It's art too! escrita por Arpus


Capítulo 5
Dancing


Notas iniciais do capítulo

Ola povo! Mais um capítulo pra vocês!
E mais uma competição esquentando a escola, por que competição é uma coisa boa! kkkkkkkkkk (Cadê meu remédio?)
Músicas:
- I wanna dance with somebody(Who Loves Me) - Raisse, Thais e Isabelle(Original Whitney Houston)
- Sorry - Caio(Original Buckcherry)
- La Tortura - Manuella(Original Shakira e Alejandro Sanz)
- Beautiful Liar - Manuella e Daniele(Original Beyoncé e Shakira)
- Wild Ones - Bruno e Thais(Original FloRida e Sia)



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“TRIIIIM”

 Nada melhor para começar a manhã que o ensurdecedor som do sinal de entrada da escola certo?! Absolutamente... Não. E se o barulho já era em si desconfortável se tornou dez vezes pior para Caio que estava com uma dor de cabeça insuportável, o nariz entupido e uma tosse horrível.

- Você ta legal? – Bruno se aproximou do colega, após o garoto tossir tão forte que quase abafou o som do sinal. Seu costumeiro boné verde e preto sobre os cabelos negros, pintados com mechas loiras e com um casaco vermelho sobre a camisa do fardamento.

- Sim. – ele forçou um sorriso. Ou tentou.

- Tem certeza? Isso não é cara de quem está bem.

- Nem um pouco. – falou derrotado.

- Devia ir para casa.

- Não vai adiantar nada. Lá não tem ninguém. Aqui pelo menos tem gente para me vigiar caso eu piore.

- Certo. Se quiser eu posso te levar para casa no final da aula então. – ele colocou a mão sobre o ombro do colega, enquanto subiam pela escada para a sala de aula – Sabe, andar de ônibus nesse sol não ajuda em nada.

- Eu te vi no ponto de ônibus um dia. – completou depois que o loiro fez uma cara que mesclava surpresa e desconfiança.

- Valeu. Você tem carro?

- Não, meu pai vem me pegar. – depois de seis lances de escada e dois andares, finalmente chegaram ao corredor de sua sala – Ah... agora eu lembrei que você vai ter que me esperar depois da aula. – falou batendo na própria testa.

- Hoje tem Coral?! Pensei que hoje era Terça.

 Terças-feiras eram os únicos dias das semanas que o Coral não se reunia, isso acontecia por que era justamente o dia de folga da professora de Biologia (também a conselheira do Clube), que sequer aparecia na escola nesses dias. A sala do Coral permanecia fechada nesses dias.

- E é! – ele balançou a cabeça - Não é coral, é o clube de dança. A garota que normalmente coordena o clube não vai poder ir e me pediu pra substituí-la.

 Caio levantou uma sobrancelha como se ponderasse sobre o assunto, mas nada disse.

- O Tiago vai lá hoje também, ele disse que queria conhecer o clube. – falou em forma de incentivo.

- Ah... – agora sim Caio parecia menos inclinado a ir – Acho que não é uma boa ideia cara.

 Bruno não insistiu mais. Porém quando chegaram à porta da sala, Caio lembrou que passariam a manhã inteira tendo aula de Matemática, o que tornaria sua dor de cabeça mais que insuportável. Fez uma careta e virou para Bruno.

- Ta bom, mas só por causa da carona.

 O moreno deu de ombros, mas sorriu rapidamente.

- De boa! Vou para a minha sala! - – ele apontou para a ultima sala do corredor – Até depois!

- Até.

 Caio abriu um sorriso fraco e voltou a tossir fortemente. Entrou na sala e olhou para a carteira vizinha a sua, a de Tiago. O moreno já estava sentado, com o caderno aberto e revisando o assunto da aula passada. Ao seu lado Aline se empenhava ao máximo chamar a atenção do moreno para si, sem sucesso.

Suspirou e foi se sentar.


-- --


- Cinco, Seis, Sete, Oito! – Bruno marcava o tempo da música, batendo a palma da mão em sua coxa, o barulho resoava junto com a sua voz e parecia atentar os mais lerdos a verdadeira batida da música.

 Já passava a coreografia pela décima quarta vez, e ainda assim alguns alunos pareciam não conseguir decorar. Erravam coisas simples, passos simples, saiam do rimo da música muitas vezes, e não decoravam a sequência dos movimentos.

 Bruno não era uma pessoa que se estressava, e mesmo a constante falta de esforço, como chamava, dos colegas não oferecia nenhum incomodo a ele. Para Tiago era o contrário, a incompetência, como ele chamava, dos poucos colegas que não conseguiam entrar no ritmo da música o deixava extremamente irritado.

- Ok, ok! Muito bom galera! – incentivou Bruno – Nesta parte mais forte.

 O moreno acelerou os movimentos, tornou-os mais rígidos, fortes e explosivos conforme a música pedia. A maioria conseguiu acompanhar, Tiago foi um deles, e alguns poucos, novamente ficaram perdidos. Logo encerraram a coreografia.

- Demais! Valeu galera! – Bruno caminhou até o som e o desligou.

 Todos assentiram cansados e foram recolher seus pertences, espalhados pelos cantos da sala. A sala de dança parecia com qualquer uma das outras salas de aula, embora tivesse o dobro de tamanho, um piso de madeira, um espelho cobrindo duas paredes, barras móveis e um grande armário de madeira no canto da sala. Tiago agarrou sua mochila, localizada próxima às barras e se aproximou de Bruno.

- Foi ótimo! Você dança muito. – falou.

- Valeu! Mas você também manda bem. Já teve aulas ou algo do tipo?

- Ballet clássico minha vida toda! – Tiago pareceu envergonhado em admitir – Da para perceber?

 Bruno maneou a cabeça afirmando, mas com um sorriso nos lábios.

- Seus movimentos são mais marcados que os dos demais, e você tem memória muito boa, acho que foi o único que pegou de primeira a coreografia. – riu – Mas eu não sabia que era clássico. Sabe... a garota que costuma ensinar aqui também é “clássica”... – ele fez aspas com os dedos e Tiago riu.

- Eu queria conhecer ela.

- Bom... eles se reúnem aqui todos os dias, mas é no mesmo horário do coral. – a sala de dança já estava vazia, exceto pelos dois – Você ainda pode vir aqui as Terças.

- Quando você vem aqui? – perguntou agarrando a mochila de Bruno, que guardava o aparelho e as caixas de som no armário de madeira.

- Depois do coral, costumo dançar sozinho aqui.

- Hum... você também dança desde pequeno né?

 Ele estendeu a mochila para o colega.

- Street Dance sabe... Breaking, Hip Hop, mas eu também sei Dança de Salão, Sapateado, Quadrilha! – pegou a mochila e a colocou sobre o ombro – Já até dancei um pouco de ballet! Gosto de pensar que sou bem eclético quanto à dança! Eu gosto mesmo é de dançar não importa o ritmo.

- Mas... por que você está no Coral? Sabe... você gosta de dançar e eu nunca vi você cantando, aliás, você mesmo disse que não curte muito cantar. Se não estivesse no Coral... poderia vir aqui todos os dias.

- Por causa da Manu... ela é uma amiga antiga.

- Amiga?! – Tiago riu.

- É... – Sorriu – ...amiga com benefícios eu diria...

 Suspirou, ajeitou a mochila (que insistia em escorregar) sobre o ombro e continuou:

- Ela queria muito entrar, mas não queria ir sozinha, então me arrastou.

- Você deveria sair então. – Tiago falou isso com tanta simplicidade que até se assustou.

- Como?!

- Olha, se o coral está se colocando entre uma coisa que você gosta... – suspirou e fixou seu olhar em Bruno – ...Devia sair.

- E como você fica com uma pessoa a menos.

- Pense um pouco em você! – ele riu – Eu me viro.

- Certo. Talvez eu saia.

- O que for melhor para você! – ele deu ênfase no você enquanto apontava para o amigo com o indicador.

- Com licença! – Caio bateu na porta da sala e colocou a cabeça para dentro. Seus olhos estavam com olheiras muito roxas e seu nariz vermelho.

- Já vou! – Tiago se despediu com um aceno de cabeça um tanto ríspido – Até amanhã! – passou por Caio com tanta pressa que quase levou o loiro consigo.

- O que aconteceu? – Bruno estava confuso com a situação.

- Ele está com raiva de mim... acho.

- Por? – ele cruzou os braços e ergueu a sobrancelha desconfiado, não conhecia Tiago há muito tempo, mas ele não era o tipo de pessoa que guardava rancor por pouco, e tinha certeza disso por que Raisse atentava contra sua paz todos os dias.

 Caio entrou na sala e fechou a porta, suspirou e contou sobre o incidente entre os dois.

- Cara, você foi um cretino. – Bruno desabafou ao termino da história.

- Ah, qual é, você não faria o mesmo?

- Talvez. – ponderou – Mas você tem que pedir desculpas.

- Já fiz isso.

- Mas não da maneira certa.

  Caio parou e encarou o amigo com

- Pensa um pouco, ele é um cara fissurado em música.

 O rosto de Caio se iluminou e ele pareceu mais alegre quando uma ótima ideia passou por sua mente. O celular de Bruno apitou dentro da mochila e o garoto se apressou para encontra-lo.

- Vamos? – perguntou enquanto encarava o visor do celular – Meu pai já está ai.

- Valeu! – Caio tossiu um pouco e sorriu em seguida.


-- --


- Bom dia galera! – Tiago entrou na sala do Coral olhou para os colegas, sentados em suas cadeiras e sorriu.

- Por que... você... está... tão... feliz?! – Aline falava pausadamente (provavelmente por causa do sono), sua cabeça enterrada na mochila que se encontrava em seu colo – São... – levantou a cabeça e olhou para Daniele

- Seis e vinte! – falou a morena conferindo o relógio de pulso.

- Seis... e vinte... ainda! – repetiu Alice enterrando novamente a cabeça na mochila.

- Nossa aula só começa daqui uma hora e dez minutos, por que nos chamou tão cedo?

 Apesar da pergunta ter sido feita por Augusto, era obvio que todos estavam curiosos.

- Para passar a tarefa dessa semana.

 - Não... acredito. – foi a única coisa que Aline conseguiu dizer antes de escorregar cadeira.

 No momento seguinte o moreno era bombardeado pelos mais diversos xingamentos, Manuella até mesmo jogou um livro no garoto, que desviou. Enquanto isso Daniele ajudava Aline a levantar e se sentar novamente.

- Bom... Ai! Ei cuidado! – Manuella tinha jogado outro livro, que desta vez acertou em cheio a cabeça do colega – Desculpa galera! Mas eu não vou ficar hoje a tarde, então a única hora para passar a tarefa era essa.

- Já ouviu falar em mensagem?! – rosnou Augusto enquanto balançava seu celular freneticamente acima da cabeça.

- Desculpa mesmo pessoal, mas a apresentação da Manu semana passada realmente me inspirou, e ontem eu fui ao clube de Dança, o que me levou a pensar...

- Clube de Dança? - perguntou Augusto.

- É! A escola tem um clube de Dança e bem... eu fiquei pensando... por que o Coral não faz uma competição de dança?

- Por que somos cantores, não bailarinos! – respondeu Daniele com certa irritação.

- Só por que somos cantores não significa que devemos ser estátuas em cima do palco! – ele rebateu – Por isso a tarefa dessa semana é para ajudar na dinâmica no palco!

 Ninguém demonstrou interesse quanto a proposta.

- Cadê o Caio? – perguntou Manuella totalmente desinteressada no que o colega falava.

 Tiago ignorou a pergunta e continuou a explicar como seria o desafio:

- Todos terão que cantar uma música e dançar, eu conversei com o Bruno ontem a noite e o clube de dança concordou em julgar as apresentações! Façam suas próprias coreografias e se preparem para apresentá-las!

- O Caio ta doente! – Bruno sussurrou para Manuella durante a explicação do amigo.

- Ah.

- E só para esclarecer... o vencedor ganha um jantar a dois no... rufem os tambores... – pediu para o baterista da banda (que também tinha sido chamada mais cedo), que tocou os tambores em um ritmo muito lento – Quase né?! – o baterista fechou a cara e bateu mais rápido – No Piatto D'Argento esse sábado!

 Depois do anuncio do prêmio o animo da sala mudou.

- É o restaurante italiano mais chique da cidade! – exclamou Augusto.

- Eu vou ganhar isso! – exclamou Raisse animada.

- Nem pensar! Essa é minha! – falou Manuella.

- Só por cima de mim que vocês vão ganhar essa! – falou Augusto.

- Como se você tivesse alguém para levar. – rebateu Raisse.

- Tenho sim e não preciso pagar ninguém para ir comigo!

- O que você quer dizer com isso? – ela rosnou irritada enquanto Daniele e Manuella riam baixo. 

- Ok, ok! Se acalmem!

 Thais levantou a mão.

- Todos podem participar? – perguntou um pouco tímida.

- Todos podem e devem participar! Então a partir de amanhã começam as apresentações.

- Amanhã?!

- Sim, um dia para vocês se prepararem e essa tarde vocês estão livres para usar o Auditório.

- Foi um aviso realmente bom, mas da próxima vez... Manda mensagem! – falou Augusto.


-- --


 A manhã finalmente tinha acabado e assim que o sinal tocou vários alunos saíram apressados e animados para voltar para casa, exceto aqueles que praticavam algum esporte ou participavam de algum Clube. Daniele e Aline já estavam próximas a saída e conversavam animadas.

- Aquela aula de História foi maçante! – falou Daniele.

- Claro. – Aline respondeu à amiga mesmo sem ter ideia do significado da palavra maçante.

- Sabe o que maçante significa né? – perguntou ao ver que a amiga se esforçava para entender a frase.

 Aline negou com a cabeça e Daniele sorriu.

- Eai garotas! – chamou Caio – Vocês viram o Tiago?

- Você não devia estar em casa, de cama e doente?

- Devia! – o garoto estava com um casaco sobre o uniforme, usava um óculos escuros para esconder o olhos vermelhos, parecia pálido e tossia a cada dois minutos – Mas eu vim fazer uma coisa importante.

 Aline e Daniele recuaram um pouco assim que ele tossiu ao terminar a frase.

- Ele deve ta na sala da professora Yanne agora, ele disse que queria conversar com ela.

- Sério? – ele não conseguia ver um motivo para o moreno querer conversar com a mulher, normalmente qualquer pessoa gostaria de ficar bem longe do mau humor sarcástico da professora.

- Alguém pichou a sala do Coral hoje no intervalo, o Tiago teve que cancelar seja lá o que ele ia fazer hoje à tarde para limpar a bagunça. Como ela é a conselheira, acho que ele tinha que relatar isso para ela. – explicou Daniele, provavelmente entendendo o verdadeiro motivo da pergunta do loiro.

 O vôlei sem dúvidas era o esporte mais valorizado da escola, seguido pelo futebol, por isso os jogadores muitas vezes se achavam superiores a qualquer outro aluno e até chegavam a acreditar que comandavam a escola, o que em partes era até verdade. Um time vencedor significava não só prestigio como também, dinheiro.

 Por isso o Diretor do Colégio deixava os jogadores bem à vontade para praticar o que ele chamava de “descontração” e que pelos alunos era encaravam mais como “agressão”, física e verbal (muitas vezes física mesmo). Aqueles que não participavam de um time vencedor com certeza eram “marginalizados” e ações como aquela contra o Coral eram consideradas normais.

- Ah... obrigado! – ele tossiu mais uma vez e as garotas recuaram mais um pouco – E uma de vocês podia me emprestar o celular, por favor?

- Pra que? – perguntou Daniele.

- Esqueci o meu em casa! – mentiu – É só uma mensagem! É rápido!

 Ainda um pouco desconfiada Daniele entregou o celular. O loiro escreveu rapidamente a mensagem e devolveu o celular.

- Valeu! Tchau garotas.

- Tchau.

 Ele seguiu caminho pelos corredores do colégio indo para o pátio externo. Aline continuou o caminho para a entrada do colégio e Daniele a seguiu enquanto olhava para o visor do celular.

- Ele não parece nada bem. – comentou Aline.

- Realmente, o que será que ele veio fazer aqui? Estranho, ele mandou uma mensagem para o Tiago... Ei cuidado!

 A morena topou em alguém que entrou apressado. Ela levantou o rosto para ver quem era, e teve uma surpresa muito desagradável.

- Vocês de novo?! – Roni estava vestido com o uniforme do time de futebol, a faixa presa ao braço mostrava que ele era o capitão, mas dessa vez ele não estava com seu grupo de amigos – Não sabe olhar para frente! – exclamou irritado.

- E você não sabe ser educado com uma dama? – rebateu Aline com o mesmo nível de irritação.

- Relaxa Aline! Está além da capacidade mental dele. – Daniele sorriu com desdém.

- Olha aqui...

- Nem gaste seu pequeno vocabulário, já estamos indo.

- Se você pensa que isso vai ficar assim, pode esquecer. Eu ainda me lembro da humilhação que você e seu coralzinho me fizeram passar.

- Humilhação?! Desculpe, mas só estávamos cantando contra o racismo, se a carapuça serviu e você ainda assim se sentiu “ofendido”... Não é minha culpa.

 Ela tentou sair, mas ele a segurou com força pelo braço.

- Me larga!

- Você me paga.

 Ele soltou e foi embora para o pátio externo.

- Se eu já não gosto da irmã... o irmão é pior. – ela reclamou com uma careta enquanto massageava o local que ele tinha apertado.

- Vamos Dani. Seu pai já chegou! – informou a amiga enquanto olhava pela porta o lado de fora – Você tá legal?

- Claro, eu já disse que ele não me afeta. Vamos.

 Ela saiu indo na direção do carro do pai e a amiga saiu em seguida.


-- --


[RAISSE]

Clock strikes upon the hour
And the sun begins to fade
Still enough time to figure out
How to chase my blues away

 Raisse já estava em cima do palco, cantando e dançando, vestindo um vestido vermelho muito curto e de salto. Thais e Isabelle subiram no palco, vestidas da mesma forma que a morena e as três começaram a encenar uma coreografia bem elaborada.

I've done alright up to now
It's the light of day that shows me how
And when the night falls, loneliness calls

[RAISSE, THAIS E ISABELLE]

Oh wanna dance with somebody
I wanna feel the heat with somebody
Yeah I wanna dance with somebody
With somebody who loves me

Oh wanna dance with somebody
I wanna feel the heat with somebody
Yeah I wanna dance with somebody
With somebody who loves me

[THAIS E ISABELLE]

Somebody who, Somebody who

[RAISSE]

Somebody who loves me yeah

[THAIS E ISABELLE]

Somebody who, Somebody who

[RAISSE]

To hold me in his arms oh

I need a man who'll take a chance
On a love that burns hot enough to last

[RAISSE, THAIS E ISABELLE]

So when the night falls
My lonely heart calls

I wanna dance with somebody
I wanna feel the heat with somebody
Yeah I wanna dance with somebody
With somebody who loves me
Oh I wanna dance with somebody
I wanna feel the heat with somebody
Yeah wanna dance with somebody
With somebody who loves me

[RAISSE]

Hoo hoo (Thais e Isabelle: Dance)
C’mon baby hehehehe (Thais e Isabelle: Dance)
Woo yeah! (Thais e Isabelle: Dance)
Now get with this! Hehehe

Dontcha wanna dance with me baby (Thais e Isabelle: Dance)
Dontcha wanna dance with me boy (Thais e Isabelle: Dance)
Hey Dontcha wanna dance (Thais e Isabelle: Dance) with me baby
With somebody who loves me

Dontcha wanna dance, say you wanna dance (Thais e Isabelle: Wanna Dance)
Dontcha wanna dance?
Dontcha wanna dance, say you wanna dance
(Thais e Isabelle: Wanna Dance)
Dontcha wanna dance?
Dontcha wanna dance say you wanna dance uh-huh
With somebody who loves me


 Elas terminaram a coreografia ofegantes. Raisse caminhou até o fundo do palco para acertar com a banda os últimos detalhes da música, enquanto Isabelle e Thais cochichavam animadas sobre alguma coisa, a loira balançava a cabeça com veemência claramente discordando de algo que Thais tinha falado. A líder do trio abriu um sorriso e se virou para as amigas.

- Ficou bom. Com essa apresentação eu vou ganhar o jantar.

 Isabelle pigarreou ao lado da amiga.

- Ah sim... era sobre isso que eu queria falar Rai. – falou Thais um pouco acanhada, ela suspirou, olhou para Isabelle e continuou – Eu disse para a Isa que você com certeza vai me levar com você no jantar, mas ela insiste que não é verdade. Dá para explicar para ela, por favor?

- Explicar? – Raisse ergueu a sobrancelha, ela já ia descendo do palco, quando parou e virou para as amigas – Explicar o que?

- Que você vai me levar com você no jantar.

- Claro que não! –riu – Por que pensou isso?

- Bom... nós somos amigas e eu... bem eu montei a coreografia e... – Thais respondeu embasbacada.

- Pode parar! – Raisse levantou a mão pedindo que ela não falasse mais nada – Eu nunca disse que ia te levar comigo quando te mandei montar a coreografia.

- Mandou? – Thais murmurou.

- E eu já tenho uma pessoa em mente para o jantar. – a morena ignorou a amiga – Entendeu?

- Eu disse. – Isabelle cochichou no ouvido da amiga.

- Com licença. – chamou Caio ao entrar no Auditório.

 As três encararam o visitante.

- Hum... vocês... quero dizer... você, digo, hum... já terminaram com o palco? – perguntou com vergonha.

- Já! Acho que já esta bom o suficiente. – Raisse encarou Thais e estreitou os olhos, depois terminou de descer as escadas laterais do palco e quando passou por Caio perguntou – Você não estava doente?

- Ah... eu estou, mas... eu... – ele tentou formular uma resposta, mas a vergonha não o deixava continuar.

- Esquece. – falou cansada – Pode usar o palco.

 Ela saiu do Auditório. Thais e Isabelle a seguiram rapidamente.

- Espera! – ele gritou para a banda assim que os viu desmontar e guardar seus instrumentos – Vocês podem ficar? Eu queria a ajuda de vocês com essa música aqui, conhecem? – ele entregou uma partitura para cada instrumentista. Eles acenaram com a cabeça em afirmação.

- Valeu.

 O loiro agarrou um violão ao mesmo tempo em que a porta do Auditório abria e Tiago entrava lendo alguma coisa no celular.

- Por que você me mandou aquela mensagem me chamando aqui Da... – ele levantou a cabeça para o placo e assim que viu o loiro, girou os calcanhares para sair.

- Espera Tiago! – gritou – Por favor. Eu quero pedir desculpas.

O loiro acenou para que a banda começasse a tocar e o moreno parou por alguns instantes ao ouvir a melodia.

[CAIO]

Oh I had a lot to say
Was thinking on my time away
I miss you and things weren't the same
Cause everything inside it never comes out right
And when I see you cry it makes me wanna die.

 Tiago girou novamente para encarar o colega com uma expressão dura no rosto.

I'm sorry I'm bad, I'm sorry your blue
I'm sorry about all the things I said to you
And I know I can't take it back
I love how you sing, I love all your sounds
And baby the way you make my world go 'round
And I just wanted to say I'm sorry.

This time I think I'm to blame
It's harder to get through the days
We get older and blame turns to shame
Cause everything inside it never comes all right
And when I see you cry it makes me wanna die.

 A cada nota tocada o moreno parecia relaxar e sua expressão abrandar, mas mantinha os braços cruzados.

I'm sorry I'm bad, I'm sorry your blue
I'm sorry about all the things I said to you
And I know I can't take it back
I love how you sing, I love all your sounds
And baby the way you make my world go 'round
And I just wanted to say I'm sorry.

Every single day I think about how we came all this way
The sleepless nights and the tears you cried
It's never too late to make it right
Oh yeah sorry!

I'm sorry I'm bad, I'm sorry your blue
I'm sorry about all the things I said to you
And I know I can't take it back
I love how you sing, I love all your sounds
And baby the way you make my world go 'round
And I just wanted to say I'm sorry. 
I'm sorry baby.
I'm sorry baby.
I'm sorry.


- Então você saiu de casa, doente e veio aqui só para me cantar desculpas? – Tiago caminhou até a borda do palco encarando o loiro – E achou que isso ia funcionar?

 Caio confirmou com a cabeça. Tiago ergueu uma sobrancelha.

- Você trocou um pouco a letra.

- Foi proposital, sabe, para não deixar o momento tão gay. – respondeu sem graça.

- Não funcionou.

 Caio riu e entregou o violão para um dos integrantes da banda, que novamente guardavam os instrumentos e saiam do palco em silêncio.

- Não sabia que você tocava violão. – falou o moreno com os olhos vidrados no instrumento.

- Toco.

- Sabe que com essa música lenta você perdeu a competição dessa semana né?

- Tem uma competição essa semana?!

- Tem e você perdeu. – o moreno riu e puxou o celular do bolso – E eu estou atrasado para um compromisso com a minha mãe, mas não tem importância.

- Que compromisso?

- Limpar a casa.

 Os dois riram com gosto, o Auditório já estava vazio e o loiro descia do palco.

- Eai, to perdoado? – perguntou assim que aproximou do moreno, a pergunta foi seguida por uma tosse forte.

- Ta, mas vai logo pra casa antes que você desmaie aqui.

 Caio concordou com a cabeça e tossiu mais uma vez.

- Aquela música não me fez bem.

- Não deveria cantar doente. – Tiago repreendeu – Quer carona? Minha mãe ta vindo me pegar.

- Obrigado. – Caio tossiu mais uma vez, a gripe parecia piorar.

- É o que amigos fazem né?

- É. – os dois sorriram e saíram do Auditório.


-- --


 Daniele e Aline estavam na casa de Manuella (no quarto da garota para ser mais exato), a pedido da própria latina, para ensaiar os números que iriam apresentar no último dia da semana que também era o último dia de competição. Poderiam ter ensaiado no Auditório, mas Raisse estava ensaiando lá e as três tentavam evita-la. A garota já era irritante e egocêntrica normalmente, quando entrava numa competição ficava insuportável, e desde a competição de Divas na semana passada tinha ficado mais determinada a ganhar.

 No momento Daniele e Aline assistiam a amiga dançar e cantar, enquanto um aparelho de som liberava a melodia no ambiente.

[MANUELLA]

No pido que todos los días sean de sol
No pido que todos los viernes sean de fiesta
Tampoco te pido que vuelvas rogando perdón
Si lloras con dos ojos secos
Y hablando de ella

Ay amor me duele tanto
Me duele tanto
Que te fueras sin decir a donde
Ay amor, fue una tortura perderte

 Manuella dançava de forma sensual uma coreografia de Reggaeton*.

Yo se que no he sido un santo
Pero lo puedo arreglar amor 
No solo de pan vive el hombre
Y no de excusas vivo yo.

Solo de errores se aprende
Y hoy se que es tuyo mi corazón
Mejor te guardas todo eso
A otro perro con ese hueso
Y nos decimos adiós

No puedo pedir que el invierno perdone a un rosal
No puedo pedir a los olmos que entreguen peras
No puedo pedirle lo eterno a un simple mortal
Y andar arrojando a los cerdos miles de perlas

Ay amor me duele tanto
Me duele tanto
Que no creas más en mis promesas
Ay amor 
Es una tortura
Perderte

Yo se que no he sido un santo
Pero lo puedo arreglar amor
No solo de pan vive el hombre
Y no de excusas vivo yo.

Solo de errores se aprende
Y hoy se que es tuyo mi corazón
Mejor te guardas todo eso
A otro perro con ese hueso
Y nos decimos adiós

Yo se que no he sido un santo
Y es que no estoy hecho de cartón
No solo de pan vive el hombre
Y no de excusas vivo yo.
Solo de errores se aprende
Y hoy se que es tuyo mi corazón

Ay ay ay,
Ay ay ay,
Ay, todo lo que he hecho por ti
Fue una tortura perderte
Me duele tanto que sea asi
Sigue llorando perdón
Yo... yo no voy
A llorar hoy por ti


 Ela terminou a dança recebendo fortes aplausos das amigas.

- Ótima! Foi muito bom! – Aline quase gritava de excitação.

- Obrigada. A sua apresentação hoje foi muito boa também.

- E por que essa cara de quem não esta satisfeita? – questionou.

- Não sei... – Manuella parou a música e encarou as amigas - ...acho que ainda está fraco para competir contra a... vocês sabem, “aquela que não queremos falar”! A apresentação dela com a música da Whitney foi excelente!

- Acho que devíamos por um apelido menor nela. – sugeriu Daniele rindo – Esse cansa demais.

 Logo as três estavam rindo, Aline passou uma travessa de pipoca para Manuella.

- E você Dani? – perguntou depois de engolir a pipoca – Que música vai apresentar?

- Nenhuma. – respondeu enquanto agarrava a travessa e colocava uma quantidade generosa de pipoca na boca.

- Como?! – Aline e Manuella perguntaram espantadas e esperaram a garota engolir para responder.

- Eu disse…nenhuma! Eu não sou boa dançando… sou descoordenada.

- Besteira! Não existe uma pessoa que seja tão descoordenada que não consiga enrolar um pouco.

 A latina levantou e foi até o som, escolheu uma música e apertou play. A morena suspirou, levantou e começou a dançar de forma bizarra. Manuella parou a música.

- Ok! Eu errei. Você é um desastre!

 Manuella agarrou uma almofada e arremessou contra a parede.

- Mas que droga! Sua voz é a única que pode competir contra a... – ela pensou um pouco – Aquele projeto de Monica Geller!

- Mas não é só uma competição de canto. A única chance que eu tenho de ganhar isso é aparecendo amanhã dançando como você.

 O rosto da latina se iluminou de repente.

- Ou... – ela sorriu – Eu tive uma ideia! – ela agarrou a mãos de Daniele – Vamos encontrar uma música perfeita para o nosso dueto.

- Como é?! – a garota perguntou enquanto seu olhar ia de Manuella para Aline, que sorria calmamente.


-- --


 O palco do Auditório estava decorado com vários panos negros que caiam do teto em forma de triangulo e se prendiam no chão. Manuella e Daniele apareceram de trás das coxias assim que a música começou. As duas estavam vestidas de forma idêntica, os cabelos soltos com um top preto e uma calça preta folgada e descalças.

[DANIELE]

He said, I'm worth it, his one desire

[MANUELLA]

I know things about him that you wouldn't
want to read about

[DANIELE]

He kissed me, his one and only
Beautiful Liar

[MANUELLA]

Tell me how you tolerate the things you
Just found out about
You never know

[DANIELE]

Why are we the ones who suffer

[MANUELLA]

I Have to let go

[DANIELE]

He won't be the one to cry

 Manuella dançava entre os panos e Daniele a seguia realizando os mesmo movimentos, mas de forma bem menos trabalhada. Os integrantes do clube de dança (em torno de vinte alunos) não perdia um segundo sequer da apresentação.

[DANIELE]

(Manuella: Ay) Let's not kill the Karma
(Manuella: Ay) Let's not start a fight
(Manuella: Ay) It's not worth the drama
For a Beautiful Liar

[MANUELLA]

Can't we laugh about it (Daniele: ha ha)
It's not worth our time
(Daniele: Oh) we can live without him
Just a Beautiful Liar

[MANUELLA]

I trusted him
but when I followed you
I saw you together

[DANIELE]

I didn't know about you then 
till I saw you with him when, yea

[MANUELLA]

I walked in on your love scene
slow dancing

[DANIELE]

You stole everything
How can you say I did you wrong

[MANUELLA]

We'll never know

[DANIELE]

When the pain and heartbreak's over

[MANUELLA]

I have to let go

[DANIELE]

The innocence is gone

. Enquanto a latina se concentrava em dançar com tudo que podia a morena apenas copiava os movimentos de forma simplificada e dava tudo de si enquanto cantava.

[DANIELE]

(Manuella: Ay) Let's not kill the Karma
(Manuella: Ay) Let's not start a fight
(Manuella: Ay) It's not worth the drama
For a Beautiful Liar

[MANUELLA]

Can't we laugh about it (Daniele: ha ha ha)
It's not worth our time
(Daniele: Oh) we can live without him
Just a Beautiful Liar

Tell me how to forgive you (Daniele: oooh)
When it’s me who's ashamed?

[DANIELE]

And I wish I could free you
of the hurt and the pain

[DANIELE E MANUELLA]

But the answer is simple
he's the one to blame! hey!

[DANIELE]

(Manuella: Ay) Let's not kill the Karma
(Manuella: Ay) Let's not start a fight
(Manuella: Ay) It's not worth the drama
For a Beautiful Liar

[MANUELLA]

Can't we laugh about it (Daniele: ha ha)
It's not worth our time
(Daniele: Oh) we can live without him

[DANIELE E MANUELLA]

Just a Beautiful Liar


 Elas terminaram a coreografia ofegantes, mas sorridentes.

- Muito bom meninas. – Tiago aplaudiu as garotas e foi até a borda do palco – E como essa é última apresentação da semana, hora de dizer quem foi o vencedor.

 Os integrantes do clube de dança conversaram entre si por alguns momentos até que se decidiram, uma garota do grupo cochichou para Bruno que se levantou e caminhou para o lado de Tiago. O moreno fez um sinal com as mãos para que ele contasse o resultado

- Bem... o grupo decidiu que o vencedor da competição é... a Raisse – falou meio desanimado

 A garota comemorou alegremente, erguendo os braços, ela encarou Daniele com uma cara de profunda satisfação. Nenhum participante do coral parecia realmente feliz com a decisão exceto claro, a vencedora e Caio que sorria bobamente, mas todos aplaudiram sem entusiasmo.


-- --


 O Auditório já estava vazio, todos já tinham ido para casa, todos menos Thais que caminhava pelo palco com um aparelho de som. Ela colocou o aparelho no chão e apertou play. Logo uma música ritmada com uma batida bem ritmada invadiu o ambiente. Ela começou a dançar sozinha, fazendo alguns movimentos graciosos que mais lembravam uma valsa, mas rapidamente executando movimentos rápidos e mais quebradiços de breakdance. Bruno entrou no auditório no momento que a garota dava um pirueta e caia em uma abertura.

- Ow!

 Ela se assustou com a presença do garoto e correu para desligar o som.

- O-oque você ta fazendo aqui? – perguntou envergonhada.

- O mesmo que você. – ele riu – Eu também gosto de usar o palco do auditório para dançar.

 Ele caminhou até o palco, apoiou as duas mão na borda e se impulsionou para subir.

- Você dança muito!

- Não, não danço!

- Dança sim! Acabei de ver!

- Não viu não.

- Qual é?! – ele caminhou até o aparelho de som com um sorriso no rosto e ligou seu pen drive nele – Que tal um dueto?

 A garota negou com a cabeça.

- Só uma música... eu sei que você gosta de dançar, nem adianta esconder. – ele riu – Acabei de ver.

 Ele apertou play e música começou. Mesmo contra sua vontade a garota começou a cantar.

[THAIS]

Hey, I heard you were a wild one
If I took you home
It’d your home run
Show me how you'll do

I want to shut down the club
With you
Hey, I heard you like the wild ones
Wild ones, wild ones

 Bruno correu até ela, segurou sua mão e começaram a dançar juntos, algo que lembrava muito break, mas era de certa forma muito sensual.

[BRUNO]

I like crazy foolish stupid
Party going wild, fist pumping music
I might lose it, blast through the roof
That how we dos it, dos it, dos it
I don't care tonight, you don't care
We like almost there at the right time
Ready to get high, ain't no surprise
Take me so high, jumping on clouds, surfing off ground

Oh oh
Said I gotta be the man, be the head of my fam
Mic check one, two
Send em down in the club with the playboy girls
Till they all get loose, loose
Pop the bottle, we all get hit, then again tomorrow
Gotta break loose, cause that's the motto
The club's shut down, a hundred super models

 Ela se soltou do garoto e começou a dançar de forma mais lenta, o garoto ficou observando.

[THAIS]

Hey, I heard you were a wild one
If I took you home
It’d your home run
Show me how you'll do

I want to shut down the club
With you
Hey, I heard you like the wild ones
Wild ones, wild ones

 Ela mudou o estilo de dança para o Pop e ele foi copiando seus movimentos enquanto se aproximava.

[BRUNO]

P-Party rocker, push non-stopper
More shampoo, number one club popper
Got a hangover like too much vodka
Can't see me with ten binoculars

So cool
No doubt by the end of the night
Got the girls coming off
Then I make that move

Somehow, someway got our ways to prove, prove
All black shades when the sun come through
Oh, it's on like everything goes
Round up baby till the beat gets chose
What happens to that body is a private show
Stays right here, p-private show
I like 'em untamed, don't tell me bout pain
Tell'em this, bottoms up with the champagne
My life come a humming like a hit plane
To be easy, yeah with the insane

[THAIS]

Hey, I heard you were a wild one
If I took you home
It’d your home run
Show me how you'll do

I want to shut down the club
With you
Hey, I heard you like the wild ones
Wild ones, wild ones

 Eles se aproximavam perigosamente enquanto dançavam. Já a uma distancia mínima ele enlaçou a cintura dela com o braço e grudou os corpos e ela passou a mão pelo cabelo dele.

I am the wild one break me in (Bruno: Yeah)
Saddle me up and let's begin (Bruno: Yeah)
I am a wild one tame me now (Bruno: Ok)
Runnin' with wolves, soon I'm on the prowl

[BRUNO]

Show you another side of me
A side you would never thought you'd see
Turn up that body, dominate you ’til you had enough

[BRUNO e THAIS]

I can’t lie the wilds don’t lie

 Se separaram e voltaram ao primeiro estilo de dança, com movimentos iguais e quase sincronizados.

Hey, I heard you were a wild one
If I took you home
It’d your home run
Show me how you'll do

I want to shut down the club
With you
Hey, I heard you like the wild ones
Wild ones, wild ones

[THAIS]

I am the wild one break me in
Saddle me up and let's begin
I am a wild one tame me now
Runnin' with wolves, soon I'm on the prowl


 Terminaram a coreografia e outra música começou a tocar, ignoraram. Bruno encarava a colega com um sorriso no rosto.

- Você com certeza dança! – falou – Por que não competiu? Ia ganhar com certeza.

- Acho que não. – ela abaixou a cabeça – A Rai estava bem determinada a ganhar...

- Sem essa! Você dança muito, mais que qualquer um no coral, mais que qualquer um no clube de dança até!

 Ela sorriu encabulada.

- O-obrigada.

- Eu vou te levar para jantar!

- C-como?!

- Isso mesmo! Você é a melhor dançarina do coral e canta muito bem também! Você devia ter ganhado!

 Ela o fitou surpresa.

- Você também dança muito e canta bem também. Por que não participou?

- Não gosto de cantar em público. – deu de ombros – E então? Eu não tenho dinheiro para ir num lugar tão chique quanto o Piatto D'Argento, mas posso te levar num bom restaurante.

 Ela pareceu pensar um pouco.

- Ta bom.

 Ele sorriu.

- O que acha de mais uma dança?

- Seria ótimo. – riu.


-- --


 Augusto e Tiago estavam do lado de fora na escola esperando seus pais chegarem. Conversavam animadamente sobre a competição e Augusto falava que não tinha gostado nem um pouco da vitória de Raisse, embora concordasse que foi a melhor apresentação dos dois dias. O garoto também estava curioso para saber como Tiago conseguiu o jantar a dois em um restaurante chique e caro.

- Como conseguiu o dinheiro para pagar um jantar no Piatto D'Argento? É um restaurante bem caro. – ele conversava com o celular no ouvido.

- Não consegui. – ele riu – Mas fiz um acordo com o gerente do restaurante. Eu canto umas músicas amanhã à noite em troca do jantar.

- Não atende. – ele desistiu e guardou o aparelho, depois olhou para o moreno com uma cara de compreensão – Eu sabia que você não tinha dinheiro para pagar um jantar desse nível.

 Tiago gargalhou e arrancou um sorriso do menor.

- Com licença. Tiago?

 O moreno virou a cabeça rapidamente para ver quem o chamava, Augusto já estava olhando para aquela direção então sabia muito bem que tinha chamado o amigo, seu sorriso desapareceu.

- Raisse?!

- Eu gostaria de conversar com você. - ela olhou para Augusto.

- O que tiver para dizer pode falar na minha frente.

- Eu quero conversar a sós com ele oras. Some.

 Augusto já estava com a resposta na ponta da língua, mas foi interrompido:

- Pode falar aqui mesmo Raisse. Acho que você não tem nada para esconder né? – Tiago falou calmo. Sorriu.

 A garota pareceu aturdida por um momento, mas logo retribuiu o sorriso.

- Claro. É sobre o jantar.

- Pode falar.

- Eu quero que você vá comigo.

 Os dois garotos ficaram confusos por algum tempo.

- Eu?

- Sim.

- Ele? – perguntou Augusto apontando para o moreno.

- Sim – falou um pouco irritada – E então? Você aceita ou não?

 O olhar de Tiago foi para Augusto, que parecia muito surpreso, e depois para Raisse que esperava ansiosa pela resposta.

- Eu...


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Notas finais do capítulo

Uma observação:
*Reggaeton é um estilo musical que deriva do Reggae Jamaicano influenciado pelo hiphop e dos estilos de dança hispânicos com a salsa. Mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reggaeton



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