Segredos e Mentiras escrita por CatrinaEvans


Capítulo 4
Capítulo 4 - Descobertas e Decisões


Notas iniciais do capítulo

Numa conversa reveladora Hector acaba falando sobre o mundo mágico.



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-         Você ficou louca? – disse se sentando.

-         Como assim?

-         Não adianta fazer essa cara de inocente! O que pensa que esta fazendo?

-         Tomando um chocolate quente?

-         Cathy! – disse perigoso.

-         Que foi? Nos encontramos por acaso na rua e o convidei para tomar algo. Nada demais!

-         Nada de mais? Disse ao meu pai que ficaria longe deste homem.

-         Sim, se eu fosse a Londres ficaria longe dele, mas estamos no Brasil. – esboçou um pequeno sorriso malicioso.

-         Por detrás deste rostinho inocente se esconde uma garota bastante ardilosa quando quer, não é? Quando ficou assim?

-         Não sei do que está falando. Sou a mesma de sempre! – fazendo a cara mais inocente possível. – Só gostaria de entender qual é o problema com o senhor Malfoy, tirando o fato de ser esnobe e arrogante com quem lhe serve e o mal-humor com o resto do mundo. O que vocês tem contra ele?

-         Você não entenderia. – disse num tom mais desanimado.

-         Tente... Sabe que sou adepta da frase: “A ignorância é uma benção!”. Porém, sinto que querem nos proteger, mas como posso me afastar do perigo se nem sei o grau de periculosidade um primo de terceiro grau do meu avô pode ter sobre mim ou minha prima.

Sem ter como discutir com ela, já sabendo que quando ela quer alguma coisa ela consegue de uma forma ou de outra. Hector resolveu que seria melhor contar a verdade, ou pelo menos parte dela.  Talvez assim ela parasse de se por em perigo.  

-         Ele serve a um homem muito cruel e perigoso, que pensávamos estar morto. Mas contatos de meu pai na Inglaterra nos informaram que ele esta vivo e pretende retornar ao ponto onde parou.

-         Como assim?

-         Há alguns anos ele era considerado um das pessoas mais poderosas do nosso mundo, mas foi derrotado. E estaria tentando voltar ao poder para concluir seu reinado de terror.

-         Hã? Como assim?

-         Ele acredita numa superioridade do sangue puro, e quem vai contra ele morre.

-         Tudo bem já entendi. Ele é perigoso! Mas porque exatamente ele é perigoso para nós, Catarina e Vivian.

-         Vocês não são consideradas sangue puro, ou seja, não servem para nada, são pior que um verme.

Catarina olhava para Hector como se não acreditasse que tudo aquilo pudesse ser real.

-         E posso saber o porque disso? Se não somos “sangue puro” somos o que?

-         Vocês são abortos, são piores que trouxas.

-         Como assim? Explica isso direito!

-         Sua família como a minha vem de uma longa linhagem de bruxos, quem não é bruxo é chamado de trouxa, vocês são filhas de bruxas, mas seus pais são trouxas, tornando seu sangue impuro, mas, além disso, não nasceram bruxas, são consideradas abortos.

Catarina continuava em silencio absorvendo todas aquelas informações.

-         E como são as últimas de sua família isso significa o fim de sua linhagem mágica.

-         Então qual seria o verdadeiro interesse dele na gente?

-         Seus bens mágicos e tudo que esteja relacionado à magia. Bem, é o que meu pai disse quando perguntei sobre isso.

-         Não houve incêndio, não é?

-         Não. Eu vim assim que o Leo me disse que estava aqui com ele.

-         Como assim?

-         Este estabelecimento é um estabelecimento bruxo, não deve achar estranho, pois está acostumada a vir aqui, além do mais ninguém que venha aqui usa trajes bruxos típicos. Afinal aqui é Rio de Janeiro, é muito quente para usarmos veste típicas e há muitos trouxas, pois não estamos num centro bruxo.

-         Compreendo. Acho que vou para casa agora. – disse tentando absolver tudo o que descobrira.

-         Eu te levo!

-         Não precisa, tem de voltar ao trabalho. – tom de cansaço

-         No momento você é prioridade. – dizendo isso conseguiu com que ela desse um leve sorriso.

No caminho Hector advertiu que seria melhor não falar nada a Vivian, Catarina concordou. Combinaram de se falarem mais tarde por telefone.

Hector era somente quatro anos mais velho que Catarina, mas cresceram juntos, mesmo sendo amigos de infância, ele sempre nutriu uma paixão por ela. Agora que ela estava de volta ele não iria permitir que lhe fizessem mal.

À tarde quando sua prima chegara da escola, percebera que Vivian estava muito triste e resolveu que deveriam conversar. Descobriu que algumas coleguinhas dela a estavam excluindo, realmente a evitando, nem a sua melhor amiga estava falando com ela direito.

Catarina achou estranho, tentou consolar sua prima que depois de chorar muito acabou dormindo exausta. Foi quando ela teve um estalo, ligou para Hector e pediu para que ele fosse lá quando saísse do trabalho.

Quando chegou, Catarina lhe contou tudo o que acontecera e perguntou se isso não estaria relacionado ao que ele contara a ela naquele dia mais cedo. Ele confirmara que havia muitos bruxos naquela escola e que agora que Vivian perdera a proteção que suas mãe e avó muitos poderiam sim rejeitá-la.

oO.Oo

Na manhã seguinte, ao levar Vivian ao colégio, Catarina aproveitou para falar com a diretora. Lembrava-se dela, era a filha mais velha da antiga diretora, a senhora Mitch. Laura Mitch era a professora mais odiada da escola, apenas certos alunos a apreciavam e que ela os privilegiava. Catarina agora desconfiava de que esses alunos eram bruxos.

Agora depois de mais de seis meses de ter saído do colégio estava frente a frente com sua antiga professora.

-         Senhorita Drum. A que devo a sua inesperada visita? Saudades daqui? – falou sarcástica

-         Bom dia para a senhorita também! – disse educadamente, tirando o sorriso da mulher a sua frente. – Fiquei sabendo que depois do incidente com minha família, alguns alunos começaram a marginalizar a minha prima. Gostaria sinceramente que a senhorita falasse com elas para que não o fizessem mais, do contrário serei obrigada a retirar minha prima desta escola.

-         Bem, realmente não sei o que dizer, mas se realmente está disposta a fazê-lo, posso providenciar os documentos de transferência para hoje mesmo. – estava com um sorriso de satisfação que não conseguia ou não queria esconder.

-         Está decidido então, quando vier buscar minha prima, pego os documentos de transferência.

Nem Catarina nem Laura perceberam quando a senhora Mitch que observava a tudo, se movera para fora do quadro com um sorriso indecifrável.

Após buscar a prima e lhe contar que não estava mais matriculada naquele colégio, Catarina fez uma proposta para sua prima.

-         E se fizéssemos uma viajem, duas semanas, e depois procuramos um novo colégio. O que acha?

-         Uma viajem? Pra onde? – perguntou mais animada.


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