Segredos e Mentiras escrita por CatrinaEvans


Capítulo 22
Capítulo 22 - Encontro à meia-noite


Notas iniciais do capítulo

Segredos revelados



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      Após sair do salão comunal da Sonserina, Cathy dirigia-se ao grande salão distraidamente em seus pensamentos tentando arrumar uma maneira de sair da escola sem ser vista.

-       Cathy! – chamou de novo aproximando-se mais.

-       Oi Neville! Desculpa, estava distraída.

-       Tudo bem! – sorriu. – Então, amanhã é nossa primeira aula juntos, né?

-       Argh! Nem me lembre! Herbologia! – fez uma careta, fazendo Neville rir.

-       Que foi? Ron disse que você bem em todas as matérias do teste.

-       Sim, porque estavam relacionadas entra si, mas herbologia isoladamente sou um desastre.

-       Como sabe? Afinal nunca deu essa matéria, não é mesmo?

-       Mas dei botânica, é quase a mesma coisa. – disse fazendo biquinho e cara de emburrada.

-       E se eu te ajudar? Particularmente sou muito bom nessa matéria. – disse inflando o peito. – podemos sentar juntos.

-       E pode? Afinal, somos de casas diferentes.

-       Bem, não é usual, mas também não é proibido. Posso falar com a professora Spot antes da aula.

-       Seria perfeito! Eu adoraria. – sorriu, deixando Neville encabulado.

Chegando ao grande salão ela foi à mesa da Sonserina e ele para a da Grifinória.

-       Harry!

-       Oi Neville.

-       Posso te falar?

-       Claro! – Harry percebeu o receio de Neville assim como Hermione.

-       Promete que não vai ficar bravo? É que eu fiz algo que talvez você não vá ficar muito feliz, mas, mas agora já está feito.

-       O que foi? Que você fez? – Harry já estava ficando com medo da resposta que receberia.

-       É que eu... Bem...

-       Fala logo Neville! – apressou Hermione.

-       EuFaleiComACathyESugeriDelaSentarComigoAmanhãNaAulaDeHerbologiaJáQueElaNãoÉMuitoBoaNessaMatéria. – De tão nervoso com qual pudesse ser a reação do amigo ele falou muuuuito rápido, - E ela aceitou. – terminou num sussurro.

Hermione, Neville e Rony estavam olhando par Harry, esperando pela reação dele. Harry começou a ficar com um tom avermelhado e pressionava seus lábios, os três achavam que ele iria começar a esbravejar e a xingar, quando ele começou a rir chegando a gargalhar.

-       Harry? – perguntaram Neville e Hermione ao mesmo tempo.

-       Desculpa. – disse tentando controlar o riso. – É que pelo modo que você chegou aqui achei que tinha colocado fogo no quarto ou coisa parecida.

-       Quer dizer que não está bravo comigo?

-       E porque ficaria? Acho até bom, assim ela não precisa sentar com aquele McMille, não consigo gostar dele! Por mais que ela fale que ele é legal.

-       Ta legal! Quem é você e o que fez com o Harry? – perguntou Hermione.

-       Que foi Mione?

-       Sério Harry, antes de ir ao escritório do diretor você mal estava olhando na cara dela, agora até parece que está com ciúmes do McMille. O que houve?

-       Digamos que passei a ver as coisas a partir de outro ponto de vista.

-       O que houve? Bateram na sua cabeça? Foi enfeitiçado? Você está muito estranho, cara.

-       Deixa disso Ron. – riu.

oO.Oo

Campo de Quadribol - 00:15

-       Aquela trouxa dos infernos. Não acredito que vai me deixar plantado aqui nesse frio! – murmurou furioso enquanto esfregava os braços com as mãos.

-       Está falando sozinho? – Ouviu a voz dela por detrás dele.

-       Está atrasada! – disse furioso enquanto a olhava e via que ela estava confortavelmente aquecida com um grosso, sobretudo de lã, preto uma blusa de lã verde musgo de gola alta e uma calça preta reta e a mesma boina preta de manhã.

Ela percebeu que ele a olhava e o olhou de cima a baixo, vendo-o apenas com uma capa não muito grossa por cima do uniforme e que tremia de frio. Levantou levemente a sobrancelha direita dando-lhe um ar de ironia.

-       Você é um bruxo! – constatou o óbvio. – Porque está passando frio desnecessariamente? – disse fazendo com que ele reparasse no óbvio também, irritando-o mais anda.

Num movimento rápido de varinha ele já estava vestindo um grosso casaco também de lã e na cor preta.

-       Quero explicações! – exigiu.

-       Sobre o que exatamente? – riu divertida. – Não lhe devo satisfações da minha vida, Malfoy!

-       Que história é essa de me chamar de primo?

-       Ora, você é meu primo! Seu pai é primo de terceiro grau de meu avô.

-       O quê? – ele estava incrédulo.

-       Pois é! Era só isso? Então estou indo dormir! Boa noite! – disse começando a se virar.

-       Espera! – disse em tom mais calmo que no inicio da conversa fazendo com que ela o olhasse novamente.

-       Que foi? – disse um pouco desanimada.

-       Porque não me disse? Que era uma bruxa. – diminuiu a distância entre eles, impondo sua altura sobre ela.

-       Simples, não tive oportunidade. Mas deveria ter desconfiado ao me encontrar no Beco Diagonal e acompanhada de vários bruxos, não? – disse matreira.

-       E no Pub? Também não teve “oportunidade”? – disse num misto de raiva e malicia, aproximando-se mais deixando um espaço mínimo entre eles.

-       Foi no dia que descobri. Não tinha porque dizer, não te conhecia. – tentou se afastar, sendo segurada pelos braços, agora sem distancia alguma entre eles. – E você também não foi de todo verdadeiro, “Thomas”. – Acusou se impondo apesar da diferença de altura.

-       Eu achava que era uma trouxa! Não podia simplesmente sair falando do nosso mundo para uma trouxa! – a segurou mais forte.

-       E pelo que me conste, também não poderia usar magia fora da escola, muito menos na frente de “trouxas”.  – disse provocativa sem disfarçar a raiva.

-       Preferia que eu tivesse deixado você ser atacada por aqueles vermes? – riu sarcástico.

-       Eu não quis dizer isso... – virou o rosto que estava muito perto do dele. – Mas gostaria de saber o motivo. – disse olhando para o chão.

Draco a soltou por um instante. Segurou seu queixo com a mão esquerda, aproximando seu rosto ao dele.

-       Porque você tem uma linda voz! – disse sorrindo.

-       Estou falando sério! – disse num tom baixo de quem não aceita brincadeiras.

-       Eu também! – sussurrou antes de colar seus lábios nos dela.

Por algum tempo ela deixou-se beijar, relembrando o beijo anterior depois de ele tê-la salvo de possíveis comensais. Até que lembrou, que não podia, afastou-o interrompendo o beijo.

-       Não! – falou num quase sussurro.

-       Por quê? – disse colocando sua testa sobre a dela, sua mão esquerda ainda sobre seu rosto e a direita em sua cintura. – Sei que você também quer, pude sentir.

-       Somo primos! – sussurrou.

-       Sobre isso. – pausou. – De onde tirou essa maluquice?

-       Do seu pai.

Draco afastou-se dela numa postura rígida e cara de desgosto.

-       Seu pai me contou quando foi ao Brasil para tentar ser meu tutor e de minha prima. Enquanto tomávamos um lanche.

-       Você... Tomou um lanche, com meu pai... No Brasil? Enquanto ainda era trouxa? – Draco estava com uma expressão de incredulidade absurda. – E ele quis ser seu tutor? Seu e de sua prima?

-       É...

-       De duas trouxas? – agora ele estava quase gargalhando.

-       E você que salvou uma e depois a beijou? – disse fazendo-o calar.

-       Não é a mesma coisa! – fez uma careta, contrariado.

-       E porque não? A “trouxa” é a mesma.

-       É, mas eu não sou o meu pai! – disse com um pouco de raiva na voz.

-       Pode até ser, mas os dois têm o dom de me irritar e a incrível capacidade de falar mal dos meus amigos.

-       Por falar nisso, porque você anda com o Potter e os amiginhos dele? – disse levantando a sobrancelha direita, voltando a ficar com sua habitual expressão de arrogância.

-       Porque são meus amigos! E não fazem de tudo para me ofender ou magoar. – gritou nele em resposta e virou-se para voltar ao castelo.

Draco a segurou novamente pelo braço puxando-a para si e prendendo-a pela cintura.

-       O que quer dizer com isso? – perguntou nela perigoso.

-       Você é meio esquecido, não? Agora me solta! – Exigiu.

-       Por que você não me lembra? – aproximou-se mais ainda dela (como se fosse possível!)

-       Ofendeu meus amigos, minha prima e a mim magoando-me profundamente. – disse num tom mais alto.

-       Em primeiro lugar, não devia andar com gentinha.

-       Em segundo, - Continuou. - sua prima deveria saber respeitar os mais velhos e responder quando lhe perguntam algo. E principalmente a não me enfrentar! - disse arrogante.

-       Você só pode estar brincando! - disse afastando-se dele. - Você e aqueles dois patetas que vivem te seguindo, empurraram-na contra a parede e só não bateram nela ou algo pior porque os meus amigos chegaram!

-       Foi assim que te contaram? - disse num tom cínico e levantando uma sobrancelha.

-       Não precisei falar com nenhum deles sobre o acontecido! Eu sei!

-       E quando eu lhe ofendi?

-       No beco diagonal, quando me puxou para dentro daquela loja e praticamente expulsou o vendedor de lá!

..::Flashback::..

Cathy sairá da loja dos gêmeos depois de deixar as encomendas com Vivian e a senhora Weasley e seguira para a loja de animais, quando de repente é agarrada pelo braço.

-       Você vem comigo agora! - disse o loiro.

Entraram na primeira loja que estava vazia.

-       Oh! Senhor... - foi interrompido.

-       Saia! - gritou – e não interrompa! - avisou perigoso.

-       Sim senhor! - disse saindo da loja e colocando a placa de fechado, assim nenhum desavisado entraria na loja.

-       Agora você vai me dizer o que está fazendo aqui! E como tinha encomendado algo naquela loja. - apertava mais ainda o braço dela.

-       Está me machucando! Disse entre os dentes.

-       E posso machucar mais ainda se eu quiser! - apertou mais.

-       Me solta! - disse com os olhos molhados com lágrimas que começavam a cair.

Foi quando ele a soltou percebendo o modo como estava agindo, mas ainda estava furioso.

-       Estou aqui com amigos, e as encomendas são presentes e alguns vestidos e conjuntos que comprei para mim!

-       E porque defendeu o Weasley? - falou furioso.

Ela podia ver a raiva em seus olhos cor de prata, fazendo-os brilhar mais. E o tom ao falar o nome do bruxo.

-       Não que eu lhe deva satisfação Thomas, mas o Ronald é meu amigo. Ele, os irmãos e os amigos dele.

-       O que?

-       Os conheci depois que nos conhecemos e viramos amigos!

Ele a agarrou novamente pelo braço, mais furioso ainda.

-       Eu não quero você perto deles, muito menos sendo amiga deles, entendeu?

-       Pelo fato de ter me ajudado, não lhe dá o direito de mandar em mim! Agora me solta!

-       Obrigue-me! - disse maldoso.

Nesse momento ela deu-lhe um tapa no rosto que o desorientou fazendo com que a soltasse, já que ele não esperava por isso. Aproveitou que ele a soltará e foi em direção a porta saindo pela mesma com ele em seguida em seu encalço.

-       Sua trouxa! Quem você pensa que... – dizia enfurecido enquanto saia da loja, mas parou ao ver com quem ela estava.

-       Potter! – seus olhos brilharam de raiva.

-       Malfoy. – respondeu Harry num tom de desafio.

-       Hunf! – resmungou e foi embora dando as costas a eles.

..::FIM - Flashback::..

-       Quando mexeu nas minhas coisas, fazendo com que alguém que me defendia pegasse detenção e perdesse pontos.

-       McMille... - Grunhiu entre os dentes.

-       Quando ROUBOU a carta de minha mãe, lendo-a em voz alta. - sua foz estava furiosa. - E fez menção em queimá-la.

-       E principalmente quando sujou o nome de meu pai unindo-o ao de seu pai e dizendo que ele era um comensal. ISSO, Malfoy eu nunca vou perdoar. - disse se desvencilhando dele.

-       Agora, se me der licença vou dormir, temos uma maldita aula de Herbologia amanhã! E já me estressei demais por hoje! - disse dando as costas a ele e voltando ao castelo sem esperar por ele ou por uma resposta.

Malfoy ainda ficou alguns momentos parado absorvendo tudo o que ela havia dito, o que seu pai havia dito em suas cartas e principalmente lembrando das conseqüências de não ter ido ao encontro dele, para vigiar uma certa trouxa que chegará de volta a Londres, dando um sorriso de satisfação ao lembrar que na realidade ela é uma bruxa e não uma trouxa como pensará.

 


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