Os seus olhos verdes observavam o mar sem fim. Os longos e brilhantes cabelos rosa voavam ao sabor do vento.

O céu estava limpo e o Sol brilhava com força aquecendo todos.

Estavam a semanas em alto mar. Iam em busca do desconhecido.

- Sakura estás bem? – Perguntou uma voz atrás de si.

Sakura – Sim, tio. – Respondeu olhando ainda para o mar.

Tio – Então porque não pareces bem?

Sakura – Estou a pensar. Estamos à tanto tempo no mar. Quero voltar a pisar chão firme.

Tio – Segundo uns cálculos feitos antes de entrarmos a bordo, dentro de dias devemos chegar a terra.

Sakura – Que terra?

Tio – Não sei, sobrinha. Mas logo iremos descobrir.

A noite chegou. O céu antes limpo e azul agora estava escuro e nuvens negras cobriam-no completamente.

Sakura que dormia tranquila no seu camarote acordou com o som do primeiro relâmpago.

Sakura – ‘O que foi isto?’ – Pensa.

- Sakura! – Abre a porta. – Uma tempestade aproxima-se. Tenta agarrar-te a algo que esteja fixo. – Fecha a porta saindo.

Os minutos que se seguiram pareceram horas para a rosada que tentava, em vão, manter-se fixa. O barco balançava muito e os relâmpagos agora eram mais frequentes.

Sakura sentiu água tocar-lhe nos pés e olhou para baixo. O chão do quarto estava coberto de água.

Sakura – Tio! – Chamou.

Ninguém respondeu.

Sakura soltou-se e tentou caminhar até à porta. Conseguindo apenas à terceira tentativa. Quando conseguiu, subiu até ao convés e não encontrou o tio nem a tripulação.

Sakura – TIO!

Estava sozinha. Provavelmente todos já haviam caído ao mar. Faltava apenas ela.

Uma onda maior que as outras surge e a rosada é surpreendida por ela. Quando tentou correr escorregou e caiu.

Sentiu a pressão da água e depois apagou.