Segredos e Mentiras escrita por CatrinaEvans


Capítulo 3
Capítulo 3 - Um Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Ao reencontrar com uma pessoa, Catarina o convida para um lanche e uma lembrança de sua mãe vem a mente.



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Após saírem do prédio os três seguiram para um restaurante. Aproveitando que Vivian fora ao banheiro, Catarina se vira para Hector e num tom sério pergunta:

-         Hector, por que seu pai se preocupou tanto com aquele homem? E por que ele estava tão interessado em ser nosso tutor? Afinal, que era ele?

-         Aqui não é o lugar apropriado para falarmos disso! Além disso, não estou autorizado a revelar certas coisas.

-         Agora fiquei mais curiosa ainda. – disse sorrindo encantadoramente, enquanto meio que empurrava o braço dele, fazendo charminho.

-         Só você mesma para fazer graça numa situação dessas. – Hector esboçou um pequeno sorriso.

            Aproveitando a distração do amigo, ainda sorrindo, mas agora com um pouco de malicia em seu sorriso.

 

-          Você poderia aproveitar e me explicar qual é a “situação”, não é mesmo?

 

Hector percebeu que caiu num truque, e seu sorriso morreu quase que instantaneamente e disse sério:

 

-         Não adianta Cathy, não posso dizer certas coisas a você, não me é permitido. Mas posso vislumbrar algumas hipóteses... – essa ultima frase foi dita com um certo sorriso maroto que Catarina não via há algum tempo.

-         Esse é o Hector que conheço, não aquele cara sério e todo certinho que estava aqui até ainda há pouco.

 

Neste momento os dois riram juntos como não faziam desde que Catarina foi viajar.

 

-         Há... Agora, vocês parecem ser os amigos que são. – Disse Vivian chegando à mesa. – Já decidiram o que vão pedir? Eu vou querer pizza.

-         Pizza, com certeza. – Disse Catarina cheia de animo.

-         Pizza!

 

Após deixá-las em casa Hector voltou ao escritório, como havia combinado com seu pai.

 

-           Então?

-         Catarina percebeu que o senhor ficou na defensiva quando o senhor Malfoy entrou na sala, quando a prima não estava por perto ela me encheu de perguntas, desviei como pude, mas ela conseguiu me distrair e eu deixei escapar que a situação era delicada.

-          Hector! – brigou o pai.

-         Foi apenas isso senhor, não disse mais nada.

-         Fez os feitiços?

-         Proteção, antiaparatar, e de vigilância. Se alguém tentar algo contra elas vamos saber.

-         Ótimo! Partirei hoje mesmo para Londres, se decidirem ir para lá tudo deve estar preparado, devem passar desapercebidas e devem ter alguém para guiá-las.

 

No dia seguinte, Catarina foi sozinha até o escritório de advocacia, aproveitaria para tentar ‘arrancar’ alguma coisa de Hector.

-         Bom, agora que está tudo acertado, você poderia me falar sobre certas hipóteses, não.

-         Agora não posso, mas podemos almoçar, o que acha?

-         A que horas?

-         Meio – dia?

-         O.K. Onde?

-         Naquele restaurante de massas que você gosta?

-         Hum... Delicia, aproveito que hoje é dia 29 e como nhoque.

 

Ao sair do prédio Catarina planejava fazer umas compras (pra variar...), mas após andar algumas quadras ela teve uma surpresa.

 

-         Senhorita Drum, que prazer! – ouviu a voz atrás de si.

-         Oh! Sr. Malfoy, bom dia! – respondeu surpresa

-         Fazendo compras?

-         Ah, sim. Tive de voltar ao escritório de advocacia e tenho um almoço marcado por aqui perto, então resolvi fazer umas comprinhas.

-         Vejo que já faz uso de sua herança.

-         Ainda não mexi neste dinheiro, o que estou gastando hoje eu ganhei trabalhando.

-         Então boas compras. – disse já indo embora

-         Sr. Malfoy, por favor! – disse apressada. – Se o senhor tiver um tempo, gostaria de me acompanhar num lanche? Eu gostaria de lhe fazer alguma perguntas.

-         Claro, por que não! – disse com um sorriso confiante.

-         Tem uma leiteria aqui perto, eles têm lanches excelentes.

-         Mostre o caminho.

 

Via-se que o lugar era refinado e de muito bom gosto. Ao entrarem foram recebidos por um garçom, que a cumprimentou com um sorriso, mas ao ver com quem ela estava passou a tratá-los de forma mais formal, levando-os ate uma mesa.

-         Lugar interessante. – disse num tom enigmático.

-         Minha mãe me trazia aqui, boas lembranças.

-         Gostaria de ver o cardápio, senhor? – disse o garçom.

-         Um chá ao estilo britânico basta. – disse num tom de arrogância sem ao menos olhar para o garçom.

-         A senhorita?

-         Um chocolate quente, do jeito que você sabe que eu gosto, Leo – disse sorrindo para o garçom. Que logo se retirou.

-         Bem, o que gostaria de me perguntar?

-         Bem, o senhor Austin me disse que o senhor é parente de meu avô, gostaria de saber mais.

-         Mais? – disse como se não entendesse onde ela estava querendo chegar.

-         Qual o grau de parentesco, de onde é, o porque de querer ser nosso tutor e o que me deixou mais curiosa, foi seu estilo de se vestir.

Lucius Malfoy ficou em silencio durante alguns segundos como se absorvendo todas as perguntas daquele pequeno interrogatório.

-         Sou primo em terceiro grau de seu avô e sou da Inglaterra.

-         Fiquei sabendo do ocorrido e que havia duas crianças órfãs, bem, como sou da família, achei que poderia ajudá-las. Quanto ao meu guarda-roupa, creio que não seja da sua conta.

-         Desculpa, é que esta cidade é muito quente... – Catarina parecia envergonhada.

-         Com licença! – disse o garçom começando a servir as bebidas.

-         Chá preto com algumas gotas de limão? – Catarina esboçava um leve sorriso.

-         Isso mesmo. – disse levantando uma das sobrancelhas, como se estivesse intrigado com o comentário da jovem.

-         Minha mãe também tomava assim, ela dizia que era o preferido de meu pai. Conheceram-se em Londres.

-         Hum. – Foi tudo o que se dignou a responder.

-         O que faz aqui no Brasil senhor Malfoy? É claro se não se incomodar em responder.

-         Assuntos de trabalho. – respondeu seco.

-         Catarina! – ouviu alguém lhe chamando.

-         Hector! Olá, o que faz por aqui? Não estava trabalhando?

-         Vim me encontrar com um cliente.

-         Com licença, tenho que resolver uns assuntos e meu tempo para o chá acabou. – Disse levantando-se – E obrigado pelo convite.

-         De nada! – respondeu sorrindo.

 

Malfoy acenou com a cabeça e foi embora.

 


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