The Careerists Games escrita por BrunaBarenco


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Lembram de mim? Eu voltei, mundo das fics! A sinopse está horrível, mas eu juro que a fic está legal. A personagem principal é baseada em mim, mas com outro nome, porque o meu é um nome sem graça. No capítulo 2 eu explico a minha escolha.
Enjoy it!



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Só mais um dia como qualquer outro aqui no Distrito 1. Eu acordei com o mesmo cheiro de sempre, faz três semanas. Minha mãe está fazendo um perfume com base em baunilha, então minha casa cheira a baunilha. Na verdade ela não deveria trazer trabalho para casa, mas esse perfume tem que estar pronto até o fim dos Jogos Vorazes, e já é o dia da colheita.

Eu me levanto, e desço as escadas para ver o que tem no café-da-manhã. Mesmo o “escritório” da mamãe sendo no porão o cheiro é bem mais forte aqui. Que ótimo, agora eu quero sorvete de baunilha. No café da manhã.

-Bom dia, mãe- grito para a porta que leva ao porão.

Abro a geladeira, e faço um misto quente antes que ela apareça:

-Bom dia, querida!- ela tira um bombom do bolso e beija a minha testa- Feliz Jogos Vorazes. Acordou mais tarde hoje, hein?

Ela me passa um copo de chocolate quente:

-È feriado. Eles adiaram em uma hora o treinamento. Mas ainda é Jogos Vorazes, então nós ainda temos que treinar mais um pouquinho.

Tecnicamente, é ilegal que os tributos treinem antes de serem escolhidos para os Jogos. Mas nos Distritos 1, 2 e 4 não é bem assim. Aqui no 1, por exemplo, todos nós temos treinamento (classificado como “educação física”, e a Capital só finge não saber) todos os dias, desde os seis anos. Todo mundo. Bem, alguns nem tanto, não se interessam por treinar para a carnificina. Como eu no começo. Até me apresentarem as facas.

-Tudo bem. Mas é melhor não se atrasar hoje, não é?- ela mexe na toalha de mesa- Vai ser um bom dia.

-Mãe. Eu sei que eles estão querendo me mandar para arena. Me convencer a ser voluntária. Mas eu prometo, só vou se meu nome for sorteado. Prometo. Nunca quis ir, não tanto quanto os outros, certo?

Mamãe apenas dá de ombros, e eu estou ficando atrasada. Daqui a pouco minha amiga Siller, que mora há na casa ao lado, já vai passar aqui. Nós sempre vamos juntas, e hoje principalmente não podemos nos atrasar.

Pego nossas roupas pretas de treinamento. O mesmo de sempre. Como se fossemos um time, uma blusa preta com a cor dependendo da idade (azul: seis a doze; vermelho: treze a dezoito) e com o nome bordado nas costas. Alguns de nós, conhecidos aqui no Distrito 1 como “a elite”, ou seja, nossos melhores competidores tem também uma estrela dourada extra brega. Assim que eu desço, minha mãe arruma minha estrela dourada brega:

-Eu estou tão orgulhosa de você- ela fala isso todos os dias, desde que ganhei a estrela idiota. Na verdade não é uma coisa boa, se você parar para pensar. Apenas significa que somos os mais mortíferos.

Minha mãe pensa que é uma coisa boa, assim como todo mundo, então eu tento dar a impressão que também penso assim. Acho que meu verdadeiro talento é mentir. Tenho feito isso a vida toda.

-Eu sei mamãe.

Eu sento no sofá, e nós conversamos algumas coisas sem importância enquanto ela faz uma trança no meu rabo-de-cavalo. Me levanto, e ela me abraça como todo dia:

-Agora eu tenho que ir. Estou de volta as uma, para o almoço, ok?

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Siller está a poucos centímetros da campainha quando eu abro a porta.

-Hey- ela ri- Você está atrasada de novo, Diana.

-Eu resolvi não madrugar hoje, tá bom- mas eu também estou rindo. Faz um tempo que nós temos isso, sobre estar um pouquinho atrasada.- Seu irmão não vai com a gente hoje?

È bem difícil deixar de notar a falta do irmão de Siller. Mesmo sendo dois anos mais novo que nós duas ele tem o meu tamanho. Ela responde om uma careta:

-Não, felizmente. Resolveu pegar carona com meu pai para variar um pouco. Lucro para nós, assim não temos que ouvi-lo falar de como é bom em tudo pelo caminho.

Ela olha de esguelha para minha brega estrela dourada:

-Certo.- respondo, começando logo outro assunto.

Siller, infelizmente, não é boa em nada. Embora tenha tido uma significativa melhora com espadas, ela continua sendo a pior aluna, levando em conta as criancinhas de seis anos, o que faz dela uma deslocada, quando a deslocada aqui devia ser eu.

Quer dizer, Siller é uma garota legal. E não parece uma completa estranha por aqui. A maioria das pessoas do Distrito 1, como ela, são altas, loiras, de olhos claros. Eu pareço um alienígena com minha pele morena clara e meus cabelos e olhos escuros. A cada novo lugar que eu vou, algumas pessoas se viram para olhar. Como se eu não pertencesse ao Distrito 1. E ás vezes eu me sinto assim também.

Na verdade, a escola/centro de treinamento não fica muito longe de casa. Em cinco minutos, estamos passando com nossas carteirinhas. Eu e Siller colocamos nossas mochilas no vestiário, nos armários de sempre. Cumprimentamos algumas meninas, mas hoje todos podem sentir a atmosfera estranha. Alguma coisa no ar. Porque uma de nós pode estar morta daqui a uns dias. E isso é simplesmente sinistro, mesmo que não falemos em voz alta, em lugar nenhum.

Saímos pela porta onde se lê “13-18” (os treinamentos são divididos por idade, assim como as cores):

-Oi, Rainha das Facas- por dentro eu estou pulando, por causa do susto. Mas eu não vou deixa-lo saber disso, é óbvio.

-Oi, Marvel- eu reviro os olhos.

-Nós temos novas. Dizem por aí que os Jogos desse ano terão uma ruína de alguma coisa. Na arena. Quem sabe não é o seu castelo?                                                                                                                                                                   

-Olha só. Que legal. Quem sabe um de nós não vai pra lá?

Eu passo por ele, e ele grita:

-O que eles querem é você lá, majestade.

-Pare com esses apelidos ridículos!- eu grito de volta. Não é nem um pouco legal, mas acaba que todos me chamam assim por aqui. Eu acho meio ridicularizante.

Depois de um dia relativamente normal, no qual eu tento ensinar Siller a atirar uma faca com o mínimo de competência (sem sucesso), já que podíamos ficar em qualquer lugar e usar qualquer arma por hoje. Depois de um tempo, como sempre, sou chamada para as aulas avançadas, que não são mais do que malabarismos que você nunca faria de verdade na arena para exibir seus talentos.

E então somos liberados. Siller vem correndo até mim, com o irmão Silver (sim, eu sei. Falta de criatividade) logo atrás:

-Estava interminável hoje.- comenta Siller

-Eu sei! Eles ainda estão tentando me convencer a ir... Mas isso não vai acontecer. Bem, eu espero. Não acho que esteja você sabe, pronta. Eu sou só uma garota que é boa com facas.

Siller ri, mas parece bem mal-humorada:

-“Só uma garota boa om facas”- ela me imita- Você aprendeu mais que todos nós juntos em três dias! Você não é boa com facas, oh não. Você é provavelmente a melhor aluna que esses idiotas poderiam ter!- agora ela está chorando, e eu não entendo porque- Por que você ainda anda comigo, Diana?

Ela sai pisando forte e espalhando folhas, me deixando sozinha com o seu irmão. Ele dá de ombros:

-Eu também não sei. Você devia estar lá, apostando qual voluntário será escolhido com “a elite”, rainha das facas.- ele corre atrás da irmã, me deixando sozinha com o queixo no chão.

Também voltei marchando e mal-humorada para casa.


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Notas finais do capítulo

Me faça feliz, deixe um review. Pode ser até criticando, eu vou amar saber que alguém leu. E respondo todo e qualquer review que chegar. OBRIGADA por ler.
Amanhã ou no sábado eu coloco o capítulo 2, vai ficando melhor conforme passa os capítulos.
Bruna



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