de educação, mas não consigo me sentar como as outras pessoas.

  - Eu entendo. - falou L.

  - Bem, acho que já pode me dizer tudo, L. - ela falou.

 L olhou para Watari, como quem pergunta "Tem certeza?". Watari sorriu e assentiu. Então L pôs S a par de absolutamente tudo. Nesse momento, ele já havia se revelado ao seu maior suspeito de ser Kira e insistia em investigá-lo.

  - E então? - ele perguntou, ao terminar as explicações.

  - Para mim, Yagami Raito é Kira, o que é uma extrema desgraça. - falou Shinobu.

  - Por quê? - perguntou L.

  - Yagami é um gênio, não se deixará ser preso assim. - ela estalou os dedos - Dá mais trabalho, mas no fim deve recompensar. Só espero que nenhum dos presentes aqui morra no caminho.

 Todos ficaram em silêncio. L, assim como todos, observavam Shinomi, mas L demonstrava muito mais curiosidade. Shinobu era, de uma certa forma, como ele. Ele quase podia afirmar que ela era uma espécie de versão mais descontraída e falante dele, como se ele fosse apenas Ying e acabasse de achar seu Yang. E além disso, sentia que já conhecia aquela garota.

  - Bem, se não se incomodam, eu realmente tenho que ir. - falou Shinobu - Quero fazer compras antes de alugar um quarto num hotel por aí.

  - Isso não será preciso. - falou L - Fique conosco, temos um quarto preparado, mas...

  - Mas...? - a garota perguntou.

  - Preparamos o quarto preto para você. - ele falou.

  - Tudo bem, gosto de cores escuras. - ela respondeu.

  - Bem, nem nos apresentamos! - falou Matsuda - Eu sou...

  - Matsuda, policial japonês. - ela falou e sorriu - Acha que apresentações serão necessárias?

  - A senhorita é brilhante! - falou Matsuda.

  - Eu tento. - falou Shinobu.

  - Me perdoem a demora. - falou o senhor Yagami entrando no quarto.

  - Senhor Yagami! - sorriu Shinobu.

  - SHINOBU! - senhor Yagami correu para abraçar a garota - Quanto tempo, garota, por onde tinha andado? Raito sente muito sua falta!

  - Duvido... - ela sorriu e saiu do abraço - Aquele ingrato nem me escreve!

  - Não tínhamos seu endereço. - ele explicou.

  - Já conhece S, senhor Yagami? - perguntou L.

  - S? - ele olhou para Shinobu - Shinobu, você é S?

  - Sim, senhor. - ela sorriu.

  - SHINOBU! - ele ficou espantado - Nunca imaginaria!

  - Esse é o motivo pelo qual ganho minha vida com teatro e música, senhor Yagami!

  - Contarei a Raito que está aqui. - falou Yagami.

  - Não precisa. - falou Shinobu - Eu falarei com ele quando ele vier aqui.

  - Como sabe se ele virá? - perguntou L.

  - Ele é uma suspeita. - ela sorriu - Suspeitas sempre vêm ao encontro do detetive ou policial.

  - Não incomoda ter seu amigo como suspeita? - perguntou L.

 Shinobu sorriu e se aproximou de L o bastante para sussurrar em seu ouvido para que somente ele ouvisse.

  - Não tenho amigos, Lawlie. - ela falou.

 L ficou completamente chocado.

  - Bem, eu gostaria de pudim. - Shinobu falou - Até mais, Law-Law.

 Então L se lembrou.

#FLASHBACKON:

  - Law-Law, isso não vale! - dizia uma garota de dezesseis anos pulando para alcançar o caderno que seu namorado de dezessete erguia ao máximo.

  - Bem, Nie-Nie, nunca esclarecemos regras! - ele falou e segurando a garota pela cintura, lhe dando um beijo e abrindo o caderno para ler.

  - Não tem graça competir com você! - Shinobu reclamou.

  - Ora, Shinobu, só tem que pensar um pouco mais antes de agir... - o garoto incentivou a pequena.

/-/-/-/-/

  - Shinobu, entenda... - dizia um garoto de dezenove anos a uma menina de dezoito - Não posso ter uma namorada enquanto exerço o cargo desses detetives!

  - ÓTIMO! - a garota gritou, furiosa - VÁ ATRÁS DE SUA CARREIRA ENTÃO, QUERIDO RYUZAKI!

#FLASHBACKOFF

  - Nie-Nie! - L falou.

  - Humpf. - ela ergueu o nariz - Esse é o pior apelido que já tive.

 A garota saiu e bateu a porta do quarto, que ficou sendo guardada por seus amigos, que ficaram de pé, um de cada lado.

  - Já foi amigo dela, Ryuzaki? - perguntou Matsuda.

  - Quem dera. - falou L - Já fui namorado.


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Notas finais do capítulo

E então? A fanfic é boa? Deixem comentários, por favor...
Já estou parando de postar uma história por falta de comentários, gostaria muito de continuar essa.