Vampire Heart escrita por Nessan C


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Genteeeee!!! Vou dizer: tive muitas dificuldades pa escrever esse cap.! Vocês precisam me ajudar em duas coisas importantíssimas: 1a - vocês vão ler isso e dizer pra mim se ficou bom ou não e aí se estiver ruim eu edito novamente, oks? O segundo pedidozinho está lá nas notas finais. Vlw pela atenção!
Enjoy ;D



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         Como fui imprudente... Como pude ser tão idiota? Me deixei levar por esses desejos idiotas... Eu fui um imbecil... Minha cabeça dói tanto... – Pude ouvi-lo quando acordei. E não só consegui ouvi-lo, como pude senti-lo também. E o que ele sentia era uma dor muito intensa e inexplicável.

         Abri meus olhos. Ele não estava ao meu lado. Fracos raios de sol vinham da janela e atingiam a cama, mas ainda estava muito frio. O sol não poderia ser uma justificativa para não estar ao meu lado hoje; principalmente pela noite maravilhosa que tivemos.

         Ah, é... A noite anterior. Fora a melhor noite de toda minha vida! Nunca me senti tão bem comigo mesma... Nunca me senti tão bem com outro homem! Os últimos dias continham informações o suficiente, e que juntamente com ontem a noite, me davam uma idéia muito maior de amor por ele. Não era obsessão. Também não era exatamente amor, mas sim algo muito mais profundo e forte que tudo isso. E uma das melhores partes, é que Ville além de romântico, consegue ser um deus de tão lindo. MEU deus finlandês. Só faltava encontrá-lo agora.

         -Ville! – Gritei.

         E nenhuma resposta.

         Levantei-me da cama e vesti-me logo, pois estava realmente frio. Fui escovar os dentes. Eu não estava me preocupando muito.

         Deve ser só uma dor boba dessas... Gripe, talvez... – Pensei.

         Que saco. Eu odeio isso. Odeio me sentir assim. Mas que droga! Por que diabos eu fui tão burro? Eu sabia que era errado!

         Mas afinal de contas, do que é que ele estava falando? Se é que ele estava mesmo falando!

         Quando abri a porta do banheiro, tomei um susto. Estava tudo escuro; ele tapara a única janelinha com um pano e praticamente se trancara ali dentro. Ainda estava sem camisa e por isso tive a oportunidade de olhar mais uma vez para sua tatuagem no braço.

         Não sei como nunca reparei antes se aquilo cobria seu braço esquerdo inteiro; eram desenhos de “espinhos”... Ou pelo menos se pareciam com.

         Enfim, ele estava sentado e encolhido dentro da banheira vazia. Quer dizer... Semi-vazia, pois ele estava ali dentro.

         -Ah, amor... – Ele disse-me com a voz um pouco fraca – Estive só esperando você acordar. Como foi ontem a noite?

         Após dizer isso, ele sorriu. Mas aquele sorriso não era um sorriso que me fazia sentir dor, ou alegria. Era só um sorriso bem fraquinho. Algo estava extrema e escandalosamente errado. Por que o meu deus estava sorrindo daquele jeito para mim, quando arranquei dele umas boas risadinhas e alguns outros barulhinhos igualmente excitantes na noite anterior?

         É agora que ela vai perceber que está tudo errado.

         -Ontem a noite foi maravilhoso, Ville. – Respondi-lhe – Mas por que você está assim? Aconteceu alguma coisa?

         Essa é uma ótima hora para mentir, Ville... É para o bem de todos.

         -Não... Eu estou ótimo. Só que... Gosto de ficar dentro da banheira.

         -Ville, por favor... Não tenta me enganar, porque eu sei que tem algo de errado com você. E é sério. Sem falar que o que você acabou de dizer é ridículo!

         -O que? Que eu gosto de ficar dentro da banheira?

         -Claro! Não tem água dentro dela!

         Merda. Eu nem cheguei a pensar nisso!

         -Isso é só um detalhe... – Ele disse-me com a voz cada vez mais trêmula – Mas não vamos falar sobre isso, tudo bem?

         Melhor que seja dessa forma.

         -Só que eu quero falar sobre isso! Estou preocupada! E se fosse ao contrário, você também não estaria?

         -Seria diferente. Por favor... Não grite comigo, está bem... Só não grite.

         E se encolheu ainda mais dentro da banheira. Aquilo me deixou sentida. Comecei a me aproximar dele e entrei na banheira. Senti-me ao seu lado e o abracei.

         -Está tudo bem, Ville... Eu só quero entender...

         -Entender não é bom. – Ele disse me interrompendo – Ainda mais quando não há nada para se entender aqui.

         Ele se virou para mim e me beijou.

         Eu queria poder contar... Mas... E se ficar com medo de mim? Ou deixar de me amar? Acho que não suportaria isso... De jeito nenhum!

         Seu beijo foi ficando cada vez mais profundo, mesmo com a dor que ele sentia. Algo muito estranho aconteceu logo em seguida: ele beijou meu pescoço e congelou como da última vez. A dor aumentou umas três vezes e ele nem percebeu. Se afastou de mim com rapidez e com os olhos esmeralda arregalados.

         Eu quase fiz uma besteira enorme.

         -Tenho que ir. – Ele disse

         -Ville, mas você não está bem! Fica mais um pouco!

         Tentei suplicar mais alguma coisa e mesmo assim nada o convenceu. Ele andou apressadamente até a porta da frente; estava muito nervoso com alguma coisa. E a dor crescia a cada momento.

         -Ville, não faz isso amor!

         Eu tentei em vão puxá-lo pelo braço, mas ele me empurrou para trás e pegou sua jaqueta.

         -Eu não posso ficar nem mais um segundo com você aqui, Jessy... – Ele disse-me com sua voz ainda trêmula – Senão vou acabar fazendo besteira. Eu já disse. E vou trazer a jaqueta de volta. Prometo.

         E foi embora. Como ele podia ser tão insensível comigo? Logo comigo, que o ama mais que tudo! Isso partiu meu coração (de novo), e foi esse sentimento que me fez pegar outro casaco para segui-lo. Não me importava se ele me visse. Eu estava mesmo preocupada.

         Fui me guiando por seus pensamentos. Quando o encontrei, ele estava falando num orelhão com alguém; não sei quem, mas era mulher com certeza.

         Droga... Eu preciso beber alguma coisa... Nem que seja um coelhinho... Um esquilo... Qualquer coisa serve...

         E do que ele estava falando agora? Depois de falar no orelhão, continuou sua caminhada e terminou na entrada de uma rua deserta. Eu pude sentir sua dor de cabeça descomunal e compartilhá-la novamente, perguntando-me o por que de tamanha dor. Por que tudo isso?

         Começou novamente seu percurso pela rua e percebi que só o via andar pela sombra. Seus problemas solares alcançavam níveis que eu nunca imaginara antes... Ele parou numa esquina de um beco um tanto estranho, devo dizer. Era abandonado e escuro. De um lado havia um barzinho sem muita clientela, do outro, uma casa abandonada e com a pintura descascando. A casinha tinha um muro de mais ou menos um metro e meio de altura. Foi atrás desse muro que eu me escondi para observá-lo.

         Ville ficou zanzando pelo local; a casa fazia sombra o suficiente para que ele pudesse andar livremente pelo beco. Volta e meia reclamava algo a si mesmo. Dizia que “ela” estava atrasada e que iria acabar fazendo alguma besteira hoje. Quinze minutos se passaram e nada “dela” aparecer. Descobri nesse tempo que seu conhecimento de palavrões era tão extenso quanto seu conhecimento de palavras difíceis... Mas enfim, uma moça de cabelos louros bem curtinhos apareceu no beco. Ela usava um vestido lilás com uma estampa horrenda de flores e começou a se aproximar dele.

         Ville deu um sorriso falso e raivoso para ela. Eu pude sentir isso, ele estava com pressa. Disse a ela algo ininteligível e a agarrou bem ali, na minha frente. Senti meia dúzia de flechas me atingirem pelas costas. O homem que eu tanto amava estava ali, se agarrando com outra... Lágrimas escorreram de meus olhos. Eu estava me preparando para ir até lá matar os dois canalhas (principalmente a loura), porém não me movi mais um centímetro. Fiquei parada chorando e observando àquilo.

         Algo me chamou atenção. Ele a segurava com uma força estranha; sempre fora delicado em seus movimentos. Mas agora não estava sendo. Ela a encostou na parede e beijou seu pescoço. A mulher tentou gritar, só que ele foi mais rápido. Sua mão direita já tapava a boca da mulher e suas unhas, agora afiadas, arranhavam profundamente seu rosto. Minhas lágrimas foram substituídas por espanto. Sua dor diminuiu pesadamente após a mulher cair morta no chão. Aquilo me causou paralisia momentânea.

         Ville parou alguns segundos para se concentrar e percebeu minha presença. Eu estava tão frita! Ele tinha mesmo motivos para me mandar não segui-lo.

         O QUE É QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? – Ele gritou em sua mente.

         Permaneci em silêncio. Ele se virou para mim e vi sua expressão. Não estava furioso, mas sim chocado. E eu me choquei também. Seus lábios estavam vermelhos de sangue.

         O QUE É QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? – Ele repetiu a pergunta.

         Novamente, nada respondi.

         Ele começou a andar até minha direção e eu me abaixei. O muro estava me escondendo agora. Era ridículo acreditar que ele não iria me ver, mas eu tentei mesmo acreditar. O ouvi pular o muro. E estava em frente a mim agora.

         -O QUE É QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?

         -Eu... Eu... Ahn... Eu...

         -Você está bem? – Ele perguntou.

         -Eu...

         Mas não consegui responder. Eu não sentia medo. Era o choque. Um vampiro. VAMPIRO! Essas coisas NÃO EXISTEM!

         -Jessy... Por favor... Diga alguma coisa, ou vou ficar pensando que está com medo de mim! Por favor não sinta medo de mim!

         -Não! – Gritei.

         Mas as palavras não vinham. Ele ainda sentia parte da dor. E agora estava triste.

         -Jessy... Eu tentei te contar, eu juro! Mas eu não podia! Eu...

         -Não...

         O resto da frase não saia. A garganta estava quase que completamente travada. Agora ele estava muito triste. Se abaixou e me beijou, ensangüentado mesmo. Foi um dos melhores beijos que já me deram.

         -Então eu vou embora. –Ele disse-me.

         Tentei gritar que não, que ele não poderia fazer isso comigo, mas já era tarde. Ele simplesmente sumiu nas sombras e me deixou sentada sozinha e suja de sangue encostada no muro.


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Notas finais do capítulo

2a - a fic vai ter um final feliz ou um final trágico? Eu já tenho esses dois finais em mente. Vocês é que decidam qual eu devo postar, porque vocês é que estão lendo. Então vocês tem todo o direito de escolher... Enfim, é isso aí.
Brigadinha pela atenção²!