POV Voldemort

O próximo frasco de memória, era novamente de minha mãe: “ 17/11/1920”, ela devia ter cerca de quinze anos nessa altura. Que será que tinha acontecido ?

“ Ela encontrava-se nos corredores de Hogwarts, vinha vestida de camisola comprida ate ao chão,com um robe, estava com ar de quem foge. Estava indo na direcção das cozinhas. Vinha com companhia por trás, era Martha Black.

- Ainda somos apanhadas Merope…

- Não fica assim Martha…você quer sair de Hogwarts sem ir conhecer as cozinhas…

- Ahaha só você para em colocar nessas…vamos…e ambas sabemos que você esteve lendo e esqueceu de comer e agora ta com fome…

Ela esboça um muxoxo, mas depois ri, indo para as cozinhas. Uma voz se ouve no escuro, ela se vira, era meu pai.

- Ora, ora, se não é a Gaunt e a Black fora da cama a essas horas…

Elas ficam atrapalhadas, olhando meu pai, ele tinha distintivo de monitor, e sorria.

- Tom, eu so quero ir nas cozinhas…- diz ela com um muxoxo enorme.

- Não sei …mas me parece que não vão para ai não…toquei de andar para torre de Slytherin…antes que eu tirei pontos da vossa casa…

Ela bufa de irritação, chegando perto dele.

- Eu não vi, até perto das cozinhas para voltar para trás sem comer…quer dizer as ver…

Ele arqueja a sobrancelha, sorri maldoso.

- A serio?

- Sim…por favor…

- Bem…- ele retira um chocolate de dentro da sua túnica. Balançando na frente da minha mãe que olhava o chocolate com uma vontade de agarrar aquilo e comer rápido. Ele baixava o chocolate para baixo, olhava para baixo. O chocolate para cima, ela olhava para cima.- Quer mesmo ir ás cozinhas ?

Martha Black, abria a boca morta de sono. Minha mãe e meu pai olham para ela. Meu pai sorri dizendo:

- Pode ir indo para o seu dormitório já levo, a Srta. Gaunt a sua sala comum…

- Obrigado Raven, agradeço…- diz saindo deixando minha mãe com meu pai, minha mãe olhava chocada para a amiga, pelos os vistos não esperava que ela a deixa-se com ele naquela hora da noite.

- De nada… –  diz meu pai vendo Black desaparece no corredor, olha em seguida minha mãe. Que olhava ele, arquejando uma sobrancelha, ele lança-lhe um sorriso de canto. Ela bufa de irritação.

- Vai me deixar ir nas cozinhas?

- Não sei …ainda estou pensando no teu caso…- diz desembrulhando o chocolate, a barriga de minha mãe ronca, ele ri da cara dela envergonhada. Ela vira-lhe costas.

- Aff idiota…me deixa em paz…não tem nenhuma mulher para visitar hoje…

Ele fica serio.

- Eu não visito nenhumas mulheres de noite…respeito muito as senhoritas…

- Nota-se… aff…

- Você que ficou fria comigo estes anos…que passaram Merope…parece que ficou aborrecida com algo…que te fiz?

- Aff nada..porque não me deixa em paz…

Meu pai ao ouvir este comentário a vira para si.

- Porque fala assim comigo?

- Não é nada me solta, Tom…

- Que seu irmão te disse ? – Ela fica agora muito seria ao olhar no rosto dele, desviando em seguida dele, que a agarra de novo.

- Ele …não disse nada…só não complica as coisas…por favor…

- Porque estou complicando as coisas ? Nós éramos amigos, estive com você sempre…desde que entramos em Hogwarts você me evita…me ignora, eu não gosto disso…

- Porque se importa? Você tem milhares de mulheres atrás de você….

- Não me interessa qualquer uma…

- Me deixa por favor…

- Me fala um motivo…

- Eu tenho um noivo…

- Que você não ama…

- Eu …me solta Tom…

- Se você me dizer que o ama…eu te deixo ir….

- Eu …eu….- ela olhava profundamente nos olhos de meu pai, desviando em seguida, ele volta a fazê-la a olhar para ele.

- Diz…

- Eu não o amo…

- Que bom…

- O que…?

- Não te deixo ir agora…

- Me solta…

- Não…- ela protestar de novo, ele a beija, ela da leves murros no peito dele, tentando se afastar ,ele encosta-a levemente na parede, acabando por ceder ao beijo.

Bonito , vendo romance dos meus pais, enfim. Para que isto ? E batia num dado importante, meus pais se gostavam, porque teria ele deixado-a, não faz sentido….Cada vez menos fazia sentido a historia que eu conhecia…

Ele interrompe o beijo, observando as expressões de Merope, ela abre os olhos passado uns segundos. Afastando em seguida.

- Você não devia ter feito isso…

- Porque? Me parece que você gostou…

- Não sou nenhuma de tua colecção, Tom…

- Eu não quero que você seja de minha colecção Merope…eu só quero você…- diz ele muito serio, observando minha mãe, que tinha um ar aflito, engolindo em seco, lágrimas começando a cair do seu rosto.

- Pára com isso…

- Porque?

- Isto não vai dar certo….

- Porque não daria ?

- Minha família, você não conhece…

-Pouco me interessa sua família…

- Por favor, pára….

- Você me ama merope…

- Não devo amar…

-Porque?

- Porque sim…- dizendo isso corre pelos corredores, chorando pelo o caminho, entra pela sala comum de Slytherin, seu irmão estava numa poltrona observando o fogo, vira seu olhar para a irmã, se aproxima dela, ao ver seu rosto. A puxa pelos cabelos, encostando-a nele.

- Onde você esteve sua vagabunda? Se enrolando por ai com algum nojento sangue ruim…

- N-Não…

Ele espeta um estalo na cara dela, fazendo-a cair ao chão. Ela segura seu rosto, segurando seu rosto com a mão.

- Eu hei-de de descobrir sua vadia….

Dizendo isso sai da sala comum, deixando a irmã no chão. Cada vez menos gostava do nojento de seu tio.

- Mer-Merope…- diz uma voz estrangulada, ela vira o rosto, Martha estava no chão parecia muito mal tratada. Merope abre a boca de choque.

- Que aconteceu ?....

- Ele me torturou, e…e…- Minha mãe se aproxima da amiga, abraçando-a. Ela bem podia adivinhar o que o nojento do irmão teria feito. Segurando nela, vai com ela na enfermaria.

- Me perdoa Martha…

- A culpa não é tua... não me deixa sozinha Merope…

- Não preocupa não pondero te deixar só…- a enfermeira cuida de Black, esta parecia transtornada com o que havia acontecido. Mas nenhuma denuncia o que se tinha passado para a mesma. Acabam dormindo as duas…

A cena fica escura. “

Saiu da penseira, fico pensando nas memórias, fico serio.

Que mais escondia estas memórias? Pego o próximo frasco…