Nova Vida escrita por Bells


Capítulo 40
Capítulo 41 Como nos conhecemos?


Notas iniciais do capítulo

Aiiiii gente modestia parte amei esse capitulo!
E me deu ideia pra outra fic.
Vou fazer uma fic de quando eles se conheceram viu?
Quero que todo mundo leia!
u.u
ouçam: http://www.youtube.com/watch?v=8xg3vE8Ie_E



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/209559/chapter/40

POV LUCE.

—Ta mãe, chega de paparicar ela! – Falei rindo. – Dê-me ela aqui já é tarde ela tem que dormir.

—Ah Luce – Disse minha mãe dando um beijo na bochecha – Minha mais nova netinha né! Ah, Luce, eu nem precisei te mandar ter filhos né.

Corei.

—Eu já tinha o Henry mesmo.

—O Henry é filho do Daniel com outra mulher não é?

—Não, o Henry é meu filho com Daniel e pronto. – Falei.

—Luce...

—Mãe...

—Ok. Eu amo ele igual!

—Que bom! Agora me dê Emily aqui!

Ela me passou a minha pequenina e se levantou também, Emily estava caindo de sono.

—O papai já está no quarto. Ele botou Henry para dormir e foi dormir também. Se você quiser tomar banho tem tudo que precisa no banheiro dos hospedes.

—Seu pai realmente gostou de Henry. Ele falou que era bom você dar um neto a ele. Deu os dois né, sabe que ele vai ser muito possessivo com Emily né?

—Não mais que Daniel – Eu ri. – Ele já ta ensinando ela a não ter namorados.

Rimos.

—Fico feliz com sua felicidade filha.

—Obrigada mãe.

Ela sorriu e se retirou.

Subi com Emily e dei uma passada no quarto de Henry, ele dormia.

—Vem, você ta caindo de sono né, minha anjinha? – Falei levando ela para o quarto – Acostume-se sua vovó é assim mesmo.

Eu a botei no troca fraldas e a preparei para dormir.

Botei o pijama que meus pais deram á ela.

—Linda da mamãe – Falei beijando sua bochecha.

Sentei-me com ela no colo para dar-lhe de mamar.

Quando eu vi que ela estava totalmente adormecida eu dei um beijo em sua testa e a botei no berço, fechei o mosqueteiro ao redor dela.

—Boa noite anjinha!

Encostei a porta e fui até meu quarto.

Daniel já estava deitado e sorriu pra mim.

Fechei a porta e deitei ao seu lado.

—Sua mãe consegue te vencer, ela é mais vó coruja do que você é mãe.

—Não fala muito “Sr.Não namore antes dos 30 anos”.

Eu ri.

—Ei, só estou precavendo situações.

Eu me meti debaixo das cobertas e me escorei em seu corpo, ele estava sem a blusa do pijama [ N/A: aiii gente imagina a delicia u.u] .

—Sabe – Fali – Você está me devendo uma história.

Ele riu.

—Estou?

—Sim, para mim e para Henry, e acho que Emily ia adorar também.

—Então junte todos.

—Não. Eu primeiro.

Ele riu.

—A história...

—Como nos conhecemos?A primeira vez. Odeio não saber isso.

Ele riu e beijou minha testa.

—Foi no inicio da idade média. – Falou com a voz vaga. – Eu nunca havia descido a Terra, considerava errado, tinha medo do que poderia acontecer. Mas em um dia eu estava cuidando os mortais. E eu a vi. – Ele se retratou a mim como terceira pessoa. – Ela se ressaltava na multidão. Era a mais bela, e mais ingênua também. Lady Lucinda.

—Lady?

Ele assentiu.

—Eu parei no exato momento em que a vi e sai de lá, me neguei a cuidar mais um segundo. Mas eu não resisti, todo o dia eu voltei para ver ela. Os cabelos pretos e cumpridos iam até a cintura eles ressaltavam a pele branca como neve, mas seus olhos, não havia nada igual eles eram inocentes, eram avelãs, lindos. E sua boca vermelha, como sangue.

*Flash back on*

POV DANIEL

Eu a olhava todos os dias e um dia não resisti.

Eu desci, em Cambridge, a atual cidade, e a procurei. Sabia que era errado, que qualquer relação entre humano e anjo era errado, principalmente quando havia um sentimento forte envolvido.

Mas eu não resisti, tomei minha forma mortal e andei até o campo onde ela ia todo o dia.

Sempre com um vestido elegante ela ia saudar o sol, respirar o ar do campo, sem perceber que era vigiada, e que era a mulher mais linda da região.

Ela era mais bela que a princesa.

Naquele dia, ela usava um vestido branco com azul, em seu tronco ele era azul de veludo e em resto era de seda branca, tão puro quanto ela.

Ela usava uma tiara prateada na cabeça e o cabelo escorria pelos ombros até atingir a altura de sua cintura bem formada.

Ela estava colhendo flores pela vigésima vez na semana.

Ela amava as flores. Achava extremamente necessária na casa dela, em cada cômodo, principalmente em sua cabeceira.

Suas favoritas eram peônias, peônias brancas.

Eu estava tão distraído olhando sua beleza quanto ela distraída com a beleza das flores.

Eu era um homem cortês não pretendia invadir seu espaço.

Mas era a primeira vez que eu me portava com mortais, não sabia direito como agir.

Eu apenas sabia que havia me apaixonado por ela, e por mais que não devesse, eu precisava dela, e não me importava com as consequências que seriam implicadas a mim ou a ela.

Então a garota virou e encontrou meu olhar, primeiramente ela se assustou. Sorri para ela e ela retribuiu o sorriso.

Fez o cumprimento adequado a mulheres naquela época e disse:

—Lady Lucinda.

Peguei sua em sua delicada mão e depositei um beijo.

—Sr.Grigori – Falei sem tirar os olhos dos seus.

—É da região Sr. Grigori – Falou enquanto retornava a juntar as flores.

—Na verdade não, cheguei de viagem há uns dias.

—Dê onde vem Sr. Grigori?

—Londres, Lady Lucinda – Menti.

—Pode me chamar de Luce se assim preferir.

—Agradecido, chame-me de Daniel.

Ela sorriu, o sorriso mais lindo que eu já vi em toda minha vida.

—Daniel. – Repetiu.

Sorri para ela.

Ela pegou o cesto de flores e acenou para algo ao longe de mim.

Uma garota de mesma idade de Lady Lucinda vinha em nossa direção, ela era rechonchuda e seus cabelos eram loiros presos em um coque desarrumado. Eu já havia visto ela com Lady outra vez.

—Mary Annie! – Disse ela

—Luce! – Elas se abraçaram.

—Esse é o Sr. Grigori, de Londres. Sr. Grigori essa é minha melhor amiga Condensa Mary Annie.

Mary Annie fez um cumprimento igual ao de Lady Lucinda e eu beijei sua mão.

—Prazer, Condensa.

—Sr. Grigori – Ela disse sorridente. – Luce, sua mãe requisita por sua presença. Falou que você anda colhendo flores de mais.

—Ah, Lady Ulma tão superficial – Queixou-se da mãe.

Ela virou e sorriu para mim.

—Queria poder vê-lo novamente.

—Seria um enorme prazer para mim, Lady Lucinda.

—Já disse, chame-me de Luce. Posso te ver amanhã?

—Onde?

—Aqui mesmo.

—Perfeito.

Ela sorriu para mim e fez a reverencia assim com sua amiga, me curvei para elas e elas saíram.

Eu voltei aos céus antes que dessem por minha falta.

No outro dia eu desci novamente pronto para encontra-la de novo. Eu estava ansioso, ela havia mexido comigo como ninguém fez.

Há muitas belas anjas no céu, mas não chegava aos pés da beleza da garota de cabelos negros.

—Sr. Grigori, é bom revê-lo! – Ela falou fazendo o cumprimento.

—Digo o mesmo, Lady Lucinda.

—Luce.

—Então não vejo o porquê de você não me chamar de Daniel.

Ela sorriu.

—Vejo que gosta de jogos Daniel.

—Aprecio muito, Luce.

—Gostaria de caminhar comigo? Eu adoraria lhe conhecer mais.

—Se estiver tudo bem para sua família a Senhorita ir caminhar com um desconhecido.

—Seria desconhecido se tivéssemos ido caminhar ontem. Eu já lhe conheço. Você se chama Daniel Grigori, e você vem de Londres.

Sorri.

—E a Lady se chama Lucinda, de Cambridge. Mas não sei seu sobrenome.

—É Underwood.

—Lady Lucinda Underwood.

—Luce.

Eu ri em sua insistência para com o apelido.

Dei meu braço á ela como era feito naquela época e começamos nossa caminhada com o sol nos saudando.

—Então Daniel, no que trabalha?

—Eu sou desenhista. – Não era completamente mentira, eu tinha esse ‘’dom’’.

—Desenhista é? Mostre-me.

—Mas eu não trouxe meus materiais comigo.

—Há a natureza! Veja – Ela pegou um cabo de rosa e tirou a rosa com cuidado, como se odiasse fazer isso, então ela apontou para uma rocha e pegou o cabo da flor o apertou e desenhou uma flor. – Viu? Mostre-me.

Ela pegou outra flor e fez o mesmo que havia feito com a rosa.

Então me passou.

Eu fiz um desenho rápido. Eu a fiz naquela rocha.

—Nossa! É lindo! O senhor é ótimo.

Sorri.

—E qual seu talento Luce?

—Eu não tenho talento.

—É claro que tem, tão bela assim como pode não ter um talento?

—Então meu talento é a beleza.

Sorri para ela.

—Eu toco piano – Falou em fim – Não muito bem, mas gosto tanto quanto colher flores.

—Eu adoraria lhe ver tocando.

—Então traga sua família, jante conosco lá em casa.

—Eu não vim com minha família.

—Ah, um amigo?

Pensei em meu melhor amigo, o anjo da poesia, Roland.

—Claro.

—Magnífico! – Exclamou feliz – Está noite.

—Combinado.

Ela abriu um sorriso radiante para mim.

—Vou avisar meus pais, espero-te lá.

Ela deu um beijo em minha bochecha e partiu.

Sorri e voltei aos céus.

—Roland – Chamei.

—Fale amigo.

—Preciso de sua ajuda.

—Para?

—Desceria a Terra comigo?

—Você tem descido a Terra?!

—É, tenho.

—Mas por quê? Você em todos os anjos?

—Eu conheci uma jovem. Lady Lucinda.

—Ah, Daniel não me diga...

—Eu me apaixonei por ela. Não escolhi isso!

Ele me encarou por alguns segundos e depois suspirou.

—Do que precisa?

—Hoje haverá uma janta na casa dela. Fui convidado juntamente a meu amigo. Você é meu amigo.

—Terei que descer com você?

—Antes você do que Cam, ele é o que menos aprova isso.

Ele suspirou derrotado.

—Certo, eu faço.

—Obrigado amigo.

As oito horas chegamos a casa de Lucinda quem nos recebeu foi a criada e ela nos encaminhou para sala onde fomos apresentados ao Lord Damon e a Lady Ulma, pais de Luce, havia ainda seus dois irmãos Lord Louis e Lord Caius e sua irmã mais nova Lady Stephenie.

Mas ninguém chamava mais atenção do que Lady Lucinda.

Ela estava radiante, cabelos caindo em ondas até a cintura, um vestido belíssimo azul de veludo com pequenos detalhes na manga em prata. Ela usava uma simples sapatilha preta e em seu dedo havia um anel de ouro com uma pedra azul.

Mas nada era mais lindo do que o sorriso que ela carregava no rosto.

Caminhei até ela e beijei sua mão.

—É um prazer reencontra-la, Lady.

—O prazer é inteiramente meu.

Na sala parecia que só havia nós. Comunicávamos com os outros apenas por educação, pois a conversa que predominava era a nossa.

Vi Roland em uma conversa com o Lord e a Lady, mas nem sabia do que se tratava.

O jantar foi servido as nove em ponto.

Um belíssimo prato Frances do qual não me lembra do nome, o jantar foi elegante e a conversa serena.

Depois do jantar desfrutamos a melodia de Lucinda, que tocou para nós no piano.

A música para mim era desconhecida, era composição dela.

E eu nunca mais esqueci de como ela se concentrava para tocar as notas corretamente, de como mordia o lábio nervosa por errar alguma nota, seus olhos não se focavam no piano, mas sim na composição diante dela. Eu percebia que eles brilhavam de animação. Ela não se desconcentrou até terminar. E foi mais lindo do que o som das harpas do anjo.

Mas o melhor da noite foi a despedida, Roland partiu em frente e Luce esperou todos se afastarem para ir comigo até o portão da propriedade.

—Foi um jantar extremamente agradável. – Falei a ela – Obrigada pela hospitalidade.

—Você sempre será bem vindo aqui. Sua companhia é de grande adoração, por mim. Minha família acha o senhor extremamente gentil.

Sorri.

Nós paramos á frente de uma arvore não muito alta.

—Lady Lucinda, posso lhe dar algo?

—Claro.

—Feche os olhos.

Ela me olhou curiosa, mas calmamente os fechou.

Aproximei-me dela e lhe dei um beijo na testa, mas não resisti aos seus lábios.

Logo eles se encontraram aos meus e vi que era o que ela almejava também, ela passou as mãos por meu pescoço e eu não pude evitar de segurar sua cintura.

Eu era um anjo e ela uma mortal e foi a melhor sensação que eu já senti.

Meus lábios se chocando com os lábios macios dela, aquele gosto doce.

Mas logo me afastei.

—Sinto muito Lady, foi ousadia minha.

Ela sorriu para mim e passou a mão em meu rosto.

—Meus pais não o aprovariam – Disse triste- Querem que eu me case com o Conde, irmão de Mary Annie. Mas eu não o amo nem o conheço.

—E amas a mim? – Perguntei segurando sua mão que estava pousada em meu rosto.

Ela voltou a prender seu olhar no meu.

—Amo – Disse com sinceridade.

—Lucinda! – Ouvimos Lady Ulma.

Luce me deu mais um beijo e diz.

—Quero me reencontrar contigo, por favor.

—Sempre que quiser.

Ela sorriu para mim.

—Saberá onde estarei.

—Sim.

Ela correu novamente para a casa.

Eu me virei e deparei com Roland.

—Isso ta indo longe de mais Daniel! A garota se apaixonou por você!

—Eu também estou apaixonado por ela Roland!

—E se eles descobrirem?! Lúcifer já traiu O Trono! Estamos em uma revolução! Teremos de escolher nossos lados! E você se apaixona.

—Roland eu não escolhi isso!

—Não pode mais vê-la!

—Não pode exigir isso de mim. – Falei e parti céu acima.

Eu voltei a vê-la e escondi isso até de Roland.

O céu estava confuso os anjos estavam tomando lados, haveria uma escolha formal daqui a um dia e eu teria de escolher.

Mas eu não pensava em nada além do meu amor por Lucinda.

Eu a encontrei de novo debaixo de um carvalho.

—Daniel! – Ela me abraçou, percebia que ela havia chorado.

—Luce. O que aconteceu, amor?

—Eles descobriram sobre nós. E o meu noivado com o Conde será daqui a dois dias. – Eu via a tristeza em seu olhar.

—Eu não vou deixar isso acontecer.

—Por favor. Daniel, fuja comigo.

—Para onde quiser, quando quiser e como quiser.

—Fuja comigo. Case comigo.

—Eu deveria pedir-te isso.

Ela sorriu.

—Isso é um sim?

—Isso é um pedido, você que deve aceitar.

—Eu aceito.

—Amanhã a noite?

—No mesmo lugar.

Ela me beijou e eu vi que ela estava assustada.

—Eu não fui educada assim, fui educada para seguir ordens de mais velhos. Você desperta isso em mim.

Eu botei uma mecha de seu cabelo para trás.

—Isso é o amor.

—Eu sei. – Ela disse

Nossos encontros eram breves, mas tão preciosos.

Eu dei um beijo na testa dele e acariciei seu rosto, ela me beijou novamente corando por se sentir atrevida de mais.

Sorri para ela e a vi correr de volta para casa.

E depois dessa noite nunca mais nos vimos.

Flash back off.

POV LUCE

—Como assim? – Perguntei.

—No dia seguinte foi a maldição de Lúcifer em você e foi a queda, e eu cai pensando nela. Todos os anjos caíram porque eu escolhi o amor, não escolhi outro lado, você sabe. E eu só sabia pensar nela e em como eu a desapontei. Nunca soube o que foi feito dela. Mas eu a amei. – Ele olhou para mim e beijou minha testa- Eu a amo.

Eu acariciei seu rosto e ele fechou os olhos.

—Daniel, apesar de não ter o final que devia eu achei lindo a história. E o final é nós. Agora. Essa história teve um final feliz.

Ele abriu os olhos e sorriu.

—Sim, você voltou pra mim.

—Sempre voltarei.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

reviewS?