A Princesa Aprisionada no Inferno escrita por slytherina


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Fanfiction baseada no manhwa (espécie de anime coreano) Tarot Café. O enredo eu aproveitei de uma antiga historinha que imaginei no passado.



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                       Londres. Tempo presente. Noite fria de lua cheia. Em um dos bairros mais festejados pelos boêmios e notívagos da cidade, havia um prédio antigo no qual funcionava um “Café”, onde você também podia saber sua sorte através da leitura do tarô.

                      Sua proprietária era Pamela. Uma bela morena, magra e pálida, com uma juba de cabelos eletrostáticos. Vinda de lugares obscuros, com um passado opressor e trágico, mas cheia de determinação e de vontade de vencer seu próprio destino.

                      Pamela estava fatigada. Passara a manhã inteira atendendo clientes em seu “café”. Graças a Deus havia bastante movimento. O bastante para garantir sua subsistência. Ela apenas gostaria de não cansar-se tanto. Aaron, o adolescente que ela havia abrigado em sua casa, a ajudava.

                      Ela procurava não explorar Aaron, dando-lhe tempo para estudar e divertir-se. Ele tinha seus próprios problemas, apesar da pouca idade. A começar pelo fato de não conviver harmoniosamente com seus pais. E outro probleminha que o subjugaria toda a sua vida, assombrando-o durante a noite.

                       Principalmente em noites de lua cheia. Aaron era um lobisomem. Nestas noites Aaron permanecia acorrentado no sótão da casa de Pamela. Por volta de meia-noite deveria ocorrer uma transformação, que faria o franzino e louro rapazinho submergir em sua fera interior. Ele uivaria a noite inteira, tentando libertar-se e ganhar o mundo exterior.

                       Pamela lembrou-se de um homem jovem, de olhos oblíquos, com finos cabelos louros. Sarcástico e irônico. Algo demoníaco. Ele tinha um porte elegante, acentuado por sua magreza extrema e boa atura. Usava sempre boas roupas, de grife, mas não ostensivamente. Poderia freqüentar tranquilamente até mesmo o Palácio de Buckingham. Seu nome era Belus.

                       Ela já estava sentindo saudades de Belus. Aquele desgraçado a seguia por motivos obscuros, que não cabia revelar a ninguém. Quando Belus estava por perto, as coisas eram mais fáceis. O dinheiro fluía, os clientes eram mais freqüentes, até o clima cooperava e não chovia tanto. Ela poderia pensar que Belus lhe trazia sorte. Infelizmente ela sabia qual era a verdade. Isso não tinha nada a ver com sorte.

                       Pamela preparou sua banheira para um banho perfumado. Fechou a torneira e derramou os sais com aroma de baunilha. Mergulhou naquela água morna e por um instante tentou esquecer-se da sua vida. Tentou concentrar-se naquele momento e na sensação de relaxamento que estava sentindo. Ela sabia que seria por pouco tempo. Até aparecerem novos clientes, não os usuais diurnos, mas outros provenientes de outras dimensões e mundos mágicos, não habitados por humanos comuns.

                      Era assim que Pamela era conhecida nos meios ocultistas. Leitora vidente de cartas de Tarô. Ela atendia todo mundo. Clientes especiais, provenientes do universo mitológico e dos sonhos, que lhe forneciam um pagamento especial também. Contas do colar do demônio Berial. Pamela tinha um pequeno estojo de madeira, onde depositava as contas. Quando estivesse completo ela sabia o que faria com aquele colar.

                      Pamela terminou seu banho e secou-se. Vestiu um pulôver sobre uma camiseta com jeans. Suas pantufas com meias de lã completaram o figurino. Ela nem se preocupou em pentear os cabelos. Já aceitara aqueles cabelos de roqueira, como parte da sua personalidade. Foi até a cozinha e ouviu a campainha tocar.

                      Ao atender a porta deparou-se com uma jovem punk. Ou assim ela parecia, vestida com jeans rasgado, jaqueta jeans com tachinhas, cabelos desgrenhados e multicoloridos, uma maquiagem carregada, com ênfase nos olhos borrados de preto.

                      _Você é a leitora de tarô?

                      _Sim, mas só atendo a clientes especiais nessa hora da noite. Não estou disponível se não tiver uma referência.

                      _Isso lhe parece uma referência? A jovem estendeu a mão aberta com a palma para cima. Havia uma pérola rosada em sua mão. Uma das contas do colar de Berial.

 

Fim do Capítulo

 

 


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo está bem curtinho, pois eu tava com sede de postar estória nova. Nos próximos escreverei mais. Deixem reviews. Assim postarei mais rápido, se souber que alguém está interessado.



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