Céu escrita por Liminne


Capítulo 3
Capítulo 3 – Esperança




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Rangiku retirou-se da sala deixando Rukia iniciar um belo tempo com aquele homem esquisito.
Com algumas pequenas informações sobre seu nascimento, foi montado e cadastrado então um mapa astral.
Ouviu o loiro arengar sobre seu ascendente em escorpião, sua lua em áries e seus diversos planetas espalhados por determinadas casas por algum tempo. Não tinha certeza se tinha entendido tudo completamente. Mas podia afirmar com certeza que só por causa daquelas pequenas informações que dera, aquele homem já a conhecia quase que como a palma da mão. O seu ceticismo se dissipava continuamente.
- Bem, é isso. – ele sorriu satisfeito depois da longa explicação. – Em resumo podemos dizer que você é uma capricorniana típica com suas obstinações e desconfianças e que pode tender a uma boa dose de pessimismo e um modo bem intenso de lidar com qualquer que seja a situação. Isso por conta de seu ascendente. Cuidado apenas com pequenos impulsos que a posição da sua lua pode acarretar.
Assentiu com a cabeça. Estava impressionada. Realmente tinha muito a ver com seu jeito de ser.
- Mas e... – decidiu falar, agora estava interessada. – E sobre o amor? – não foi pra isso que ela tinha ido até lá, afinal?
- Ah, sim! – consultou mais uma vez o mapa sorridente. – Sua situação é bastante complicada, mocinha! Sua Vênus está
em capricórnio... O que significa que não é mole tocar seu coração, não é? – inclinou-se ligeiramente para ela.
- Hum... – encolheu-se. – Isso é verdade... – olhou para baixo com um sorrisinho um pouco nostálgico.
- Interpretando... – cantarolou movendo o leque na frente do rosto mais velozmente. – É difícil tocar seu coração, mas uma vez tocado, costuma ser bem intensa... Há uma compensação.
- Certo. – balançou um pouco as pernas, animando-se. – Está incrivelmente certo.
- Agora... Creio que não veio até aqui apenas pelo mapa astral, não é? – recostou-se no respaldo da cadeira preguiçoso mas ao mesmo tempo parecendo se divertir.
- Bem... – corou levemente.

Aquilo era um tanto quanto vergonhoso. Parecia uma desesperada! Não! Que isso! Desesperada não! Estava ali apenas por causa de Rangiku e... E talvez por causa do dinheiro. Isso. – Pode-se dizer que...
- Ótimo! – cortou-a satisfeito. – Com o seu cadastro no computador, terei chances de encontrar sua alma gêmea. E não se trata de uma pessoa que meramente combine com você. Não. – fez uma pausa de efeito e encarou-a pela sombra. – Trata-se de seu verdadeiro amor. – sua voz saiu enfaticamente séria. - Então peço que tenha um pouquinho de esperanças. – fechou o leque. – Você pode ter a sorte de a sua alma gêmea já estar cadastrada... Ou ainda a sorte de um dia ela se cadastrar... Mas ainda... Ter o azar de não encontrá-la...
Por que aquela última possibilidade fez com que seu coração murchasse um pouquinho?
- Maaas... – a voz elevou-se de repente diante do silêncio pensativo dela, assustando-a um pouco. – Não se preocupe. O destino de fato existe. E debaixo desse céu, vocês estão de alguma forma juntos... E vão se esbarrar por aí.
E se Celeste-sama descobrisse que sua alma gêmea era... ele ? Não! Que bobagem estava pensando? Ele não se consultaria com... Um guru, ou seja lá o que aquele homem fosse!
- Então é só isso? – conteve um suspiro e perguntou tentando encontrar os olhos do loiro que os escondia nas sombras do chapéu.
- Hum... Sim. – assentiu com a cabeça. – Ooh, mas ainda tem um formulário que gostaria que preenchesse. – remexeu em uma gaveta e tirou algumas folhas brancas com perguntas. – Fique à vontade. São só algumas perguntinhas, algo mais sobre você para que seu possível par fique sabendo caso eu o encontre. – sorriu entregando as folhas à pequena junto com uma caneta.
Pegou os papéis e deu uma olhada. Humm... Será que queria se expor tanto assim? Poderia mentir as respostas... Mas se mentisse podia arrumar uma tremenda confusão depois se encontrassem... No que estava pensando? Com certeza as chances de encontrarem a tal da alma gêmea eram quase nulas!

E isso se esse troço realmente existisse.


Mais sobre Ukitake Rukia

1- Cores preferidas:

- Branco
- Azul


2- Habilidades:

- Cozinhar
- Ensinar
- Cuidar de crianças
- Noções de medicina
- Mandar
- Desenhar


3- Fraquezas:

- Acreditar
- Confiar
- Coelhos
- Sofrimento alheio
- Dançar
- Patinar


4- Sonhos/Objetivos:

- Ser uma pneumologista
- Salvar vidas
- Adotar uma criança


5- Hobbies:

- Ler
- Assistir a filmes
- Desenhar
- Observar as estrelas
- Ir a lugares altos

6- Comida preferida:

- Frituras

7- Bebida preferida:

- Milkshake

8- Vícios:

- Coelhos ... (?)


9- O que não suporta:

- Maus-tratos (seja comigo ou com outrem)
- Resignação
- Roupas apertadas
- Infantilidades

10- O que agrada/admira:

- Coelhos
- Flores
- Carinho
- Crianças
- Determinação
- Maturidade

11- O que gostaria de aprender:

- Confiar
- Patinar

12- Parte do corpo preferida (sexo oposto):

- Mãos

13- Cantores/Bandas:

- Yui Yoshioka
- Alanis Morissette

14- Qualidades:

- Prestativa
- Determinada
- Forte
- Esforçada
- Bondosa
- Cúmplice
- Corajosa

15- Defeitos:

- Pessimista
- Desconfiada
- Autoritária
- Cética
- Irrito-me facilmente
- Rígida
- Teimosa


Depois de algum tempo finalmente terminou de preencher as questões. Empurrou então decidida os papéis de volta ao loiro que ficara mexendo em alguma coisa em seu computador enquanto esperava.
Sorriu ao por as mãos nos papéis novamente.
- Ótimo. – disse examinando-os supercialmente. – Por enquanto é só. Qualquer notícia, entrarei em contato por e-mail. Espero poder vê-la em breve. – sorriu.
“Eu também.” Teve vontade de responder. Mas contentou-se apenas em sorrir de volta e despedir-se educadamente, tentando ignorar o coração.
“Como seria a ficha da minha suposta alma gêmea...?”

****

 

No intervalo, foi comer alguma coisa sozinho como sempre. Viu quando ela passou na sua frente e lançou os olhos escuros em sua direção como se fosse um fantasma e o tivesse atravessando indiferente.
E ao encontrar o cara de jeans escuros, franja comprida e olhos muito azuis, fez questão de pendurar-se em seu pescoço sorrindo e balançando os cabelos luminosamente. E claro, aquilo tinha que ser na sua frente.
Fingiu não sentir uma pontada ressentida e desviou os olhos. Mas a voz melosa dela parecia se destacar sobre as outras. Da próxima vez ia comer bem longe dali.
Acabou por olhá-la de novo e os olhares se cruzaram. E ela sorriu indecifrável, pelas costas do namorado, ainda agarrada ao seu pescoço.
O que ela pretendia afinal? Por que é que fazia isso?
- Ichigooo! ~ - Keigo apareceu rodopiando e sentou-se perto do amigo. – Temos o mesmo intervalo, não é legal? – sorria empolgado.
- É. Bem legal. – tomou um gole do seu suco tentando novamente desviar os olhos dela.
- Ihhh... – o moreno chiou cheio de malícias inclinando-se na direção do olhar do ruivo. – Ainda está gamadinho nela, é?
- Cala a boca! – atirou uma batata frita no olho do colega. – Nunca fui gamadinho
em ninguém. Que rídiculo! – cruzou os braços com o rosto vermelho.
- Vamos e venhamos, né, Ichigo? Ela é areia demais pro seu caminhãozinho. – tomou um gole comprido do refrigerante.
- Ela é uma pu...
- Oh! – Keigo interrompeu. – Acaba de me ocorrer uma coisa! Por que é que você não fica com aquela sua prima? Aquela chatinha, do interior?
- Quê? – olhou estarrecido para o jovem. – Você pirou? Ela está terminando o colegial bem longe daqui... E além disso é minha prima!
- Ah, qual é, Ichigo! – bateu nas costas dele. – Não adianta me esconder, eu sei o que vocês fizeram no verão passado. – piscou.
- Não foi no verão passado! – gritou na defensiva. Depois percebeu o vacilo.

- Há! A técnica do “eu sei o que vocês fizeram no verão passado” sempre funciona! – os olhos castanhos de Keigo brilhavam vitoriosos. – Então admite que já teve alguma coisa com ela, né?
- Não enche... – enfiou comida na boca. – Foi uma coisa de crianças... – desviou o olhar. – E quer saber? Por que é que ao invés de ficar empurrando mulheres pra mim, não procura uma pra você!?
- Ahh! – berrou ofendido. – Não fale assim, Ichigo! Só estou querendo o seu bem! Acabar com seu mau humor! Mesmo que eu não tenha muitas mulheres, eu sou um cara feliz! – abriu seu maior sorriso. – Então não preciso me preocupar tanto com isso. E além disso...
- Ah, Chado! – o ruivo levantou-se com a bandeja em uma mão e acenou para o amigo moreno que apareceu. – Finalmente você chegou, vamos sentar naquela mesa ali! – e foi andando.
- Certo. – Chado fez sinal positivo e sentou-se à espera do amigo.
- Ei! Você! Não me deixe falando sozinho! – Keigo guinchou sendo totalmente ignorado.

****

- Estou tão esperançosa! – a loira disse pela milésima vez quando entraram no apartamento. – Vai logo checar seus e-mais, Rukia-chan!
- Está bem, está bem. – riu um pouco da empolgação dela. – Mas acho que não deu tempo de...
O celular de Rangiku tocou e ela prontamente atendeu falando bem alto, parecendo que com uma amiga de tempos.
Foi andando então calada até o quarto. E, não sabendo bem o porquê, ligou o computador e checou seu e-mail. Não. Ainda não tinha recebido nenhuma notícia de Celeste-sama.
- Rukia-chan... – a peituda enfiou a cabeça na porta. – Eu vou encontrar uma amiga, tá? Volto para o almoço, não se preocupe. E ah! A Momo vai chegar daqui a pouco. Ela me disse que as aulas hoje iam terminar mais cedo.
- Ah, certo. – sorriu e fechou rapidamente a caixa de e-mails.
- Hmm... E aí? Notícias? – perguntou empolgada.
- Bem... Não.
- Ah. – fez um muxoxo. – Ah, mas ainda temos tempo! – riu. – Até loguinho! – e desapareceu.
Foi caminhando então até a cozinha e começou a preparar os ingredientes para o almoço.

. Talvez fizesse uma sobremesa para Momo. Tinha gostado bastante dela.
Poucos minutos depois, a porta do apartamento se abre.
- Cheguei! – a vozinha de Momo preencheu o silêncio.
- Bem-vinda. – Rukia chegou à porta e sorriu. – Estou fazendo nosso almoço. E um doce de sobremesa. – piscou.
- Ahhh! – os olhos castanhos dela cintilaram. – Que bom, Rukia-chan! Obrigada! Há tempos que eu não sei o que é almoço caseiro e sobremesa!
Houve uma pausa congelada da parte de Rukia.
- E... – resolveu perguntar enquanto a garotinha tirava a mochila das costas. – Você come o que?
- Ah, você sabe. Comidas de restaurantes quando a prima tá com dinheiro ou sanduíches. Ou sorvete. – sorriu.
Suspirou. Não tinha jeito mesmo. Ia ter que colocar aquelas duas na linha.
- Hm... E então? – voltou a preparar a comida. – Como foi o primeiro dia?
- Foi ótimo! – sentou-se na mesa da cozinha toda iluminada. – Eu tive aula de Biologia! – riu.
- Ah, você gosta de Biologia, é? – perguntou inocente. – Quando eu estudava era minha matéria favorita!
- Ah, é a minha também! – exclamou feliz da vida. – Desde que ele se tornou o professor...
Congelou de novo. Ele. Aquele cara.
- Momo... – ficou séria. – Ele é o professor de quem você gosta?
Houve um silêncio hesitante.
- Hum... É. – admitiu encolhendo os ombros e a voz. – Rukia-chan precisa conhecê-lo! – relaxou novamente. – Ele é tão bonito, charmoso, inteligente, gentil e... E me escolheu pra ser a ajudante dele!
Virou-se para ela. Balançava as pernas e sorria tão feliz para o nada... Parecia em uma bolha. Assim como...
- Um dia eu... Quero conhecê-lo. – disse por fim, tentando parecer bem convincente.
- Ah, claro! Um dia você pode ir até a escola. – animou-se ainda mais. – Ia ver como eu tenho razão!
- Mudando de assunto. – forçou um tom leve. – Por que é que você mora com a Rangiku-san? Onde estão seus pais?
- Ah... – o brilho foi desaparecendo do seu rosto. – Bem... Nunca tive pai... Minha mãe é mãe solteira...

Então ela arrumou um emprego muito importante como aeromoça... E pediu para que minha prima cuidasse de mim. – mostrou um sorriso fraco.
Encostou-se na pia olhando a menina. Agora podia entender muita coisa... Sentiu um pequeno aperto no peito. Sua mãe sempre fora a melhor. Idem com seu pai. Mas com certeza havia conhecido muitas crianças solitárias... E aprendeu muito com elas sobre valorizar esse amor.
Era impressionante como esse problema era comum.
Algumas pessoas a acusavam de ser um tanto fria e desconfiada demais. Descobriu que o próprio signo sugeria isso. Mas não entendia o porquê de se indignar sempre com aquilo. Não entendia o motivo de sempre acolher e tentar fortalecer esse tipo de pessoa... Diante de situações como essa, sempre sentia ímpetos de ficar ao lado da abandonada e tornar-se responsável por fortalecê-la e ajudá-la. E era o que estava sentindo naquele momento.
- Bom, agora é minha vez, Rukia-chan! – logo tratou de mudar o tom triste. – Como é que foi o seu dia hoje?
- Bem... A Rangiku me arrastou para um lugar estranho onde fazem mapas astrais e descobrem as almas gêmeas ou algo assim...
- Ah não acredito! – Momo pareceu mesmo indignada. – E ela insiste com isso? Francamente!
- É. Eu também achei a idéia um pouco absurda, mas...
- Ela só fala nisso! Que tem muita sorte de ter encontrado o amor dela, que isso é muito raro e blá blá blá. Eu não entendo a minha prima. Você acha que é um problema eu gostar de um cara de trinta e cinco anos, mas o que me diz de um cara que ela nem conhecia, começou a se relacionar e que agora está na cadeia?
Cadeia? Ela disse mesmo... Cadeia?
Deixou uma panela cair no chão fazendo grande estrondo.
- A... A alma gêmea dela... – murmurava atônita, pegando a panela no chão com as mãos trêmulas. – Está na cadeia? – perguntou devagar, os olhos crescendo e crescendo.
- Aii, acho que falei besteira! – a garotinha tapou a boca com as mãos momentaneamente. – Não conte pra ela que eu falei isso!

- Meu Deus... Meu Deus! – murmurava tentando se recuperar do choque. – Onde foi que ela se meteu? E onde foi que ela me meteu!?
- Ai, Rukia-chan! – mordeu o lábio inferior preocupada. – Olha... Talvez você tenha mais sorte que ela... Quem sabe? – quis amenizar.
- Mas... O que ele fez para ser preso? – estava desesperada.
- Meninaaas, chegueeei! – ouviram a inconfundível voz cantarolante da incrivelmente-não-siliconada e deram um pulo culpadas.
- Acho melhor a gente continuar a conversa numa outra hora... – Momo conspirou num cochicho.
E Rukia concordou com a cabeça, forçando-se a mudar a cara ainda espantada para que a loira não suspeitasse de nada.

****

- Não acredito... – murmurava com um sorrisinho crescente nos lábios. – Não acredito... – estava fixado em seu computador, sendo invadido por uma enorme onda de empolgação.
- O que está vendo aí, hein? – uma mulher aproximou-se por trás e apoiou sua cabeça no ombro do homem, verificando o computador. – Uau! Parece que os casais estão com sorte, ahn? – sorriu também.
- Pois é... – murmurou ainda com aquela expressão satisfeita. – Se bem que... Não sei se podemos dizer que é taaanta sorte assim... – indicou a tela.
- Humm... – analisou mais cuidadosamente. – Então quer dizer que temos mais um caso daqueles de opostos, é? – estava bastante interessada.
- Opostos complementares! – corrigiu bem humorado.
- Isso vai ser bem interessante. – a mulher disse.
- Ah vai sim! – ele concordou recostando-se na cadeira e olhando de canto para ela. – E muitos vão ficar felizes.
- Como o destino é irônico... – ela suspirou num sorrisinho.
- Sim... Como um escritor de romances... – concordou e selou os lábios dela com um breve beijo.
Em seguida voltou-se para o computador e tratou de mexer os pauzinhos para que tudo começasse.

****

O céu já estava escuro quando entrou na rua de casa. As estrelas já o pontilhavam brilhantes como sempre. Como sempre...?
Encarou-as um pouco mais. Não se sabe se conseguiu notar o que estava por trás daquilo...

Chegou finalmente em sua casa e abriu a porta.
- Cheguei! – anunciou com a voz mole, louco por um banho e sua cama. Tinha estudado bastante e agüentado algumas cenas bem desagradáveis ao longo do dia.
- Olá, onii-chan! – Yuzu sorriu. – Dentro de alguns minutos o jantar estará pronto.
- Okay. – assentiu e começou a subir as escadas para o quarto.
Chegando lá, costumeiramente ligou o computador e acessou o seu e-mail. Deixou o computador totalizar a página e já ia caminhando para o banheiro... Se não fosse uma força que o fizesse paralisar imediatamente na frente da tela.
Não podia ser... Não podia estar lendo certo.
Com o coração martelando e o sangue bombeando quase nas orelhas, levou o mouse até o link com as três letrinhas mágicas: Céu.
Clicou.
E de repente parecia que levava horas para que um simples e-mail fosse aberto.
Sentou-se na cadeira ainda sentindo-se trêmulo e incapaz de piscar. As letras apareceram na sua frente como uma explosão... Esperara tanto tempo por aquele momento... Esperara todos os dias receber aquela notícia... E quando ela aparecia diante de seus olhos, não conseguia acreditar que fosse verdade... Não conseguia engolir que não era uma pegadinha.

Parabéns! Debaixo desse enorme Céu, nós encontramos sua alma gêmea!

Era o início da mensagem que daria fim a sua solidão.

****

- Vai à universidade amanhã, Rukia-chan? – Momo perguntou escovando os cabelos, sentada na cama, preparando-se para dormir.
- Não ainda... – respondeu arrumando sua cama. – Estou com medo do trote... – sentiu um arrepio só de pensar.
- Ah... Entendo... – largou a escova. – Humm... Posso escolher o seu coelhinho de hoje? – sorriu com os olhos brilhantes.
- Ah, claro. – a baixinha de olhos azuis sorriu de volta. Estava sendo bom compartilhar alguns momentos com uma espécie de irmãzinha mais nova.
- Hmm... – ficou olhando toda a coleção pensativa. – Ah, já sei! Que tal esse? – deu a ela o coelhinho de capricórnio.

- Ah, boa escolha. – riu pegando o bichinho. – Acho que tem a ver com o momento, né?
- É! – confirmou rindo também. – Gostaria de saber o signo da sua alma gêmea... Já que você tem coelhinhos de todos os signos... – apontou para eles.
- Ah... Pensei que fosse contra essa coisa toda.
- Bom... Nunca se sabe quando vai dar certo, não é? Acho que você merece que sim. – balançou a cabeça com convicção.
Sentiu-se levemente tocada pela declaração. Momo também merecia um amor de verdade. Não ia deixar que sofresse.
- Ohh, o que estamos vendo aqui? – Rangiku cantarolou entrando no quarto vestida com seu roupão pós-banho. – Até a Momo está ansiosa pela Rukia-chan, é? Já olhou o e-mail de novo, Rukia-chan? – virou-se para a garota num floreio.
- Eu já olhei três vezes hoje... – disse com um despencar de ombros desanimado. – Não é melhor deixar pra amanhã?
- Ahhh, olha de novo, vai! Só pra dormir tranqüila! – a loira tentou persuadir.
E Momo ficou fazendo sinais positivos com as mãos.
- Está bem... – sentou-se na frente do computador. – Vocês não têm jeito mesmo...
Entrou no site para ver seu e-mail e as outras duas logo empoleiraram-se atrás.
A caixa de entrada se abriu. E uma mensagem entitulada “Céu” estava no topo da lista.

Continua...


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