Foi uma manhã calma, ninguém havia dito qualquer palavra que não fosse necessária. Eles não conseguiam se olhar, muito menos ficar no mesmo ambiente por muito tempo. Seria mais fácil se os dois tivessem matado alguém, do que terem feito aquilo.

A verdade era que os dois haviam amado o que haviam feito, mas ninguém tinha coragem de admitir, os dois se olhavam como estranhos, mesmo que os suspiros pelos cantos explodissem paixão.

Brendon estava sentado no jardim, sozinho. Ryan se aproximou devagar, sem fazer barulho algum, apenas a respiração um pouco irregular e alta o denunciavam.

— Hey, te trouxe bolo de chocolate, sei que gosta.

Brendon não conseguia esconder a empolgação, mas Ryan não sabia se era pelo doce, por ele ter lembrando ou por simplesmente estarem se falando, seus corações batiam rápido.

— Obrigado.

Foi tudo o que Brendon conseguiu dizer.

— Tenho que conversar com você. — Ryan anunciou após algum tempo vendo Brendon comer.

— Sobre ontem?

— É, isso mesmo.

— Eu realmente não sei o que dizer Ry.

O coração do garoto bateu mais forte ao ser chamado de Ry.

— Eu preciso dizer a verdade a você, não posso acabar isso com uma mentira.

Brendon queria chorar, acabar, ele havia dito, acabar, e então mordeu o lábio inferior com força para tentar conter as lágrimas.

Ryan não conseguia parar de pensar em como Brendon ficava sexy mordendo a boca daquele jeito.

— Eu te amo Bren, não posso mais fingir que não, principalmente depois de tudo isso.

As lagrimas sairam junto ao desabafo, e as que Brendon tentava segurar também escorreram, junto a um sorriso de alegria, seu RyRo o amava, e era tudo o que ele precisava ouvir naquele momento.

— Eu também te amo Ry, amo demais.

A tristeza no rosto de Ryan foi substituída por incredulidade, e logo depois por alegria, e euforia tão grandes que não cabiam dentro dele.

Nenhum dos dois conseguia dizer nada, apenas podiam sorrir, até que seus rostos doessem, e então pararam para um beijo, apaixonado, intenso e molhado, com todo o sentimento que haviam guardado por tanto tempo. Pararam quando já estavam sem ar, e voltaram a sorrir por alguns segudos, antes de voltarem a um beijo cheio de desejo e calor, que os fez levantarem e procurarem cegamente o caminho da cama.

Brendon tropeçava nos próprios pés enquanto Ryan o conduzia até o quarto, e sem aguentar mais um segundo já se despia. Brendon puxou as calças de Ryan para baixo  e o empurrou um pouco para que pudesse tirar sua própria blusa. Ryan já estava completamente nu, quando seu amante terminou de rirar a roupa. Os dois recomeçaram outro beijo cheio de desejo, implorando para que aquilo fosse consumado de uma vez.

Os corpos se uniram em um só, delirando de prazer, e sentindo o gosto doce e exitante da paixão ao final de cada beijo e movimento. Os gemidos baixos e os arranhões eram a marca daquilo o que acontecia ali, um puro ato de amor.

Os dois estavam cansados e ofegantes, sentindo uma das melhores coisas da vida. Brendon se virou para Ryan, que mantinha os olhos fechados tentando normalizar a respiração.

— Nós podemos fazer isso denovo amanhã?

— Amanhã? Por mim nós faremos isso denovo daqui a uns 10 minutos, eu só preciso respirar.

Brendon riu, e Ryan não se conteve ao ter na sua frente o sorriso mais lindo do mundo.

Brendon se deitou no peito de Ryan e fechou os olhos, adormeceu rápido apreciando o som do coração daquele por quem o seu próprio batia mais forte.

Ryan também não passou muito tempo com os olhos abertos, estava tão feliz por estarem juntos que julgava não se importar se um apocalipse acontecesse naquele momento, desde que estivesse ao lado de Brendon.